HPIM 239 - Doenças do Pericárdio Flashcards

0
Q

% de pericardites com ruído de atrito pericárdico audível:

A

85%

pode ter até 3 componentes por ciclo cardíaco e é agudo, sendo descrito como áspero ou rangente

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1
Q

A dor pericárdica é aliviada e agravada por:

A

Aliviada: posição sentada e inclinada para a frente (posição de IOGA)
Agravada: decúbito dorsal

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2
Q

Ruído pericárdico vs. ruído pleural:

A

O ruído pericárdico é audível em todo o ciclo respiratório, o pleural desaparece quando se prende a respiração

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3
Q

Dor pericárdica (na pericardite aguda) em que situações é comum estar ausente:

A

Muitas vezes não ocorre nas pericardites de evolução lenta:
“TURN”
TB, urémica, pós-irradiação ou neoplásica

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4
Q

Dor torácica da pericardite mtas vezes é pleuritica. Quais as características: (2)

A

Pleurítica (por inflamação pleural associada):

  • bem localizada,
  • agravamento com inspiração, tosse e mudanças posição corporal
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5
Q

Como auscultar ruído pericardico:

A

No final da expiração - com o doente de pé, inclinado para a frente.
Pode desaparecer em algumas horas, possivelmente reaparecendo no dia seguinte.

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6
Q

Pericardite aguda no ECG, estádio I:

A

Elevação generalizada dos segmentos ST
Concavidade para cima, envolvendo 2 ou 3 derivações standard dos membros e V2 a V6
Depressões recíprocas apenas em aVR e algumas vezes em V1 Depressão do segmento PR
(!!!) Geralmente não há alterações no QRS

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7
Q

Pericardite aguda no ECG, estádio II:

A

Segmentos ST retornam ao normal

após vários dias

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8
Q

Pericardite aguda no ECG, estádio III:

A

Ondas T tornam-se invertidas

mais tarde

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9
Q

Pericardite aguda no ECG, estádio IV:

A

ECG retorna ao normal

semanas a meses

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10
Q

Repolarização precoce vs. pericardite aguda no ECG:

A RP tem..

A

elevação generalizada do segmento ST, mais marcante nas derivações pré-cordiais esquerdas
Mas… nesta situação, ondas T geralmente são elevadas com uma relação ST/T é < 0,25 !

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11
Q

Sinal de Ewart:

A

area macicez e aumento do frémito (egofonia) sob o ângulo da escápula esquerda na pericardite aguda
- a base do pulmão esquerdo é comprimida pelo líquido pericárdico

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12
Q

Rx do tórax na pericardite aguda:

A

pode mostrar configuração do tipo “garrafa de água de barro” (“moringa”) da silhueta cardíaca, mas também pode ser normal

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13
Q

Derrames pequenos na eco:

A

espaço relativamente anecóico entre pericárdio posterior e epicárdio do VE

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14
Q

Derrames maiores na eco:

A

espaço entre VD e pericárdio parietal logo abaixo da parede torácica anterior
mAiores - Anterior - VD
Pequenos - Posterior - VE
(o coração pode flutuar livremente e pode estar associado a alternância eléctrica)

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15
Q

TAC e RESSONÂNCIA MAGNÉTICA superiores a eco (pericardite aguda) na detecção de:

A

“L ES MAS”

  • derrames pericárdicos Loculados
  • ESpessamento pericárdico
  • presença de MASsas pericárdicas
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16
Q

V/F
Tamponamento cardíaco é definido pela acumulação de líquido no espaço pericárdico em quantidade suficiente para causar obstrução grave à entrada de sangue nas aurículas.

A

Falso

- NOS VENTRÍCULOS

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17
Q

3 causas mais comuns de tamponamento cardíaco:

A

“INR”
I - Idiopática (pericardite)
N - Neoplásica
R - I.Renal

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18
Q

Tríade de Beck:

A

3 principais manifestações do tamponamento:

  • Hipotensão
  • Hipofonose
  • Distensão venosa jugular com deflexão x proeminente (sístole ventricular) e deflexão y ausente (abertura da v. T e entrada sangue no VD) “xP ya”
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19
Q

Qual a quantidade de líquido necessária para produzir tamponamento?

A
  • acumulação rápido: pode ser de apenas 200 mL

- aparecimento lento: > 2000 mL (pericárido conseguiu distender-se e “adaptar-se”)

20
Q

Pulso paradoxal - imptt indício de tamponamento cardíaco. Como é definido:

A
  • com a inspiração, PA sistólica diminui mais do que o normal (>10 mmHg) ou mesmo desaparece.
21
Q

% de pericardite constritiva com Pulso Paradoxal:

A

33%

22
Q

Causas de pulso paradoxal: (5)

A

 Tamponamento cardíaco
 Pericardite constritiva – 33% dos doentes
 Choque hipovolémico
 Doenças obstrutivas agudas e crónicas das v. respiratórias
 Embolia pulmonar

23
Q

Na presença de tamponamento, o Doppler mostra:

A
  • velocidades de fluxo sanguíneo através das válvulas tricúspide e pulmonar (lado dto) aumentam “sobremodo” durante a inspiração
  • velocidades do fluxo na veia pulmonar, bem como nas válvulas aórtica e mitral diminuem
    Frequentemente o diâmetro da cavidade VD fica reduzido e há movimento para dentro (colapso) da parede do VD livre (ausência de onda y) e da AD no final da diástole
24
Q

A ECO TE pode ser nessária no tamponamento para:

A

Diagnostico de derrame loculado ou hemorrágico

25
Q

Pode ser imprescindível drenagem cirúrgica de derrame pericárdico se: (3)

A

tamponamento recorrente
necessário remover derrames loculados
obter tecido para exame histológico

26
Q

Etiologias de derrame pericárdico sanguinolento:

A

+++ neoplasia e TB
também: FR aguda, após lesão cardíaca e EAM, pericardite associada a IR/diálise ou lento sangramento de aneurisma da aorta.

27
Q

Derrame pericárdico, exsudado ou transudado:

A

+++ exsudado

transudado pode ocorrer na IC

28
Q

Diagnóstico de pericardite TB:

A
  • DNA por PCR

- ADA > 30 U/l (derrame pleural > 40) - actividade elevada da adenosina deaminase

29
Q

Derrame pericárdico é manifestação clínica comum do HIV, em geral é secundário a:

A

Infecção (++micobact) ou Neoplasia (++linfoma)

30
Q

DD entre pericardite aguda e EAM:

A
  • Pericardite: início praticamente simultâneo de febre e dor pré-cordial, muitas vezes 10 a 12 dias após a doença supostamente viral
  • EAM: dor precede a febre
31
Q

Farmaco que pode evitar recorrências de Pericardite aguda idiopática:

A

Colchicina

32
Q

Pericardiectomia nas pericardites agudas idiopáticas quando…

A
  • numerosas
  • frequentes
  • incapacitantes
  • continuam além de 2 anos
  • não são controladas por GC’s
33
Q

Síndrome pós-lesão cardíaca, recidivas?

A

são comuns podem ocorrer até 2 A ou mais depois

34
Q

Principal queixa Síndrome pós-lesão cardíaca:

A

é a dor –> +++ 1 a 4 S após lesão cardíaca (1 a 3 dias após EAM), mas às x após Meses

35
Q

Pericardite devido a doenças vasculares do colagénio, quais?

A
  • LES
  • Lúpus induzido por fármacos (procainamida ou hidralazina)
  • AR
  • Esclerodermia
  • Poliartrite nodosa
36
Q

Doenças neoplásicas com extensão ou invasão para o pericárdio:

A

+++ pulmão e mama, melanoma maligno, linfoma e leucemia

“PuMa Me LiLe”

37
Q

Derrames pericárdicos crónicos detectados por:

A

Poucos sintomas…

Silhueta cardíaca alargada no Rx do Toráx.

38
Q

Pericardite constritiva crónica pode suceder:

A
  • pericardite aguda ou recidivante viral ou idiopática;
  • traumatismo com coágulo sanguíneo organizado;
  • cirurgia cardíaca;
  • irradiação do mediastino;
  • infecções purulentas;
  • histoplasmose;
  • doenças neoplásicas (mama, pulmão, linfoma);
  • LES, AR;
  • IRC sob diálise crónica
39
Q

A anormalidade fisiopatológica básica da pericardite constritiva:

A

incapacidade de encher os ventrículos!
enchimento não é impedido durante o início da diástole
- enchimento reduz abruptamente quando o limite elástico do pericárdio é atingido (ao contrário do tamponamento que é constante)

40
Q

Deflexão X e Y na Pericardite constritiva:

A
  • deflexão x e y proeminentes

(!!!) A deflexão y, ausente ou reduzida no tamponamento cardíaco, é a mais proeminente na pericardite constritiva  reflecte o rápido enchimento inicial dos ventrículos

41
Q

Sinal de Kussmal presente em:

A

Pericardite constritiva
EAM do VD
Estenose tricuspide
Cardiomiopatia restritiva

42
Q

Sinal de Broadbent:

A

Na pericardite constritiva. O ictus cordis fica atenuado e pode retrair-se na sístole.

43
Q

Rx do tórax na pericardite constritiva:

A
  • coração N ou pouco aumentado

- calcificação pericárdica é mais comum na pericardite TB

44
Q

% FA na pericardite constritiva:

A

33% dos doentes tem fibrilhação auricular

45
Q

V/F

TC e RM geralmente são essenciais à diferenciação de Pericardite constritiva crónica com cardiomiopatia restritiva

A

Verdadeiro

46
Q

Classificacao de acordo com a duracao do quadro clinico da pericardite

A

I) Aguda (< 6 S)
II) Subaguda (6S a 6M)
III) Crónica (>6M)

47
Q

Classificacao de acordo com a etiologia da pericardite: (3)

A

I) Infecciosa
II) Não infecciosa
III) Presumivelmente relacionada com HS ou auto-imunidade