Abdome Agudo Vascular Flashcards

1
Q

As causas mais comuns da isquemia mesentérica aguda são:

A

embolia da artéria mesentérica superior. Mais comum! Êmbolo vem do coração, cardiopatas,pacientes com arritmias (fibrilação atrial). doença coronariana, insuficiência cardíaca (IC), valvulopatia, história de embolia arterial

isquemia não oclusiva (vasoconstricção). Pacientes em terapia intensiva, com drogas vasoativas;desidratação grave; usuário de drogas. estados de baixo fluxo (p. ex., IC, CHOQUE), vasoconstrição esplâncnica (p. ex., vasopressores, cocaína)

trombose da artéria mesentérica superior. Pacientes com doença aterosclerótica, formação do trombo direto na artéria mesentérica superior.

trombose da veia mesentérica superior. Pacientes com dificuldade de fluxo na veia porta, hepatopatas. Quadro mais arrastado, pode haver dor e diarreia. estados de hipercoagulabilidade, condições inflamatórias (pancreatite, diverticulite), trauma, IC, insuficiência renal, hipertensão portal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

O grande achado do abdome agudo vascular é:

A

a desproporção entre a clínica e o exame físico. Ao examinar o abdome, geralmente notamos uma distensão abdominal e não percebemos sinais de peritonite no início dos quadros. O paciente queixa-se de muita dor, mas tem poucos achados no exame físico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Em relação aos exames laboratoriais no abdome agudo vascular

A

Costuma apresentar:

  • grande leucocitose com desvio a esquerda,
  • acidose metabólica
  • aumento de lactato.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

A ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA (IMA) é tipicamente definida como

A

por uma INTERRUPÇÃO SÚBITA do suprimento sanguíneo (trombose / embolia / não oclusiva em estados de baixo fluxo) para várias porções do intestino delgado, levando à isquemia e alterações inflamatórias secundárias. Se não for tratado, este processo resultará em necrose intestinal com risco de vida.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

O quadro clínico de Isquemia Mesentérica Aguda

A

é de dor abdominal súbita intensa e difusa, tipo isquêmica (o paciente chega rápido ao PS). Pode haver náuseas e vômitos, parada de eliminação de gases e fezes, distensão abdominal.

Ao exame físico pode apresentar queda do estado geral, agitação, taquicardia, taquipneia, hipotensão, sudorese, desidratação, abdome distendido, doloroso à palpação difusamente, porém sem sinais de peritonite no início do quadro (a clássica desproporção entre a clínica e o exame físico)!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

A ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA é uma condção clínica

A

porém com sua etiologia frequente nas autópsias, havendo em 6 a 10% de obstrução aterosclerótica significativa nas artérias intestinais e frequente nas arteriografias abdominais, existindo em 14 a 24%.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

O principal fator etiológico da isuemia mesentérica crônica

A

é uma arteriosclerose, onde normalmente dois dos três grandes vasos esplâncnicos devem estar acometidos (tronco celíaco, mesentérica superior e mesentérica inferior) para ocasionar uma sintomatologia. A maioria dos pacientes acometidos é composta por mulheres (3/4 do total). Classicamente propor dor-prandial, a angina abdominal, ou claudicação abdominal, ou “angur abdominalbilical, que pós-região é caracteristicamente de 15 a 30 minutos como refeições, irradiando-se ocorreticamente após a ocorrência, gradualmente, para o dorso, e Retornando na próxima refeição. A perda de peso é comum, ocorre devido à diminuição da ingestão alimentar por “medo da comida que causa dor”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

TC com evidencia de edema na região do ângulo esplênico

A

indica que neste local há uma inflamação, ou seja, uma possível colite. Qual a particularidade desta região? É o ponto de Griffith! Este é um ponto com vascularização deficitária do cólon, pois é o limite entre o território da artéria mesentérica superior e o território da artéria mesentérica inferior, sendo que frequentemente a artéria marginal de Drummond é tênue ou ausente neste segmento. Portanto, é o local ideal para ocorrer uma colite isquêmica!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

A colite isquêmica ocorre por baixo fluxo no intestino. É mais comuns no __________________, principalmente nos pontos de má vascularização, como no ângulo esplênico do cólon (ponto de Griffith) e na transição retossigmoide (ponto de Sudeck). Geralmente atinge pacientes que possuem patologias como cardiopatias, arritmias e diabetes.

A

cólon esquerdo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

ABDOME AGUDO VASCULAR

O que é

A

Obstrução aguda do fluxo sanguíneo intestinal, podendo levar à isquemia aguda com necrose e perfuração.

Atenção! Abdome agudo vascular significa uma isquemia aguda, com dor intensa e que necessita de uma intervenção! Diferente de uma isquemia crônica, que chamamos de angina mesentérica (dor pós-prandial por baixofluxo sanguíneo intestinal).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Fatores de Risco para Abdome Agudo Vascular

A

variados. Idade avançada, diabetes, tabagismo, doença vascular arterial crônica, história prévia de angina mesentérica (claudicação abdominal), cardiopatia, arritmias (fibrilação atrial), valvulopatias, IAM prévio,desidratação grave, uso de drogas vasoativas, uso de drogas ilícitas que causam vasoconstrição, hepatopatia crônica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Trombose venosa profunda causa abdome agudo vascular?

A

Trombose venosa profunda não causa abdome agudo vascular pois o êmbolo vai para o pulmão! O êmbolo do abdome agudo vascular vem do coração!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

DIAGNÓSTICO de Abdome Agudo Vascular

quadro clínico.

A

Dor súbita intensa e difusa, tipo isquêmica, o paciente chega rápido ao PS. Pode haver náuseas, vômitos, parada de eliminação de gases e fezes, e distensão abdominal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

DIAGNÓSTICO de Abdome Agudo Vascular

exame físico.

A

Mau estado geral, agitação, taquicardia, taquipneia, hipotensão, sudorese, desidratação, baixa saturação de oxigênio. Abdome distendido, doloroso à palpação difusamente, porém sem sinais de peritonite no início do quadro. Toque retal pode apresentar fezes amolecidas com sangue escurecido (geleia de framboesa), por isquemia e descamação da mucosa.

atenção. Pacientes muito queixosos, em mal estado geral, porém sem peritonite no início, é a clássica desproporção entre a clínica e o exame físico presente no abdome agudo vascular!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Abdome Agudo Vascular

radiografia de abdome.

A

Dados indiretos como a pneumatose intestinal (pontos de ar na parede das alças) e impressões digitiformes, sinais de isquemia. Pode haver gás dentro do sistema porta (aeroportograma), sinal de quadro isquêmico grave.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Aeroportograma na radiografia é sinal de:

A

Pode haver gás dentro do sistema porta (aeroportograma), sinal de quadro isquêmico grave.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

impressões digitiformes na radiografia de abdome

A

sinais de isquemia.

18
Q

Abdome Agudo Vascular

tomografia de abdome com contraste venoso.

A

Pode mostrar pontos de obstrução nos vasos mesentéricos. Sinais indiretos como edema de alças, espessamento do meso, impressões digitiformes e aeroportogramas.

19
Q

Abdome Agudo Vascular

angiotomografia.

A

Boa acurácia para identificar pontos de obstrução nos vasos mesentéricos, é um exame não invasivo, porém é apenas diagnóstico e não terapêutico.

20
Q

Abdome Agudo Vascular

arteriografia mesentérica.

A

É um exame invasivo, porém tem a vantagem de poder ser diagnóstico eterapêutico.

21
Q

Tratamento de Abdome Agudo Vascular

paciente sem peritonite.

A

Realizar arteriografia com intenção diagnóstica e terapêutica. tentativa de reperfusão do intestino.

22
Q

Tratamento de Abdome Agudo Vascular

embolia arterial.

A

Pode ser tentada a embolectomia

23
Q

Tratamento de Abdome Agudo Vascular

isquemia não-oclusiva.

A

Pode ser utilizada a papaverina local (vasodilatador).

24
Q

Tratamento de Abdome Agudo Vascular

trombose arterial.

A

Tentativa de revascularização, trombectomia, stent.

25
Q

Tratamento de Abdome Agudo Vascular

trombose venosa.

A

Anticoagulação sistêmica.

26
Q

Tratamento de Abdome Agudo Vascular

paciente com peritonite.

A

Laparotomia exploradora para ressecção das áreas necróticas.

atenção. Avaliação de viabilidade da alça intestinal no intra-operatório. Cor, temperatura, pulso, sangramento, peristalse. Em caso de dúvida, realizamos um “second look”, uma reoperação programada após 24 a 48h para reavaliação das alças intestinais.

27
Q

uando podemos revascularizar alças intestinais

A

Só podemos tentar revascularizar alças intestinais que não apresentam necrose, caso contrário teremos a grave síndrome de isquemia e reperfusão!

28
Q

Medidas Clínicas no Abdome Agudo Vascular

A
  • Reposição volêmica agressiva e de eletrólitos;
  • Antibioticoterapia de amplo espectro para patógenos intestinais: cobertura para anaeróbios/gram-negativos (translocação bacteriana);
  • Anticoagulação sistêmica (prevenção da formação e propagação do trombo);
  • Trombólise: na trombose arterial aguda com trombos recentes.
29
Q

Abordagem Cirúrgica na Isquemia Mesentérica

Objetivos:

A
  • Estabelecer a viabilidade intestinal;
  • Ressecar segmentos necróticos;
  • Reconstituição do fluxo vascular, eventual reconstrução do trânsito intestinal (em um primeiro tempo ou não) e prevenção de recorrências;
  • Pode-se utilizar a via laparoscopica, mas preferencialmente a via laparotômica (mediana).
30
Q

Avaliar no intraoperatório:

A
  • Coloração, distensão e peristalse das alças intestinais;
  • Observação e palpação de pulsos das arcadas arteriais: tronco celíaco, AMS e AMI (pode ser auxiliado com Doppler intraoperatório);
  • Sangramento das superfícies de corte;
  • Perfuração de alças intestinais.
31
Q

No abdome agudo vascular pode haver distensão e dor abdominal à __________, porém desproporcionais às queixas clínicas.

A

palpação

O abdome agudo vascular é caracterizado por dor súbita de forte intensidade (dor isquêmica), com o paciente chegando rapidamente ao hospital. Em geral, apresenta-se em mau estado geral, taquicárdico, hipotenso, taquipneico e sudoreico. Ao exame abdominal, no início do quadro, há distensão e dor, porém incompatíveis com as queixas e demais sinais clínicos. Ou seja, há uma clássica desproporção entre a clínica e o exame físico.

32
Q

Instabilidade hemodinâmica com doses altas de drogas vasoativas é fator de risco para abdome agudo vascular por __________.

A

isquemia não oclusiva

A principal causa de abdome agudo vascular é a embolia da artéria mesentérica superior. Geralmente, o êmbolo origina-se do coração em pacientes com fibrilação atrial ou valvulopatias. A segunda causa é a isquemia não oclusiva (vasoconstrição intensa) em pacientes em choque grave com doses altas de drogas vasoativas. Em terceiro, temos a trombose da artéria mesentérica superior e, em quarto, a trombose da veia mesentérica superior (quadro mais insidioso e único com possibilidade de tratamento com anticoagulação).

33
Q

Laparotomia com __________ de alças inviáveis está indicada no abdome agudo vascular com sinais de peritonite.

A

ressecção

Se houver sinais de peritonite no abdome agudo vascular ou indícios de necrose de alças como a pneumatose intestinal, o tratamento é laparotomia com ressecção das alças inviáveis. Na ausência de peritonite, devemos tentar reperfundir a alça com tratamento endovascular, preferencialmente.

34
Q

Laparotomia com ressecção de alças ________ está indicada no abdome agudo vascular com sinais de peritonite.

viáveis / inviáveis

A

Inviáveis

VEJA SÓ:

Se houver sinais de peritonite no abdome agudo vascular ou indícios de necrose de alças como a pneumatose intestinal, o tratamento é laparotomia com ressecção das alças inviáveis. Na ausência de peritonite, devemos tentar reperfundir a alça com tratamento endovascular, preferencialmente.

35
Q

angina mesentérica

A

(dor pós-prandial por baixo fluxo sanguíneo intestinal)

36
Q

A principal causa de abdome agudo vascular é

A

a embolia da artéria mesentérica superior.

37
Q

único causa com possibilidade de tratamento com anticoagulação

A

trombose da veia mesentérica superior

38
Q

A segunda causa é a

A

isquemia não oclusiva (vasoconstrição intensa) em pacientes em choque grave com doses altas de drogas vasoativas.

39
Q

Em terceiro, temos

A

a trombose da artéria mesentérica superior

40
Q

em quarto

A

trombose da veia mesentérica superior (quadro mais insidioso e único com possibilidade de tratamento com anticoagulação).

41
Q

). A presença de gás na veia porta é um sinal de maior gravidade, demonstrando uma isquemia irreversível.

A
42
Q

Na suspeita de abdome agudo vascular, os exames mais utilizados são

A

a arteriografia (pode ser diagnóstica e terapêutica, porém é invasiva) e a angio TC (apenas diagnóstica, porém não é invasiva).