Distopia E Fimose Flashcards
Distopia testicular
Situação anômala dos testículos, onde sempre são encontrados fora do escroto, uni ou bilateralmente
Obs: O testículo costuma descer para a bolsa escrotal por volta do 7º mês de gestação, mas pode só completar o trajeto para o escroto no 1º ano de vida
Testículos criptorquídicos
Ocorre quando o testículo encontra-se fora da bolsa testicular, e não é palpável no seu trajeto ontogenético. São intra-abdominais.
Testículos ectópicos
Ocorrem quando o testículo encontra-se fora da bolsa testicular e fora do trajeto ontogenético (são palpáveis)
Testículos retidos
Ocorre quando o testículo encontra-se no seu trajeto ontogenético, porém não vai até a bolsa. Podem ser canaliculares, pubianos, superficiais (Denis-Browne) e deslizantes.
Testículos retráteis
Testículos encontram-se no escroto,podendo retrair-se até o canal inguinal com estímulos táteis ou térmicos associados a hiper-reflexia do músculo cremaster com insuficiente fixação no gubernaculum testis .
Incidência de distopias testiculares
- 0,8% a 1,6% nascidos a termo
- bilateral em 10 a 25% dos casos
- mais comum a direita
- 12 a 15% dos pacientes com criptorquidia tem história familiar
Diagnóstico de distopias testiculares
- exame físico
- ultrassom
- TC
- RNM
- cintilografia
- vídeo laparoscopia
Melhor ordem: Começar com exame físico. Se não palpou, fazer ultrassom. Se não viu nada no ultrassom, fazer videolaparoscopia
Tratamento para distopias testiculares
- cirúrgico (se o testículo for palpável)
- idade (operar a partir de 1 ano, mas se o paciente tiver hérnia inguinal, operar junto com a hérnia)
- hormonal
- autotransplante (só foi feito em animais)
- videocirurgia
Degeneração maligna em criptorquidia
- 10% dos pacientes com câncer de testículo são portadores de criptorquidia
- seminomas, teratomas e carcinomas embrionários (ordem decrescente de incidência)
O câncer costuma ocorrer na 2ª década de vida
Fimose
Enrijecimento (aperto natural da pele) na parte distal do prepúcio que impede a sua retração.
- Ao nascimento o prepúcio é aderente à glande, firme e não retrátil em até 96% dos RN.
- Devido a uma camada de epitélio escamoso entre a glande e a camada interna (mucosa do prepúcio).
- Geralmente se desfaz aos 3 anos de idade (queratinização).
Classificações de fimose
Classificação de Kayaba et al
Tipo I – Nenhuma retração do prepúcio
Tipo II – Exposição somente do meato uretral
Tipo III – Exposição da metade da glande
Tipo IV – Exposição da glande até o sulco subcoronal
Tipo V – Exposição da glande por completo
Tratamento clínico da fimose
Principais corticóides utilizados
Betametasona
Clobetasol
Dexametasona
Tratamento clínico só é feito quando não há anel
Tratamento cirúrgico para fimose
Historicamente, a postectomia é o tratamento de escolha para meninos com idade superior a três anos com diagnóstico de fimose
Parafimose
É possível exteriorizar a glande, mas há anel. Ereções dolorosas são o resultado