Crise convulsiva febril Flashcards
Generalidades
- Distúrbio convulsivo mais comum na infância
▪ * Acomete 2 a 5% das crianças pequenas
▪ * As crises podem ser simples (benignas) ou complexas
▪ * História familiar de crises febris em irmãos e pais
▪ * Pelo menos 10 genes predisponentes mapeado
Avaliação
- Sinais vitais
▪ * Grau de hidratação
▪ * Nível de consciência
▪ * A criança recuperou-se?
▪ * Pesquisa de sinais meníngeos
▪ * Exame físico geral
▪ * Identificação do foco da febre
▪ * Exame neurológico básico
▪ * Cognição e função neurológica intactas?
Primeira etapa: Classificar crise como simples ou complexa
Crise Febril Simples
▪ Idade entre 6 e 60 meses
▪ Crise tônico-clônica generalizada desde o início
▪ Duração da crise < 15 minutos
▪ Uma única crise em 24 horas
▪ A criança não tem epilepsia
▪ Consciência e comportamento recuperados após um período
pós-ictal breve
▪ A causa da febre não é uma doença aguda do sistema nervoso central
▪ Se a crise tiver cessado com < 15 min em consequência direta
do tratamento com anticonvulsivante, deve-se presumir que ela
foi complexa
Indicação de solicitação de exame
▪ Primeira crise febril complexa
▪ Sinais meníngeos
▪ Alteração do estado mental (sonolência, irritabilidade)
▪ Toxemia (isto é, doença sistêmica)
▪ Uso recente de antibióticos orais
▪ Idade < 12 meses com imunização incompleta
▪ Idade ≤ 18 meses: se a punção lombar não for realizada,
observação por 24 hora
Na crise simples não precisa soliciatr exames
GESF+
▪ Epilepsia generalizada com crises febris plus
▪ Síndrome autossômica dominante
▪ SCN1A, SCN1B e GABGR2
▪ As crises febris podem surgir somente após 5 anos de idade,
mas são sucedidas por crises afebris que remitem antes do final da infância
SD dravet
▪ Epilepsia mioclônica grave da lactância
▪ primeiros 2 anos de vida com crises febris, que tendem a ser complexas e envolver um
dimídio corporal
▪ No 2º ano de vida - mioclonias e perda cognitiva
▪ Associada a mutações esporádicas no gene SCN1A (canal de sódio)
Esclerose Mesial Temporal
▪ Causa uma forma de epilepsia do lobo temporal de difícil
tratamento
▪ Início aos 4-16 anos de idade
▪ A associação às crises febris é controversa
▪ O tratamento pode incluir cirurgia (lobectomia temporal)
Quando Internar a criança
Na 1ª crise febril:
▪ Criança > 18 meses:
1. Crise febril simples – não é necessário internar
2. Crise febril complexa – internar
▪ Criança < 18 meses:
1. Crise febril simples – sem punção lombar, observar por 24 h
2. Crise febril complexa – interna
Fatores de risco para recorrência
▪ 1ª crise antes de 1 ano de idade
▪ Febre baixa (T Ax < 38,5°C)
▪ Crise com febre há < 24 h
▪ História familiar de crises febris
▪ Crise febril complexa
Indicação de prescrição de antiepiléptico
- Crise febril simples não precisa, no entanto o tratamento no momento é com anticonvulsivante
- ▪ Uso intermitente de diazepam, clobazam ou nitrazepam oral em crises complexas, não elimina
▪ A criança começa a tomar a medicação tão logo se detecte a
febre (T Ax ≥ 37,5°C)
▪ Dose: 0,33 mg/kg por via oral a cada 8 h, até afebril por 24 h
Esquema Diazepam retal intermitente
Ou midazolam via nasal
▪ Indicado quando a crise febril prolonga-se por mais de 5
minutos
▪ Dose: 0,5 mg/kg por via retal, se necessário repetida 2 vezes a
intervalos de 15 a 30 minutos
Crise febril >5min
▪ Equipamento de reanimação à mão
▪ Usar doses de ataque plenas
▪ Idade < 12 meses: fenobarbital
▪ > 12 meses: diazepam + fenitoína
▪ Verificar níveis séricos
Orientação aos Pais
▪ Manter a criança em decúbito lateral
▪ Não tentar segurar a língua nem abrir a boca da criança
▪ Não fornecer líquidos nem medicamentos pela boca
▪ Registrar a duração e as características da crise
-Levar a criança ao pronto-socorro se: crise > 5 min, crise focal, crises recorrentes, alteração persistente da consciência