HIV/AIDS Flashcards
Diagnóstico do HIV por sorologias
1) ELISA (mais sensível, menos específico)
2) Western Blot (faz anticorpo contra “cada pedaço”)
Síndrome retroviral aguda
Febre, adenopatia, faringite, exantema.
Resposta imunológica inicial, responsável pela manifestação clínica inicial (síndrome mononucleose like) dentro das primeiras 6 semanas após a infecção, durante de 10 a 15 dias. Assim, antes que a doença inicie com sua característica de imunodeficiência, ela apresenta esse quadro inflamatório reacional à infecção. O diagnóstico pode ser feito por HIV-RNA, ELISA-HIV ou positividade do antígeno p24
Síndrome mono like
Caracterizada por linfadenopatia, faringite e mal-estar.
O HIV pode manifestar sintomas de síndrome mono like na infecção inicial
Outras doenças que causam síndrome mono like são a toxoplasmose e citomegalovírus
Meningite asséptica
Alguns vírus podem causá-la, entre eles o HIV
Obs: Apenas o HIV AGUDO causa meningite asséptica
Fazer teste de HIV em paciente com meningite asséptica
Meningite por C. neoformans
C. neoformans é um fungo, comum causador de meningite em pacientes imunocomprometidos pelo HIV
Transmissão do HIV
Os métodos mais comuns da infecção incluem sexo sem proteção com parceiro infectado e compartilhamento de seringas com pessoa infectada. Outros métodos são intrauterina e por meio de transfusão de sangue
Linfadenopatia
Existem muitas doenças que causam linfadenopatias e estão relacionadas a HIV, síndrome retroviral aguda, linfadenopatia generalizada persistente, doença de Castleman, angiomatose bacilar, doença de arranhadura do gato, sarcoma de Kaposi, tuberculose, linfoma, sarcoidose, infecções fúngicas e infecções por Pneumocystis jiroveci. Sempre que houver o diagnóstico de alguma dessas condições, é importante pesquisar HIV
Epidemiologia
Atualmente, existem 37,6 milhões de pessoas vivendo com HIV no mundo, sendo que a AIDS está localizada principalmente no continente africano. No Brasil, desde 2011, observou-se uma queda progressiva no número de casos. No entanto, em 2020, percebeu-se um aumento em todos os lugares, sendo que a região norte foi onde a curva mais ascendeu. Os homens são muito mais infectados do que as mulheres. Os homens que fazem sexo com homens continuam sendo um importante grupo de risco
Terapia antirretroviral
As drogas da terapia antirretrovirais têm alvos específicos dentro do processo de replicação do HIV, sendo eles: inibidores da entrada, inibidores da transcriptase reversa, inibidores da integrase, inibidores da protease e inibidores da maturação. Outros tratamentos que surgiram com o tempo são: anticorpos monoclonais, terapia gênica (inibição de genes essenciais para a replicação) e os inibidores de capsídeo.
Atualmente, existem medicações muito modernas, que facilitam a vida do paciente, como Lenacapavir (duas injeções por ano) e Cabotegravir (uma injeção por mês), mas nem todas estão disponíveis no Brasil
Gestação e HIV
1) Sem tratamento, as gestantes infectadas pelo HIV transmitem a infecção para seus em 25 a 50% dos casos.
2) A transmissão ocorre em 75% no período periparto, em 25% no intraútero e tem seu risco de 14 a 29% pela amamentação.
3) Com carga viral indetectável no sangue, o risco é praticamente zero, assim a via de parto fica à critério da paciente.
4) Caso seja descoberto o HIV no momento do parto, utiliza-se o AZT injetável para reduzir o risco e é feita cesárea por não saber a carga viral. Porém, se descobrir durante o pré-natal, o tempo de gestação é suficiente para atingir a carga viral indetectável com terapia antirretroviral.
Amamentação e HIV
A amamentação é proibida, pois mesmo com carga viral indetectável no sangue, pode estar presente em outros locais, como LCR, SNC, mastócitos, e inclusive no leite materno. Os medicamentos não eliminam o vírus do corpo todo
1ª linha de tratamento de HIV no Brasil
TDF (tenofovir 300mg) + 3TC (Lamivudina 300 mg) + DTG (dolutegravir 50 mg)
Essa é a 1ª linha de tratamento tanto para gestantes quanto para não gestantes
Alterações metabólicas
1) As medicações AZT e LPV apresentam um papel no aparecimento da lipodistrofia.
2) O HIV, por sua vez, causa lipoatrofia em membros, face e glúteo, lipohipertrofia em abdome, mama, dorso-cervical e lipoma
3) Algumas outras alterações incluem dislipidemia (redução HDL; aumento de LDL e TGD), alterações no metabolismo da glicose (intolerância à glicose, resistência à insulina, diabetes), hiperlactemia e alterações do metabolismo ósseo
4) Os fatores de lipodistrofia incluem infecção pelo HIV, idade, sexo, IMC, CD4 baixo e viremia alta, Aids, tempo de duração da terapia anti-HIV, inibidores de transcriptase reversa análogos e não análogos e inibidores de protease.
5) O tratamento da lipodistrofia inclui preenchimento facial (aplicação de gorduras autólogas ou de composições heterólogas), glitazonas e troca de ARVs, dieta e atividade física, hipoglicemiante, hormônio de crescimento e cirurgia em último caso
Envelhecimento
1) O processo é acelerado pelo HIV, com a diminuição do telômero. Com isso, existem condições associadas ao envelhecimento que podem ocorrer em pacientes jovens com HIV, como distúrbios neurocognitivos, doenças cardiovasculares, alterações lipídicas, diabetes e resistência à insulina, doenças renais, doenças osteoarticulares, pancreatopatias e neoplasias.
2) As neoplasias definidoras de AIDS (presença indica a investigação pelo HIV) incluem o sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo de útero.
3) As neoplasias NÃO definidoras de AIDS incluem linfoma de Hodgkin, câncer anal, câncer de pulmão, câncer de fígado, câncer de pele não melanoma e câncer de células germinativas
4) Os pacientes que são diagnosticados e tratados precocemente e que atingem carga viral indetectável tem uma chance muito reduzida de apresentarem essas consequências
PrEP
1) Abordagem que usa medicamentos antirretrovirais com finalidade de reduzir o risco de infecção decorrente do HIV em pessoas soronegativas.
2) Tenofovir (TDF) 300 mg + Entricitabina (FTC) 200 mg na posologia de 1 comprimido diário
3) A PrEP pode ser continuada ou ser usada apenas quando houver previsão para exposição