HÁLUX VALGO Flashcards

1
Q

Hálux valgo

  • Definição:
A
  • Deformidade complexa do primeiro raio frequentemente acompanhada por deformidades e sintomas nos dedos menores (Campbell)
  • Deformidade complexa, multifatorial e que frequentemente provoca sintomas que justificam o tratamento cirúrgico (MOTTA)
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2
Q

Hálux valgo

  • Epidemiologia:
A
  • Deformidade mais comum do pé adulto (2 a 4% da população)
  • Mais comum em mulheres (15:1) → > 50 anos
  • Em homens
    • Mais jovens
    • 68% com história familiar
    • Deformidades *“mais graves**
    • Menos relação com o sapato
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3
Q

Hálux valgo

  • A etiologia está relacionada a quais fatores (2)?
A
  • Intrínsecos → predisposição / relacionados ao paciente (70%)
  • Extrínsecos → utilização de calçados inadequados
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4
Q

Hálux valgo

  • Dentro da etiologia intrínseca, quais seriam os principais fatores de risco?
A
  • Presença do 1° raio hipermóvel
  • Pé plano
  • Formato arredondado da cabeça do 1° mtt
  • Falange trapezopidal
  • Pé egípcio
  • 1° mtt longo
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5
Q

Hálux valgo

  • Anatomia da superfície plantar da cabeça do 1° metatarso:
A
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6
Q

Hálux valgo

  • Dentro da fisiopatologia, qual a lesão essencial e qual a deformidade primária?

Divergência na literatura

A
  • Varo do 1° mtt vs valgo do hálux
    • Em adultos → provavelmente o valgo do hálux acontece primeiro
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7
Q

Hálux valgo

  • Dentro da fisiopatologia, quais as principais alterações, em sequência, para o agravamento da patologia?
A
  • 1 → valgo progressivo da art. metatarsofalangeana
  • 2 → > 30 a 35º ocorre pronação do hálux
  • 3 → migração plantar do abdutor
  • 4 → única estrutura medial é a cápsula
  • 5 → adutor passa a valgizar o hálux (sem oposição)
  • 6 → ocorre alongamento da cápsula medial
  • 7 → permite medialização da cabeça do mtt em relação aos sesamóides (sesamóides não saem do lugar!) → “desvio lateral”
  • 8 → flexores curto e longo, além do extensor longo, aumentam o momento em valgo no hálux
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8
Q

Hálux valgo

  • A partir de qual “ângulo de valgismo do hálux (metatarsofalângico)” ocorre a migração (subluxação) plantar do músculo abdutor do hálux (pronação)?
A
  • > 30 a 35°
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9
Q

Hálux valgo

  • Dentro da fisiopatologia, quais características da 1° art. metatarsofalangeana são desejáveis?
A
  • Alinhamento congruente e simétrico entre mtt e falange durante a carga repetida da marcha
  • Relação fisiológica entre o eixo e a superfície articular do mtt
  • Equilíbrio estável de partes moles ao redor da articulação
  • Articulação tarso-metatarsal estável
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10
Q

Hálux valgo

  • Qual a clínica ?
A
  • Varo do 1° metatarso
  • Valgo do hálux
  • Deformidade estética e dor para atividades ou uso de calçados
  • Dedo em martelo ou garra (de 1 ou + dedos)
  • Calos e calosidades
  • Metatarsalgia
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11
Q

Hálux valgo

  • No exame físico, quais os dois principais testes?
A
  • Teste de McBride
  • Teste de hipermobilidade do 1° raio
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12
Q

Hálux valgo

  • Como é realizado o teste de McBride (prova da redutibilidade do valgismo do hálux) para avaliação de contratura no hálux valgo (joanete)?
A
  • Paciente em posição ortostática bipodálica, o examinador aplica força varizante na borda lateral do hálux anotando o grau de redutibilidade da deformidade em valgo
  • Avalia o grau de retração de partes moles laterais do hálux valgo, principalmente os ligamentos e a cápsula lateral da metatarsofalângica do primeiro raio, além da musculatura adutora
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13
Q

Hálux valgo

  • Como é realizado o teste de hipermobilidade do 1° raio?
A
  • Pode ser realizado de duas maneiras
    • Na 1°, o examinador retém os raios laterais e, com a outra mão, apreende a cabeça do primeiro metatarsal e aplica força nesse raio nos sentidos plantar e dorsal
    • Na 2°, o examinador segura o retropé e o mediopé pela face medial, fazendo com que o cuneiforme medial fique fixo e com a outra mão, aplica forças na cabeça do primeiro metatarsal, nos sentidos dorsal e plantar
  • Deslocamentos acima de 30° indicam hipermobilidade do raio capaz de influir decisivamente no prognóstico das deformidades
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14
Q

Hálux valgo

  • Na avaliação radiográfica, quais incidências solicitar?
A
  • AP com carga
  • Perfil com carga
  • Oblíqua
  • Axial dos sesamóides
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15
Q

Hálux valgo

  • Na avaliação radiográfica em AP com carga, quais os principais ângulos a serem traçados?
A
  • Ângulo de valgismo do hálux (metatarsofalângico)
  • Ângulo intermetatarsal
  • Ângulo de valgismo interfalângico do hálux
  • Ângulo articular metatarsal distal (AAMD)
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16
Q

Hálux valgo

  • Na radiografia em AP com carga, como é traçado o ângulo intermetatarsal?
A
  • Ângulo entre o eixo longo do 1° e do 2° raio
    • Normal → até 9°
    • Leve → 9° a 12°
    • Moderado → 13° a 15°
    • Grave → > 16°
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17
Q

Hálux valgo

  • Na radiografia em AP com carga, como é traçado o ângulo de valgismo do hálux (metatarsofalângico)?
A
  • Ângulo entre o eixo longo do 1° mtt e o eixo longo da falange proximal
    • Normal → até 15°
    • Leve → < 25°
    • Moderado → 25° a 40°
    • Grave → > 40°
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18
Q

Hálux valgo

  • Na radiografia em AP com carga, como é traçado o ângulo de valgismo interfalângico do hálux?
A
  • Ângulo entre o eixo longo da falange proximal e o eixo longo da falange distal
    • Normal → até 10°
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19
Q

Hálux valgo

  • Na radiografia em AP com carga, como é traçado o ângulo articular metatarsal distal (AAMD)?
A
  • Traça-se uma linha unindo os dois pontos mais largos da superfície articular do 1° mtt e outra linha perpendicular a esta
  • Depois, traça-se uma linha no eixo longo do 1° mtt
  • O ângulo entre as duas maiores retas → até 15°
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20
Q

Hálux valgo

  • Classificação de Mann e Coughlin:

Se baseia nos ângulos radiográficos

A

  • Legenda:
    • AVH = ângulo de valgismo do hálux (metatarsofalângico)
    • AIM = ângulo intermetatarsico
  • Bizu → Memorize o moderado → pra cima é leve e pra baixo é grave
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21
Q

Hálux valgo

  • Baseando no ângulos abaixo, como pode ser classificado o hálux valgo?
    • Ângulo de valgismo do hálux = 42°
    • Ângulo intermetatarsal = 18°
A
  • Grave
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22
Q

Hálux valgo

  • Como verificar na radiografia AP com carga, se há luxação do sesamóide e classifica-lo de acordo com Mann e Coughlin?
A
  • Traça-se um linha no eixo do 1° mtt e verifica o quanto, em “%”, a linha toca o sesamóide tibial (medial)
23
Q

Hálux valgo

  • Qual o tratamento proposto para casos iniciais?
A
  • Conservador
    • Mudança de hábitos
    • Adequação de calçados (câmara anterior ampla)
    • Alívio sintomático (analgesia/AINEs)
  • Na falha → cirúrgico!
24
Q

Hálux valgo

  • V ou F:
    • O tratamento conservador não corrige as deformidades e o objetivo é melhorar a dor e o padrão da marcha.
A
  • Verdadeiro
25
Q

Hálux valgo

  • Quais os parâmetros determinam a técnica cirúrgica a ser empregada no tratamento?
A
  • Exame físico
    • Teste de McBride
    • Hipermobilidade do 1° raio
  • Medição dos ângulos
26
Q

Hálux valgo

  • Qual o objetivo do tratamento cirúrgico?
A
  • Aliviar a dor e incapacidade
  • Eliminação da saliência medial e o reestabelecimento da congruência articular sem provocar encurtamento exagerado do 1° mtt (Geraldo Motta)
27
Q

Hálux valgo

  • Quais procedimentos podem ser utilizados no tratamento cirúrgico (4)?
A
  • Cirurgia de partes moles
  • Osteotomias
  • Artrodeses
  • Ressecções artroplásticas
28
Q

Hálux valgo

  • O que consiste o procedimento de McBride, utilizado para liberação de partes moles?

Comumente associado às osteotomias

A
  • Incisão dorsal longitudinal entre 1° e 2° mtt
  • Tenotomia (liberação) do adutor
  • Sesamoidectomia lateral (fibular)
  • Promove o retensionamento de partes moles
29
Q

Hálux valgo

  • Qual complicação pode ocorrer no procedimento de McBride?
A
  • Hálux varo
30
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que consiste e quais as indicações do procedimento de Lapidus?
A
  • Artrodese modelante → artrodese do 1° mtt com o cuneiforme medial
  • Grande poder de correção e estabilização da coluna medial
  • Indicações:
    • Geral → hipermobilidade do 1° raio
    • Halux valgo moderado a severo
    • Deve ser associado a procedimentos de partes moles distal
31
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que consiste e quais as indicações do procedimento de osteotomia de Riedel?
A
  • Osteotomia de abertura medial do cuneiforme medial
  • Indicada principalmente para adolescentes com fise aberta
32
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que consiste e quais as indicações do procedimento de ressecção de Keller?
A
  • Ressecção da base da falange proximal do hálux + eminência medial do 1° mtt e fixação com fio K
  • Procedimento de salvamento
  • Indicações:
    • Idosos de baixa demanda
    • Ângulo de valgismo do hálux (metatarsofalângico) > 30º
    • Sinais degenerativos da metacarpofalangeana ou subluxação
33
Q

Hálux valgo

  • V ou F:
    • As osteotomias distais do 1° mtt tem pequeno poder de correção do valgismo.
A
  • Verdadeiro
    • Logo, são mais indicadas para deformidades leves
    • Em contrapartida, quanto mais proximal é a osteotomia do 1° mtt, maior é o poder de correção do valgismo
34
Q

Hálux valgo

  • Dentre as várias técnicas de osteotomia distal do 1° mtt, quais as duas principais?
A
  • Chevron (várias modificações foram propostas)
  • Mitchell
35
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que consiste a osteotomia de Chevron (distal do 1° mtt) e quais as suas principais características?

Mod. por Corless

A
  • Osteotomia em “V” no plano sagital
  • 60º na cabeça e colo, deslocamento lateral da cabeça e regularização do fragmento proximal → correção biplanar
  • Teoricamente, sem necessidade de fixação interna devido a estabilidade inerente da osteotomia
  • Lateralização da cabeça → 6 mm em homens e 5 mm em mulheres
36
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que consiste a osteotomia de Mitchell (distal do 1° mtt) e quais as suas principais características?

Menos utilizada do que a osteotomia de Chevron

A
  • Osteotomia transversa distal dupla
  • Tecnicamente mais difícil e menos estável que Chevron
  • Em desuso
37
Q

Hálux valgo

  • Quais as zonas de segurança para realização da osteotomia de Chevron (distal do 1° mtt)?
A
  • Imagem autoexplicativa
38
Q

Hálux valgo

  • Dentre as várias técnicas de osteotomia diafisária do 1° mtt, quais as duas principais?
A
  • Scarf
  • Ludloff
39
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que consiste a osteotomia de Scarf (diafisária do 1° mtt) e quais as suas principais características?
A
  • Osteotomia diafisária em “Z”
  • Alta estabilidade intrínseca, bom contato ósseo
  • Grande versatilidade na correção das deformidades
  • Indicada para ângulos de valgismo do hálux de leve a moderado
  • Complicações em até 1/3 pacientes
  • Pior resultado em homens
40
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que consiste a osteotomia de Ludloff (diafisária do 1° mtt) e quais as suas principais características?
A
  • Osteotomia obliqua de dorsal-proximal para plantar-distal
  • Poder de correção similar às osteotomias proximais
  • Tecnicamente simples
  • Permite deambulação precoce com fixação adequada
41
Q

Hálux valgo

  • Dentre as várias técnicas de osteotomia proximal do 1° mtt, quais as duas principais e suas principais características?
A
  • Crescente proximal
    • Concavidade proximal
    • Não altera o comprimento do mtt
  • Chevron proximal
  • “V” com ápice distal

De forma geral, possuem maior poder de correção

42
Q

Hálux valgo

  • Quais as vantagens da osteotomia proximal do 1° mtt?
A
  • Osso esponjoso e grande contato entre fragmentos
    • Consolidação e carga precoces
  • Possibilidade de grandes correções
  • Pouco encurtamento
  • Menor chance metatarsalgia de transferência
  • Resultado estético excelente → “emagrece o pé”
43
Q

Hálux valgo

  • Quais as desvantagens da osteotomia proximal do 1° mtt?
A
  • Grande dissecção de partes moles
  • Necessidade de fixação interna → fragmento pode desviar
  • Múltiplos acessos para um procedimento
  • Pós-operatório mais sintomático (dor e edema)
  • Geralmente necessita de imobilização gessada
44
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que consiste a Osteotomia percutânea de Chevron?
A
  • Técnica relativamente nova e pouco citada nas bibliografias atuais para a prova do TEOT
  • Tem surgidos vários estudos à respeito. Para a prova, pode-se citar as características gerais da técnicas abertas na mesma topografia
45
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que consiste a osteotomia percutânea de Bosch?
A
  • Técnica relativamente nova e pouco citada nas bibliografias atuais para a prova do TEOT
  • Um fio K é mantido para manter a redução e depois da consolidação é retirado
  • Tem surgidos vários estudos à respeito. Para a prova, pode-se citar as características gerais da técnicas abertas na mesma topografia
46
Q

Hálux valgo

  • No tratamento cirúrgico, o que corresponde o procedimento de Akin e quais as suas principais características?
A
  • Osteotomia de fechamento medial da base da falange proximal
    • Isolado no tratamento do hálux valgo interfalângico
  • Raramente utilizada isoladamente
  • Pode complementar a correção de um procedimento metatarsal sem comprometer a articulação (5 a 10º adicionais)
  • Manter a cortical lateral íntegra agrega estabilidade
  • Corrige 8º par cada 3 mm de cunha ressecados
47
Q

Hálux valgo

  • Quais as principais indicações (2) da osteotomia de Akin (fechamento medial da base da falange proximal)?
A
  • Hálux valgo interfalângico
  • Correção adicional após outra osteotomia
48
Q

Hálux valgo

  • Quais as principais contraindicações da osteotomia de Akin (fechamento medial da base da falange proximal)?
A
  • Artrite Reumatóide
  • Artrose de moderada a grave na metacarpofalangeana
  • Ângulo intermetatarsal > 13°
  • Ângulo de valgismo do hálux (metatarsofalângico) > 30°
  • Subluxação do sesamóide medial > 50%
  • Fise aberta
49
Q

Hálux valgo

  • Quais as principais indicações de artrodese para o tratamento cirúrgico?
A
  • Casos graves
  • Artrose
  • Recidivas
  • Doenças neuromusculares
  • Artrite reumatóide
50
Q

Hálux valgo

  • Resumo do tratamento - quais as indicações para deformidades leves (ângulo de valgismo do hálux < 25°) e articulação congruente?
A
  • Chevron (distal)
  • Mitchell (distal)
51
Q

Hálux valgo

  • Resumo do tratamento - quais as indicações para deformidades moderadas (ângulo de valgismo do hálux entre 25° e 40°) e articulação congruente?
A
  • Scarf (diafisária)
  • Chevron (distal) + Akin
52
Q

Hálux valgo

  • Resumo do tratamento - quais as indicações para deformidades graves (ângulo de valgismo do hálux > 40°) e articulação congruente?
A
  • Dupla osteotomia
  • Akin + alguma (Scarf / Lapidus)

Preferência para correções mais proximais

53
Q

Hálux valgo

  • Resumo do tratamento - Em caso de incongruência articular, independente da gravidade da deformidade, qual procedimento pode ser agregado às osteotomias?
A
  • Procedimento de McBride
54
Q

Hálux valgo

  • Quais as principais complicações?
A
  • Infecção
  • Lesão do nervo digital
  • Distrofia simpaticorreflexa
  • Consolidação viciosa
  • Artrose
    NAV da cabeça do mtt
  • PSA
  • Rigidez → + comum
  • Hálux varus → + temida