Direitos Individuais e Coletivos Art 5º , I a XXXI Flashcards
O direito à vida, garantido pelo artigo 5º da Constituição, abrange apenas o direito de permanecer vivo, sem considerar uma vida digna. Verdadeiro ou falso?
Falso.
O direito à vida possui uma dupla acepção: o direito de permanecer vivo e o direito a uma vida digna. Esse entendimento está fundamentado no princípio da dignidade da pessoa humana, sendo assegurado pelo Estado como um dos pilares dos direitos fundamentais.
O direito à vida previsto no artigo 5º da Constituição abrange tanto a vida intrauterina quanto a extrauterina. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro.
O direito à vida, conforme interpretação doutrinária e jurisprudencial, abrange a vida intrauterina e extrauterina. O aborto, por exemplo, só é admitido em casos específicos, como gravidez resultante de estupro ou risco à vida da gestante.
A interrupção da gravidez de um feto anencéfalo é considerada inconstitucional, uma vez que viola o direito à vida. Verdadeiro ou falso?
Falso.
O STF decidiu que, no caso de fetos anencéfalos, não há titularidade do direito à vida, devido à inviabilidade da existência. Assim, é permitido à gestante submeter-se à antecipação terapêutica do parto, sem necessidade de autorização judicial.
Os direitos fundamentais enumerados no artigo 5º da Constituição Federal aplicam-se também às pessoas jurídicas e ao próprio Estado. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro.
A doutrina reconhece que, além das pessoas físicas, os direitos fundamentais podem ser titularizados por pessoas jurídicas e pelo próprio Estado, desde que compatíveis com sua natureza, como a inviolabilidade da propriedade e a liberdade de associação.
Os direitos fundamentais previstos no artigo 5º da Constituição Federal não abrangem estrangeiros que estejam temporariamente no Brasil. Verdadeiro ou falso?
Falso.
A doutrina e a jurisprudência reconhecem que os direitos fundamentais são garantidos a qualquer pessoa em território nacional, independentemente de sua nacionalidade ou condição de residência, reforçando seu caráter universal.
O artigo 5º da Constituição Federal enumera os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade como pilares dos direitos fundamentais. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro.
Esses cinco direitos fundamentais mencionados no caput do artigo 5º servem como base para os diversos direitos desdobrados nos incisos subsequentes, sendo pilares estruturais do ordenamento jurídico brasileiro.
De acordo com o artigo 5º da Constituição, é dever do Estado proteger apenas o direito à vida extrauterina. Verdadeiro ou falso?
Falso.
O dever do Estado abrange tanto a vida extrauterina quanto a intrauterina. Esse entendimento sustenta a proteção constitucional contra práticas como o aborto, exceto nos casos legalmente autorizados.
Os direitos fundamentais, previstos no artigo 5º da Constituição, derivam exclusivamente dos incisos listados nesse artigo. Verdadeiro ou falso?
Falso.
Os direitos fundamentais previstos no artigo 5º derivam dos cinco direitos principais mencionados no caput (vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade), sendo detalhados e desdobrados ao longo dos incisos.
O direito à busca pela felicidade é reconhecido como uma forma de realização do princípio da dignidade da pessoa humana. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro.
O STF reconheceu que o direito à busca pela felicidade é uma extensão do princípio da dignidade da pessoa humana, assegurando aos indivíduos a busca por uma vida plena e digna.
A pesquisa com células-tronco embrionárias produzidas por fertilização in vitro e não utilizadas no procedimento é considerada inconstitucional pelo STF, pois ofende o direito à vida e à dignidade da pessoa humana.
Falso.
O STF entendeu que a pesquisa com células-tronco embrionárias é legítima e não viola o direito à vida nem a dignidade da pessoa humana. Essa prática é compatível com os princípios constitucionais.
O direito à vida é absoluto e não admite exceções em nenhuma hipótese na Constituição Federal.
Falso.
A Constituição Federal admite a pena de morte em caso de guerra declarada, além de permitir a prática do aborto em casos de estupro ou de grave ameaça à vida materna ,demonstrando que o direito à vida não é absoluto.
O princípio da igualdade determina que o legislador deve tratar igualmente pessoas em situações equivalentes e desigualmente pessoas em situações diversas.
Verdadeiro.
O princípio da igualdade exige que se trate igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades. Esse princípio fundamenta medidas como as ações afirmativas, que buscam corrigir desigualdades históricas.
As ações afirmativas, como a reserva de vagas em universidades públicas para negros e indígenas, são consideradas inconstitucionais pelo STF.
Falso.
O STF considera as ações afirmativas, incluindo a reserva de vagas em universidades públicas e concursos públicos, constitucionais, pois promovem a igualdade material e corrigem desigualdades históricas.
O princípio da igualdade na Constituição Federal obriga apenas os aplicadores da lei, como juízes e autoridades, a tratar igualmente pessoas em situações equivalentes.
Falso.
O princípio da igualdade vincula tanto o legislador, que deve criar leis sem discriminações injustificadas, quanto os aplicadores da lei, que devem garantir igualdade no tratamento jurídico.
O STF admite cotas raciais em concursos públicos como forma de concretizar o princípio da igualdade material.
Verdadeiro.
O STF entende que as cotas raciais em concursos públicos são uma forma legítima de ação afirmativa, compatível com o princípio da igualdade material, para promover a equidade e corrigir desigualdades históricas.
É legítima a previsão de limites de idade em concursos públicos ainda que sem previsão em lei, desde que baseada na natureza das atribuições do cargo.
Verdadeiro ou falso?
Falso.
Conforme a Súmula 683 do STF, a previsão de limites de idade em concursos públicos é legítima apenas quando prevista em lei e justificada pela natureza das atribuições do cargo, com base em critérios razoáveis.
A vedação ao racismo, prevista no art. 5º, XLII, da Constituição Federal, é um desdobramento do princípio da igualdade.
Verdadeiro.
A vedação ao racismo deriva do princípio da igualdade e é considerada uma das garantias fundamentais, com previsão no art. 5º, XLII, da Constituição Federal, que trata o racismo como crime inafiançável e imprescritível.
O Poder Judiciário pode estender vantagens previstas para um grupo de servidores públicos a outros grupos, com base no princípio da isonomia.
Falso.
De acordo com a Súmula Vinculante nº 37 do STF, o Poder Judiciário não pode aumentar vencimentos de servidores públicos com fundamento na isonomia, pois isso configuraria violação ao princípio da separação dos Poderes.
O princípio da isonomia tributária, previsto no art. 150, II, da Constituição Federal, é uma aplicação prática do princípio da igualdade.
✅ Verdadeiro.
📌 Explicação:
O princípio da isonomia tributária, previsto no art. 150, II, da Constituição Federal, proíbe a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios de instituírem tributos que tenham caráter discriminatório entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente.
Esse princípio é uma aplicação prática do princípio da igualdade (art. 5º, CF), garantindo que pessoas em condições semelhantes sejam tributadas de forma igual, enquanto aqueles em situações diferentes possam ser tratados de maneira diferenciada, de acordo com sua capacidade contributiva.
🔹 Principais aspectos do princípio da isonomia tributária:
✔ Proibição de tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem na mesma situação jurídica.
✔ Vedação a distinções arbitrárias baseadas em ocupação profissional ou função exercida.
✔ Possibilidade de diferenciação legítima, desde que respeite critérios objetivos, como a capacidade contributiva.
📌 Conclusão:
O princípio da isonomia tributária concretiza o princípio geral da igualdade, garantindo que a tributação seja justa e proporcional, evitando privilégios ou discriminações indevidas.
A justificativa para limites de idade em concursos públicos deve estar prevista em lei e ser baseada na realidade concreta das exigências do cargo.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro.
O STF estabelece que limites de idade em concursos públicos são permitidos somente se previstos em lei e justificados pela natureza das atribuições do cargo, considerando critérios razoáveis e a realidade concreta.
O princípio da legalidade assegura que o Poder Público pode agir livremente, salvo proibição expressa em lei.
Falso.
O princípio da legalidade determina que o Poder Público só pode agir nos limites previstos pela lei. Diferentemente dos particulares, que podem fazer tudo o que não for proibido, o Poder Público só pode fazer o que a lei autoriza.
Verdadeiro ou Falso:
O princípio da legalidade abrange apenas as leis formais, não se aplicando a atos normativos infralegais.
Falso.
O princípio da legalidade, em sentido amplo, também se aplica a atos normativos infralegais, desde que estes respeitem as formalidades legais e contenham regras jurídicas. Isso significa que decretos, portarias e instruções normativas, quando fundamentados na lei, estão dentro do alcance desse princípio.
O princípio da reserva legal exige que todas as matérias sejam regulamentadas exclusivamente por lei formal.
✅ Falso.
📌 Explicação:
O princípio da reserva legal exige que determinadas matérias sejam reguladas por lei em sentido formal (norma aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo Executivo), mas não todas as matérias.
🔹 Características da Reserva Legal:
✔ Prevista no art. 5º, II, da Constituição Federal, que estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei.
✔ Algumas matérias exigem reserva absoluta de lei, ou seja, só podem ser disciplinadas por lei formal, como tipificação de crimes e penas (art. 5º, XXXIX) e criação de tributos (art. 150, I).
✔ Outras matérias podem ser reguladas por normas infralegais (decretos, regulamentos, resoluções), desde que não contrariem a lei e apenas a complementem.
O princípio da legalidade diferencia-se do princípio da reserva legal porque o primeiro utiliza a palavra ‘lei’ em sentido mais amplo.
✅ Verdadeiro.
📌 Explicação:
O princípio da legalidade e o princípio da reserva legal são distintos, principalmente em relação ao alcance do termo “lei”.
🔹 Diferenças entre os princípios:
✔ Princípio da legalidade (art. 5º, II, CF/88):
• Determina que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei.
• Aqui, a palavra “lei” é usada em sentido amplo, abrangendo não apenas leis formais (aprovadas pelo Legislativo), mas também normas infralegais, como decretos e regulamentos.
✔ Princípio da reserva legal:
• Exige que certas matérias específicas sejam reguladas exclusivamente por lei formal, ou seja, normas aprovadas pelo Legislativo e sancionadas pelo Executivo.
• Exemplos: criação de tributos (art. 150, I, CF), tipificação de crimes e penas (art. 5º, XXXIX, CF).
📌 Conclusão:
O princípio da legalidade tem um alcance mais abrangente, permitindo regulamentação por normas infralegais em diversos casos, enquanto o princípio da reserva legal exige obrigatoriamente uma lei formal para disciplinar certas matérias.