Anemia 23/08 Flashcards

1
Q

Características laboratoriais da anemia ferropriva.

A
  • Anemia microcítica e hipocrômica
  • Anisocitose (RDW alto)
  • Redução da ferritina
  • Redução da saturação de transferrina
  • Aumento de TIBC
  • Aumento da transferrina.
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2
Q

Sangue periférico na anemia falciforme.

A

Hemácias foice (drepanócitos).

Obs. Hemácias em alvo (leptócitos) indicam hemoglobinopatias.

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3
Q

Anemia falciforme.

A

Indivíduo com homozigose.
HbSS.
Alteração qualitativa.

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4
Q

Traço falciforme.

A

Hb FAS no RN
Hb AS no adulto

  • portador da mutação em heterozigose.
  • raramente falciza.
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5
Q

Diagnóstico de anemia falciforme.

A

Teste do pezinho - apesar de ser triagem neonatal, é a própria eletroforese (logo, não tem necessidade de repetição).

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6
Q

Interpretação do teste do pezinho: padrão alterado - provável anemia falciforme.

A

Hb FS.

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7
Q

Teste do pezinho.
- Resultado normal
- Traço falcêmico
- Anemia falciforme

A

1) Resultado normal:
RN: Hb FA
< 30 dias: Hb AF
> 90 dias: Hb AA

2) Traço falcêmico: Hb FAS

3) Anemia falciforme: Hb FS / Hb SS / Hb FSA

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8
Q

Por que a febre no paciente com anemia falciforme é considerada uma urgência clínica?

A

Alto risco de sepse porque são pacientes com asplenia funcional.

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9
Q

Principal agente infeccioso na sepse da anemia falciforme.

A

Streptococcus pneumoniae.

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10
Q

Conduta febre (TX > 38,3) sem foco aparente na anemia falciforme.

A

1) Rastreio infeccioso com hemoculturas, EAS, URC, outras culturas pertinentes, RX de tórax.

2) Internação

3) ATB EV por pelo menos 48-72 horas: ceftriaxone, cefotaxima ou cefuroxima.

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11
Q

No manejo do paciente com anemia falciforme e febre isolada quando manter o ATB EV por mais de 48-72 horas? (8)

A

1) Toxemia
2) Infecção de SNC
3) Osteomielite
4) Menos 1 ano de idade
5) Internação prévia por bacteremia no último ano
6) Temp > 39,5
7) Outras complicações (STA ou crise álgica)
8) Social

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12
Q

Principal manifestação clínica da anemia falciforme.

A

crise álgica.

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13
Q

Quando suspeitar de crise álgica?

A

Dor súbita, intensa, de caráter migratório + edema + hiperemia local.
Em geral, não tem febre associada.

Lembrar da dactilite em < 6 meses.

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14
Q

Cite 3 condutas na crise álgica.

A

1) Oxigenioterapia se SATO2 < 95%
2) Estimular espirometria e deambulação
3) Evitar alterações bruscas de temperatura
4) Analgesia importante
5) Não hiper-hidratar
6) Não transfundir de rotina

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15
Q

Principal causa de morte na anemia falciforme.

A

Síndrome torácica aguda.

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16
Q

Diagnóstico de síndrome torácica aguda.

A

Imagem com infiltrado novo
+ pelo menos 2 dos seguintes:

  • febre
  • desconforto respiratório
  • hipóxia
  • tosse
  • dor torácica

Obs.: várias questões descrevem como consolidação, inclusive uma tinha o hemitórax velado.

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17
Q

Verdadeiro ou falso:
o USG pode ser usado para o diagnóstico mais precoce de síndrome torácica aguda na emergência.

A

Verdadeiro.

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18
Q

Conduta na síndrome torácica aguda. (8)

A

1) Internação
2) Analgesia EV
3) ATB EV
4) Não hiper-hidratar
5) Fisioterapia respiratória
6) Broncodilatadores
7) Oxigenioterapia se hipoxemia
8) Oseltamivir se epidemiologia.

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19
Q

Quais exames solicitar na síndrome torácica aguda?

A

Hemograma
Gasometria arterial
Sorologias
PCR para Chlamydia pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae

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20
Q

Cite 2 causas de anemia aguda no paciente com anemia falciforme.

A

Sequestro esplênico
Crise aplásica.

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21
Q

Sequestro esplênico.

A

Aumento abrupto do baço com redução de Hb em pelo menos 2 pontos em relação ao valor basal.

1-4 anos de idade.
Alta mortalidade

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22
Q

Clínica do sequestro esplênico

A

Palidez
Dor abdominal
Palpação dolorosa do baço.
Choque

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23
Q

Conduta no sequestro esplênico.

A

1) Internação e correção de distúrbios
2) Corrigir desencadeantes como frio, hipóxia, desidrtação, etc
3) Considerar esplenectomia após o primeiro episódio.

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24
Q

Verdadeiro ou falso:
o sequestro esplênico é autolimitado.

A

Verdadeiro.

O baço tende “a soltar os reféns” em 48 horas.
Por isso, cuidado com a indicação de transfusão de hemácias - risco de síndrome de hiperviscosidade.

25
Q

Como diferenciar o sequestro esplênico da crise aplásica.

A

Sequestro esplênico - esplenomegalia dolorosa + reticulocitose.

Crise aplásica - baço normal + reticulocitopenia.

26
Q

AVC mais comum na criança com anemia falciforme.

A

AVC isquêmico.

27
Q

Por que não trombolizar o AVCi na anemia falciforme?

A

Porque não é trombo vermelho, mas vaso oclusão.

28
Q

Triagem de AVC na anemia falciforme.

A

Anual com doppler transcraniano em paciente de 2-16 anos.

29
Q

Na prova prática,
o que não esquecer de solicitar na estação de AVCi na anemia falciforme?

A

Porcentagem de HbS.

Por que? O objetivo da hemotransfusão ou da exsanguineotransfusão é manter a HbS < 30%.

30
Q

Hemoterapia.

Quais as modificações possíveis? (3)

A
  • Filtrado ou desleucocitado
  • Irradiado
  • Lavado
31
Q

Hemoterapia

Qual modificação previne reação febril não hemolítica?

A

Filtrado ou desleucocitado - redução de leucócitos.

32
Q

Hemoterapia.

Qual modificação previne doença do enxerto VS hospedeiro?

A

Irradiação.

33
Q

Profilaxia de anemia ferropriva.

Quem é o único RN que inicia profilaxia aos 6 meses de vida?

A

RN termo, AIG, em aleitamento exclusivo, sem fatores de risco.

1mg/dia/kg.

34
Q

Profilaxia de anemia ferropriva.

RN termo com peso inadequado (< 2500g).

A

2 mg/dia/kg de ferro alimentar a partir de 30 dias de vida até um ano.
De um ano até 2 anos 1mg/dia/kg.

35
Q

Profilaxia de anemia ferropriva.

Quem é o RN que recebe 1mg/dia/kg de ferro elementar no primeiro ano de vida.

A

RN termo, AIG, em aleitamento materno exclusivo, com ou sem fatores de risco.

  • sem fatores de risco inicia com 6 meses de vida
  • com fatores de risco inicia com 3 meses de vida.
36
Q

Profilaxia de anemia ferropriva.

RN termo, AIG, independente do tipo de alimentação, com fatores de risco.

A

1mg/kg/dia de ferro elementar a partir de 3 meses de vida.

37
Q

Profilaxia de anemia ferropriva.

Pré-termo > 1500g.

A

2mg/kg/dia a partir de 30 dias de vida.

38
Q

Profilaxia de anemia ferropriva.

Pré-termo 1500-1000g.

A

3 mg/kg/dia a partir de 30 dias de vida.

39
Q

Profilaxia de anemia ferropriva.

RN pré-termo < 1000g

A

4 mg/kg/dia a partir de 30 dias de vida.

40
Q

Profilaxia de anemia ferropriva.

Qual RN inicia profilaxia com 3 meses de vida?

A

RN a termo, AIG, independente do tipo de aleitamento, com fatores de risco.

41
Q

Profilaxia de anemia ferropriva.

Qual RN inicia profilaxia com 30 dias de vida?

A

RN termo < 2500g.
Prematuros.

42
Q

O que a seta está apontando e o significado clínico?

A

Corpúsculos de Howell-Jolly.

Alteração que surge no contexto de hipoesplenismo/asplenismo.

43
Q

Cite 8 fatores de risco para anemia ferropriva.

A

1) Gestações múltiplas com baixo intervalo
2) Ausência de suplementação de ferro durante gravidez
3) Baixo peso ao nascer (< 2500)
4) Crescimento rápido (>p90)
5) Tabagismo e HAS maternos
6) Clampeamento < 60s
7) APGAR < 5 no primeiro minuto
8) Consumo de leite de vaca no primeiro ano
9) Perdas sanguíneas materno/fetais.

44
Q

Doença genética mais comum do mundo.

A

Talassemias.
Deficiência na produção de cadeias da hemoglobina.

45
Q

Principais características da talassemia que ajudam a diferenciar da ferropriva na prova.

A

Ambas são microcíticas e hipocrômicas.

  • Ferropriva: RDW alto
  • Talassemia: sem ferropenia, RDW normal e não responde ao tratamento com sulfato ferroso.

Obs. cinético do ferro está normal na talassemia

46
Q

Indicações de hemotransfusão na STA.

A
  • Piora da taquidispneia
  • Hipoxemia e/ou dessaturação
  • Envolvimento multilobar
  • Queda de 1-2 pontos na Hb basal

Objetivo: Hb em torno de 10g/dL.

47
Q

Após quanto tempo do teste terapêutico com sulfato ferroso há aumento de reticulócitos?

A

Espera-se que reticulócitos aumentem em 5-7 dias, confirmando a resposta terapêutica e permitindo a manutenção do tratamento por 8-12 semanas.

48
Q

Tratamento da crise aplásica

A

Estabilização e transfusão de hemáticas até o aumento dos reticulócitos.

49
Q

RN 7 meses.
Qual exame solicitar para elucidação diagnóstica?

A

Eletroforese de hemoglobina.

50
Q

Hemoterapia.

Qual modificação indicar para o paciente politransfundido?

A

Hemácia filtrada ou desleucocitada.

51
Q

Menina 10 anos de idade com palidez.
Iniciou menstruação recentemente.
Qual exame solicitar para o diagnóstico?

A

Eletroforese de hemoglobina.

A principal hipótese diagnóstica é talassemia:
- anemia microcítica e hipocrômica
- RDW normal

A informação da menarca precoce está para confundir.

52
Q

Anemia fisiológica do RN.

A

Queda esperada de hemoglobina por 6-8 semanas.
Após o nascimento, a aumento exponencial da oferta de O2 o que, associado à redução da eritropoetina, tem como resultado a supressão da eritropoese.

Quando as necessidades de O2 dos tecidos aumentam, a eritropoese é disparada novamente.

Logo, RN com Hb limítrofe + bom estado geral = observação, aleitamento, profilaxia de acordo com indicações.

53
Q

Cite 3 substâncias que podem desencadear hemólise no portador de deficiência de G6PD

A

1) Sulfa
2) Alopurinol
3) Primaquina
4) Nitrofurantoína
5) Dapsona
6) Vitamina K IM (porém, risco-benefício)
7) Feijão de fava
8) Tatuagem de hena
9) Naftalina

54
Q

Jovem de 10 anos, vegetariano, com cefaleia e cansaço após atividade física. Tem anemia ferropriva no laboratório.
Qual a conduta?

A
  • respeitar o paciente
  • aprofundar anamnese e buscar outras carências nutricionais
  • reposição de ferro.

O diagnóstico já foi dado! Tem que tratar.
Nessa faixa etária há aumento das necessidades de calorias, cálcio, ferro, zinco e vitaminas. Na maioria dos casos, só a orientação nutricional não é suficiente, devendo suplementar os nutrientes em risco de deficiência como: cálcio, zinco, ferro, vitaminas D, B1, B2, B6 e B12.

55
Q

Verdeiro ou falso:
dieta vegetariana é fator de risco para anemia ferropriva.

A

Falso.

Não necessariamente é um fator de risco desde que a criança tenha um ingesta adequada de alimentos ricos em ferro (de preferência com orientação nutricional).

56
Q

Tratamento anemia ferropriva.

A

3-6mg/kg/dia de ferro alimentar por no mínimo 8 semanas.

57
Q

Em um contexto de provável anemia ferropriva, qual o melhor exame para solicitar para confirmar o diagnóstico? (ferritina, saturação de transferrina ou reticulócitos).

A

Ferritina é o ideal para confirmar porque na depleção de ferro inicialmente ocorre a redução dos depósitos de ferro.

Conduto, se a investigação da anemia ferropriva estiver sendo feita em momento de infecção não vai pedir a ferritina porque é proteína da fase aguda - logo, virá alta. Nesse contexto, vai pedir qualquer outra cinética de ferro como a saturação de transferrina.

Reticulócito pode ajudar, mas não é o melhor caso tenha outras opções com a cinética do ferro.

58
Q

Qual o tipo de priapismo da anemia falciforme?

A

Priapismo de baixo fluxo ou isquêmico.

59
Q

Verdadeiro ou falso:

Na forte suspeição de anemia ferropriva deve-se iniciar o tratamento para evitar repercussões a longo prazo.

A

Falso.

Na suspeita de anemia a recomendação que temos é para, no mínimo, solicitar hemograma, ferritina, proteína C reativa.

Suspeitas de anemia precisam de investigação etiológica antes de iniciarmos tratamento.