CM07 - Pneumonias Comunitária e Hospitalar Flashcards

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1
Q

Qual a definição de pneumonia comunitária, pneumonia hospitalar e pneumonia associada a ventilação mecânica?

A
  • Pneumonia comunitária (PAC): ocorre fora do ambiente hospitalar.
  • Pneumonia hospitalar (PAH): ocorre após 48h da admissão hospitalar.
  • Pneumonia associada a ventilação mecânica (PAVM): ocorre após 48h da intubação e ventilação mecânica.
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Q

Qual a patogenia da pneumonia adquirida na comunidade? Qual o mecanismo mais comum e quais os exemplos clássicos de cada mecanismo?

A
  • Aspiração: as microaspirações são o mecanismo mais comum de pneumonia, quando ocorre a descida de gram + para as vias aéreas inferiores. Os anaeróbios para chegar da boca ao pulmão precisam de uma macroaspiração (maiores volumes), o que é menos comum.
  • Inalação: um mecanismo possível de inalação é a inalação de Legionella presente nos ar-condicionados, isso geralmente está associado a surtos de pneumonia.
  • Hematogênica: o S. aureos é pode gerar pneumonia mesmo com melhora inicial da lesão cutânea, por disseminação hematogênica. Outro importante mecanismo é nas pneumonias em usuários de drogas endovenosas.
  • Extensão direta: um mecanismo possível é a pneumonia que ocorre após a inserção de um dreno de tórax.
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3
Q

Como é feito o diagnóstico da pneumonia adquirida na comunidade?

A

O diagnóstico é clínico e radiográfico.

  1. Clínica: determinado pelo agente e pelas características do paciente.
    - Apresentação típica (+ comum pneumococo):
    > Febre.
    > Tosse produtiva.
    > Dispneia.
    > Dor torácica.
    > Crepitações.
    > Aumento do frêmito toracovocal.
    > Broncofonia.
  • Apresentação atípica (+ comum micoplasma):
    > Febre baixa.
    > Tosse.
    > Exame respiratório pobre.
  1. Imagem:
    - Rx de tórax
    > Pneumonia lobar: um lobo todo acometido (radiopaco).
    > Broncopneumonia: menos de um lobo acometido. Áreas difusas mais e menos radiopacas.

*A pneumonia lobar está bem associada ao pneumococo, enquanto a broncopneumonia está associada ao também pneumococo, mas a outros agentes. Um quadro intersticial é mais característico de pneumonia por atípicos.

**A imagem radiológica aparece sempre após as manifestações clínicas e podem aparecer alterações após melhora clínica.

  • USG de tórax (mais acurácia que o Rx).
  • TC de tórax (mais sensível que a USG).
  1. Exames complementares: para casos refratários, graves ou UTI.
    - Culturas: escarro, hemocultura.
    - Antígeno urinário (pneumococo e Legionella).
    - Testes moleculares.

*Algumas referências afirmam que esses exames devem ser solicitados sempre que o paciente for internado, mesmo em enfermaria

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4
Q

Quais são os agentes e as características gerais da pneumonia por típicos e por atípicos?

A
  1. Pneumonia típica: os agentes tem parede celular de peptídeoglicano, coram bem pelo gram e respondem a beta lactâmicos (penicilina, cefalosporina, carbapenêmicos e monobactam). Exemplos:
    - S. pneumoniae.
    - H. influenza.
    - Moraxella catarrhalis.
    - Klebisiella.
    - S. aureus.
    - Pseudomonas.
  2. Pneumonia atípica: os agentes não tem parede celular de peptídeoglicano, coram mal pelo gram e respondem bem a macrolídeos. Exemplos:
    - Mycoplasma pneumonial.
    - Chamydia pneumonial.
    - Legionella.

Outros: anaeróbios e vírus (ex.: influenza).

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5
Q

Quais são as características do Streptococcus pneumonial no contexto de pneumonia?

A
  • São diplococos gram positivos.
  • Microrganismo típico.
  • São o microrganismo mais comum nas PAC.
  • Estão associados ao:
    > Derrame pleural.
    > Pneumonia redonda (pseudotumor).

*O Streptococcus pneumonial é tão mais comum que outros agente que a pneumonia com derrame geralmente é causada por ele. No entanto, outros microrganismos, como o S. aureus, quando atingem o pulmão causam com mais frequência derrame pleural.

**Está disponível a dosagem do antígeno urinário para o diagnóstico etiológico da pneumonia causada por esse agente.

**O risco de resistência é baixo no Brasil, mas está associado ao uso de ATB nos últimos 3 meses, comorbidades e imunossupressão. Nesses casos, pode-se aumentar a dose do beta lactâmico.

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6
Q

Quais são as características do H. influezae no contexto de pneumonia? Qual agente também gosta de acometer o mesmo subgrupo de pacientes que esse patógeno acomete?

A
  • É um cocobacilo gram negativo.
  • Microrganismo típico.
  • Tem aumento da incidência em idosos e é o agente MAIS COMUM da pneumonia em pacientes com DPOC.

*Outro microrganismo típico comum em pacientes com DPOC é a Moraxella catarrhalis (diplococo gram negativo).

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7
Q

Quais são as características da Klebisiella no contexto de pneumonia?

A
  • São bastonetes gram negativos.
  • Microrganismo típico.
  • Tem aumento da incidência em etilistas e diabéticos e causam e quadro grave.
  • Estão associados a:
    > Pneumonia do lobo pesado: abaulamento da fissura pulmonar por uma pneumonia de lobo superior.
    > Pneumonia necrosante (alta virulência).
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8
Q

Quais são as características do Staphylococus aureus no contexto de pneumonia?

A
  • São cocos gram positivos, em cachos.
  • Microrganismo típico.
  • Estão associados a disseminação pneumonia por disseminação hematogênica, pós-influenza e em usuários de drogas EV.
  • Estão associados a:
    > Pneumonia grave.
    > Pneumonia necrosante (<2cm) ou abcesso (>2cm).
    > Derrame pleural.
    > Pneumatocele (bolha de ar no pulmão).

*A pneumatocele pode complicar com piopneumotórax.

**A causa mais comum de e pneumatocele em imunocompetente é o S. aureus e em imunocomprometidos é a Pneumocystis jirocevi (pneumocistose - HIV/AIDS).

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9
Q

Quais são as características do Mycoplasma pneumoniae no contexto de pneumonia?

A
  • Microrganismo atípico.
  • Segundo mais comum nas PAC.
  • Causam uma síndrome gripal mais:
    > Otalgia e Miringite bolhosa (bolhas no tímpano, somente 5% dos paciente têm, mas é altamente específica para Mycoplasma).
    > Anemia hemolítica com icterícia.
    > Raynaud.
    > Síndrome de Guillain-Barré.
    > Síndrome de Steven Johnsson (descamação da pele, erupção vermelha plana, bolhas, feridas na mucosa…).
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10
Q

Quais são as características da Legionella no contexto de pneumonia?

A
  • Microrganismo atípico.
  • Causa um quadro típico e grave (microrganismo atípico que causa quadro típico).
  • Pode ocorrer:
    > Sinal de Faget (dissociação pulso temperatura com febre e bradicardia/normocardia).
    > Dor abdominal e diarreia.
    > Hiponatremia (SIADH).
    > Aumento de transaminases.

*Está disponível a dosagem do antígeno urinário para o diagnóstico etiológico da pneumonia causada por esse agente.

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11
Q

Quais são as características da Chamydia pneumonial no contexto de pneumonia?

A
  • Microrganismo atípico.
  • Quadro leve com:
    > Febre.
    > Tosse.
    > Sintomas de VAS: faringite, laringite e sinusite.

*A Chamydia psitacci é o agente da pneumonia associada a manipulação de pássaros. A Chamydia trachomatis não causa pneumonia, é uma IST (causa do linfogranuloma venéreo, DIP…).

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12
Q

Quais são as características do vírus influenza no contexto de pneumonia? Como é feito o diagnóstico e o tratamento desses casos?

A
  • Causam síndrome gripal, mas também podem causar síndrome respiratória aguda grave (SRAG), na presença de:
    > Dispneia ou desconforto.
    > SatO2 menor que 95%.
    > Piora da doença de base.
    > Hipotensão.
  • Diagnóstico: Swab faríngeo.
  • Tratamento: Osltemavir para SRAG ou alto risco dentro de 48h que inclui:
    > Menores de 2-5 anos ou maiores de 60 anos.
    > Imunodeprimidos ou com comorbidades.
    > Indígena.
    > IMC maior ou igual a 40.
    > Gestante ou puérpera.
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13
Q

Quais são as características dos anaeróbios no contexto de pneumonia? Qual a conduta frente a um caso como esse?

A
  • Evolução lenta e polimicrobiana.
  • Locais mais comuns: parte posterior do lobo superior e parte superior do lobo inferior.
  • Fatores de risco:
    > Dentes em mal estado de conservação.
    > Macroaspiração (etilista, redução da consciência e distúrbios da deglutação).
  • Conduta: clindamicina ou amoxicilina clavulonato por 3 semanas.

*O escarro não é utilizado como diagnóstico nesse caso pela alta contaminação de anaeróbios pela cavidade oral.

**Poucas horas após uma macroaspiração o paciente tem uma pneumonite (inflamação do pulmão pela lesão do conteúdo gástrico brocoaspirado) e não uma pneumonia. O tratamento nesse momento é de suporte, já que não deu tempo dos microrganismos se proliferarem e uma pneumonia se desenvolver.

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14
Q

Como devemos escolher o local de tratamento de um paciente com pneumonia adquirida na comunidade?

A

Pelos critérios de CURB-65 e IDSA/ATS.

  1. CURB-65: escolha de tratar no ambulatório ou hospital.
    - Confusão mental.
    - Ureia ≥ 43 mg/dL.
    - Respiração (FR > 30 ipm).
    - Baixa pressão (PAS ≤ 90 ou PAD ≤ 60).
    - 65 anos ou mais.

Interpretação:
0-1: ambulatório.
2: enfermaria.
3 ou mais: UTI.

*Atenção básica (sem ureia): CRB-65. Maior igual a 1 ponto deve-se internar.

  1. IDSA/ATS: internação em UTI ou enfermaria.
    - Critérios maiores:
    > Ventilação mecânica.
    > Choque séptico.
  • Critério menores:
    > C-U-R-B.
    > TAX maior igual a 36°C.
    > Relação P/F menor igual a 250.
    > Multilobar.
    > Leucócitos menor que 4.000.
    > Plaquetas menor que 100.000

Interpretação: 1 maior ou 3 menores = UTI.

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15
Q

Como é feito o tratamento ambulatorial da pneumonia adquirida na comunidade?

A
  1. Ambulatório (agentes mais comuns: Pneumococo, Mycoplasma e H. influenzae):
  • Tratamento usual: VO.
    > Macrolídeo (Azitromicina 3-5 dias ou Claritromicina 7 dias): cobre típicos e atípicos.
    OU
    > Amoxicilina +/- clavulonato por 7 dias: se for quadro típico (pneumococo), esse esquema não cobre atípicos.
    OU
    > Doxiciclina (alta resistência ao pneumococo no Brasil, não é utilizada na prática).
  • SE comorbidades, ATB nos últimos 3 meses ou pneumococo resistente: VO.
    > Macrolídeo (Azitromicina ou Claritromicina) + beta-lactâmico (ex.: amoxicilina +/- clavulonato) por 5-7 dias
    OU
    > Fluroquinolona respiratória (moxi, gemi, levo) por 5-7 dias.

*A quinolonas respiratórias são mais bem utilizadas a pacientes com alergias a macrolídeos e/ou beta-lactâmicos, pois apresentam amplos efeitos adversos como: tendinite, neuropatias, alterações psíquicas e aneurisma de aorta.

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16
Q

Como é feito o tratamento de um paciente com pneumonia adquirida na comunidade internato em enfermaria?

A
  1. Enfermaria (agentes mais comuns: Pneumococo, Mycoplasma e H. influenzae).
  • Tratamento usual: EV por 5-7 dias.
    > Macrolídeo (Azitromicina ou Claritromicina) + beta-lactâmico (ex.: ceftriaxone).
    OU
    > Fluroquinolona respiratória (moxi ou levo).
17
Q

Como é feito o tratamento de um paciente com pneumonia adquirida na comunidade internato em UTI? Quando devemos iniciar corticoide nesses pacientes?

A
  1. UTI (agentes mais comuns: Pneumococo, gram negativos, Legionella e S. aureus).
  • Tratamento usual: EV por 7-14 dias.
    > Beta-lactâmico (ex.: ceftriaxone, ampicilina-sulbactam) + Azitromicina OU Fluroquinolona respiratória (moxi ou levo).
  • SE possibilidade de S. aureus MRSA ADICIONAR:
    > Vancomicina.
    OU
    > Linezolida.
  • SE possibilidade de Pseudomonas MUDAR ESQUEMA para:
    > Piperacilina.
    OU
    > Cefepime.
    OU
    > Imipenem.
    ASSOCIADO a Levo/Ciprofloxacino.

*SE possibilidade de Pseudomonas e S. aureus MRSA faz o esquema de Pseucomonas e adiciona Vancomicina ou Linezolida.

**Considerar corticoide em pacientes mais graves ou em uso de ventilação mecânica, a PCR pode ajudar (quanto mais alta maior a tendência de fazer corticoide).

18
Q

Como identificar o derrame pleural em uma pneumonia? Quando devemos realizar toracocentese diagnóstica? Como classificar esse derrame pleural? E como devemos tratar?

A
  1. Identificação: parábola de Damoiseau na radiografia de tórax (diferencia derrame pleural de pneumonia lobar).
    - Derrame pleural: pulmão > parábola > derrame.
    - Pneumonia lobar: pulmão normal > sem parábola > pneumonia lobar.
  2. Toracocentese diagnóstica:
    2.1 - Realizar se:
    - Rx de perfil com altura maior que 5cm.
    - Laurell maior que 1cm.

2.2 - Classificação:
- Exsudato (pelo menos 1):
> Proteína pleural / sérica > 0,5.
> LDH pleural / sérico > 0,6.
> LDL pleural > 2/3 do limite superior do soro.

  • Complicado (pelo menos 1):
    > pH menor 7,2.
    > Glicose menor que 40-60.
    > LDH maior que 1.000.
    > Bactérias.
    > Pus (empiema).
  1. Tratamento:
    - Não complicado: ATB.
    - Complicado: ATB + drenagem em selo de água.
19
Q

Qual a definição de abcesso pulmonar na pneumonia? Qual o fator de risco principal para sua ocorrência? Como ocorre o tratamento?

A
  • O abcesso por definição tem quer ser maior que 2cm (< 2cm é pneumonia necrosante).
  • Fator de risco: macroaspiração (cuidado com anaeróbios).
  • Clínica: evolução lenta (dias).
  • Locais mais comuns: parte posterior do lobo superior e parte superior do lobo inferior.
  • Tratamento: clindamicina OU amoxicilina clavulonato.

*Uma cirurgia pode ser realizada para retirar a necrose pulmonar, mas a drenagem do abcesso não é realizada cirurgicamente (ocorre naturalmente pelas vias aéreas).

**Pela evolução lenta, o quadro faz diagnóstico diferencial com tuberculose.

20
Q

Quando devemos fazer o controle clínico e radiográfico na pneumonia?

A
  • Clínico: 48-72h
  • Radiográfico: sem tempo definido. Alguns autores falam de controle radiográfico ao fim do tratamento. SE tabagista com mais de 50 anos, repetir controle radiográfico em 6-8 semanas, se manter alterações tem que fazer TC de tórax (risco de CA pulmonar com pneumonia associada).
21
Q

Como é feito o diagnóstico da PAH e da PAVM?

A

Infiltrado pulmonar novo e/ou progressivo + dois sinais de infecção:
- Temperatura < 36 ou >38.
- Leucocitose ou leucopenia.
- Secreção purulenta.
- Piora da oxigenação.

22
Q

Quais os principais agentes envolvidos na PAH e da PAVM?

A
  • Gram negativos entéricos (P. auriginosa, gram negativos MDR).
  • S. aureus MRSA.
  • Acinetobacter baumannii (associado a VM).
23
Q

Como é feito o tratamento da PAH e da PAVM?

A
  • Antibioticoterapia de base (mínimo recomentado): amplo espectro com cobertura para pseudomonas.
    > Cefepime.
    OU
    > Piperacilina-Tazobactam.
    OU
    > Imi/Meropenem.
  • SE risco de gram negativo MDR (ex.: fibrose cística, bronqueictasia… problema pulmonar) ADCIONAR:
    > Aminoglicosídeo (amicacina, gentamicina).
    OU
    > Cipro/Levofloxacino.
    OU
    > Aztreonam.
  • SE possibilidade de S. aureus MRSA (> 20% de MRSA na unidade ou desconhecido) ADICIONAR:
    > Vancomicina.
    OU
    > Linezolida.
  • SE ventilação mecânica + ATB IV nos últimos 90 dias OU diálise OU choque séptico OU SDRA OU ≥ 5 dias de internação:
    > Escolher um de cada grupo acima (ex.: cefepime + cipro + vanco).

*Esses pacientes acima são muito graves, tem risco de gram negativos MDR e MRSA além de Pseudomonas.

**Sempre guiar por culturas e desescalonar ATB quando possível.