Bronquiolite Viral Aguda (BVA) Flashcards
Características da Bronquiolite Viral Aguda
1) Infecção do trato respiratório inferior mais comum em crianças pequenas.
2) Frequentemente: formas leves
3) Evolui para apresentações graves.
4) Causa frequente de internação hospitalar nessa faixa etária (menores de 2 anos, principalmente lactentes menores de 6 meses)
Epidemiologia da BVA
1) VSR paramixovírus de RNA subtipos (A e B) podem circular concomitantemente (VSR é o PRINCIPAL CAUSADOR)
2) Fonte de infecção : familiar (IVA)
3) creche ou escola
4) Transmissão contato direto
5) Período de incubação: 2 a 8 dias
6) Período de disseminação viral : 3 a 8 dias
7) Lactentes mais novos a disseminação pode continuar até por 3 ou 4 semanas.
8) Outros agentes causais : os mesmos das IVAS
OBS: As infecções pelo VSR não conferem imunidade completa, sendo comuns as reinfecções durante a vida.
Importância de se conhecer a BVA e infecção por VSR
1) O VSR é responsável por grande número de casos de bronquiolite
viral aguda, chegando à marca de 64% dessas infecções no Brasil
2) Alguns estudos apontam que até os 2 anos de idade mais de 80% das crianças já sofreram infecção por parte deste vírus
Transmissão do VSR
O VSR pode ser transmitido pelo toque, contato com objetos contaminados e pelo ar.
Fatores de risco na BVA
1) Prematuridade (idade gestacional ≤36 semanas)
2) Baixo peso de nascimento
3) Idade inferior a 12 semanas
4) Crianças menores de 1 ano, principalmente menores de 6 meses.
5) Menores de 2 anos com doença pulmonar cronica ou doença cardíaca
6) Imunodeficiências.
7) Doenças neuromusculares com dificuldade de deglutição.
8) Defeitos anatômicos das vias aéreas
Fisiopatologia da BVA
Invasão da célula —-> Necrose —-> Infiltração de polimorfo nucleares e macrófagos —-> Liberação de mediadores químicos —> Inflamação e edema
Os pulmões nos primeiros meses de vida não apresentam uma superfície de troca gasosa plenamente desenvolvida, o que leva a criança a apresentar aumento da resistência aérea e aumento da frequência respiratória
Quadro clínico de BVA
1) Inicio: resfriado comum
2) Febre: fase prodrômica da doença (presente ou não)
3) Tosse seca
4) Sibilância
5) Taquipneia
6) Tiragem subcostal, intercostal e supraclaviculares
7) Crepitações inspiratórias disseminadas
8) Taquicardia
9) Desidratação
Radiografia da bronquiolite
A radiografia pode apresentar alguns sinais, como hiperinsuflação, rebaixamento do diafragma e infiltrado peri hilar, mas também pode se apresentar com uma radiografia normal (mesmo em formas graves de bronquiolite)
Exames laboratoriais que podem ser realizados para BVA
1) Imunofluorescência: aspiração nasofaríngea. (sens. 80% e especific. 90%)
2) Biologia molecular r RT- PCR (PCR reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa em tempo real sens. 95%).
3) Cultura viral
NÃO SÃO SOLICITADOS DE ROTINA
Exame para crianças internadas com BVA
Gasometria arterial: (insuficiência respiratória) hipoxemia e hipercapnia
Como tratar BVA
Tratamento sintomático, com controle da temperatura e hidratação. Internar se houver comprometimento respiratório
Tratamento hospitalar de BVA
1) Manter saturação de oxigênio por oximetria de pulso > 90%.
2) Hidratação e alimentação oral ou parenteral
3) Broncodilatadores drogas beta-2-agonistas, salbutamol, alfa adrenérgicas, adrenalina, glicocorticoides —–> controvérsias quanto a essas drogas
Complicações de BVA
1) Apneia
2) Insuficiência respiratória .
3) Ventilação mecânica - pneumotórax ou pneumo mediastino.
4) Pneumonia por aspiração
Medidas preventivas para BVA
1) Palivizumabe anticorpo monoclonal humanizado para VSR
em populações de risco.
- Crianças prematuras nascidas com idade gestacional ≤28 semanas
(até 28 semanas e 6 dias) com idade inferior a 1 ano (até 11 meses e 29 dias).
- Crianças com idade inferior a 2 anos (até 1 ano, 11 meses e 29 dias)
com doença pulmonar crônica da prematuridade (displasia broncopulmonar) ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada
cinco doses mensais durante a temporada do VSR.
OBS: Lembrar que o palivizumabe é uma imunização passiva, usa anticorpo monoclonal para o VSR.
NÃO EXISTE VACINA PARA VSR
