CÂNCER COLORRETAL - DIAGNÓSTICO E RASTREAMENTO Flashcards

1
Q

Câncer Colorretal

Critérios de Amsterdam

A

Os critérios de Amsterdam são:

  • Ao menos 3 membros da mesma família com CCR;
  • 1 dos membros deve ser parente em 1º grau dos outros 2;
  • Ao menos 2 gerações sucessivas acometidas;
  • 1 dos membros deve ter menos de 50 anos na data do diagnóstico;
  • Deve ser excluído o diagnóstico de PAF;
  • Deve haver confirmação anatomopatológica de CCR
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2
Q

Em caso de pólipo adenomatoso de baixo risco, o exame pode ser repetido em até.

A

5 anos; se houver risco alto (adenomas grandes, vilosos, serrilhados e com displasia) nova colonoscopia deve ser feita em até 3 anos, com displasia de alto grau, a nova colonoscopia deve ocorrer em até 1 ano

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3
Q

Os tumores do cólon direito dificilmente causam obstrução, porque…

A

costumam crescer para fora da luz e também porque o diâmetro do cólon direito é muito maior que do esquerdo, levando a um quadro de massa palpável, dor e principalmente anemia crônica por sangramento oculto intestinal.

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4
Q

Os tumores do braço esquerdo crescem…

A

para dentro da luz, que já é estreito (comparando-se ao lado direito), geralmente apresentando-se com mudança de hábito intestinal, detalhe em fita e fixar (ou suboclusão) intestinal.

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5
Q

Fatores de Risco para câncer de Colon

A

pólipo adenomatoso. A maioria dos tumores são esporádicos e originam-se de um pólipo adenomatoso. Sequência adenoma-carcinoma pode demorar até 10 anos.

comportamentais. Dieta com alto consumo de carne vermelha, gorduras, açucares e pouca fibra;tabagismo; obesidade.

outros. Diabetes; ureterossigmoidostomia (para câncer de bexiga); radioterapia (para câncer depróstata); doença inflamatória intestinal (mais comum na retocolite, principalmente após 8 anos de doença).

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6
Q

classificação dos Pólipos

A

Podem ser tubulares (mais comuns), túbulo-vilosos ou vilosos (mais risco de malignizar).

Podem ser pediculados ou sésseis.

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7
Q

diagnóstico dos pólipos

A

Assintomáticos, podem sangrar. são achados de colonoscopia e devem ser sempre ressecados (risco de displasia e câncer). Displasia de alto grau = carcinoma in situ.

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8
Q

pólipos de alto risco.

A

Tamanho > 2cm; viloso; displasia alto grau.

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9
Q

seguimento.

Após ressecção de pólipo de alto risco

A

Repetir a colonoscopia em até 3 anos (alguns serviços até 1 ano); pólipo de baixo risco repetir até 5 anos

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10
Q

fatores de proteção para CA de Cólon

A

Consumo de frutas e vegetais (menos contato com carcinógenos); exercício,controle do peso, uso de AINES e aspirina.

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11
Q

Síndromes Genéticas

câncer colorretal hereditário não polipose (HNPCC) - síndrome de Linch.

A

É a principal causa genética do câncer colorretal. Também origina-se de um pólipo, porém não há polipose (o intestino não está “forrado” de pólipos). Mutação do P53. pacientes mais jovens, mais no cólon direito, maior recidiva (por isso a colectomia total será indicada).

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12
Q

Linch 1.

A

Somente câncer colorretal.

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13
Q

Linch 2

A

Envolve outros tumores como de endométrio, ovário, uroteliais, intestino delgado e estômago.Rastreamento com colonoscopia a cada 2 anos a partir dos 20 anos e anual após os 40 anos

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14
Q

polipose adenomatosa familiar (PAF).

A

Mutação do gene APC; presença de mais de 100 pólipos adenomatosos; pode haver outros tumores do tubo digestivo; hiperpigmentação retiniana hipertrófica (achado característico). 100% de câncer colorretal aos 40 anos. Indicada proctocolectomia profilática com anastomose ileoanal com bolsa ileal até os 20 anos. Rastreamento a partir dos 10 anos anualmente.

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15
Q

síndrome de Gardner.

A

Variante da PAF, pólipos adenomatosos, com osteomas de mandíbula, tumores desmoides e dentes supranumerários.

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16
Q

síndrome de Turcot.

A

Variante da PAF, pólipos adenomatosos, com tumores do SNC (meduloblastoma é o mais comum).

17
Q

síndrome de Peutz-Jeghers.

A

Pólipos hamartomatosos em todo trato gastrointestinal, associado amanchas melanocíticas em mãos e lábios. Risco de câncer de estômago, delgado e cólon. Pólipos grandespodem causar intussuscepção e sangramento com anemia.

18
Q

polipose juvenil.

A

10 ou mais hamartomas. Pode haver, sangramento, anemia, intussuscepção, obstruçãoe maior risco de malignização.

19
Q

síndrome de Cowden.

A

Hamartomas, como a polipose juvenil, associado ao câncer de mama e tireoide.

20
Q

síndrome de Cronkhite-Canada.

A

Hamartomas associados a alopecia, distrofia ungueal e hiperpigmentação cutânea.

21
Q

epidemiologia.

A

É o 2° tumor mais comum no homem e na mulher. Mais frequente após os 60 anos; boa chance de cura. Localiza-se mais no reto e no sigmoide (aumentando o número de tumores no cólon direito).

22
Q

Tumor do cólon direito.

A

Apresenta-se como massa palpável, dor e anemia.

23
Q

Tumor do cólon esquerdo.

A

Apresenta-se como mudança de hábito intestinal; pode haver obstrução intestinal.

24
Q

Suspeita de CA de Cólon

A

todo paciente com mudança do hábito intestinal ou anemia ferropriva sem explicação óbvia deve ser submetido a colonoscopia. marcador tumoral (CEA). não serve para diagnóstico, mas sim para seguimento. estadiamento. TC de tórax e abdome; toque retal, USG transretal e RNM de pelve (para tumor de reto).

25
Q

Tratamento

câncer de cólon e reto alto.

A

O tratamento é sempre cirúrgico. Pode ser curativo (colectomia segmentar com linfadenectomia de no mínimo 12 linfonodos) ou paliativo (risco de obstrução).

26
Q

Tratamento

câncer de reto médio ou baixo (tocável).

A

Fazer neoadjuvância (primeiro radio e quimioterapia) com novo estadiamento após. Caso haja margem distal livre, realizamos a ressecção por via abdominal com anastomose.

Na ausência de margens livres, indica-se a cirurgia de Miles (amputação abdominoperineal do reto com colostomia definitiva).

27
Q

tratamento na emergência (obstrução).

A

Câncer de cólon e reto alto – ressecção.

Câncer de reto médio e baixo – somente colostomia (tirar da emergência), fazer neoadjuvância e depois reavaliar a cirurgia definitiva

28
Q

quimioterapia adjuvante.

A

Em caso de linfonodos positivos; invasão angiolinfática e perineural; tumor mal diferenciado.

29
Q

RASTREAMENTO

A

câncer esporádico. Fazer colonoscopia de rotina a partir dos 50 anos (45 para algumas sociedades). Em caso de exame normal, repetir em até 10 anos.

história familiar positiva. Primeira colonoscopia aos 40 anos ou 10 anos antes do familiar mais jovem

30
Q

Exames de Imagem

Enema Opaco

A

Clássico

Sinal da Maçã Mordida

31
Q

Verdadeira ou Falsa

Terapia de reposição hormonal nas mulheres favorecem o desenvolvimento do câncer colorretal,

A

FALSA

O uso de terapia de reposição hormonal (TRH) demonstrou estar associado a um risco reduzido de câncer colorretal, no entanto, seu impacto na sobrevida entre mulheres já portadoras de câncer colorretal (CCR) permanece incerto.

32
Q

Homem, 50 anos realiza colonoscopia de rastreamento que evidencia um pólipo séssil de 15mm no cólon ascendente. Após ressecção completa o exame histológico revelou: adenoma séssil serrilhado com displasia leve. Pode-se afirmar que a próxima colonoscopia deve ser realizada em:

A

3 anos

Essa é uma questão muito boa e atualizada! Vamos ver as recomendações da Multi-Society Task Force dos EUA para acompanhamento pós-colonoscopia em adultos de risco habitual com colonoscopia normal ou adenomas. Primeiro o achado na colonoscopia de rastreio, e em seguida o tempo recomendado para nova colonoscopia:

  • Normal: 10 anos
  • 1-2 adenomas tubulares <10 mm: 7-10 anos
  • 3-4 adenomas tubulares <10 mm: 3-5 anos
  • 5-10 adenomas tubulares <10 mm: 3 anos
  • Adenoma > 10 mm: 3 anos
  • Adenoma com histologia tubuloviloso ou viloso: 3 anos
  • Adenoma com displasia de alto grau: 3 anos
  • >10 adenomas em um único exame: 1 ano
  • Ressecção fragmentada de adenoma > 20 mm: 6 meses

Como pode ver, se temos um adenoma de 15mm (>10mm), sem displasia de alto grau e sem componente viloso, a recomendação é de nova colonoscopia em 3 anos.

33
Q

manejo endoscópico do Câncer colorretal!! Podemos indicar como curativa uma ressecção endoscópica em casos de pólipos malignos pediculados ou sésseis removidos inteiros e que não apresentem nenhuma das seguintes características de alto risco:

A

Para pólipos pediculados e não-pediculados: Histologia indiferenciada; invasão linfovascular; Budding tumoral (focos de células cancerosas isoladas ou um agrupamento de cinco ou menos células cancerosas na margem invasiva do pólipo)

Para pólipos pediculados: margem positiva variavelmente definida como câncer presente na margem de ressecção, câncer dentro de 1 mm da margem de ressecção ou câncer dentro de 2 mm da margem de ressecção.

Para pólipos não pediculados: câncer na margem de ressecção ou profundidade de invasão da submucosa =1 mm

34
Q

Verdadeira ou Falsa

Na polipose adenomatosa familial, 100% dos pacientes que não forem tratados cirurgicamente irão desenvolver câncer colorretal.

A

Verdadeira

O diagnóstico genético da Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) pré-sintomático nos indivíduos de risco é possível pela detecção direta da mutação do gene APC. Os testes requerem amostra sanguínea onde o DNA de linfócitos periféricos são testados. A identificação de indivíduos sem mutações no APC remove a necessidade de rastreamento anual, uma vez que a chance de desenvolvimento de câncer neste individuo é a mesma da população geral. Tradicionalmente a avaliação clinica do individuo de risco é feita por completa história pessoal e familiar, exame físico detalhado, sigmoidoscopia flexível anual e colonoscopia quando houver o diagnostico de pólipos. Nos indivíduos positivos para mutações no APC, sigmoidoscopia flexível anual deve ser iniciada aos 10 anos. Somente 15% dos portadores de mutações no APC desenvolverão pólipos intestinais aos 10 anos; aos 20 anos aproximadamente 75% dos portadores já apresentam polipose; aos 30 anos 90% dos portadores apresentam PAF e sem intervenção 100% dos pacientes desenvolverão câncer colorretal na quarta década de vida.

35
Q

Os adenomas e os _________ são os pólipos intestinais com risco de malignização.

cistos / hamartomas

A

Hamartomas

VEJA SÓ:

Os pólipos intestinais com risco de malignização são os adenoma e os hamartomas. Os adenomas são divididos em tubulares, vilosos e túbulo-vilosos, todos possuem risco de malignização, mas o mais perigoso é o adenoma viloso.

36
Q

Os TU colorretais originam-se de pólipos adenomatosos (__________ risco nos vilosos, geralmente sésseis).

maior / menor

A

Maior

VEJA SÓ:

A grande maioria dos tumores colorretais são esporádicos, mesmo se houver algum caso na família, principalmente se for acima de 50 anos e originam-se de pólipos adenomatosos (os de maior risco são os vilosos, geralmente sésseis).

37
Q
A