GO Interesssante Flashcards
Os ductos de Wolff (mesonéfricos) dependem de qual hormônio para se desenvolver? Quais estruturas eles originam?
- Dependem da testosterona para se desenvolver, originam:
> Epidídimo;
> Canais deferentes
> Vesículas seminais
> Ductos ejaculatórios;
Os ductos de Muller (paramesonéfricos) dependem de qual hormônio para se desenvolver? Quais estruturas originam?
- Se desenvolvem na AUSÊNCIA DO HORMÔNIO ANTI-MULLERIANO (HAM).
Originam: - Útero;
- Tubas uterinas;
- 1/3 superior da vagina;
O que é o SRY?
É um gene, presente no cromossomo Y, chamada região determinante do cromossomo Y, este faz com que haja o desenvolvimento testicular.
O testículo por sua vez produz testosterona e hormônio anti-Mulleriano;
Sendo assim impede o desenvolvimento dos ductos de Muller e faz com que os ductos de Wolff se desenvolvam, dando origem às estruturas masculinas: Epidídimo, canais deferentes, vesículas seminais, ductos ejaculatórios.
Impede também formação dos ovários.
O que cada estrutura embriológica irá formar (em relação à genitália)?
- Lembremos, que o SRY presente, haverá o desenvolvimento dos ductos de Wolff, com desenvolvimento das células de sertoli que produzem hormônio anti-Mulleriano, e Leydig que produzirão testosterona e posteriormente se transformará na DIHIDROTEstosterona (DHT), hormônio que então irá transformar:
- Tubérculo genital: Glande do pênis;
- Pregas urogenitais: Corpo do pênis;
- Pregas labioescrotais: Bolsa testicular;
- Seio urogenital: Próstata;
Se não houver ação da DHT:
- Tubérculo genital: Clítoris;
- Pregas urogenitais: Pequenos lábios;
- Pregas labioescrotais: Grandes lábios;
- Seio urogenital: Vagina distal.
Do que é formado o paramétrio?
- É a estrutura de sustentação uterina, formada pelos ligamentos cardinais + Uterossacros.
V ou F?
As gônadas são bipotentes e indiferenciadas até 7 semanas de gestação.
Verdadeiro.
V ou F?
Na embriologia, para formação do ovário, o SRY não pode existir.
Verdadeiro.
Quais as características estabelecidas como normais pela FIGO?
Frequência: 24-38 dias;
Duração: 5-8 dias;
Volume: 5-80mL
Como o hipotálamo se comunica com a hipófise?
- Através do sistema FECHADO porto-hipofisário;
> Ou seja, não há liberação desses hormônios na corrente sanguínea “geral”.
> As secreções glicopeptídicas despejadas pelo hipotálamo tem meia-vida curta;
O que é o eixo Hipotálamo-Hipófise-ovário?
- É o eixo de hierarquia de liberação de hormônios e de regulação da menstruação como um todo.
- O hipotálamo secreta GnRH de forma pulsátil (e independente), que determinam a produção de LH e FSH. Dependendo da frequência do GnRH, teremos mais produção de LH OU FSH. Maiores frequências favorecem a maior secreção de LH, e frequências menores favorecem a secreção de FSH.
Portanto: - Fase folicular inicial: Frequência Lenta (maior produção de FSH);
- Fase folicular média: Aumenta-se frequência do pulso (aumenta-se a produção de LH);
- Peri-ovulação: Frequência e amplitude altas (Objetivam o pico de LH e consequente ovulação);
- Pós-Ovulação: Diminui frequência novamente.
Quais as fases do ciclo ovariano?
- 1ª fase: Folicular:
> Esteroidogênese plena (2 células - 2 gonadotrofinas) -resposta hormonal ao FSH e LH;
Células da TECA: Receptores de LH-> Síntese de androgênios derivados do colesterol;
Células da Granulosa: Receptores de FSH-> Conversão de androgênios em estrogênios através da aromatase.
> Androstenediona -> Estrona;
> Testosterona -> Estradiol
Ovulação propriamente dita: Depende do pico de LH, este leva À ativação de enzimas proteolíticas, prostaglandinas, ativador plasminogênico. Há então o rompimento folicular, com liberação do ovócito maduro,
- 2ª fase: Lútea:
> Duração constante: 14 dias;
> Células foliculares remanescentes: Corpo lúteo;
> Produzem progesterona;
*A ativação folicular não é dependente de gonadotrofinas.
** No entanto o processo de Recrutamento, seleção e dominância (folículo dominante
Quais as fases do ciclo endometrial?
- 1ª fase: Proliferativa:
> Sob influência do estrogênio, as células glandulares e estromais da camada funcional proliferam rapidamente logo após a menstruação.
2ª fase: Secretora:
> Ocorre após ovulação, sob ação da progesterona, ocorre um padrão secretor do endométrio.
> Diferenciação das glândulas e secreção de glicogênio e glicoproteínas.
- Qual o papel da Inibina B?
- É a fase folicular que ocorre a liberação de estradiol e inibina B, que diminui a secreção de FSH. Tal diminuição vai selecionar os folículos com maior expressão de receptores de FSH. No final da fase folicular, há um aumento de estradiol, que deveria promover um feedback negativo das gonodotrofinas, no entanto ocorre uma ação diversa, ocorre um feedback POSITIVO, ocorrendo o pico de LH, ocorrendo a ovulação de 36-40 horas após.
Como se dá o processo de menstruação?
- Após a fase folicular, adentrando a fase lútea, temos um endométrio proliferado pela ação do estradiol, agora ocorrendo a transformação para o tecido secretor. Após isso, a progesterona mantém bloqueado o eixo, com FSH e LH baixo por feedback negativo.
Se não ocorrer a fecundação, o corpo lúteo (que produz progesterona e mantém o endométrio) sofre atresia, queda abrupta da progesterona, todo aquele tecido endometrial que sofreu hiperplasia morre e descama. Após obviamente há liberação do eixo HHO, com aumento de FSH e reinício do cilo em sua fase folicular/proliferativa.
Qual o papel do HCG?
- Gonadotrofina coriônica humana: Trata-se de um hormônio que não permite a atresia do corpo lúteo, o mesmo continua produzindo progesterona até cerca de 3 meses, momento em que ocorre o surgimento do tecido placentário que é autossuficiente na produção de progesterona.
Qual a definição de amenorréia primária?
Ausência de menarca até os 14 anos de idade sem caracteres sexuais secundários OU ausência de menarca até os 16 anos com caracteres sexuais secundários.
Febrasgo 13 e 15 anos.
Qual a definição de amenorréia secundária?
- Ausência de menstruação por mais de 6 meses (mulheres com ciclos irregulares);
- Ausência de menstruação por mais de 3 ciclos (mulheres com ciclos regulares).
Febrasgo: Ausência de menstruação por 3 meses ou quando ocorrem menos de 9 menstruações em 1 ano.
Como direcionar o raciocínio em relação a amenorréia secudária, no que diz respeito ao compartimento em questão, quando se trata das gonadotrofinas e estrogênio?
- Hipogonadismo:
> Hipergonadotrófico: FSH/LH altos e estrogênio baixo- Compartimento: Ovário
> Hipogonadotrófico: FSH/LH baixos / Estrogênio baixo - Compartimento: Hipotálamo ou hipófise.
> Eugonadotrófico: FSH/LH normal / estrogênio Normal- Compartimento: Vários
Quais as causas fisiológicas de amenorréia?
- Gestação;
- Amamentação (Aumento de prolactina);
- Menopausa.
Quais as causas uterinas/vaginais de amenorréia? (6)
- Agenesia vaginal;
- Hímen imperfurado;
- Septo vaginal;
- Malformações Mullerianas;
- Síndrome de Morris;
- Deficiência de 5 alfa-redutase;
Quais as causas ovarianas de amenorréia?
- Disgenesia gonadal;
- Síndrome de Turner;
- Síndrome de Swyer;
Quais as causas Hipofisárias de amenorréia?
- Tumor hipofisário;
Quais as causas hipotalâmicas de amenorréia?
- Síndrome de Kallman;
- Atraso fisiológico da puberdade;
- Tumor (Ex Craniofaringioma);
O que é a síndrome de Rokitansky-Kuster-Hauser?
Amenorréia primária
46XX;
- Agenesia dos ductos de Muller: Ausência de útero e vagina em fundo cego;
- Ovários normais e funcionantes;
- Caracteres secundários normais;
- Tratamento: Neovagina;
- OBS: Associação frequente com anomalias renais e das vias urinárias;
O que é a síndrome de Morris?
Amenorréia primária
46XY
Doença cromossômica ligada ao cromossomo X;
Gônadas = testículos
- OU seja, produção de hormônio anti-mulleriano
- Produção de testosterona, no entanto não possui ação biológica por defeito nos receptores;
Genitália externa feminina;
Pelos escassos ou ausentes;
Mamas pequenas;
Diagnóstico: Ex físico + USG;
TTO: Terapia hormonal + neovagina + gonadectomia
Qual o quadro clínico do hímen imperfurado, e quais os diagnósticos diferenciais?
- Acúmulo de sangue menstrual por obstrução -> Dor pélvica cíclica;
- Tratamento é cirúrgico;
-> Diagnósticos diferenciais: Septo vaginal transverso / Atresia vaginal
Qual o quadro clínico da Síndrome de Turner?
45X0 / Compartimento: Ovário
- Disgenesia gonadal mais comum;
- Genitália externa e interna feminina (pré-púbere);
- Estigmas: Implantação baixa das orelhas / Pescoço alado /
- Anomalia cardíaca;
- Diagnóstico: CARIÓTIPO
- Tratamento: Terapia hormonal / GH exógeno até puberdade para aumentar estatura final.
O que é a Disgenesia gonadal pura?
- 46XX;
-Amenorréia primária sem caracteres sexuais secundários; - Genitália interna e externa feminina (pré-púbere);
- 20% dos casos: 46 XY -> Síndrome de Swyer, nesse caso o testículo é disgenético, não produzindo hormônio anti-Mulleriano nem testosterona. Como consequência, se tem o desenvolvimento de útero, tubas uterinas e terço superior da vagina (desenvolvimento dos ductos de Muller ou paramesonéfricos) e a genitália externa é feminina (sem produção de testosterona).
O que é a deficiência isolada de GnRH?
- Umas das causas de amenorréia primária, de origem hipotalâmica, ou resistência a ação desse hormônio na hipófise.
- RM de hipotálamo e hipófise normais.
- Até 60 % dos casos : Síndrome de Kalmman
-> Síndrome de Kalmman:
- Ocorre por falha na migração de células neuronais olfatórias e células produtoras de GnRH da placa cribriforme do nariz até a área pré-óptica e hipotalâmica após embriogênese.
- Hiposmia/anosmia e HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO.
- Infantilismo sexual;
- Defeitos associados: Fenda palatina, ataxia cerebelar, surdez neurossensorial, agenesia renal unilateral (até 40% dos casos);
- Tratamento: Admnistração pulsátil de GnRH exógeno;
o Que é o atraso constitucional da puberdade?
- Causa mais comum de puberdade tardia;
- Amenorréia primária com atraso no desenvolvimento de caracteres sexuais secundários;
- Padrão autossômico dominante familiar;
- Diagnóstico de exclusão;
- Maturação sexual acompanha maturação óssea e não idade cronológica;
Quais as etiologias de amenorreia secundária?
> Útero e Vagina: Sinéquia uterina (Sindrome de Asherman) , estenose cervical ou vaginal iatrogênica.
Ovário: Insuficiência ovariana prematura / SOP / Síndrome de Savage
Hipófise: Síndrome de Sheehan / Hiperprolactinemia / Tumores / Síndrome da sela vazia.
Hipotálamo: Causas disfuncionais (estresse intenso, exercícios extenuantes, distúrbios alimentares) / pseudociese / tumores / Doença crônica debilitante / infecções e inflamações.
O que é a síndrome de Asherman?
- Causada por sinéquias uterinas pós procedimentos intrauterinos ou processos inflamatórios.
- Q.clínico: Dor pélvica, disfunção menstrual, infertilidade, abortos de repetição;
- Todas dosagens hormonais estão normais;
- Tratamento: Lise de aderências através de histeroscopia;
O que é a insuficiência ovariana prematura (IOP)?
- Amenorréia antes dos 40 anos de idade;
- Causas genéticas ou adquiridas;
- Diagnóstico: FSH>25mUI/mL
- Investigação diagnóstica:
> Cariótipo (síndrome de Turner; Cromossomo Y);
> Pesquisa do X frágil;
> Pesquisa de autoanticorpos; - Tratamento: Terapia hormonal.
Do que se trata a síndrome de Savage?
- Síndrome da resistência ovariana;
- 46XX;
- Alteração em nível de receptor ou pós-receptor das gonadotrofinas;
- Não há esteroidogênese;
- Tratamento: Terapia hormonal;
Por que hipotireoidismo é uma causa de hiperprolactinemia?
- Porque o TSH também estimula quando em altas titulações os lactotrofos. Sendo assim, tendo em vista uma ausência de feedback negativo, há uma hiperprodução de TSH, com estímulo dos lactotrofos e consequente hiperprolactinemia.
Qual a fisiopatologia de síndrome de Sheehan?
- Na gestação, há um ingurgitamento da hipófise, tendo em vista aumento da demanda hormonal geral. Quando a gestante, ao parto apresenta sangramento importante com hipovolemia, há uma isquemia com infarto da hipófise. A posteriori a paciente cursa com pan-hipopituitarismo.
O que é a síndrome da sela túrcica vazia?
- Trata-se de uma herniação da aracnoide para dentro da sela túrcica, levando a preenchimento por líquido cefalorraquidiano.
- Clínica: Diferentes graus de hipopituitarismo;
Como se da o hiperandrogenismo na SOP?
- Alterção da pulsatilidade do GnRH, fazendo com que o FSH fique baixo (ou normal) e o LH aumentado (geralmente proporção 2:1 LH/FSH);
- Assim há aumento da produção de androgênios pelas células da TECA;
- Androgênios e estrona=> Geral feedback anormal na hipófise;
- Ocorre alteração do perfil lipídico;
- Como há a perpetuação dessa desproporção, com FSH insuficiente, a secreção hormonal não é cíclica, gerando a irregularidade menstrual com ciclos anovulatórios.
Qual o quadro clínico da SOP?
Hiperandrogenismo:
>Hirsurtismo: Ferriman-Gallway> 5
> Acne, seborreia- Não há definição exata para diagnóstico;
>Alopécia hiperandrogênica: Frontal e central;
> Virilização: Clitoromegalia, aumento de massa muscular, alopecia, voz grossa - incomuns.
Anovulação:
> Ciclos longos, >35 dias de intervalo OU <8 ciclos /ano;
> Amenorréia: Ausência de menstruação por mais de 3 meses;
> Sangramento uterino anormal (SUA) não estrutural de causa ovulatória;
Infertilidade:
> Anovulação crônica;
> Abortamento precoce - Insuficiência lútea? Hiperinsulinemia;
Síndrome metabólica
> Obesidade (Apneia obstrutiva do sono);
> Hiperinsulinemia (acantose nigricans, intolerância a glicose, DM2);
> Dislipidemia;
> HAS
Diagnóstico de SOP?
- Diagnóstico de exclusão:
Excluir: Hiperprolactinemia- Dosagem de prolactina, hiperplasia adrenal congênita (forma tardia ou não clássica) - Dosagem de 17OHProgesterona, Alterações de tireóide- TSH e T4L , Tumores secretores de androgênios/Uso exógeno - Testosterona total e livre, SDHEA, Síndrome de cushing - Cortisol salivar noturno às 23 horas ou teste de supressão com 1mg de dexametasona. **LEMBRANDO QUE OS EXAMES DEVEM SER COLHIDOS ENTRE O 1º E 5 º DIA DO CICLO OU EM QUALQUER ÉPOCA EM PACIENTES EM AMENORRÉIA.
EXCLUÍDAS CAUSAS:
> CRITÉRIOS DE ROTTERDAM: PELO MENOS 2 DE 3.
1) HIPERANDROGENISMO CLÍNICO OU LABORATORIAL;
2) CICLOS ANOVULATÓRIOS;
3) USG SUGESTIVO - 20 OU MAIS FOLÍCULOS ENTRE 2 -9 mm E/OU VOLUME OVARIANO MAIOR OU IGUAL A 10mm³ EM PELO MENOS UM DOS OVÁRIOS;
TRATAMENTO DE SOP?
- MEV: PERDA 5-10% DO PESO + ATV FÍSICA + ALIMENTAÇÃO;
- SE INTOLERÂNCIA A GLICOSE, SINAIS DE HIPERINSULINEMIA (ACANTOSE NIGRICANS), OU OBESA COM ANTECEDENTE FAMILIAR DE DM: METFORMINA OU LIRAGLUTIDA
- OBESIDADE MÓRBIDA: CONSIDERAR BARIÁTRICA;
- DISFUNÇÃO MENSTRUAL SEM SINAIS DE HIPERANDROGENISMO: PROTEÇÃO ENDOMETRIAL (PROGESTAGÊNIO INTERMITENTE: PROGESTERONA MICRONIZADA, MEDROXIPROGESTERONAL) OU CONTÍNUO: DESOGESTREL).
Porque há um aumento da chance de hiperplasia endometrial (com aumento de chance de neoplasia endometrial) na SOP?
- Porque há muitos androgênios circulantes, sendo convertidos perifericamente em estrona.
Qual o papel da insulina na SOP?
- A insulina tem ação sinérgica ao LH, aumentando ainda mais a produção de androgênios;
- Aumenta IGF-1 inibindo o FSH;
- Reduz a SHBG, aumentando a quantidade de androgênios livres.
Qual o diagnóstico de puberdade precoce?
- Rx Mãos e punhos, se maior que 2 desvios padrões, tratar.
- Dosagem hormonal: LH maior que 0,6 ou 0,3U/L - Puberdade central;
- Teste do estímulo com GnRH - Dosagem seriada de LH;
- Perfil androgênico: testosterona total e livre, androstenediona e S-DHEA;
- Hiperplasia adrenal congênita (HAC): 17-OHprogesterona OU 11-desoxicortisol OU teste do estímulo com ACTH;
- Hipotireoidismo: TSH e T4l;
- RNM crânio: Avaliação de SNC;
- USG pélvico: afastar cistos ou tumores;
Qual o tratamento da puberdade precoce?
- Central: Garantir potencial de estatura geneticamente determinado; *Idade óssea avançada no diagnóstico: menor benefício com tratamento;
> N tratar: Sem progressão por 3-6 meses, PPC próximo da idade de puberdade normal, progressão lenta.
TTO: Análogo de GnRH: Bloqueio do eixo HHO / Acetato de leuprolide - 3,75mg a cada 28 dias ou 11,25mg a cada 84 dias, IM.
> Seguimento a cada 3-6 meses, telarca deve estacionar ou regredir, nível de LH<0,6.
IMPORTANTE: TAL TRATAMENTO NÃO TEM INFLUENCIA NA REGULARIDADE DOS CICLOS OU FERTILIDADE.
Qual o tratamento da puberdade precoce periférica?
- Basicamente tratar causa:
> Não tem resposta ao análogo de GnRH, pois não é central;
> Remover exposição a hormônios exógenos;
> Cistos ovarianos funcionais: Seguimento;
> Tumores de ovário ou adrenais: Abordagem multidisciplinar - Cirurgia, radioterapia, quimioterapia;
> HAC: Glicocorticóides via oral;
> Hipotireoidismo: Levotiroxina;
Qual a definição de puberdade tardia?
- Não ocorrência de telarca até 13 anos;
- Não ocorrência de menarca 5 anos após o início da puberdade;
Qual a definição de puberdade precoce?
- Puberdade antes dos 8 anos;
Diagnóstico diferencial de puberdade tardia?
- Atraso constitucional do desenvolvimento: Idade óssea atrasada em relação à cronológica, previsão de estatura final normal- Seguimento;
- Malformações Mullerianas: Sd Rokitansky-Kuster-Hauser ou criptomenorréia;
- DDS(distúrbios de desenvolvimento sexual): Sd insensibilidade androgênica (Síndrome de Swyer e Morris);
Como fazemos a avaliação dos diagnósticos relacionados à puberdade tardia?
- Avaliarmos o FSH:
> Hipogonadismo hipogonadotrófico: Disfunção hipotalâmica (Atraso constitucional, doença crônica, exercício intenso, estresse, desnutrição, tumores), hipopituitarismo (tumores, inflamações), hipotireoisimo, hiperprolactinemia. - Lembrar aqui de Sd de Kallman: Défcit migracional dos neurônios relacionados à secreção de GnRH;
> Hipogonadismo Hipergonadotrófico: Deficiência ovariana primária, FSH e LH altos, Síndrome de Turner, disgenesia gonadal , Ooforite autoimune, Síndrome de Savage (deficiência dos receptores de FSH);
Qual o tratamento da puberdade tardia?
- Tratar causa específica;
- Tratamento de substituição hormonal aos 11/12anos (mesmo sem causa definida): Garantir formação dos caracteres sexuais secundários.
Qual a sequência dos eventos cronológicos da puberdade?
- Telarca->Pubarca->Menarca
- LEMBRAR, sequencia? aahh ela ta com TPM.
Qual o efeito da prolactina?
- Lactogênico, e PRINCIPALMENTE INIBIÇÃO DO EIXO GONADOTRÓFICO (INIBIÇÃO DO GnRH);
- É inibida pela dopamina;
Quais os objetivos no tratamento da hiperprolactinemia?
- Interromper galactorreia;
- Reverter hipogonadismo: Restaurar função reprodutiva e evitar perda de massa óssea.
- Reduzir dimensões do tumor: Evitar sintomas compressivos.
Se não for possível suspensão do medicamento causador de hiperprolactinemia, qual a conduta?
- Associar estrogênio e progesterona, para corrigir hipoestrogenismo e perda de massa óssea.
- Pacientes assintomáticas não precisam de tratamento.
Qual o tratamento para hiperprolactinemia induzida por prolactinoma? Qual o seguimento?
- Agonistas dopaminergicos;
-> Bromocriptina: 2,5mg 12/12h, VO;
-> Cabergolina: 0,5-1mg 1 a 2 vezes por semana ( Menos efeitos colaterais, mais eficaz);
Seguimento: Níveis de PRL e efeitos adversos mensamente;
> RNM 12 meses se macroprolactinoma (>1cm) ou antes, se elevação dos níveis de PRL ou sinais neurológicos de expansão tumoral.
Se resistência aos agonistas dopaminérgicos: Ressecção transesfenoidal, principal risco relacionado ao procedimento cirúrgico: Hipopituitarismo.
Qual a principal causa de hiperprolactinemia patológica?
Adenomas hipofisários.
» Respondem muito bem aos agonistas dopaminérgicos.
Qual a diferença da definição obstétrica da jurídica do aborto?
- Obstétrica: Interrupção voluntária ou não da gravidez antes de 22 semanas de gestação OU peso fetal inferior a 500g.
- Jurídica: Qualquer interrupção da gestação ou morte fetal independente das semanas peso ou qualquer outra variável.
Quando o aborto é considerado legal?
- De forma geral é ilegal, conforme código penal, título 1 (dos crimes contra a pessoa), capítulo 1 (dos crimes contra a vida).
No entanto, existem 3 formas que o aborto é considerado legal:
> Aborto necessário ou terapêutico: Risco de vida para mãe;
> Aborto decorrente de estupro;
> Interrupção da gestação de fetos anencéfalos;
Qual a recomendação para o aborto LEGAL por doença ameaçadora a vida da gestante?
- Avaliação realizada por 2 médicos (idealmente por 3), sendo 1 especialista na doença que justifica o aborto;
- Registro das justificativas em prontuário médico;
- Consentimento expresso da gestante (ou responsável legal);
- Garantia do acompanhamento por equipe multiprofissional;
**NÃO É NECESSÁRIA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, NEM BOLETIM DE OCORRÊNCIA, NEM COMUNICAÇÃO AO CRM.
Qual a recomendação para o aborto LEGAL em caso de estupro?
- Admitido por lei desde que realizado por médico com prévia anuência da gestante (Ou seu representante legal);
- Não é necessário autorização judicial, nem apresentação de boletim de ocorrência;
- NÃO É PRECISO QUE HAJA CONDENAÇÃO JUDICIAL PELO ESTUPRO;
O que saiu de atualização agora em 2023?
- ATENÇÃO!
A PORTARIA GM/MS Nº2561, DE 23 DE SETEMBRO DE 2020 FOI REVOGADA LOGO:
> NÃO É MAIS NECESSÁRIO: Comunicar estupro à autoridade policial responsável / Coletar evidência materiais do crime de estupro.
> No entanto não muda a necessidade de notificação compulsória de violência a mulher À AUTORIDADE POLICIAL EM ATÉ 24H (LEI 13931)
Quais os documentos necessários para prosseguir com a interrupção da gravidez decorrente de estupro?
- Relato circunstanciado do evento, realizado pela própria gestante, perante 2 profissionais de saúde do serviço;
- Parecer técnico médico;
- 3 integrantes, NO MÍNIMO, da equipe de saúde multiprofissional subscreverão o TERMO DE APROVAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ.
- GESTANTE deve assinar o termo de responsabilidade;
- Consentimento livre e esclarecido;
**IMPORTANTE: Segundo ao capítulo ll, inciso lX, do código de ética médica, que permite ao médico: “Recursar-se a realizar atos médicos que , embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência”.
- Portanto, caso o médico não concorde e não queira realizar o procedimento, deve encaminhar gestante para um que concorde.
Quais os requerimentos para realização do aborto em fetos anencéfalos?
- STF em 2012 permitiu antecipação do parto.
- Não é necessário autorização judicial
- Não há idade gestacional máxima para solicitação de antecipação;
- Resolução 1989/2012 do conselho federal de medicina definiu:
> Exame ultrassonográfico a partir de 12ª semana de gestação, que deve conter : Duas fotos, identificadas e datadas, uma com a face do feto em posição sagital e a outra com corte transversal demonstrando a ausência da calota craniana e de parênquima cerebral identificável.
> Laudo assinado por 2 médicos CAPACITADOS para o diagnóstico;
O que é o sinal de Bandl?
É um sinal de constrição uterina patológica (Sinal da ampulheta);
O que é sinal de Bandl-Frommel?
- Sinal de rotura uterina iminente: Conjunto de sinal de Bandl (Constrição uterina patológica) + Frommel (Palpação de ligamento redondo retesado);
Qual a indicação clássica de cerclagem?
- Abortamento fetal tardio, dilatação indolor e eliminação do concepto sem contrações no segundo trimestre.
-> Pacientes com fatores de risco para IIC:
. USG transvaginal com medição de colo uterino 12-16 semanas, se colo curto (Cumprimento<25-30mm): CERCLAGEM 16-24semanas.
-> Pacientes com ANTECEDENTES de IIC: Cerclagem profilática 12-16 semanas.
Quais são os RN de alto risco de exposição vertical ao HIV? (8)
- Mães sem pré-natal;
- Mães sem TARV durante a gestação;
- Mães com indicação de profilaxia no momento do parto (zidovudina) que não a receberam;
- Mães com início de TARV na 2ª metade da gestação;
- Mães com infecção aguda durante a gestação ou aleitamento;
- Mães com CV-HIV detectável no 3º trimestre, recebendo ou não a TARV;
- Mães sem CV-HIV conhecida;
- Mães com TR-positivo para HIV no momento do parto (Sem diagnóstico ou seguimento prévio);
Quais os RN de baixo risco para transmissão vertical de HIV?
Uso de TARV desde a primeira metade da gestação e com CV-HIV indetectável a partir da 28ª semana (3º trimestre), e sem falha na adesão da TARV.
De resto, tudo é alto risco.
Qual a profilaxia para transmissão vertical do HIV para alto risco e baixo risco?
- RN alto risco: DEPENDE DA IG
> A termo(37 semanas +): Zidovudina + Lamivudina + Raltegravir por 28 dias;
> 34 -> 37s: Zidovudina e lamivudina por 28 dias, nepiravina nos primeiros 14 dias;
< 34s: Zidovudina por 28 dias - RN de baixo risco: Zidovudina por 28 dias;
Bônus: Seguimento: CV-HIV 2, 6, 12 semanas, a sorologia não é solicitada, pois há passagem de anticorpos maternos pela placenta.
Do que se trata o mneumônico PALM-COIN?
- São as possíveis causas de sangramento uterino anormal (SUA):
P ólipo
A denomiose
L eiomioma
M alignidade
C oagulopatia
O disfunção ovulatória
I atrogênica
N causas não classificadas
O que é a regra de Naegelle?
- Para se saber a DPP
-> +7 ao número de dias e - 3 meses à data da DUM.
Quais os exames a serem solicitados na primeira consulta do pré-natal, segundo o ministério da saúde?
Exames:
- Hemograma;
- Tipagem sanguínea/Fator Rh;
- Coomb indireto;
- Glicemia em jejum
- HIV, VDRL, TOXO (IgG e IgM), AgHBS;
- Sumário de urina 1 + UROCULTURA;
- Colpocitologia oncótica;
- Protoparasitológico de fezes;
Febrasgo adiciona + 5:
> T4l / TSH ;
> Rubéola e CMV;
> Ferritina sérica;
> Hemoglobina glicada;
Situações especiais o MS:
> Eletroforese de hemoglobina + Exame de secreção vaginal;
Quais os exames solicitados no 2º trimestre?
-> TOTG (TOTG) com 75g de dextrosol (24-28semanas) - Jejum, 1 e 2 horas.
-> COOMBS indireto (se for Rh negativo): Mensal até 28 semanas;
-> Toxoplasmose se for suscetível: Mensal ou no máximo a cada 2 meses;
Quais exames solicitados no 3º trimestre?
- Hemograma;
- VDRL + Anti-HIV + Sorologia para hepatite B (HBsAg);
- Urocultura + Urina tipo l;
- Rastreio universal e EGB vaginal e anal entre 36-37 semanas de gestação (fúrcula vaginal e região anal);
Qual o primeiro USG a ser solicitado no pré-natal?
- Entre 6-9 semanas => USG obstétrica inicial;
> Diagnóstico de gestação / evolutiva;
> Datação;
> Tópica/ectópica;
> Única/múltipla;
> Corionicidade;
Qual a segunda USG a ser solicitada no Pré-natal?
- Morfológica de primeiro trimestre, entre 11-14 semanas;
> Rastreio (risco) de cromossomopatias;
> Medida da translucência nucal;
> Fluxo no ducto venoso;
> Identificação do ossículo nasal;
Qual a terceira USG a ser solicitada no pré-natal?
- Morfológica de 2º trimestre, feita entre 18-24 semanas;
> Vê-se toda morfologia do feto;
> Faz-se a medida do comprimento do colo uterino (Normal > ou = 2,5cm);
> Avalia-se a placenta;
Qual a quarta USG a ser solicitada no pré-natal?
- USG obstétrica de 3º trimestre, 34-36 semanas;
> Apresentação fetal;
> Avaliação da vitalidade fetal (dopplervelocimetria e ILA);
> Peso estimado;
Quando solicitar ecocardiograma fetal?
- Idade materna avançada;
- DM pré-gestacional;
- Antecedente de outro filho com cardiopatia
- Cardiopatia congênita materna;
- Doenças reumatológicas com anti-Ro/ Anti-La positivos;
- USG morfológico alterado;
- Cariótipo alterado;
- Gestação de FIV (fertilização in vitro);
- Medicações: carbamazepina, lítio, IECA e warfarina
Faz-se o exame entre 22-28 semanas de gestação.
Quais vacinas são contraindicadas na gravidez?
> Sarampo, caxumba, rubéola;
Varicela
Papiloma vírus humano;
Quando está indicada profilaxia de cistite na gestação?
- 2 ou mais episódios de cistite ou 1 episódio de pielonefrite:
-> Nitrofurantoína 100mg/dia;
-> Cefalexina 250-500mg/dia;
Qual a atualização de 2022 para toxoplasmose em gestantes?
- Em relação ao anticorpo IgM materno contra toxoplasma sendo que, na suspeita de infecção materna, já se inicia a espiramicina.
- Iniciar esquema tríplice mesmo antes da confirmação do acometimento fetal, nos casos de IgM e IgG + , em gestações com 16 semanas ou mais;
Como se da a suplementação de ferro na gravidez?
- A partir da 20ª semana de gestação e até o 3º mês pós-parto;
Qual a definição de bacteriúria assintomática?
- > ou = 100.000 UFC, e deve ser tratada na gestante, SEMPRE!
QUAL A CONDUTA FRENTE A UMA GESTANTE IgM + E IgG NEGATIVO PARA TOXOPLASMOSE?
- INICIAMOS PRONTAMENTE A ESPIRAMICINA, E REALIZAMOS NOVAMENTE O TESTE EM 2 SEMANAS.
> IGG E IGM NEGATIVOS = FALSO POSITIVO, SUSPENDEMOS A ESPIRAMICINA;
> IGG + E IGM+: INFECÇÃO AGUDA OU ANTIGA
SE MENOR QUE 16 SEMANAS: REALIZAMOS O TESTE DE AVIDEZ DO IGG, CASO O MESMO ESTEJA MUITO ÁVIDO A INFECÇÃO É ANTIGA. NO ENTANTO, SE A AVIDEZ FOR BAIXA, TEREMOS O ALTO RISCO DE INFECÇÃO NO 1 TRIMESTRE E ALTO RISCO DE TRANSMISSÃO VERTICAL, FATO PELO QUAL ENCAMINHAMOS A PACIENTE PARA O PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO.
SE > OU = 16 SEMANAS: ESQUEMA TRÍPLICE SEM NEM PENSAR : PIRIMETAMINA + SULFALAZINA + ÁCIDO FOLÍNICO (B9 / FOLATO), ALÉM É CLARO, DE ENCAMINHA-LA AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO.
Quais os sintomas de endometriose?
- Dismenorréia, dor pélvica e dispaurenia de profundidade.
Quais os exames complementares da endometriose?
- USGTV: Endometriomas
- USG pélvico e transvaginal com preparo intestinal;
- RNM com protocolo específico;
Atenção: Se mesmo assim suspeita clínica e exames de imagem normais, videolaparoscopia é uma opção.
Qual o tratamento de endometriose?
- TTO clínico se não houverem indicações cirúrgicas absolutas.
> Progestagênio contínuo: Oral, injetável, SIU-LNG ou implante subdérmico;
> Anticoncepcional combinado: sem concenso sobre contínuo ou cíclica, ou forma de administração (oral, injetável, adesivo ou anel vaginal);
> Danazol: Inibe liberação do LH e esteroidogênese, aumenta testosterona livre;
> Análogo do GnRH - Muitos efeitos colaterais;
> AINEs (adjuvante)
Quais as indicações para TTO cirúrgico da endometriose?
- 1) Endometrioma ovariano > 6 cm;
- 2) Lesão em ureter, íleo, apêndice e retossigmoide(se sinais de suboclusão);
- 3) Falha do TTO clínico;
-> Via ideal: Laparoscópica
O que chamamos de centralização fetal na USG com dopplerfluxometria obstétrica?
Quando se soma o aumento de resistência na artéria umbilical associado a redução da resistência da cerebral média.
O que é a síndrome de Fitz-Hugh-Curtis?
- Complicação tardia da DIP, trata-se de uma peri-hepatite.
Como se dá o dignóstico de DIP?
- TODOS critérios maiores presentes + 1 adicional.
MAIORES: Dor pélvica / Dor à mobilização do colo uterino / Dor em região anexial.
MENORES: Febre / Secreção vaginal patológica / Marcadores inflamatórios aumentados ou leucocitose/ Ag etiológicos (Gonococo, clamídia ou micoplasma) isolados em secreção endocervical.
OU
CRITÉRIOS ELABORADOS : Que são os critérios que apenas eles dão o diagnóstico da doença.
> USGTV, RNM pélvica sugerindo presença de abcesso tubo-ovariano;
> Biópsia endometrial com endometrite;
> Laparoscopia com sinais de infecção pélvica.
Quando há indicação de internamento na DIP?
- DIP complicada:
> Abcesso tubo-ovariano;
> Imunossuprimidas;
> Falha de ATB VO após 48-72 horas;
> Instabilidade hemodinâmica ou SEPSE;
> Gestação.
> Dúvida diagnóstica ( Gravidez ectópica?);
> Associação com DIU* (normalmente quando a inserção está relacionado à infecção).
TTO para DIP?
-> LEVE: Gonococo e clamídia
- Ceftriaxone 500mg, IM dose única.
- Doxiciclina 100mg 12/12h por 14 dias OU Azitromicina 1 GRAMA + 500mg/dia VO por 7 dias.
+ ou - Metronidazol 500mg 12/12h por 14 dias.
-> DIPA complicada:
-> TTO hospitalar: Ceftriaxone 1g 12/12h EV + Metronidazol 500mg 8/8h (Ou clinda 900mg 8/8h EV)
OU
CLinda 900mg 8/8h por 14 dias + Gentamicina IM ou EV: Ataque 2mg/kg + 3-5mg/kg/dia por 14 dias;
OU
Ampicilina + sulbactam 3g EV 6/6h por 14 dias + doxiciclina 100mg 12/12h por 14 dias.
Em caso de abcesso tubo-ovariano na DIP, qual a conduta?
-> ATB, se não houver melhora, DRENAR!
> LEmbrar, se tem abcesso = cobertura para anaeróbios.
O que fazer com o DIU na DIP?
-> Caso haja indicação de tirar, iniciar ATB e após 6 horas tirar;
VIA DE REGRA: Não retirar DIU, no entanto, quando a DIP se desenvolve no período relacionado com a inserção do DIU, este deve ser retirado OBRIGATORIAMENTE.
Como se da o diagnóstico de menopausa?
- Diagnóstico retrógrado. 1 ano depois após cessar a menstruação.
- Idade média 52 anos.
Se ocorrer a ultima menstruação antes dos 40 anos, qual o nome?
Insuficiência ovariana precoce (IOP).
Quais as fontes de estrogênio na mulher?
- Ovários: Estradiol
- Tec Adiposo: Estrona
- Placenta: Estriol
Qual risco a transição menopausal traz para mulher?
- O risco de hiperplasia/neoplasia de endométrio, tendo em vista que há produção de estrogênios no entanto, não o suficiente para induzir o pico de LH e ovulação propriamente dita, com formação de corpo lúteo, progesterona e descamação a posteriori do tecido endometrial.
Quando se trata de sintomas climatéricos, quais pilares da síndrome devemos lembrar?
1- Sintomas vasomotores: Fogachos / Irregularidade menstrual: Ciclos infrequentes-> Amenorréia
2- Síndrome urogenital: Secura vaginal / Dispaurenia / Disúria / Prurido / Urgência miccional / ITU recorrente do trato urinário.
3- Disfunção sexual: Diminuição da libido / irritabilidade / Insônia.
1 e 2: Falta de estrogênios
3: Falta de androgênios, por falência ovariana.
Como se dá o diagnóstico de menopausa?
- Clínico: Sintomas (vasomotores, urogenitais e sexuais) e amenorreia > 1 ano;
- Laboratorial: FSH > 40 mUl/ml / Estradiol < 20pg/mL
Qual o tratamento que melhoram sintomas vasomotores?
- Terapia hormonal: Estrogênio + progesterona (proteção endometrial em pacientes com útero);
Se HAS, tabagista, hipertrigliceridemia: Via transdérmica - Inibidor seletivo da recaptação de serotonina (IRSS): Melhora dos fogachos, utilizar em pacientes com CONTRAINDICAÇÃO a terapia hormonal.
Qual o tratamento dos sintomas urogenitais da síndrome climatérica?
- Estrogênio tópico (promestrieno - Óvulos ou pomada)
Quais as contraindicações à terapia hormonal na síndrome climatérica? Caso decida-se iniciar a TH, ao que se refere a Janela de oportunidade?
- CA de mama ;
- CA de endométrio;
- Evento tromboembólico prévio;
- Doença sistêmica descompensada;
- LES/SAAF;
- Doença cardiovascular estabelecida;
- Sangramento genital ou nódulo mamário não investigados;
- Meningioma (apenas progesterona);
- PORFIRIA;
> Janela de oportunidade:
- Iniciar TH até 5-10 anos da menopausa ou até os 60 anos;
Como se da o diagnóstico de IOP?
- Dosagem de FSH> 25mUl/ml em duas dosagens com intervalo de 4 semanas, INDEPENDENTE DO CICLO MENSTRUAL.
O que significa a síndrome HELLP?
É uma forma de pré-eclâmpsia grave.
H- Hemólise
E- Bilirrubina > 1,2
L - Liver enzimes (AST>70)
L- LDH>600
P - Plaquetas < 100mil
Quais as classificações de endometriose?
Pode ser classificada em Peritoneal, Ovariana e PROFUNDA:
> Peritoneal: É superficial, difícil de ser caracterizada em exames de imagem;
> Profunda: Penetra o espaço retroperitoneal ou parede dos órgãos pélvicos com profundidade de pelo menos 5 mm ou mais, formando o nódulo endometriótico;
> Ovariana: Principalmente representado pelo endometrioma;
Quais os fatores de risco para CA de mama?
- Sexo feminino é o principal;
Hormonais: - Menarca precoce;
- Menopausa tardia;
- Nuliparidade ou primeiro parto > 35 anos;
- Ausência de lactação;
- TRH;
Hereditariedade: - Mãe ou irmã com CA de mama;
- CA de mama na pré-menopausa;
- Casos no sexo masculino;
- CA de ovário (BRCA 1 e 2);
Origem judaica Asquenazi
Lesões proliferativas de alto risco
Síndrome metabólica; - Atividade física regular = REDUÇÃO DE RISCO
- Ingesta alcoolica;
Quais os principais tipos de CA de mama?
- Carcinoma invasivo sem outras especificações (SOE) = carcinoma ductal invasivo -> 70-80% dos casos;
- Carcinoma lobular invasivo -> 15% dos casos;
- Tubular, cribriforme, etc.
Quais as classificações dos tumores de mama baseado na presença dos receptores?
- Luminal A (RE/RP + / HER2 + / Ki67< 14%)
> Muito sensível à hormonioterapia;
> Melhor prognóstico;
> Mais comum (40%); - Luminal B (RE + / RP +ou- / HER2: Negativo/ Ki67<14%);
- Luminais Híbridos:RE+/RP+ / HER2 + / Ki67 qualquer
- HER2+ (HER2 puro, resto negativo ou não importa);
- TRIPLO NEGATIVO (tudo negativo);
Quais as abordagens cirúrgicas do CA de mama?
- 2 pilares: MAMA e AXILAS
MAMA: Setorectomia / Mastectomia / Mastectomia preservadora de pele / Adenectomia
Axilas: Biópsia de linfonodo sentinela (LS) ou Dissecção axilar.
Quais as indicações da radioterapia no CA de mama?
- SEMPRE indicada após cirurgia conservadora;
- Após MASTECTOMIA -> T3/T4 ou > Ln+(acometimento linfonodal);
Qual o tratamento do CDS?
- O tratamento do carcinoma ductal em situ é cirúrgico;
> Setorectomia ou mastectomia;
> Biópsia do linfonodo sentinela (se suspeita de subestimação);
> Radioterapia: Sempre feita se cirurgia conservadora (setorectomia);
> Hormonioterapia: Se receptores positivos (tamoxifeno ou inibidor de aromatase);
Como se da o rastreamento de CA de mama pelo MINISTÉRIO DA SAÚDE?
- 50-69 ANOS, A CADA 2 ANOS;
- MULHER > 70 ANOS, NÃO RECOMENDA RASTREAMENTO;
Quais as recomendações de rastreamento de CA de mama pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Sociedade Brasileira de Mastologia e da Febrasgo?
- Mamografia para TODAS as mulheres a partir de 40 anos, com periodicidade ANUAL;
- USG: Não se recomenda como método isolado de rastreamento;
- RNM: Complementar em mulheres com ALTO risco de CA de mama;
** MAMOGRAFIA<40 anos: Apenas mulheres com ALTO RISCO;
RNM : Mulheres com ALTO RISCO de CA de mama
*** Rastreamento termina quando expectativa de vida < 7 anos;
Quais as lesões histopatológicas marcadoras de alto risco de CA de mama?
O que tem atípica, geralmente se relaciona a aumento de risco:
- Hiperplasia ductal ATÍPICA: 4-5x RR;
- Hiperplasia lobular ATÍPICA: 4-5x RR;
- Carcinoma lobular in situ: 8-10x RR;
Quais as pacientes consideradas de ALTO risco?
- Portadoras de mutação do gene BRCA1 e 2 e suas parentes de 1º grau NÃO TESTADAS - BRCA1: aumento de 55% CA de mama (outros: Pâncreas e ovário) / BRCA2: Aumento de 47% de risco de CA de mama (Outros: ovários, próstata e pâncreas);
- Risco de CA de mama > ou = 20% (Análise de história, biópsias, etc);
- Antecedente de irradiação de tórax entre 10-30 anos;
- Portadoras de Síndromes genéticas;
Qual o rastreamento de CA de mama nos pacientes de alto risco?
- Mamografia anual;
- A partir de 30 anos ou 10 anos antes da idade em que parente de 1º grau que teve o CA de mama;
- A partir de 8 anos da irradiação do tórax;
- NÃO ANTES DOS 30 ANOS;
- RNM ANUAL;
Como é feita a Prevenção em pacientes de alto risco?
Quimioprevenção: Tamoxifeno, Raloxifeno e inibidores de aromatase (anastrozol ou Exemestano);
Cirurgias redutoras de risco: Mastectomia redutora de risco / Salpingooforectomia bilateral (Mutações de BRCA1 e 2)
V ou F?
A maior parte dos tumores de mama são devido a história familiar e características hereditárias.
FALSO
- 75-80% dos CA de MAMA ocorrem em mulheres SEM fator de risco;
- 10% dos tumores são hereditários;
- 10-15% possuem história familiar positiva;
O que é a transição menopáusica?
- Sintoma climatéricos;
- Dura anos;
- Diagnóstico retrógrado (menopausa, 1 ano sem menstruar);
- Aumento de risco de CA de endométrio, uma vez que não há o pico de LH , formação do corpo lúteo e produção de progesterona, portanto há proliferação endometrial sem contrabalanço da progesterona.
Qual a definição da DM gestacional?
Diabetes desenvolvido durante a gestação , que pode ou não persistir após o parto.
Qual o mecanismo do aparecimento do DM gestacional?
- Secreção placentária de hormônios e mediadores metabólicos diabetogênicos;
- LACTOGÊNIO PLACENTÁRIO (Aumento na 24ª semana);
- Por isso o rastreamento 24-28 semanas;
Porque não se faz a hemoglobina glicada na gestante?
- Porque a gravidez em si aumenta o turnover celular, fazendo com que os níveis de hemoglobina glicada não sejam confiáveis.
Como é feito o rastreio para DM gestacional?
- COM GLICEMIA EM JEJUM!
**ATENÇÃO: 01 RESULTADO APENAS JÁ DIAGNOSTICA A PACIENTE COM DM GESTACIONAL, NÃO REALIZAR TTOG NESSAS PACIENTES COM 24-28 SEMANAS, POIS JÁ TEMOS O DIAGNÓSTICO;
GJ > OU = 92 => DM GESTACIONAL( CHECAR SE PACIENTE FEZ JEJUM ADEQUADO 8-10 H);
Quais os diagnósticos na gestação relacionados as alterações glicêmicas?
Situações:
a) > ou = 92 -> DM gestacional;
b) > ou = 126 -> DM prévio
c) < 92 -> Realizar outro rastreio de 24-28 semanas com TTOG (75g glicose);
TTOG 24-28 semanas:
1. Jejum > ou = 92 ou 1h > ou = 180 ou > ou 2h > ou = 153 : DM gestacional;
2. Se todos normais (abaixo dos valores supracitados) = Exame normal, não realizar mais nenhum;
3. Jejum > ou = 126 e/ou > ou = 200 em 2h => DM pré-gestacional;
V ou F?
O risco de malformação fetal é diretamente proporcional à hemoglobina glicada.
- VERDADEIRO
As malformações comumente relatadas foram a cardiomiopatia hipertrófica, a doença arterial coronariana
(DAC), a tetralogia de Fallot (estenose aórtica e pulmonar,
comunicação interventricular e hipertrofia ventricular
direita) e as disfunções nas artérias e veias.
O que é considerado polidrâmnio e qual seu mecanismo na DM gestacional?
- É um ILA > ou = 24;
- O mecanismo é uma diurese osmótica do feto por hiperglicemia;
Qual a alteração em relação ao crescimento fetal esperada numa paciente PRÉ diabética?
- RESTRIÇÃO DO CRESCIMENTO FETAL, por vasculopatia prévia e placentação anômala;
Qual o tratamento da DM gestacional?
- Dieta + Atividade física + Controle glicêmico;
> Controle glicêmico:
- Jejum, 1h e 2h após refeição;
Manter > 70 e pós-prandial > 100;
ALVOS:
- JEJUM <95
- 1h pós-prandial: <140
- 2h pós-prandial: <120
60-70% controlam sem medicação;
> Dieta: Redução de carboidratos simples principalmente;
Descontrole: 30% ou mais de hiperglicemias;
Droga de escolha: Insulina
* Metformina:
> Utilizaremos quando não houver adesão à insulina, ou não houver acesso ou DESCONTROLE a despeito do uso de 100U ou mais (Mas atenção, a ANVISA não aprovou, FDA é categoria B, deve-se registrar em prontuário e utilizar TCLE);
O que pensar numa paciente DM2, em gestação, que vinha em bom controle, começar a apresentar hipoglicemias?
- Devemos pensar em insuficiência placentária.
Porque? - Grande parte do aumento da resistência insulínica se da pelo desenvolvimento placentário e produção do hormônio lactogênico placentário. Portanto, quando começa a haver hipoglicemia, ou seja, a insulina previamente adequada torna-se causadora de hipoglicemia, uma hipótese que devemos aventar é a diminuição do hormônio relacionado à placenta.
- Portanto, devemos avaliar crescimento do feto e vitalidade;
Qual a conduta em relação ao parto de uma paciente com DM gestacional?
- Bem controlada: Posso tolerar até 40s e 6 d;
- Com medicação: 39-39s 6 d;
- Mal controlada: 37s
Indicação do parto = obstétrica.