Tutoria 3 - Síndrome respiratória aguda grave Flashcards
Por que o ar alveolar é diferente do ar atmosférico?
O ar alveolar não tem, de forma alguma, as mesmas concentrações dos gases no ar atmosférico. Existem várias razões para essas diferenças
- Primeira, o ar alveolar é substituído apenas parcialmente pelo ar atmosférico a cada respiração.
- Segunda, o O2 é constantemente absorvido pelo sangue pulmonar do ar alveolar.
- Terceira, o CO2 se difunde constantemente do ar pulmonar para os alvéolos.
- E quarta, o ar atmosférico seco que entra nas vias respiratórias é umidificado até mesmo, antes de atingir os alvéolos
QUAL A IMPORTÂNCIA DA SUBSTITUIÇÃO LENTA DO AR ALVEOLAR?
A lenta substituição do ar alveolar é de particular importância para evitar mudanças repentinas nas concentrações de gases no sangue. Isso torna o mecanismo do controle respiratório muito mais estável do que seria de outra forma, e ajuda a evitar aumentos e quedas excessivos da oxigenação tecidual, da concentração tecidual de CO2, e do pH tecidual, quando a respiração é interrompida temporariamente
a concentração de O2 nos alvéolos e também sua pressão parcial são controladas pela?
- Intensidade de absorção de O2 pelo sangue
- pela intensidade de entrada de novo O2 nos pulmões pelo processo ventilatório
Verdadeiro ou falso?
As concentrações e as pressões parciais, tanto do O2 quanto do CO2, nos alvéolos são determinadas pelas intensidades de absorção ou excreção dos dois gases e pelo valor da ventilação alveolar.
Verdadeiro
Cite os fatores que afetam a difusão dos gases.
A difusão dos gases pode ser modificada quando há alterações:
- na área de superfície alveolar,
- nas propriedades físicas da membrana, ou
- na oferta dos gases.
- Pacientes idosos, mulheres e tabagistas apresentam menor capacidade de difusão.
Como funciona a captação de O2 pelo sangue pulmonar na atividade física?
Exercício -> DC aumenta -> tempo que o sabgue permanece nos capilares pulmonares reduz -> tempo disponivel para trocas gasosas cai, mas em individuos normais a saturacao de O2 continua a mesma.
Quando em atividade fisica o tempo disponivel para trocas gasosas cai, mas em individuos normais a saturacao de O2 continua a mesma. Explique.
- Capacidade de difusão de O2 triplica durante o exercício (há abertura de muitos capilares, havendo melhor proporção ventilação perfusão).
- O sangue normalmente permanece nos capilares pulmonares cerca de 3x mais tempo que o necessário para causar oxigenação total.
Portanto, durante o exercício, mesmo com o tempo de exposiçã menor nos capilares, o sangue, ainda assim, fica totalmente oxigenado.
Por outro lado, caso a barreira alveolocapilar esteja alterada, de modo a inferir com a transferência de O2, lentificando a sua difusão, a pessoa pode não apresentar distúrbio durante o repouso, porém este pode ser detectado quando no esforço físico.
Como é a difusão dos capilares periféricos para os tecidos?
Quando o sangue arterial chega aos tecidos periféricos, sua Po2 nos capilares ainda é 95mmHg. contudo, a PO2 no líquido intersticial, que banha as células teciduais, é de apenas 40 mmHg. Assim, existe enorme diferença da pressão inicial que faz com que o O2 se difunda, com rapidez, do sabgue capilar para os tecidos - tao rapidamente que a Po2 capilar diminui, quase se igualando a pressão de 40 mmHg, no intersticio. Portanto, a PO2 do sangue que deixa os capilares dos tecidos e entra nas veias sistêmicas é de aproximadamente 40 mmHg.
Qual o efeito da intensidade do fluxo sanguíneo sobre a PO2 do líquido intersticial?
Se um fluxo de sangue de um tecido aumentar, maior quantidade de O2 é transportata para os tecidos, e a PO2 tecidual fica maior. A elevação do fluxo para 400% acima do normal aumenta a PO2 de 40 mmHg (no ponto A da figura) para 66 mmHg (no ponto B). Entretanto, o limite superior a que a PO2 pode atingir mesmo que com o fluxo sanguíneo máximo é de 95 mmHg, porque essa é a pressão do O2 no sangue arterial.
Se o fluxo de sangue pelo tecido diminuir, a Po2 tecidual também diminui (ponto C)
O AUMENTO DO FLUXO SANGUÍNEO ELEVA O PO2 DO LÍQUIDO INTERSTICIAL
Qual o efeito do metabolismo tecidual na Po2 do liquido interticial?
O AUMENTO DO METABOLISMO TECIDUAL DIMINUI A PO2 DO LÍQUIDO INTERSTICIAL
Se as células usarem mais O2 para seu metabolismo do que o normal, ocorrerá redução da PO2 do líquido intersticial. A Figura 41-4 também mostra esse efeito com a PO2 do líquido intersticial reduzida, quando o consumo de O2 celular aumenta, e com a PO2 elevada, quando o consumo diminui.
Em suma, a PO2 tecidual é determinada pelo balanço entre:
- a intensidade do transporte de O2 para os tecidos no sangue;
- a intensidade da utilização do O2 pelos tecidos.
Como é a DIFUSÃO DE OXIGÊNIO DOS CAPILARES PERIFÉRICOS PARA AS CÉLULAS TECIDUAIS?
O O2 está sempre sendo utilizado pelas células. Portanto, a PO2 intracelular nos tecidos periféricos, permanece menor do que a PO2 nos capilares periféricos. Além disso, em muitos casos existe a distância física considerável entre os capilares e as células. Portanto, a PO2 intracelular normal varia de tão baixa quanto 5 mmHg a tão alta quanto 40 mmHg, tendo, em média (por medida direta em animais experimentais), 23 mmHg.
Quais são os EFEITO DA INTENSIDADE DO METABOLISMO TECIDUAL E DO FLUXO SANGUÍNEO TECIDUAL NA PCO2 INTERSTICIAL?
O fluxo sanguíneo pelos capilares teciduais e o metabolismo tecidual afetam a Pco2 de modo exatamente oposto a seu efeito na Pco2 tecidual. A Figura 41-7 mostra esses efeitos, que são:
- A redução do fluxo sanguíneo dos valores normais (ponto A), para um quarto do normal (ponto B), aumenta a Pco2 tecidual periférica do valor normal de 45 mmHg para o valor elevado de 60 mmHg. Por outro lado, o aumento do fluxo sanguíneo por seis vezes o normal (ponto C) diminui a Pco2 intersticial do valor normal de 45 mmHg para 41 mmHg, nível quase igual à Pco2 no sangue arterial (40 mmHg) que entra nos capilares teciduais.
- Observe ainda que o aumento por 10 vezes da intensidade metabólica tecidual eleva bastante a Pco2 do líquido intersticial em todas as intensidades do fluxo sanguíneo, enquanto a diminuição do metabolismo até um quarto da normal faz com que a Pco2 do líquido intersticial caia para cerca de 41 mmHg, aproximando-se bastante da Pco2 do sangue arterial, 40 mmHg.
Explique a imagem.
O fluxo sanguíneo pelos capilares teciduais e o metabolismo tecidual afetam a Pco2 de modo exatamente oposto a seu efeito na Pco2 tecidual. A Figura 41-7 mostra esses efeitos, que são:
- A redução do fluxo sanguíneo dos valores normais (ponto A), para um quarto do normal (ponto B), aumenta a Pco2 tecidual periférica do valor normal de 45 mmHg para o valor elevado de 60 mmHg. Por outro lado, o aumento do fluxo sanguíneo por seis vezes o normal (ponto C) diminui a Pco2 intersticial do valor normal de 45 mmHg para 41 mmHg, nível quase igual à Pco2 no sangue arterial (40 mmHg) que entra nos capilares teciduais.
- Observe ainda que o aumento por 10 vezes da intensidade metabólica tecidual eleva bastante a Pco2 do líquido intersticial em todas as intensidades do fluxo sanguíneo, enquanto a diminuição do metabolismo até um quarto da normal faz com que a Pco2 do líquido intersticial caia para cerca de 41 mmHg, aproximando-se bastante da Pco2 do sangue arterial, 40 mmHg.
Explique a imagem abaixo.
Percentual de saturação de hemoglobina: aumento progressivo da porcentagem de hemoglobina ligada ao O2, à medida que a Po2 do sangue se eleva - isso que é demonstrado na curva de dissociação.
Em determinada Po2 de saturacao a hemoglobina atinge um platô -> a partir daí não é possível aumentar muito a saturação -> logo, não adianta aumentar a ventilção.
O que ocorre com o transporte de oxigênio no exercício físico?
Exercício físico -> aumento da utilização de O2 -> diminuição da PO2 do líquido intersticial muscular de 40 para 15 mmHg -> aumenta a dissociação de O2-Hb
- No exercício intenso, as células musculares utilizam O2 com intensidade acelerada, o que, em casos extremos, pode fazer com que a PO2 do líquido intersticial muscular caia do valor normal de 40 mmHg para valor tão baixo quanto 15 mmHg. Nesse ponto de baixa pressão, apenas 4,4 mililitros de O2 permanecem ligados à hemoglobina, em cada 100 mililitros de sangue, como mostrado na Figura 41-9. Assim, 19,4 − 4,4, ou 15 mililitros são a quantidade de O2 realmente liberada para os tecidos, por cerca de 100 mililitros de fluxo sanguíneo, o que significa que, sejam liberados três vezes mais O2 que o normal para cada volume de sangue que passa pelos tecidos.
- Além disso, lembremo-nos que o débito cardíaco pode aumentar por 6 a 7 vezes o normal, em corredores de maratona bem treinados. Assim, multiplicando-se o aumento do débito cardíaco (6 a 7 vezes) pelo aumento do transporte de O2 em cada volume de sangue (o triplo), resulta em elevação de 20 vezes do transporte de O2 para os tecidos. Veremos adiante neste Capítulo que vários outros fatores facilitam o aporte de O2 aos músculos durante o exercício, de maneira que a Po2 do tecido muscular, em geral, cai muito pouco abaixo do normal, até mesmo durante exercício intenso. Coeficiente de Utilização. A porcentagem do sangue que libera seu O2, enquanto atravessa os capilares teciduais, é denominada coeficiente de utilização. O valor normal desse coeficiente fica em torno de 25%, como ficou evidente pela discussão anterior — ou seja, 25% da hemoglobina oxigenada liberaram seu O2 para os tecidos. Durante exercício intenso, o coeficiente de utilização em todo o corpo pode aumentar por 75 a 85%. Nas áreas de tecidos locais, onde o fluxo de sangue é muito lento ou a intensidade metabólica é muito alta, já se registraram coeficientes de utilização próximos a 100% — ou seja, essencialmente todo o O2 é liberado para os tecidos
Como A HEMOGLOBINA AJUDA A MANTER UMA PO2 QUASE CONSTANTE NOS TECIDOS?
- Nas condições basais, os tecidos necessitam de cerca de 5 mililitros de O2 de cada 100 mililitros do sangue que passa pelos capilares teciduais. Voltando à curva de dissociação de oxigênio-hemoglobina, na Figura 41-9, é possível ver que para os 5 mililitros usuais de O2 serem liberados por 100 mililitros de fluxo sanguíneo a Po2 deve cair para cerca de 40 mmHg. Portanto, a Po2 tecidual normalmente não pode aumentar acima desse nível de 40 mmHg porque, se o fizer, a quantidade de O2 necessitada pelos tecidos não seria liberada pela hemoglobina. Dessa forma, a hemoglobina normalmente estabelece o limite superior da Po2 nos tecidos, em torno de 40 mmHg.
- Por outro lado, durante exercício intenso, quantidade extra de O2 (até 20 vezes o normal) precisa ser liberada da hemoglobina para os tecidos. Entretanto, essa fonte de O2 suplementar pode ser atingida com pequena queda adicional da Po2 tecidual por causa:
- (1) da inclinação abrupta da curva de dissociação;
- (2) do aumento do fluxo de sangue tecidual, causado pela baixa da Po2; ou seja, ligeira queda da Po2 faz com que grande quantidade de O2 extra seja liberada pela hemoglobina.
Assim, a hemoglobina no sangue automaticamente libera O2 para os tecidos em pressão que é mantida razoavelmente controlada entre 15 e 40 mmHg.