Vias Biliares Flashcards

1
Q

Na colelitíase, o cálculo amarelo é composto principalmente por qual substância?

Em que situações costuma surgir?

A

Composto principalmente por colesterol.

  • Surge em:
  • Obesidade
  • Estrogênio
  • Uso de fibratos
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2
Q

Na colelitíase, o cálculo preto é composto principalmente por qual substância?

Em que situações costuma surgir?

A

Composto principalmente por bilirrubinato de cálcio.

  • Surge em:
  • Hemólise crônica.
  • Cirrose hepática
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3
Q

Na colelitíase, o cálculo castanho é composto principalmente por qual substância?

Em que situações costuma surgir?

A

Colesterol + bilirrubinato de cálcio.

  • Surge em:
  • Estenoses das vias biliares
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4
Q

Principais fatores de risco para colelitíase:

A
  • Obesidade
  • História familiar
  • Vagotomia troncular
  • Sexo feminino
  • Gravidez
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5
Q

Que tipo de dieta normalmente causa quadros de dor por cálculos na vesícula?

A

Dietas ricas em gorduras.

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6
Q

A dor da colelitíase dura até quanto tempo? Se passar disso, pensar em…

A

Normalmente a intensidade é grande por até 6h. Se a dor persistir depois disso, pensar em colecistite.

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7
Q

O raio-x de abdome é bom e ruim para quais tipos de cálculos?

A
  • Bom: bilirrubinato (radiopacos)

* Ruins: colesterol

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8
Q

Quais paciente sintomáticos de colelitíase devem passar por uma colecistectomia?

A

Todos, preferencialmente laparoscópica.

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9
Q

Que pacientes assintomáticos com colelitíase têm indicação de colecistectomia?

A
  • Vesícula em porcelana
  • Cálculos > 2,5-3 cm
  • Anomalia congênita da vesícula biliar
  • Anemias hemolíticas, como an. falciforme
  • Portadores de ducto longo após junção do colédoco e ducto pancreático.
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10
Q

Há indicação de colecistectomia profilática em pacientes:

  • DM
  • Imunossuprimidos
A
  • DM: não.

* Imunossuprimidos: sim.

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11
Q

Os sinais abaixo são comumente mencionados em que quadro clínico? O que eles representam?

  • Sinal de Kehr
  • Sinal de Boas
  • Sinal de Murphy
A

Aparecem na colecistite aguda.

  • Sinal de Kehr: dor referida no ombro (irritação diafragmática)
  • Sinal de Boas: dor referida na ponta da escápula direita
  • Sinal de Murphy: parada súbita da inspiração enquanto é palpado o ponto cístico.
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12
Q

Sinais ultrassonográficos sugestivos de colecistite aguda.

A
  • Cálculo no colo da vesícula
  • Espessamento da parede vesicular (o mais comum)
  • Líquido perivesicular
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13
Q

Qual o exame mais sensível para o diagnóstico da colecistite aguda?

A

Cintilografia de vias biliares com Tc99-HIDA.

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14
Q

Quais antibióticos de escolha no manejo da colecistite aguda? Quais germes estão comumente associados?

A
  • Ciprofloxacina + metronidazol

* E. coli e Klebsiella

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15
Q

Paciente com quadro clínico de colecistite aguda, mas que, ao RX de abdome, apresenta gás na parede da vesícula biliar. Pensar em que quadro?

Qual agente normalmente envolvido?

A

Pensar em colecistite enfisematosa aguda.

Principal agente: Clostridium welchii, E. coli

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16
Q

Na coledocolitíase, na maioria das vezes, o cálculo é primário do colédoco ou não?

A

Não, em 95% das vezes o cálculo é secundário, originado da vesícula biliar, sendo composto na maioria das vezes de colesterol (cálculo amarelo).

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17
Q

Em que situações há maior chance de formações de cálculos primários de colédoco?

A

Normalmente são cálculos castanhos (bilirrubina + colesterol)

  • Estenoses crônicas das vias biliares
  • Infestações por parasitos, como A. lumbricoides
  • Infecções por E. coli
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18
Q

Após uma colecistectomia, um cálculo encontrado no colédoco é classificado como:

  • Até dois anos da cirurgia:
  • Após dois anos da cirurgia:
A
  • Até dois anos da cirurgia: cálculo secundário residual.

* Após dois anos da cirurgia: cálculo primário de colédoco.

19
Q

Que tipo de icterícia é típica dos quadros de coledocolitíase?

A

Icterícia flutuante.

20
Q

Quadro típico da coledocolitíase.

A
  • Icterícia flutuante
  • Colúria
  • Acolia fecal
21
Q

Complicações da coledocolitíase.

A
  • Colangite bacteriana aguda.
  • Abscesso hepático piogênico.
  • Pancreatite aguda biliar.
22
Q

Principal bactéria envolvida com a colangite aguda.

A

E. coli.

23
Q

Fatores de risco da colangite aguda.

A
  • Coledocolitíase (principal)
  • Tumores malignos
  • Estreitamentos benignos
  • CPRE
  • Obstrução por parasitos (A. lumbricoides)
24
Q

A tríade de Charcot é típica de qual doença? Caracterizada por?

A

Típica da colangite aguda.

  • Icterícia
  • Dor abdominal em QSD
  • Febre
25
Q

Sinais e sintomas da Pêntade de Reynolds? Significa o quê?

A
  • Icterícia
  • Dor abdominal em QSD
  • Febre
    /\ Tríade de Charcot
  • Hipotensão
  • Confusão mental

Significa evolução para colangite tóxica.

26
Q

CPRE está imediatamente indicada no caso de colangite aguda?

A

Não. Só fazer depois da febre resolvida por conta de risco de sepse. Exceto na colangite tóxica, em que a drenagem deve ser imediata.

27
Q

Conceituar colangite esclerosante primária.

A

Processo inflamatório-fibrosante idiopáticas das via biliares intra e extra-hepáticos.

28
Q

A colangite esclerosante primária está comumente associada a que doença?

A

Doenças inflamatórias intestinais, especialmente RCU.

29
Q

Complicações da colangite esclerosante primária.

A
  • Deficiência de vitaminas ADEK

* Colangiocarcinoma

30
Q

Exame diagnóstico para colangite esclerosante primária.

A

CPRE mostrando estenoses multifocais das vias biliares (aspecto em contas de rosário).

31
Q

Por que o P-ANCA normalmente está aumentado na colangite esclerosante primária?

A

Porque há associação com a RCU, em que tipicamente há aumento de P-ANCA.

32
Q

Há indicação de rastreio de algum câncer na colangite esclerosante primária?

A
  • CA de vesícula (USG anual)

* CA colorretal (associação com RCU)

33
Q

O que são os cistos biliares?

A

Anomalias congênitas em que uma ou mais porções da via biliar sofrem dilatação cística permanente.

34
Q

Principal fator de risco para os cistos biliares.

A

Junção precoce do colédoco com o ducto pancreático.

35
Q

Tríade clássica dos cistos biliares.

A
  • Icterícia
  • Dor no QSD
  • Massa palpável
36
Q

Como é a classificação de Todani nos cistos biliares?

A
  • Tipo I: dilatação da árvore extrabiliar (mais comum)
  • Ia: hepático comum
  • Ib: dilatação segmentar (mais rara)
  • Ic: dilatação fusiforme
  • Tipo II: divertículo do colédoco (mais rara)
  • Tipo III: coledococele (dilatação da porção intraduodenal do colédoco)
  • Tipo IV:
  • IVa: múltiplos cistos intra e extra-hepáticos (segundo mais comum)
  • IVb: múltiplos cistos da via extra-hepática
  • Tipo V (Doença de Caroli):
    Múltiplos cistos intra-hepáticos (menos de 10%)
37
Q

Conduta nos cistos biliares nas classificações:

  • I, II e IV
  • III
  • V
A
  • I, II e IV:
    Colecistectomia + cistectomias + reconstruir com derivação biliodigestiva
  • III: esfincterotomia
  • V:
  • Cistos em 1 lobo hepático: lobectomia
  • Ambos os lobos: Sem cura.
38
Q

Grande complicação dos cistos biliares.

A

Colangiocarcinoma.

39
Q

Tipo mais comum de câncer de vesícula biliar.

A

Adenocarcinoma - 90%.

40
Q

Principais fatores de risco para o CA de vesícula biliar.

A
  • Colelitíase (principal) - risco maior nos cálculos > 2,5 a 3 cm.
  • Vesícula “em porcelana”
  • Pólipo de vesícula
  • RCU
  • Obesidade
  • Cistos de colédoco
41
Q

Principais fatores de risco para o colangiocarcinoma.

A
  • Colangite esclerosante primária.
  • Cistos de colédoco.
  • Litíase intra-hepática.
  • Hepatites B e C.
42
Q

Como é conhecido o colangiocarcinoma perihilar?

A

Tumor de Klatskin.

43
Q

O que diz a Lei de Courvoisier-Terrier?

A
  • Um tumor de Klatskin não distende a vesícula biliar, mas, sim, as vias biliares intra-hepáticas.
  • O colangiocarcinoma distal (colédoco) distende a vesícula (vesícula de Courvoisier-Terrier) e dilata as vias biliares intra e extra-hepáticas.
44
Q

Classificação de Bismuth-Corlette no tumor de Klatskin:

A
  • Tipo I:
    Só o hepático comum
  • Tipo II:
    Bifurcação
  • Tipo III:
  • IIIa: hepático direito
  • IIIb: hepático esquerdo
  • Tipo IV:
    Invade hepáticos direito e esquerdo