FRATURA DO TALUS E LUXAÇÃO PERITALAR Flashcards
1
Q
Fratura do tálus
- Anatomia óssea em vista superior e inferior do tálus:
A
2
Q
Fratura do tálus
- Anatomia óssea em vista medial e lateral do tálus:
A
3
Q
Fratura do tálus
- Quais as principais características do osso tálus?
A
- Muita cartilagem (60% de cobertura)
- Pouca vascularização
- Sem inserções musculares
4
Q
Fratura do tálus
- Como é a vascularização do tálus?
A
- Artéria do canal do tarso (responsável por 50% do suprimento sanguíneo, ramo da tibial posterior)
- Artéria do seio do tarso (ramo da dorsal do pé e artéria peroneira)
- Vasos dorsais do pé
5
Q
Fratura do tálus
- Epidemiologia:
A
- 2° osso mais fraturado do tarso (1° é o calcâneo)
- 5 a 7% das fraturas do pé
- 2% de todas as fraturas do membro inferior
- Fratura do corpo e colo → alta energia
- Fraturas do processo lateral → geralmente esportes
6
Q
Fratura do tálus
- Quais as principais lesões associadas?
A
- Lesões torácicas, TCE, abdominais (ISS > 16 )
- Fraturas do platô e pilão tibial
- Fratura de maléolos (maléolo medial) → 19 a 28%
- Fratura de calcâneo →10%
7
Q
Fratura do tálus
- Quais os principais mecanismos de trauma?
A
- Hiperdorsiflexão do tornozelo → choque do tálus com margem anterior da tíbia → fratura do colo do tálus (mais comum)
- Carga axial plantar (queda) em neutro → fratura do corpo do tálus
- 40% → associação do corpo e colo do tálus
- Dorsiflexão do tornozelo + carga axial + eversão do pé → fratura do processo lateral do tálus (fratura do snowboard)
- Hiperflexão plantar + carga axial → fratura do processo posterior do tálus
8
Q
Fratura do tálus
- Qual a diferença do mecanismo de trauma da fratura do processo lateral do tálus no adulto e na criança?
A
- Adulto → dorseflexão do tornozelo + eversão do pé
- Criança → dorseflexão do tornozelo + inversão do pé
9
Q
Fratura do tálus
- Na avaliação radiográfica, além das incidências habituais do pé e tornozelo, qual a melhor incidência para visualização do colo do tálus?
A
-
Canale e Kelly
- Equino máximo (flexão plantar)
- Rotação interna (pronação) de 15°
- Inclinação da ampola inclinada 75° para cranial
10
Q
Fratura do tálus
- Na avaliação radiológica, quais outros exames de imagem, além do RX, podem ser solicitados?
A
-
TC
- Avalia a congruência subtalar
- Visualiza detalhes da fratura
- Planejamento pré operatório
- Redução pós operatória
-
RNM
- Suspeita de fratura por estresse
11
Q
Fratura do tálus
- Classificação de Hawkins (4):
Leva em consideração fratura do colo + luxações em torno do tálus
A
- Tipo 1 → não desviada (ON rara)
- Tipo 2 → fratura do colo com desvio + subluxação da subtalar (tipo MAIS COMUM, ON - 40%)
- Tipo 3 → fratura do colo com desvio + subluxação subtalar + tibiotarsica (ON - 50 a 75%)
- Tipo 4 → fratura do colo com desvio + subluxação subtalar + tibiotarsica + talonavicular (ON - 50 a 75%)
12
Q
Fratura do tálus
- Qual a relação da incidência de osteonecrose (ON) com o desvio e cominuição das fraturas?
A
- ⬆ desvio → ⬆ osteonecrose
- ⬆ cominuição → ⬆ osteonecrose
13
Q
Fratura do tálus
- Classificação de Weber / Marti (4):
A
- Tipo 1 → fraturas da periferia (cabeça e processos lateral e posterior)
- Tipo 2 → fraturas centrais (colo e corpo) sem desvio
- Tipo 3 → fraturas do colo e corpo desviados
- Tipo 4 → tipo 3 + luxação do corpo
14
Q
Fratura do tálus
- Classificação de Hawkins para fraturas do processo lateral (3 grupos):
A
Bizu: SCA → Simples // Cominutiva // Avulsão
- Grupo 1 → fratura simples do processo lateral acometendo as articulações subtalar e fibulotalar (MAIS COMUM)
- Grupo 2 → fratura cominutiva
- Grupo 3 → fratura do rebordo anterior do processo lateral envolvendo o processo posterior (avulsão)
15
Q
Fratura do tálus
- Como é realizada a manobra de redução da fratura do colo do tálus?
A
- Joelho fletido e pé em flexão plantar
- Trazer o pé junto ao fragmento da cabeça em encontro ao fragmento do corpo
16
Q
Fratura do tálus
- Quais as indicações para o tratamento conservador?
A
- Apenas nas fraturas não desviadas (Hawkins tipo 1)
- Sem incongruência subtalar ou tíbiotársica
- Fragmentos < 1 cm
- Confirmar pela TC
- Restrição de carga por, pelo menos, 4 a 6 semanas
- Pode levar até 12 semanas para consolidação
17
Q
Fratura do tálus
- Quais as indicações para o tratamento cirúrgico?
A
- Hawkins tipo 1 → tratamento cirúrgico para liberar ADM precoce
- Geralmente percutâneo
-
Hawkins 2, 3 e 4 → sempre cirúrgico
- Percutâneo ou aberto
- Dupla via de acesso → menor incidência de ON
- Restrição de carga por 10 a 12 semanas
18
Q
Fratura do tálus
- Quais as principais complicações?
A
- Infecção/necrose de pele
- Defeitos na cicatrização da FO
- Osteomielite (+ comum, dividindo com artrose)
- PSA e consolidação viciosa
- Artrose pós traumática (46 a 97%)
19
Q
Fratura do tálus
- O que corresponde o sinal de Hawkins?
A
- Osteopenia subcondral no AP (por desuso)
- Atrofia óssea subcondral exclui diagnóstico de ON
- Sinal de revascularização subcondral
- Mais evidente > 6 a 8 semanas
- Bom prognóstico
- Altamente sensível, moderadamente específico
- Ausência do sinal não é indicativo de ON
20
Q
Fratura do tálus
- Qual o melhor exame para avaliação de osteonecrose (ON)?
A
-
Ressonância magnética
- > 3 semanas de lesão, mas pode aparecer até 36 meses
21
Q
Fratura do tálus
- Qual a indicação de artrodese?
A
-
Somente se colapso da cúpula ou ON
- Artrodese de Blair é uma opção
22
Q
Fratura do tálus
- Qual é a região do tálus mais susceptível para evoluir com osteonecrose (ON)?
A
- Região posterolateral (menos vascularizada)
23
Q
Luxação peritalar
- Definição:
A
- Luxação subtalar + talonavilucar, sem luxação das articulações do tornozelo ou da calcaneocubóide
24
Q
Luxação peritalar
- Epidemiologia:
A
- Lesão rara (15% todas lesões tálus)
- Homens jovens → 6:1
- Lesões associadas em 88%
25
Q
Luxação peritalar
- Quais as principais lesões associadas?
A
- Lesão osteocondral (mais frequente → 45%)
- Fraturas maleolares, base do 5º, cubóide e tubérculo do navicular
- Outras lesões músculoesqueléticas em 48% pacientes
26
Q
Luxação peritalar
- Quais os principais mecanismos de lesão?
A
- Queda de altura / automobilístico / basquete
-
Luxação medial → inversão (75% casos) → navicular plantar
- Calcâneo e restante do pé medializam
- Cabeça do tálus proeminente dorsolateralmente
- Fulcro é o sustentáculo do tálus
-
Luxação lateral → eversão (mais rara e com pior prognóstico) → navicular dorsal
- Calcâneo lateraliza e a cabeça tálus fica proeminente dorsomedialmente
- Fulcro é no processo anterior do calcâneo
27
Q
Luxação peritalar
- Quais os principais ligamentos lesionados?
A
- Ruptura dos ligamentos talonavicular e talocalcâneo
- Calcaneonavicular → intacto!
28
Q
Luxação peritalar
- No caso de luxação com mecanismo em inversão do pé (navicular plantar no rx), quais estruturas podem interpor e dificultarem a redução?
A
- Fibulares
- Extensor comum dos dedos (ECD)
29
Q
Luxação peritalar
- No caso de luxação com mecanismo em eversão do pé, quais estruturas podem interpor e dificultarem a redução?
A
- Tibial posterior
- Flexor longo do hálux
- Flexor longo dos dedos