Gastro - Delgado e Cólon Flashcards

1
Q

Como classificamos as diarreias quanto ao tempo de evolução?

A

Aguda: < 2 semanas
Persistente: 2 a 4 semanas
Crônica: > 4 semanas

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2
Q

Principal etiologia de diarreias agudas.

A

Infecciosas são mais de 90%, especialmente as virais.

  • Rotavirus (principal em crianças) e Norovirus (principal em adultos).
  • E. coli enterotoxigênica (diarreia dos viajantes), Salmonella e Shigella (disenteria).
  • Helmintos: Estrongiloides, Ancilostoma, Necator, etc.
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3
Q

Principais bactérias relacionadas a diarreia aguda.

A
  • E. coli enterotoxigênica (diarreia dos viajantes)
  • Salmonella (disenteria)
  • Shigella (disenteria)
  • Vibrio cholerae (cólera)
  • Campylobacter jejuni (associada a SGB)
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4
Q

Quando solicitar exames em caso de diarreia aguda?

A
  • Sinais de alarme:
  • Desidratação
  • Fezes sanguinolentas
  • Febre > 38.5 ºC
  • Idosos > 70 anos
  • Uso recente de ATB
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5
Q

Que exames pedir no caso de diarreia aguda?

A
  • Hemograma
  • Bioquímica
  • EAF (elementos anormais nas fezes) = leucócitos e sangue
  • Lactoferrina (mais sensível que a pesquisa por leucócitos)
  • Coprocultura = EAF positivo, suspeita de infecção
  • Pesquisa da toxina do C. difficile
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6
Q

Quando estão indicados ATB na diarreia aguda? Qual usar?

A
  1. Disenteria
  2. Febre alta
  3. > 8 evacuações/dia
  4. Duração > 7 dias
  5. Desidratação importante
  6. Idosos
  7. Imunocomprometidos
  8. Diarreia grave em viajantes

Usar, de acordo com:

  • MS: quinolonas por 3 dias
  • USA: azitromicina 1 g em DU.
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7
Q

Quando não usar agentes constipantes em casos de diarreia aguda?

A

Febre ou sinais de disenteria, por risco de megacólon tóxico.

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8
Q

Principais causas de diarreia crônica.

A
  • Infecciosas: estrongiloidíase, amebíase, giardíase, Yersinia.
  • Não infecciosa:
  • DII
  • Neoplasias (VIPoma, CMT, gastrinoma, linfoma intestinal)
  • SII
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9
Q

Podemos dizer se uma diarreia tem origem alta ou baixa de acordo com seu padrão de apresentação, na diarreia alta, como estão os seguintes parâmetros?

  • Volume por evacuação:
  • Frequência:
  • Tenesmo:
  • Achados:
A
  • Volume por evacuação: grande
  • Frequência: baixa
  • Tenesmo: ausente
  • Achados: restos alimentaresa
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10
Q

Podemos dizer se uma diarreia tem origem alta ou baixa de acordo com seu padrão de apresentação, na diarreia baixa, como estão os seguintes parâmetros?

  • Volume por evacuação:
  • Frequência:
  • Tenesmo:
  • Achados:
A
  • Volume por evacuação: pequeno
  • Frequência: alta (> 10 evacuações)
  • Tenesmo: presente
  • Achados: sangue, muco e/ou pus
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11
Q

Quanto ao mecanismo funcional da diarreia, cite as principais característica de uma diarreia osmótica.

A

Ocorre na presença de solutos não absorvíveis.

Por exemplo na deficiência de lactase, que também cursa com fezes ácidas e eritema perianal.

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12
Q

Quanto ao mecanismo funcional da diarreia, cite as principais característica de uma diarreia secretória.

A

Há muito Na e K nas fezes.

Algumas toxina, endógena ou exógena, estimula secreção desses íons pelas criptas intestinais. Pode ocorrer no VIPoma, síndrome carcinoide, CMT.

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13
Q

Quanto ao mecanismo funcional da diarreia, cite as principais característica de uma diarreia inflamatória.

A

Pode ser infecciosa ou não, mas há presença de leucócitos nas fezes ao EAF.

Causas são: infecção indolente por Yersinia, amebíase, doença inflamatória idiopática.

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14
Q

A qual síndrome a E. coli entero-hemorrágica (cepa O157:H7) e a Shigella estão associadas?

A

SHU.

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15
Q

Qual o tempo de incubação da toxina termoestável do S. aureus em um contexto de diarreia aguda?

Quando suspeitar?

A

De a 1 a 6 horas.

Intoxicação em grupo de amigos, família que comeram a mesma coisa.

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16
Q

Qual complicação uma diarreia por C. difficile pode desenvolver?

A

Colite pseudomembranosa por uso de antibióticos.

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17
Q

Qual a grande clínica marcante de uma síndrome disabsortiva?

A

A esteatorreia, caracterizada por fezes oleosas e malcheirosas.

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18
Q

Como pesquisar laboratorialmente a esteatorreia?

A
  • Exame qualitativo: Sudan III

- Exame quantitativo: coleta de 72h (> 7g = esteatorreia)

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19
Q

Como a insuficiência exócrina pancreática pode causar síndrome disabsortiva?

A

Por pancreatite crônica alcoólica, há diminuição na produção de lipase, dificultando a metabolização dos lipídeos.

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20
Q

Como o gastrinoma pode causar síndrome disabsortiva?

A

Quantidades altas de ácido inibem a alcalinização do duodeno, inativando a lipase.

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21
Q

Que deficiência vitamínica é marcante nas síndromes disabsortivas?

A

Deficiência de vitamina B12, por supercrescimento bacteriano e por ileíte terminal na doença de Crohn, impedindo a absorção da vitamina.

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22
Q

Qual a causa mais comum de diarreia crônica no mundo?

A

Intolerância a lactose (deficiência de lactase).

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23
Q

Como diagnosticar a intolerância a lactose?

A

Teste exalatório de H2.

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24
Q

A doença celíaca ocorre por intolerância a …

A

Glúten, representado especialmente por trigo, centeio, cevada e aveia.

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25
Q

Principais sintomas da doença celíaca.

A
  • Gerais: atraso puberal, déficit de crescimento.
  • TGI: diarreia disabsortiva.
  • SNC: epilepsia, enxaqueca, ataxia cerebelar.
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26
Q

Marcas diagnósticas da doença celíaca.

A
  • Na EDA:
    Atrofia das vilosidades duodenais.
  • Biópsia:
    Hiperplasia das criptas intestinais.
  • Anticorpos:
    Antiendomísio.
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27
Q

Principal câncer relacionado à doença celíaca.

A

Linfoma T intestinal.

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28
Q

Qual a etiologia da Doença de Whipple.

A

Infecção pela bactéria Tropheryma whipplei.

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29
Q

Sintomas da Doença de Whipple.

A
  1. Sd. disabsortiva
  2. Artrite
  3. Febre
  4. Adenomegalias
  5. Nistagmo, oftalmoplegia, pares cranianos
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30
Q

Achados patognomônicos da doença de Whipple.

A

Mioarritmia oculomastigatória e oculofacialesquelética.

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31
Q

Como fazer o diagnóstico da doença de Whipple.

A

EDA + biópsia (macrófago PAS+).

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32
Q

Tratamento da Doença de Whipple.

A

Penicilina ou Ceftriaxone por 14 dias +

Bactrim oral por 1 ano.

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33
Q

Nas doenças inflamatórias intestinais (RCU e DC), o que dizer a respeito de:

  • Fator de risco:
  • Tabagismo:
  • Apendicectomia:
  • ACO:
  • AINE:
  • Picos de incidência:
A
  • Fator de risco: histórico familiar!
  • Tabagismo: protege na RCU, piora a DC.
  • Apendicectomia: protege RCU e aumenta risco de DC.
  • ACO: aumenta risco de DC.
  • AINE: piora as duas.
  • Picos de incidência: bimodal, 15 a 30 anos e 60 a 80 anos.
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34
Q

Principais manifestações extraintestinais da DII e correlação com padrão intestinal da doença.

A
  • Artrite (mais comum) - pp oligoartrite periférica
  • Acompanha inflamação intestinal? Sim
  • Pele
  • Eritema nodoso (DC)
  • Pioderma gangrenoso (RCU)
  • Acompanha inflamação intestinal? Sim
  • Ocular
  • Uveíte, conjuntivite, espiclerite.
  • Acompanha inflamação intestinal? Sim ou não
  • Hepatobiliar
  • Colangite esclerosante na RCU. Detectada antes ou depois da doença.
  • Litíase biliar na DC
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35
Q

Na DC, diga:

  1. Principais locais, camadas intestinais acometidos e padrão de acometimento
  2. Evolui clinicamente para…
  3. Outros achados:
  4. Só ela tem..
A
  1. Principais locais acometidos, camadas intestinais acometidos e padrão de acometimento:
    Todo o TGI, sendo transmural e descontínua (salteada)
  2. Evolui clinicamente para…
    “Pedras de calçamento”
  3. Outros achados:
    Úlceras aftoides
    Diarreia invasiva com má absorção, doença oral, gastroduodenal, perianal ou íleo terminal (típico)
  4. Só ela tem:
    Granuloma (30%)
    Colite sem proctite (poupa o reto)
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36
Q

Na RCU, diga:

  1. Principais locais, camadas intestinais acometidos e padrão de acometimento
  2. Evolui clinicamente para…
  3. Outros achados:
  4. Na resposta ao tratamento:
A
  1. Principais locais, camadas intestinais acometidos e padrão de acometimento
    Só colon, acometendo apenas a mucosa, com padrão ascendente e uniforme (contínuo)
  2. Evolui clinicamente para…
    “Cano de chumbo”
  3. Outros achados:
    Pseudopólipos, diarreia “invasiva”, criptites na biópsia.
  4. Na resposta ao tratamento:
    Há melhora do ceco para o reto (piora tem padrão inverso).
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37
Q

Principais cânceres associados às DII e qual delas apresenta maior risco de desenvolver CA.

A
  1. Adenocarcinoma de cólon (risco muito maior na RCU e tendo íntima relação com tempo e extensão da doença)
  2. Linfoma
  3. Colangiocarcinoma
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38
Q

“Trânsito de delgado acometido, estenoses, fístulas perianais, EDA com doença ulcerosa e encontro de granulomas na biópsia” falam a favor de qual DII.

A

Doença de Crohn!

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39
Q

Exames diagnósticos e achados das DII.

A
  • RCU: retossigmoidoscopia + biópsia = padrão macroscópico típico.
  • Doença de Crohn: ileocolonoscopia + biópsia = padrão típico + envolvimento do íleo terminal
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40
Q

Que autoanticorpos sugerem RCU ou DC?

A
  • RCU: pANCA

- Doença de Crohn: ASCA

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41
Q

PCR muito elevada no contexto de DII. Pensar em?

A

Abscessos!

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42
Q

Em que contexto costuma haver desenvolvimento de colite pseudomembranosa?

A

No uso de ATB em internação hospitalar recente com uma superinfecção por Clostridium difficile.

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43
Q

Quais toxinas estão envolvidas na produção de pseudomembranas na CPM?

A

Toxinas A e B.

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44
Q

Quais os antibióticos mais envolvidos no desenvolvimento da CPM?

A
  1. Clindamicina (principal)
  2. Ampicilina
  3. Cefalosporinas e amoxicilina
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45
Q

Como costuma ser a clínica da CPM?

A

Surgimento de diarreia profusa + dor abdominal + febre em um contexto de uso recente de ATB.

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46
Q

Como é feito o diagnóstico da CPM?

A
  1. Detecção da toxina A ou B nas fezes
    OU
  2. Detecção de C. difficile produtor de toxina na coprocultura
    OU
  3. Visualização das pseudomembranas na endoscopia.
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47
Q

Tratamento da CPM.

A
  1. Se possível, suspende ATB causador.
  2. Vancomicina.
  3. Casos graves: vancomicina (VO) + metronidazol (IV)
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48
Q

Contrações jejunais “em salvas” lembram qual doença?

A

Síndrome do intestino irritável.

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49
Q

Quais são os critérios usados para o diagnóstico da síndrome do intestino irritável?

A

Critérios de Roma IV.

50
Q

Quais são os critérios de Roma IV para diagnóstico da síndrome do intestino irritável?

A

Paciente com dor abdominal que surge pelo menos 1 vez por semana nos últimos 3 meses associada a 2 ou mais dos seguintes:

  1. Dor relacionada a defecação
  2. Mudança na frequência da defecação
  3. Mudança na forma das fezes.
51
Q

O que é o tumor neuroendócrino intestinal?

A

Neoplasia maligna do sistema neuroendócrino difuso, acometendo, no intestino, as células enterocromafins

52
Q

Quais os sintomas da síndrome carcinoide?

A
  1. Flushing
  2. Diarreia
  3. Broncoespasmo
  4. Insuficiência tricúspide
53
Q

Em um paciente que apresenta um tumor carcinoide e vá ser submetido a cirurgia para remoção do tumor, quais são os cuidados a serem tomados?

A

A indução anestésica pode desencadear uma crise carcinoide, em que há exacerbação dos sintomas com instabilidade hemodinâmica.

O principal cuidado a ser feito em termos de profilaxia da crise carcinoide é a administração de OCTREOTIDE antes da cirurgia.

54
Q
  1. Qual o local mais comum de se encontrar um tumor carcinoide?
  2. Qual o local mais comum de se encontrar um tumor carcinoide que promova síndrome carcinoide?
A
  1. Apêndice.

2. Íleo distal.

55
Q

O tamanho do tumor carcinoide está envolvido com chances de metástase?

A

Sim.

56
Q

Como é feito o diagnóstico da síndrome carcinoide?

A
  • Dosagem de 5-HIAA (ácido 5-hidroxindolacético) na urina de 24h.
  • Cromogranina A na imuno-histoquímica.
57
Q

A síndrome carcinoide do tumor neuroendócrino intestinal cursa com que doença sistêmica? Nesse contexto é necessário repor uma vitamina em especial. Qual é?

A

Pelagra.

Repor vitamina B3 (niacina).

58
Q

Em que porção do cólon há maior desenvolvimento de divertículos?

A

Cólon sigmoide.

59
Q

Qual o principal fator de risco para o desenvolvimento de doença diverticular?

A

Dieta pobre em fibras e rica em carboidratos.

60
Q

Exames de imagem possivelmente utilizados no diagnóstico da doença diverticular.

A

Colonoscopia e clister opaco.

61
Q

Como é feito o tratamento da doença diverticular?

A

Suplementação com fibras, aumento da ingesta hídrica e antiespasmódicos/analgésicos.

62
Q

Principais complicações da doença diverticular.

A
  1. Diverticulite.

2. Hemorragia digestiva baixa.

63
Q

Do que se trata um quadro de diverticulite?

A

Inflamação dos divertículos, geralmente cursando com microperfurações do mesmo, seguidas de inflamação pericolônica.

64
Q

Principais complicações da diverticulite.

A
  • Abscesso (mais comum)
  • Perfuração livre (peritonite purulenta ou fecal)
  • Fístulas (bexiga [mais comum], pele, etc)
  • Obstrução
65
Q

Doenças que cursam com pneumatúria.

A
  • Diverticulite
  • Crohn
  • Câncer de cólon
66
Q

Qual a classificação utilizada para se determinar a gravidade de uma diverticulite?

A

Classificação de Hinchey.

67
Q

O que diz a classificação de Hinchey?

A
  • I: abscesso pericólico ou mesentérico.
  • II: abscesso pélvico ou à distância.
  • III: peritonite purulenta generalizada.
  • IV: peritonite fecal generalizada.
68
Q

Qual técnica cirúrgica utilizar em uma diverticulite com critérios de urgência?

A

Cirurgia a Hartmann.

69
Q

Nas hemorragias digestivas baixas, qual o sítio mais acometido?

A

Cólon (95%).

70
Q

Quais são as 3 principais causas de hemorragia digestiva baixa?

A
  • Doença diverticular.
  • Angiodisplasia
  • CA colorretal
71
Q

Na doença diverticular, qual o sítio mais comum do cólon que costuma cursar com hemorragia?

A

Cólon direito, apesar de os divertículos serem mais comuns no cólon esquerdo.

72
Q

Quando pensar em angiodisplasia como causa de sangramento digestivo baixo?

A

Quando o quadro apresentar, também:

  • Estenose aórtica
  • DRC
  • Doença de von Willebrand
73
Q

Principais causas de HDB em idosos.

A

Doença diverticular > angiodisplasia > neoplasias.

74
Q

Principais causas de HDB em adultos jovens.

A

Divertículo de Meckel > Doença inflamatória intestinal > Pólipo juvenil

75
Q

Principais causas de HDB em crianças.

A

Intussuscepção intestinal e divertículo de Meckel.

76
Q

Na apendicite, que sinais ultrassonográficos sugerem apendicite aguda?

A
  • Diâmetro anteroposterior > 7 mm
  • Espessamento da parede
  • Estrutura luminal não compressível (lesão em alvo)
  • Presença de apendicolito
77
Q

Na apendicite, que sinais tomográficos sugerem apendicite aguda?

A
  • Diâmetro > 7 mm
  • Espessamento da parede (lesão em alvo)
  • Borramento da gordura apendicular
  • Fluido peritoneal
  • Abscesso periapendicular
78
Q

Em quais cenários deve haver transformação de uma cirurgia feita inicialmente a Billroth II para Y de Roux?

A
  1. Síndrome da Alça aferente

2. Gastrite alcalina

79
Q

Quais são as três consequências principais da obstrução intestinal mecânica?

A
  1. Hipovolemia
  2. Isquemia das alças
  3. Translocação bacteriana
80
Q

Qual local mais predisposto à ruptura em um caso de obstrução de cólon com valva ileocecal competente?

A

Ceco.

81
Q

Como pode se desenvolver sepse em um paciente com obstrução intestinal?

A
  1. Translocação bacteriana

2. Ruptura com consequente peritonite

82
Q

O que seria uma obstrução intestinal estrangulada?

A

Há comprometimento isquêmico no local.

83
Q

Causas mais comuns de obstrução em adultos.

A

1º. Aderências (bridas)
2º. Neoplasias (causa mais comum de obstrução no intestino grosso)
3º. Hérnias

84
Q

Causas mais comuns de obstrução em crianças.

A

1º. Intussuscepção
2º. Hérnias
3º. “Bolo” de áscaris

85
Q

Características de vômitos altos e baixos na obstrução intestinal

A

Obstrução alta: biliosos e mucoides

Obstrução baixa: fecaloides

86
Q

O que, durante o toque retal, sugeriria obstrução intestinal?

A

Ausência de fezes na ampola retal.

87
Q

~~ Na prova, desconfiar de obstrução estrangulada quando ~~

A
  1. Dor incessante e intensa

2. Sinais de irritação peritoneal

88
Q

Primeiro exame diagnóstico a ser solicitado numa hipótese de obstrução intestinal.

A

Raio-X de abdome.

89
Q

Que achados no Raio-X de abdome sugeririam obstrução em:

  • Delgado
  • Cólon
  • Volvo de sigmoide
  • Estrangulamento
A
  • Delgado: distensão de alças em posição central em “pilha de moedas”
  • Cólon: distensão de alças periféricas
  • Volvo de sigmoide: imagem em “U invertido” ou em “grão de café”
  • Estrangulamento: pneumatose intestinal
90
Q

Tratamento inicial clínico em obstruções intestinais.

A
  • CNG para descompressão
  • Hidratação venosa
  • Reposição de eletrólitos
  • ATB
91
Q

Indicações de cirurgia para pacientes com obstrução intestinal.

A
  • Obstrução total
  • Estrangulamento de alça
  • Refratariedade a 24-48h de tratamento clínico
92
Q

Conduta no volvo de sigmoide.

A
  • Passagem de tubo retal por sigmoidoscopia ou colonoscopia

* Refratariedade à passagem do tubo: cirurgia a Hartmann

93
Q

Duas principais causas de obstrução intestinal funcional.

A
  1. Íleo paralítico (ou adinâmico)

2. Forma colônica aguda (síndrome de Ogilvie)

94
Q

Num contexto de obstrução intestinal, que quadro clínico nos faria pensar em íleo paralítico?

A

O íleo paralítico está associado a:

  1. Distúrbios hidroeletrolíticos
  2. Inflamação
  3. Hemorragias intra-abdominais
  4. Sepse
  5. Isquemia intestinal
95
Q

No raio-x de abdome, como se apresentaria um caso de íleo paralítico?

A

Distensão uniforme do delgado e intestino grosso.

96
Q

Os pólipos intestinais neoplásicos podem ser divididos em 2 tipos:

A

Adenomas (benignos) e adenocarcinomas (malignos).

97
Q

Os pólipos intestinais não neoplásicos podem ser divididos em 3 tipos:

A

Hiperplásicos, inflamatórios e hamartomas.

98
Q

Qual pólipo intestinal apresenta risco zero de malignização?

A

Os pólipos hiperplásicos.

99
Q

Pólipos hamartomatosos podem malignizar?

A

Sim, embora seja raro. Basta que desenvolvam focos adenomatosos e, aos poucos, tais focos malignizem.

100
Q

Os pólipos inflamatórios estão presentes em quais doenças tipicamente?

A

Doenças inflamatórias intestinais.

O pseudopólipo pode ser encontrado na RCU.

101
Q

Os pólipos inflamatórios das DII têm chance de malignização?

A

Sim, após 8-10 anos da DII.

102
Q

Os pólipos adenomatosos, que possuem maior risco de malignizar, podem ser divididos em 3 tipos pela classificação histopatológica:

A
  1. Tubular
  2. Viloso
  3. Tubuloviloso
103
Q

Dos pólipos adenomatosos, qual tem maior e menor chance de malignizar?

A
  • Maior chance: pólipo viloso

* Menor chance: pólipo tubular

104
Q

O tamanho do pólipo influencia na chance de malignizar?

A

Sim!

Pólipos acima de 2 cm possuem maior chance de se tornarem malignos.

105
Q

Durante colonoscopia foi encontrado e retirado um pólipo que evidenciou, à histologia, carcinoma in situ. Qual a conduta?

A

Realizar nova colonoscopia em 3 anos e, caso, negativa, repetir a cada 5 anos desde então.

106
Q

Durante colonoscopia foi encontrado e retirado um pólipo que evidenciou, à histologia, carcinoma invasor. Quais critérios definiriam cura?

A
  • Margens macro e micro livres.
  • Histologia bem diferenciada.
  • Ausência de invasão linfática ou venosa.
107
Q

Durante colonoscopia foi encontrado e retirado um pólipo que evidenciou, à histologia, carcinoma invasor. Durante análise, não foi constatada cura. O que fazer?

A

Indicar colectomia segmentar.

108
Q

Na polipose adenomatosa familiar (PAF) qual a chance de haver malignização de um dos pólipos intestinais?

A

100% de chance.

São encontrados normalmente mais de 100 pólipos.

109
Q

Qual a conduta terapêutica para um paciente com polipose adenomatosa familiar (PAF)?

A

Colectomia profilática em todos os pacientes.

110
Q

Que gene deve ser pesquisado para o screening familiar da polipose adenomatosa familiar (PAF)?

A

Pesquisar mutação no gene APC.

111
Q

Está indicado screening com retossigmoidoscopia para os paciente com polipose adenomatosa familiar (PAF)?

A

Sim.

Retossigmoidoscopia anuais dos 10-12 anos e dos 35-40 anos.

112
Q

A síndrome de Gardner é caracterizada por:

A
  • PAF
  • Osteomas
  • Dentes supranumerários
  • Tumores de tecidos moles
113
Q

Qual a conduta na síndrome de Gardner em relação aos pólipos?

A

Como é uma polipose adenomatosa familiar, está indicada a colectomia profilática.

114
Q

A síndrome de Turcot é caracterizada por:

A
  • PAF

* Tumores de SNC (meduloblastoma ou glioblastoma)

115
Q

Qual a conduta na síndrome de Turcot em relação aos pólipos?

A

Como é uma polipose adenomatosa familiar, está indicada a colectomia profilática.

116
Q

A polipose juvenil familiar é caracterizada por apresentar que tipo de pólipo?

A

Pólipos hamartomatosos.

117
Q

A síndrome de Cowden é uma variante de que doença?

A

Da polipose juvenil familiar (PJF).

118
Q

A síndrome de Cowden apresenta pólipos em que porções do corpo?

A

Tubo digestivo, pele e mucosas.

119
Q

Na síndrome de Peutz-Jeghers, onde, no tubo digestivo, estão distribuídos os pólipos hamartomatosos?

A

Em todo o tubo digestivo.

120
Q

Na síndrome de Peutz-Jeghers, que tipo de CA apresenta maior risco de desenvolvimento?

A
  • CA colorretal

* CA de delgado