Distúrbios Hipertensivos Flashcards
Definição pré-eclâmpsia
Hipertensão diagnosticada > 20 semanas gestação + proteinúria
Definição eclâmpsia
Convulsão tônico-clônica pré parto, durante o parto ou pós parto decorrente da pré-eclâmpsia
Pode ser seguida de coma
Há bradicardia fetal de 3-5 mn sem necessidade de parto de urgência
O que precede a eclâmpsia
Cefaleia, alterações visuais e epigastralgia
Definição hipertensão gestacional
Hipertensão > 20 semanas sem proteinúria e sem sinais de gravidade
Passa até 12 semanas após o parto
Definição hipertensão crônica
Hipertensão < 20 semanas de gestação
> 140 x 90
Se hipertensão < 20 semanas e proteinúria > 20 semanas, há pré-eclâmpsia sobreposta
Laboratoriais pré-eclâmpsia
Fundoscopia com espasmo arteriolar, edema da retina
ácido úrico elevado
cálcio < 100 mg; na HAS é > 100 mg
Fatores de risco pré-eclâmpsia
primiparidade
gravidez multipla ou molar (mais placenta)
HAS prévia
obesidade
extremos de idade
DRC
lupus
história familiar
raça negra
troca de parceiro e nova gravidez
uso de preservativo (menor contato com antígeno paterno)
Fases formação da placenta
1a onda 6-12 semanas
2a onda 16-20 semanas –> falha = pré-eclâmpsia - vasos ficam mais estreitos, gerando isquemia placentária - piora com a evolução da gestação
Fisiopato ativação endotelial
Isquemia –> estresse oxidativo –> interleucinas e fator de necrose tumoral alfa –> diminui óxido nítrico –> diminui vasodilatação
Há também aumento da permeabilidade vascular (proteinúria + edema e hemorragia cerebral)–> liquido no 3o espaço –> colabora para isquemia
Dano endotelial –> trombocitopenia
vasoespasmo = perda de controle endotelial
Lesão renal característica da pré-eclâmpsia
Endoteliose capilar glomerular
Quais os fatores associados a convulsão
Liberação excessiva de neurônios excitatórios
Tríade pré-eclâmpsia
PA > ou = 140 x 90 ( 2 medidas com diferença de > 4 horas e até 7 dias)
proteinúria > 300 mg/24 h
edema (Não obrigatório)
Quando usar fita de proteinúria pra diagnóstico
Quando não tiver outra opção
2 fitas 1+ ou 2+ com intervalo > 4 horas
atenção pra sedimento alto > 1030 (falso positivo) ou baixo < 1010 (falso negativo)
Quando diagnosticar pré-eclâmpsia SEM proteinúria
Edema agudo de pulmão
trombocitopenia < 100 mil
piora da f renal cr > 1,1 ou 2x o valor basal
transaminase 2x o VR
sintomas cerebrais ou visuais
Características hematológicas pré-eclâmpsia
plaquetopenia
hemoconcentração
hemólise microangiopática
formação de trombos plaquetários
menor resposta a renina e maior resposta aos vasopressores
Diagnóstico HELLP
●Esfregaço periférico com esquizócitos;
●LDH > 600 U/L ou BT ≥ 1,2 mg/dl;
●TGO ≥ 70 U/L;
●Plaquetas < 100.000/mm³.
Utilidade dopplerfluxometria
Diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia; não deve ser usado como rastreio (baixa sensibilidade)
Marcadores laboratoriais de pré-eclâmpsia
valores altos de SFLT-1
valores baixos de PIGF
Tratamento pré-eclâmpsia leve
OBSERVAÇÃO e tentar chegar até 37 semanas
orientar sinais de alarme para procurar emergência
NÃO MEDICAR - pré-eclâmpsia leve OU hipertensão gestacional –> falseia diagnóstico
Não usa sulfato de magnésio
Como avaliar a mãe periodicamente
Ganho ponderal;
Pressão arterial;
Hemograma e contagem de plaquetas;
Ureia, creatinina e ácido úrico sérico;
Transaminases hepáticas e LDH;
EAS e proteinúria de 24 horas.
Como avaliar bem estar fetal
Movimentação fetal
RCIU
Avaliar oligodramnia
Cardiotoco semanal a partir de 32 semanas
dopplervelocitometria - repete de 3-4 semanas
Conduta controle inadequado > 160 x110
Planejar interrupção imediata da gestação
Conduta eclâmpsia
Tempo de 4 horas para estabilização
interrupção da gestação, independente da idade gestacional
se crise convulsiva: deve-se atentar para a manutenção das vias aéreas livres e prevenção da aspiração, adotar o decúbito lateral esquerdo e oxigenoterapia suplementar (8 a 10 L/min).
Ponto de corte da gestação para interrupção na pré-eclâmpsia grave
34 semanas
Métodos de infusão sulfato de magnésio e indicação
Pré-eclâmpsia grave e eclâmpsia
Pritchard:
dose de ataque com 4 g IV (lento) associada a 10 g IM, seguida por dose de manutençãocom 5 g IM a cada 4h (quando não se dispõe de bomba de infusão);
Zuspan:
a dose é de 4 g IV (lento) que deve ser infundida em 20 minutos, seguida de 1 a 2 g/htambém IV (solução a 50%) até 24 horas após o parto, em bomba de infusão;
Sibai:
dose de ataque de 6 g IV (lento), seguida de dose de manutenção de 2-3 g por hora em bombade infusão;
Pierce:
dose de ataque de 4 a 6 g IV (lento), seguido de manutenção de 4 a 6 g a cada seis horas IV.
Método mais utilizado e contraindicações
Zuspan
Miastenia gravis e bloqueador de canal de cálcio (maior cautela)
VR magnesemia durante infusão
5-9mg/dl (4 a 7 mEq/L).
Sinais de hipermagnesemia
Abolição do reflexo patelar: níveis de 10 mEq/L;
Depressão respiratória: níveis maiores que 12 mEq/L;
Parada cardíaca: níveis séricos superiores a 15-20 mEq/L.
bradipneia < 12
conduta se diurese < 25 ml/hora ou < 100 ml em 4 horas
diminui magnésio pela metade e monitoração
Conduta se intoxicação
Interrupção imediata da medicação
administração de gluconato decálcio 1 g IV, infundido lentamente em três a cinco minutos.
Sulfato de magnésio - função
Prevenir e controlar convulsões
NÃO É ANTIHIPERTENSIVO
Tratamento hipertensão aguda é indicado em quais casos
PA > 160 ou 110 por 15 minutos
Meta pressórica hipertensão aguda
Entre 140 a 155 mmHg e adiastólica entre 90 e 105 mmHg - não menos que isso para não causar isquemia
Dose hidralazina
5 mg IV, repetida em 20 a 40 minutos até uma dose cumulativa máxima de 20 mg OU infusão contínua venosa na dose de 0,5-10 mg/h.
Dose labetalol
dose inicial de 10-20 mg IV seguida de 20-80 mg a cada 10-30 minutos, até a dosemáxima cumulativa de 300 mg. Também pode ser utilizada em infusão contínua venosa na dose de 1-2mg/min.
Dose nifedipino
bloqueador de canal de cálcio é utilizado na dose de 10-20 mg oral a cada 20 minutos. Após, pode ser utilizado 10-20 mg a cada 2-6 horas em uma dose máxima de180 mg.
ORAL
Não usar com sulfato de magnésio simultaneo
Nitroprussiato dose
Usar < 4 horas por risco de intoxicação fetal
A dose inicial deve ser de 2 a 10 mg/kg/min - EM ÚLTIMO CASO, dura pouco tempo
Indicação de interromper imediatamente a gestação
Sinais de gravidade
Tríade finalização da gestação em pré-eclâmpsia grave
Sulfato de magnésio
Anti-hipertensivo
Corticoide para maturação pulmonar
Via de parto em pré-eclâmpsia grave
Não é necessariamente cesarea
Se:
amniorexe prematura ou gestante em trabalho de parto (não prolongado) independente da idade gestacional
Contraindicação anestesia local na HELLP
trombocitopenia < 50-75 mil
Complicação grave da HELLP
Rotura hepática - suspeitar quando dor em QSD
ocorre por disfunção endotelial
Uso de AAS como prevenção de pré-eclâmpsia - justificativa e dose
(60-150 mg ao dia)
inibe síntese de tramboxano
retoma vasodilatação e anticoagulação
Uso de cálcio como prevenção de pré-eclâmpsia - dose e justificativa
ingesta de 1,5 a 2 g de carbonato de cálcio por dia a partir
da 12ª semana de gestação em doses fracionadas até o fim da gestação parece diminuir o risco de préeclâmpsia
em pacientes com baixa ingesta
Principais causas de morte da pré-eclâmpsia
1- Hemorragia cerebral
2- Edema agudo de pulmão
Tratamento hipertensão crônica
Metildopa 250 mg 2x/dia até 3 g
Nifedipino 30-120 mg/dia
Labetalol
Não usar IECA/BRA
Indicação AAS e cálcio
População de alto risco:
história de pré-eclâmpsia
gestação múltipla
HAS, DM
Doença Renal
LES, SAF