Bronquiolite Flashcards

1
Q

Definição

A

DEFINIÇÃO: Infecção aguda dos bronquíolos,
geralmente de etiologia viral, caracterizada por
aumento de secreção de muco, edema e
necrose do epitélio da mucosa, associada ou
não a broncoespasmo, com sintomatologia de
obstrução das vias aéreas inferiores, que acomete
frequentemente crianças nos primeiros 2 anos de vida

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2
Q

Etiologia Viral

A
  • Vírus sincicial respiratório
  • influenza, o parainfluenza, o
    adenovírus, o metapneumovírus, o
    bocavírus, coronavírus e o rinovírus
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3
Q

Fisiopatologia

A
  • A invasão viral cursa com dano e morte celular, infiltração peribrônquica de leucócios, edema da submucosa e adventícia e produção de muco.
  • A presença de epitélio necrótico, fibrina e muco dentro do lúmem diminui o diâmetro dos brônquios, principalmente durante a expiração, tornando o fluxo
    de ar turbulento.
  • Áreas de hiperinsuflação e aprisionamento -> Atelectasia
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4
Q

Quadro Clínico

pico de 2 a 8 meses

A
  • Tosse e congestão nasal podendo ou não ter febre
  • 2 a 5d, cursa com esforço respiratório
  • Sibilos e raramente estertoração
  • Tiragem. batimento de asa nasal, gemência, cianose em casos graves

Principais fatores de risco:
* Sexo masculino
* Crianças não amamentadas
* Tabagismo passivo
* Aglomerações

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5
Q

Propensão a evolução grave

A
  • Prematuros
  • Crianças com doença pulmonar obstrutiva crônica
  • Crianças com doença cardíaca congênita
  • Crianças com neuropatias
  • Crianças portadoras de imunodeficiências
  • Lactentes com menos de três meses
  • Crianças que apresentam atelectasias ao exame radiológico
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6
Q

Diagnóstico

Baseado em Sintomas

A
  • Baseado em sinais, idade inferior a 2 anos com pródromo gripal seguido de esforço resp e sibilância
  • Exames complementares devem ser usados somente com critérios
    ➢ Hemograma: é inespecífico e não é preditivo de infecção bacteriana
    ➢ Gasometria: deve ser solicitada nos casos mais graves, em que faz-se
    necessário melhor avaliação da presença de insuficiência respiratória
    ➢ Triagem para vírus respiratórios deve ser solicitada para pacientes
    que necessitem de internação, devido a medidas de precaução
    (contato, gotículas ou ambas, dependendo da etiologia). Não altera o
    manejo individual
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7
Q

Critérios de Internação

A

Sinais de toxemia
Desidratação ou incapacidade de ingerir líquidos
Bronquiolite grave
Bronquiolite moderada com resposta insuficiente ao tratamento inicial
Irregularidades respiratórias ou apnéias
Hipoxemia (Sat O2 ≤ 93%) após abosdagem terapêutica inicial
Complicações mecânicas pulmonares (ex. pneumotórax, pneumomediastino, atelectasias)
Pais não confiáveis ou residência com difícil acesso a serviços de emergência
Considerar admissão em pacientes de alto risco:
* Crianças com menos de 3 meses de idade
* Prematuros abaixo de 35 semanas
* Portadores de displasia broncopulmonar
* Cardiopatias congênitas cianogênicas ou com repercussão hemodinâmica
* Imunossuprimidos

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8
Q

Tratamento

A
  • Graves: deve-se monitorizar frequência cardíaca, frequência respiratória e oximetria de pulso - sat superior a 90% em pacientes bens aumeta risco de atelectasias
  • Hidratação endovenosa
  • B2 agonista(Salbultamol)
  • Corticóide - não recomendada em pacientes sem doença de base pulmonar
  • Solução hipertÇonica inalada -> Reduz edema e impactação de muco
  • Antibióticos em co-infec bacteriana
  • Reposição de surfactante
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9
Q

Bronquiolite leve

Tratamento

  • Sem alt de nível de consciência,
    palidez ou cianose
  • Auscuta pulmonar com sibilos
    expiratórios
  • Sem uso de musculatura
    acessória ou com retrações leves
  • SatO2>95%
A
  • Tratamento domiciliar: nebulizações com soro fisiológico, lavagem nasal, hidratação
  • Orientar sinais de alerta e reavaliação clínica
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10
Q

Bronquiolite Moderada

Tratamento

  • Usualmente agitada e com palidez
  • Auscuta pulmonar com sibilos
    inspiratórios e expiratórios
  • Retrações moderadas
  • SatO2 91% a 95%
A
  • Teste terapêutico com
    β2-agonista (se responder, manter. Se
    não responder, manter a nebulização com SF)
  • Oferecer O2 se sinais hipoxemia e/ou
    desconforto respiratório
  • Raio-X de Tórax

Boa Resposta: alta e
tratamento domiciliar
Resposta parcial
(manutenção de desconforto
respiratório e/ou hipoxemia):
internação em apartamento

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11
Q

Bronquiolite Grave

Tratamento

  • Pode estar agitado, sonolento,
    cianótico
  • Auscuta pulmonar com diminuição
    de murmúrios
  • Retrações intensas
  • SatO2 < 91%
A
  • Teste terapêutico com
    β2-agonista
  • Avaliar hidratação
  • Oferecer O2
  • Raio-X de Tórax
  • Considerar medidas offlabel (corticóide, inal. com adrenalina) a
    depender da gravidade

Boa Resposta: internação
em apartamento
Resposta insatisfatória:
internação em UTI
(considerar IOT e VM)

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12
Q

Prevenção

A
  • Aleitamento materno: o incentivo do aleitamento materno é uma medida
    eficaz na prevenção de infecção pelo vírus sincicial respiratório, e diminui em
    um terço o risco de hospitalização por infecção do trato respiratório inferior
  • Tabagismo passivo: pacientes que convivem com tabagistas têm maior risco
    de desenvolver bronquiolite
  • Lavagem das mãos: é uma medida eficaz na prevenção da disseminação da
    doença. O álcool gel é a medida mais eficaz.
  • Para pacientes hospitalizados, recomenda-se quarto privativo, com
    precauções de contato e para gotículas, ou seja, máscara comum, aventais e
    luvas descartáveis, bem como lavagem vigorosa das mãos antes e após o
    contato com o paciente.
  • Uma vez isolado o agente, adotar as medidas recomendadas para cada vírus
  • Vacinação contra Influenza
  • Palivizumab: imunoglobulina hiperimune contra o vírus sincicial respiratório
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13
Q

Complicações

A
  • Complicação bacteriana mais frequente: Otite média aguda
  • Complicações à medio-longo prazo:
    ➢ Sibilância recorrente (hiperreatividade brônquica)
    ➢ Bronquiolite obliterante: evolução grave e irreversível, mais associada à
    infecção por adenovírus, na qual ocorre evolução para doença pulmonar
    obstrutiva, mediada por processo inflamatório e fibrose
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