CM09 - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Flashcards

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1
Q

Quais são as características virais do HIV?

A

É um retrovírus de RNA de fita simples. Existem dois tipos de HIV no mundo (1 e 2), mas no Brasil apenas o HIV-1 está presente. O alvo desse vírus são os linfócitos T CD4.

As partes virais incluem:
- Envelope lipoprotéico.
- RNA.
- Enzimas de replicação.

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2
Q

Quais são as fases de infecção pelo HIV? O que é soroconversão e quando ela ocorre? O que é set point viral?

A
  1. Infecção aguda (alta carga viral e baixo número de CD4): síndrome da mononucleose like.
    - Febre.
    - Rash.
    - Linfonodomegalia.
    - Mialgia.
    - Faringite.

*A soroconversão ocorre entre 15-30 dias, momento no qual os exames começam a dar positivo para o vírus. Inicialmente a carga viral positiva (cerca de 10 dias após contato), os exames dependentes de resposta imune (sorologia), só positivam com cerca de 30 dias após o contato.

  1. Latência clínica: fase assintomática.
    - Assintomática (10 anos).
    - Pode ocorrer uma linfonodomegalia generalizada persistente (≥ 2cadeias extra inguinais por maisde 3 meses).

*Set point viral é a carga viral imediatamente após a fase sintomática, ela determina o prognóstico da doença. Quanto maior, pior o prognóstico (mais rápido evolui para a fase AIDS).

  1. Sintomática (CD4 < 350-200): doenças relacionadas ao HIV, óbito em 2-3 anos.
    - Precoce: candidíase oral, Zoster, tuberculose pulmonar, perda ponderal…
    - AIDS: candidíase esofágica, pneumocistose, tuberculose extrapulmonar, neurotoxoplasmose…

*Os controladores de elite são cerca de 1% da pessoas que vivem com HIV e que, mesmo não realizando tratamento, mantém carga viral abaixo da detectável pelos exames e nunca chegam a desenvolver a fase AIDS.

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3
Q

Como podemos definir AIDS?

A
  • Infecção pelo HIV.
    E
  • CD4 < 200 células por mm3.
    E/OU
  • Fungos: cândida esôfago / via aérea; pneumocistose pulmonar; histoplasmose disseminada.
  • Tuberculose pulmonar.
  • Vírus: CMV (exceto fígado, baço e linfonodo); JC.
  • Neoplasia: CA cervical invasivo; Kaposi (HHV8); Linfoma não Hodgkin.
  • Parasitas: neurotoxoplasmose, Chagas aguda.
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4
Q

Como é feito o diagnóstico da infecção pelo HIV?

A

É necessário pelo menos dois testes positivos.

  1. Teste Rápido (TR1 + TR2): material sangue ou fluido oral.
    - TR1 (-): amostra não reagente (nova amostra em 30 dias se alto risco de exposição recente).
    - TR1 e TR2 (+): amostra reagente (tem que ser testes de laboratórios diferentes).
    - TRE (+) e TR2 (-): descartar dois testes e mudar fluxograma (recomeçar testagem).
  2. Imunoensaio (IE) + Teste Molecular (carga viral): material sangue.
    - IE (-): amostra não reagente (nova amostra em 30 dias se alto risco de exposição recente).
    - IE (+) e CV ≥ 5.000: amostra reagente, coletar segunda amostra e REPETIR IE para confirmação.
    - IE (+) e CV ≤ 5.000: confirmar com Western blot ou Imunoblot (testes mais específicos).
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5
Q

Como é o ciclo de replicação do HIV dentro das células T CD4+?

A

O HIV se funde ao linfócito T CD4+ pela proteína CCR5, a partir daí as proteínas virais começam a agir. Inicialmente a TRANSCRIPTASE REVERSA converte RNAv em DNAv, para após a INTEGRASE integrar o DNAv ao DNAh. Com isso a PROTEASE produz proteínas que gerarão novas partículas virais. Ao liberar os vírus a célula T CD4+ morre.

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6
Q

Quais as indicações e as metas da terapia antiretroviral para o HIV (TARV)?

A

A TARV não é emergência médica, pois a doença demora anos para se expressar. Uma exceção é em casos de exposição conhecida recente. Ela deve ser usada de maneira contínua, pois o uso irregular provoca resistência.

Indicação: toda PVHIV (zerar transmissão sexual).

Meta: carga viral indetectável (indetectável = intransmissível).

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7
Q

Quais são as classes e as principais drogas usadas na TARV? Qual o tratamento de primeira linha?

A
  1. Inibidores da transcriptase reversa:
    - Tenofovir (TDF).
    - Lamivudina (3TC).
    - Evavirenz (EFV).
    - Zidovudina (AZT).
    - Entricitabina (FTC).
  2. Inibidores da integrase:
    - Dolutegravir (DTG).
    - Raltegravir (RAL).
  3. Inibidores da protease:
    - Atazanavir com ritonavir (ATV/r).
    - Lopinavir com ritonavir (LPV/r).

*O ritonavir não tem ação contra o vírus apenas aumentam a ação do ATV e do LPV.

Esquema inicial: população geral (inclui tuberculose e gestantes):
- TDF
- 3TC.
- DTG.

*Todas a cepas de HIV no Brasil são virtualmente sensíveis a terapia de primeira linha.

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8
Q

Quais são os principais efeitos colaterais do TDF, do DTG e do EFV?

A

A grande maioria dos efeitos colaterais é branda e só dura as duas primeiras semanas.
- TDF:
> Nefrotoxicidade.
> Osteoporose.

  • DTG:
    > Cefaleia.
    > Interação com anticonvulsivantes (não associar).
  • EFV:
    > Resistência.
    > Neuropsiquiátricos (ansiedade, distúrbios do sono, “ressaca matinal”, depressão…).
    > Rash micropapular pruriginoso (melhora com uso de anti histamínico).
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9
Q

Quais são as indicações e os grupo prioritários para realização da profilaxia pré-exposição para o HIV (PrEP)? Como ela pode ser realizada?

A
  1. Indicações:
    - Relação anal/vaginal sem preservativo há menos de 6 meses.
    - Episódios de IST.
    - Uso repetido de PEP.
  2. Grupo prioritários (dispenção gratuita pelo MS):
    - Parceiros sorodiscordantes.
    - Homens que fazem sexo com homens.
    - População trans.
    - Profissionais do sexo.
  3. Esquema: Tenofovir + Entricitabina (FTC) contínuo.
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10
Q

O que PrEP sob demanda? Quais são os critérios, as indicações e o esquema realizado?

A
  1. Critérios:
    - Frequência menor que 2 atos sexuais desprotegidos por semana.
    - Possibilidade de planejar o ato sexual.
  2. Indicações:
    - Homens cis.
    - Sexo masculino ao nascimento.

*Não pode haver exposição ao estrogênio (reduz eficácia do esquema).

  1. Esquema: 2 + 1 + 1.
    1º: 2 comprimidos 2-24h antes da relação sexual.
    2º: 1 comprimido 24h após a relação sexual.
    3º: 1 comprimido 48h após da relação sexual.
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11
Q

Quais são as indicações e como é realizada a profilaxia pós exposição ao HIV (PEP)?

A

A profilaxia deve ser feita sempre que uma pessoa for exposta a um material infectante em um acidente de risco. Para ser realizada o exposto deve ser negativo para o HIV e a fonte positiva ou desconhecida e o tempo de acidente não deve passar 72h. O esquema é o mesmo para o tratamento do HIV, só que feito por 28 dias.

  • Material infectante: sangue, serosa, fluido genital, líquor, líquido amniótico, articular…
  • Acidentes de risco: percutâneo, mucosa, pele não íntegra…
  • Teste após acidente: exposta (-) e fonte (+) ou desconhecido.
  • Tempo: até 72h (ideal até 2h).
  • Esquema: TDF + 3TC + DTG por 28 dias.
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12
Q

Como deve ser feita a profilaxia para a transmissão vertical do HIV durante o pré-natal?

A
  1. Pré-natal:
    - Testagem: iniciar na primeira consulta.
    - Se positivo, iniciar TARV: TDF + 3TC + DTG.

*Sempre solicitar genotipagem, mas não aguardar resultado para iniciar tratamento.

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13
Q

Como deve ser feita a profilaxia para a transmissão vertical do HIV durante o parto?

A
  1. Parto: principal momento da transmissão vertical.

1.1 - Pré-parto: avaliar CV após 34 semanas
- CV > 1.000 ou desconhecida: AZT IV até clampeamento do cordão. Cesárea eletiva com 38 semanas, bolsa íntegra, dilatação de 3-4cm.

  • CV < 1.000 mas detectável: AZT IV, parto por indicação obstétrica.
  • CV indetectável: parto por indicação obstétrica sem AZT.

1.2 - Pós parto: cuidados imediatos com o RN.
- Clampeamento imediato do cordão.
- Banho na sala de parto.
- Aspirar vias aéreas, se necessário, delicadamente.
- Alojamento conjunto (só se contra indicações por outras causas).

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14
Q

Como deve ser feita a profilaxia para a transmissão vertical do HIV durante o puerpério? Existe alguma profilaxia realizada nos RN nesse momento?

A
  1. Puerpério:
    1.1 - Gestantes:
    - Manter TARV.
    - Contra indicar aleitamento.

1.2 - RN:
- Baixo risco: uso de TARV desde primeira metade da gestação E carga viral indetectável após 28 semanas E sem falha na adesão.
> Medicação: AZT por 28 dias, iniciar nas primeiras 4h de vida.

*Pode-se fazer até 48h, mas a indicação é começar até 4h de vida.

  • Alto risco: não entra nos critérios de baixo risco.
    > Mais de 37 semanas: AZT + 3TC + RAL por 28 dias.
    > Entre 34-37 semanas: AZT + 3TC por 28 dias e NVP por 14 dias.
    > Menor que 34 semanas: apenas AZT por 28 dias.

*Para TODOS deve-se fazer profilaxia com SMX-TMP a partir de 4 semanas de vida (a contagem de CD4 não está tão relacionada a taxa de infecções oportunistas até o primeiro ano de idade). Se HIV positivo, mantém até 1 ano e depois guia a necessidade da profilaxia pela contagem de CD4. Se HIV negativo, suspende.

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15
Q

Como é feito o diagnóstico de HIV em crianças menores de 18 meses?

A

Nesse período, os anticorpos maternos passam para o RN, deixando exames de anticorpos falsamente positivos.
1. Carga Viral:
- 1º: ao nascer (antes da TARV).
- 2º: 2 semanas de vida.
- 3º: 6 semanas de vida.
- 4º: 12 semanas de vida.

*Se CV detectável em QUALQUER momento, repetir exame imediatamente. 02 resultados com ≥ 5.000 cópias, a criança está infectada. Se CV detectável com < 5.000 cópias tem que fazer o DNA pró-viral (exame difícil de encontrar).

  1. Sorologia:
    - 12 meses: sororeversão (negativação da sorologia, antes era positiva agora é negativa). Se sorologia permanecer positiva, repetir em 18 meses.
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16
Q

Quais doenças podemos incluir na pneumoAIDS e na neuroAIDS?

A
  • PneumoAIDS:
    > Pneumocistose.
    > Tuberculose.
  • NeuroAIDS:
    > Meningite criptocócica.
    > Toxoplasmose cerebral.
    > Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP).
    > Linfoma primário do SNC.
17
Q

Qual é o agente etiológico e a clínica da pneumocistose? Quais os achados típicos dos exames complementares? Como é feito o diagnóstico e o tratamento? Existe alguma indicação para realização de profilaxia dessa doença?

A
  1. Pneumocistose (CD4 < 200):
    - Agente etiológico: Pneumocystis jirovecii (fungo).
  • Clínica:
    > Candidíase oral.
    > Febre.
    > Tosse seca.
    > Dispneia progressiva (inflamação da membrana alvéolo capilar).
    > Perda de peso.
    > Ausculta normal.
  • Exames complementares:
    > Radiografia de tórax: infiltrado bilateral e peri-hilar, com tendência as bases (poupa ápice). SEM derrame pleural ou linfonodomegalia.
    > Laboratório: aumento do LDH (maior que 500).
    > Hemogasometria arterial: hipoxemia com alcalose respiratória.
  • Diagnóstico: isolamento (escarro com coloração por prata ou PCR).
  • Tratamento: Sulfametazol + Trimetopim por 21 dias (graves IV, leves VO) +/- corticoide SE PaO2 ≤ 70.
  • Profilaxia primária (SMX/TMP): CD4 < 200 OU candida oral OU febre por mais de 2 semanas.

*Nos casos de pneumocistose sempre solicitar uma hemogasometria arterial, pois ela muda conduta.

18
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da pneucistose? Como diferencia-las?

A

O principal diagnóstico diferencial da pneumocistose é a tuberculose, a dispneia é mais importante na pneucistose e há também a presença de alcalose respiratória (só presentes em TB mais avançadas). Além disso, há aumento de LDH e uma imagem no rx de tórax não compatíveis com TB.

19
Q

Qual é o agente etiológico e a clínica da tuberculose? Quais os achados típicos dos exames complementares? Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

A
  1. Tuberculose (CD4 variável):
    - Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis (bactéria).
  • Clínica:
    > Febre.
    > Sudorese noturna.
    > Perda de peso.
  • Exames complementares:
    > Radiografia de tórax:
    CD4 > 350: apical e cavitária (apresentação habitual).
    CD4 ≤ 350: miliar.
  • Diagnóstico:
    > TRM-TB.
    > BAAR.
  • Tratamento: RIPE por 6 meses + Iniciar TARV 2 semanas após o início do RIPE.

*A TARV é a mesma da população sem TB, o que muda é que o Dolutegravir é dado em dose dobrada até 15 dias após o fim do esquema RIPE (a Rifampicina reduz efeito do Dolutegravir). Depois disso, é dado em dose habitual.

20
Q

Qual é o agente etiológico e a clínica da meningite criptocócica? Quais os achados típicos dos exames complementares? Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

A
  1. Meningite Criptocócica (CD4 < 100):
    - Agente etiológico: Crytococcus neoformans (fungo).
  • Clínica: subaguda.
    > Febre baixa.
    > Cefaleia (aumento da PIC).
    > Confusão mental.
    > Paralisia do sexto par.
    > Raros sinais meníngeos.
  • Exames complementares:
    > Líquor:
    —> Aumento da pressão de abertura.
    —> Aumento de células mononucleares.
    —> Aumento de proteínas.
    —> Redução da glicose (normal é 2/3 da glicose sérica).
  • Diagnóstico:
    > Coloração Nanquim.
    > Antígeno.
    > Cultura.
  • Tratamento: Anfotericina B + Fluconazol.

*Após o fim do tratamento, o paciente pode manter quadro de cefaleia importante pela redução na eliminação do líquor. Sendo necessário, por vezes, realizar punções de alívio seriadas (principalmente quando a pressão de abertura for maior que 25 cmH2O).

**Se aumento da PIC (ex.: papiledema ao exame físico), faz primeiro exame de imagem. SE lesão expansiva, não faz punção (risco de herniação cerebral). SE ausência de lesão expansiva, pode fazer punção.

21
Q

Qual é o agente etiológico e a clínica da toxoplasmose cerebral? Quais os achados típicos dos exames complementares? Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

A
  1. Toxoplasmose Cerebral (CD4 < 100):
    - Agente etiológico: Toxoplasma gondii (reativação de contato prévio ou novo contato).
  • Clínica: subaguda.
    > Febre.
    > Cefaleia.
    > Convulsão.
    > Sinais focais (diagnóstico diferencial com AVC).
  • Exames complementares:
    > TC/RM cerebral: múltiplas lesões hipodensas (gânglios basais) com realce anelar e edema perilesional (abcesso expansivo).
  • Diagnóstico: clínica + imagem.
  • Tratamento: Sulfadiazina + Pirimetamicina + Ácido folínico.
  • Profilaxia primária (SMX/TMP): CD4 < 100 + IgG (+) para toxoplasmose.

*Ocorre melhora com cerca de 15 dias, mas a neurotoxoplasmose deixa diversas sequelas mesmo com tratamento adequado.

22
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da neurotoxoplasmose? Como suspeitar dele?

A

O principal diagnóstico diferencial é o linfoma primário do SNC, devemos suspeitar caso o paciente não tenha melhora após 15 dias da terapia inicial.

23
Q

Qual é o agente etiológico e a clínica do linfoma primário do SNC? Quais os achados típicos dos exames complementares? Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

A
  1. Linfoma primário do SNC:
    - Agente etiológico: Epstein barr vírus.
  • Clínica/Exames complementares: semelhante a neurotoxoplasmose, sem melhora com tratamento inicial.
  • Diagnóstico:
    > CD4 menor que 50.
    > PCR positivo para EBV no líquor.
    > RM com lesão única.
    > Biópsia.
  • Tratamento: radioterapia paliativa (péssimo prognóstico).
24
Q

Qual é o agente etiológico e a clínica da leucoencefalopatia multifocal progressiva? Quais os achados típicos dos exames complementares? Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

A
  1. Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva ou LEMP (CD4 < 100):
    - Agente etiológico: vírus JC.
  • Clínica:
    > Múltiplos déficits progressivos (ex.: alterações visuais), algo como “sucessivos AVCs”.
  • Exames complementares:
    > RM cerebral: aumento da intensidade da substância branca em T2 (vai progredindo com o tempo).
    > Líquor: PCR positivo para vírus JC.
  • Diagnóstico: clínica + exames complementares.
  • Tratamento: TARV.

*Não há reversão do déficit perdido, mesmo com o tratamento.