TUTORIA 3 part. II - Obesidade Flashcards

1
Q

Conceitue obesidade na infânica

A

A obesidade é representada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em extensão tal, que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos.

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Q

Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?

LEPTINA

A
  • Secretadas em proporção ao conteúdo de gordura corporal, agem no hipotálamo ativando vias efetoras catabólicas e inibindo vias efetoras anabólicas, o que traz como resultado final a diminuição da ingestão alimentar
  • Outro mecanismo seria a hiperinsulinemia crônica bloqueando o sinal de transdução da leptina.
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3
Q

Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?

NEUROPEPTÍDEOS OREXÍGENOS E ANOREXÍGENOS

A

O neuropeptídeo Y (NPY) é um dos mais potentes estimuladores da ingestão alimentar dentro do sistema nervoso central. A secreção do NPY no hipotálamo aumenta com a depleção dos estoques de gordura corporal e/ou reduzida sinalização dada ao cérebro pela leptina. Por outro lado, a leptina inibe sua secreção.

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4
Q

Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?

COLECISTOQUININA (CCK)

A

A colecistoquinina é estimulada pelo consumo alimentar, principalmente de proteínas e gorduras. Liberada pelas células da mucosa duodenal, ela ativa receptores (CCK-A), na região pilórica do estômago, que enviam sinal, via vagal aferente, para o trato solitário e daí para o núcleo paraventricular e a região ventromedial do hipotálamo, diminuindo a ingestão alimentar. A CCK está implicada no efeito de saciação (término da refeição).

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5
Q

Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?

GRELINA

A

A grelina é um peptídeo, produzido predominantemente no estômago, que age na regulação da ingestão alimentar. As concentrações plasmáticas de grelina aumentam gradualmente antes das refeições e diminuem imediatamente após estas. A grelina estimula a expressão do neuropeptídeo Y e da AGRP no hipotálamo, aumentando a ingestão alimentar. Na síndrome de Prader-Willi, os níveis de grelina estão elevados, o que pode contribuir para a acentuada hiperfagia e a obesidade associadas a essa síndrome.

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6
Q

Qual é a fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?

ADIPONECTINA

A
  • A adiponectina é produzida por adipócitos diferenciados, sendo considerada a mais abundante proteína do tecido adiposo.
  • A adiponectina tem efeito antidiabético, antiaterogênico e anti-inflamatório. Enquanto as demais substâncias produzidas pelo tecido adiposo e relacionadas à resistência insulínica aumentam na obesidade, a produção e as concentrações de adiponectina apresentam diminuição. O fato de a obesidade ser um estado de deficiência de adiponectina torna esse hormônio um alvo interessante para possíveis intervenções terapêuticas.
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7
Q

Quais são os fatores responsáveis pela fisiopatologia/ patogênese da obesidade na infância e na adolescência?

A
  • Leptina
  • Grelina
  • Neuropeptídeos orexígenos e norexígenos
  • CCK
  • Adiponectina
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8
Q

Qual é a relação do hipotálamo com a obesidade?

A

Lectinas saão secretadas em proporção ao conteúdo de gordura corporal, agem no hipotálamo ativando vias efetoras catabólicas e inibindo vias efetoras anabólicas, o que traz como resultado final a diminuição da ingestão alimentar. Como essas vias têm efeitos opostos no balanço energético, determinam, em última análise, os estoques de energia, sob a forma de triglicérides.

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9
Q

Como é feito o diagnóstico de obesidade na infância e na adolescência?

A

Por meio da anamnese, dados nutrológicos (anamnese alimentar) e exame físico (peso, altura, IMC, circunferência abdominal) é possível identificar critérios para o diagnóstico da obesidade.

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10
Q

Os exames complementares podem ser utilizados para obtenção de dados mais precisos sobre a composição corporal, para investigação de possíveis causas da obesidade e para o diagnóstico das repercussões metabólicas mais comuns da obesidade, entre as quais estão?

A
  • Dislipidemia
  • Alterações do metabolismo glicídico
  • Hipertensão arterial
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica
  • Síndrome da apneia obstrutiva do sono
  • Síndrome dos ovários policísticos.
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11
Q

Na anamnese há um interrogatório sobre diversos aparelhos. Cite algumas perguntas.

A
  • Respiração oral
  • Roncos
  • Paradas respiratórias durante o sono
  • Sibilância
  • Fadiga aos esforços
  • Alterações na pele
  • Resposta vacinal
  • Dor ou edema em articulações dos membros inferiores
  • Dor abdominal, retroesternal e hábito intestinal;
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12
Q

Quais são os sinais clínicos mais frequêntesem crianças adolescentes e obesos? Cite 2 de cada aparelho.

  • Cardiovascular
  • gastro/hepático
  • respiratório
  • genitourinário
  • SN
  • endócrino
  • ortopédico
  • pele
A
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13
Q

As medidas antropométricas mais utilizadas na faixa etária pediátrica são?

A
  • Peso;
  • Estatura (altura/ comprimento);
  • Circunferência abdominal;
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14
Q

Qual a classificação do estado nutricional de acordo com o IMC/idade por percentil e escore-Z?

A
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15
Q

O que deve ser feito no exame físico de um paceinte obeso?

A
  • Peso e estatura
  • Prega cutânea triciptal (PCT), subescapular e circuferência do braço
  • Circuferência abdominal (CA)
  • Pressão arterial sistêmica (PA)
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16
Q

Como é feito o diagnóstico das principais comorbidades?

Endócrina

A

Uma glicemia de 100 a 125 mg/dL ou uma hemoglobina glicada de 5,7 a 6,4% sugerem pré-diabetes, quando será mandatório a realização do TTG.

  • Intolerância à glicose (pré-diabetes)
  • DM
17
Q

Como é feito o diagnóstico das principais comorbidades?

Renal

A

Obesidade predispõe os indivíduos a desenvolverem:

  • Nefropatia diabética
  • Nefroesclerose hipertensiva
  • Esclerose glomerular focal ou segmentar
  • Urolitíase

A obesidade causa alterações estruturais como glomerulomegalia e espessamento da membrana basal glomerular. Hemodinamicamente a obesidade determina hiperfiltração e hiperperfusão renal, contribuindo para a falência renal.

18
Q

Como é feito o diagnóstico das principais comorbidades?

Cardiovascular

A
  • Hipertensão arterial sistêmica (HAS) - O risco da ocorrência de HAS é aumentado na presença de obesidade, e este risco aumenta com a gravidade da obesidade.
  • Estrutura e função cardíaca - Crianças obesas podem apresentar alterações na função e na estrutura cardíaca, que são similares àquelas encontradas nos adultos de meia idade. Os achados incluem:
    • Aumento da massa ventricular esquerda, do ventrículo esquerdo e do diâmetro atrial esquerdo;
    • maior quantidade de gordura epicardíaca
    • Maior disfunção sistólica e diastólica
19
Q

Como é feito o diagnóstico das principais comorbidades?

Pulmonares

A
  • Apneia obstrutiva do sono – É descrita como uma completa obstrução das vias aéreas superiores durante o sono e faz com que os movimentos respiratórios parem, exceto se ocorrer grande esforço respiratório. Obstrução parcial das vias aéreas é denominado hipoventilação obstrutiva.
  • Asma – A obesidade também está relacionada com a presença de asma, especialmente em crianças não atópicas. A gênese parece ser o estado inflamado do obeso.
20
Q

Quais são os fatores de risco da obesidade?

A
21
Q

Como é feito o tratamento da obesidade na infância e na adolescência?

ESTÁGIO 1

A
  • Dieta e atividade física, incluindo aumento no consumo de frutas e vegetais.
  • Limitando as atividades sedentárias como assistir televisão, jogar vídeo games e uso de computadores e tablets.
  • Se não houver melhora no IMC em 3 a 6 meses passar para o próximo estágio.
22
Q

Como é feito o tratamento da obesidade na infância e na adolescência?

ESTÁGIO 2

A
  • Ingestão de alimentos com baixa densidade calórica e dieta balanceada e refeições estruturadas
  • Atividade física supervisionada de no mínimo 60 minutos por dia
  • 1 hora ou menos de televisão e/ou computadores e tablets e auto monitoramento por meio de recordatórios alimentares e de atividade física.
  • Acompanhamento com nutricionista é necessária nesse estágio com retornos mensais ajustados a necessidade do paciente e família.
23
Q

Como é feito o tratamento da obesidade na infância e na adolescência?

ESTÁGIO 3

A
  • Contato mais próximo com os profissionais da saúde e uso de mais estratégias comportamentais e monitoramento.
  • Retornos semanais nas primeiras 8 a 12 semanas seguidas por retornos mensais são recomendados.
  • Esse estágio requer o envolvimento de uma equipe multidisciplinar com experiência em obesidade infantil
  • Crianças com resposta inadequada ao estágio 3, com riscos aumentados a saúde e baixa motivação devem ser considerados para o estágio 4.
24
Q

Como é feito o tratamento da obesidade na infância e na adolescência?

ESTÁGIO 4

A

Inclui dietas com baixa calorias, uso de medicações e/ou cirurgia. Esse estágio requer uma equipe multidisciplinar especialista em obesidade infantil em um centro pediátrico contendo protocolos clínicos e pesquisa de avaliação e evolução dos resultados e riscos no manejo de obesidade infantil.

25
Q

Quando está indicado o uso de terapia medicamentosa para obesidade na infancia?

A

É importante salientar que no Brasil não existem fármacos antiobesidade aprovados para uso pediátrico no Brasil. Uma intervenção terapêutica com medicamentos pode ser utilizada de forma limitada na população pediátrica quando existem comorbidades associadas a obesidade grave, como depressão, compulsão alimentar e outros transtornos psiquiátricos.

26
Q

Quais são os critérios para indicação de cirurgia bariátrica em adolescentes?

A
27
Q

Quais são as maiores comorbidades observadas em adolescentes obesos?

A
28
Q

Qual a relação entre obesidade e diabetes mellitus?

A

A síndrome metabólica (SM) é uma condição clínica composta de anormalidades antropométricas, fisiológicas e bioquímicas que predispõem os indivíduos afetados ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 e doença cardiovascular.

29
Q

Qual a relação entre obesidade e câncer?

A

Alguns componentes da alimentação e determinadas condições nutricionais podem estar relacionadas com o risco de aparecimento de câncer. O consumo excessivo de alimentos calóricos pode acarretar o surgimento de radicais livres e reduzir a capacidade do organismo em eliminar substâncias carcinogénicas

30
Q

Qual a relação da obesidade infantil e o atual momento de pandemia de Covid?

A

Por restringir a manutenção das atividades presenciais dos programas de perda de peso; por predispor a maior sedentarismo devido ao distanciamento social e proibição de frequentar academias, parques e áreas de lazer; por aumentar o consumo de alimentos enlatados (ricos em sódio) e processados (maior validade), ao invés do consumo de alimentos frescos que requerem idas mais frequentes ao mercado. Além disso, o confinamento pode agravar questões emocionais. Como a obesidade per se se associa a maior risco de ansiedade e depressão em crianças e adolescentes, estas merecem observação especial de seu comportamento e humor por parte dos familiares.

31
Q

Como prevenir osteoporose na vida adulta ainda na infância?

A

Durante a infância e principalmente na adolescência, a orientação dietética quanto ao consumo de leite e seus derivados (queijo, iogurte, sorvete) é uma medida essencial para a incorporação de cálcio ao organismo. Dietas hiperproteicas, hipernatrêmicas e com conteúdo aumentado em fibras levam a um mau aproveitamento do cálcio. Principalmente na adolescência, é importante a conscientização para que bebidas como refrigerantes e café não substituam o leite ou derivados e que fatores de risco como fumo e álcool sejam evitados. A prática de exercícios deve ser estimulada.

32
Q

Qual a relação da resistência insulínica com as principais complicações relacionadas a obesidade?

A
  • A obesidade é o principal fator de risco de Diabetes Mellitus tipo 2, de início já na adolescência, e síndrome metabólica
  • Na resistência insulínica (RI) há menor captação de glicose induzida pela insulina nos tecidos-alvo, levando à maior produção de insulina pelas células β pancreáticas e hiperinsulinismo. A RI precede o DM 2 por muitos anos. Muitos fatores podem estar implicados no mecanismo da RI, como a obesidade, inflamação crônica, disfunção mitocondrial, lipotoxicidade, estresse do retículo endoplasmático, estresse oxidativo, esteatose hepática e fatores genéticos.
33
Q

O que é síndrome metabólica no adolescente?

A

A síndrome metabólica (SM) é uma condição clínica composta de anormalidades antropométricas, fisiológicas e bioquímicas que predispõem os indivíduos afetados ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 e doença cardiovascular.

34
Q

Quais são as causas da síndrome metabólica?

A
  • Sobrepeso e a obesidade, principalmente se há o acúmulo de gordura predominantemente abdominal ou ectópica
  • Dislipidemias
  • Hipertensão arterial sistêmica
  • História pessoal de intolerância à glicose ou diabetes gestacional
  • História familiar de DM2, de doença cardiovascular ou hipertensão arterial
  • Presença de acantose nigrans, adrenarca precoce e síndrome de ovários policísticos.
35
Q

Como diagnosticar síndrome metabólica?

A

Aumento da circunferência abdominal (CC ≥ p90), mais dois outros critérios entre:

  • Hipertensão arterial sistêmica (PAS ≥ 130 ou ≥ PAD 85 mm Hg)
  • Hipertrigliceridemia (≥ 150 mg/dL)
  • HDL baixo (< 40 mg/dL)
  • Glicemia de jejum elevada (≥ 100).
36
Q

Cite 3 doenças do adulto que podem ser prevenidas na infância?

A
  • Aterosclerose
  • Cardiopatias
  • Obesidade
  • Hipertensão arterial
  • Diabetes mellitus
  • Acidente vascular cerebral
  • Doenças pulmonares
  • Câncer
  • Osteoporose
37
Q
A
38
Q
A