TUTORIA 2 - Fígado Flashcards

1
Q

O fígado armazena quais vitaminas

A

Vitamina A

Vitamina D

Vitamina B12

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2
Q

Qual característica da bilirrubina indireta?

A
  • Lipossolúvel
  • Circula ligada à albumina
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3
Q

Qual característica da bilirrubina direta?

A

Conjugada ao ácido glicurônico no fígado

Hidrossolúvel

Excretável pela bile/rins

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4
Q

Explique o processo de hemocaterese

A
  • As hemácias, por volta dos 120 dias de vida, acabam envelhecendo e são destruídas no baço, em um processo chamado de hemocaterese.
  • Hemocaterese: no baço existem capilares fenestrados, onde as hemácias mais novas conseguem passar pelas fenestrações, diferente das mais velhas, que acabam ficando e sendo destruídas.
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5
Q

O que acontece depois das hemácias serem destruídas no baço?

A
  • Depois de destruídas, o macrófago lá do baço engloba os fragmentos restantes da hemácia à dentro dos macrófagos teremos então, principalmente, a hemoglobina que será dividida em dois grupos: heme e globina.
  • O que importa nesse momento é o grupo heme, que sofrerá uma nova divisão em ferro e protoporfirina__.
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6
Q

Explique o que acontece com a protoporfirina

A
  • A protoporfirina sofrerá duas transformações à biliverdina, que rapidamente é reduzida em bilirrubina livre. E agora sim a bilirrubina livre é lançada no plasma, mas ela é insolúvel, ou seja, não seria transportada no plasma e é por isso que ela depende da albumina para ser solúvel e transportada (quando precisa de “alguém” para ser solúvel é chamada de bilirrubina indireta).
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7
Q
  • A bilirrubina indireta é levada até o fígado. Chegando lá oq ue acontece?
A

Passa por três processos:

  1. Captação: A albumina é uma proteína muito importante, então ela é devolvida ao fígado.
  2. Conjugação: A bilirrubina indireta, então, é conjugada com o acido glicurônico, através da enzima glicuronil-transferase. Lembrando que, depois de conjugada, ela é conhecida como bilirrubina direta (solúvel).
  3. Excreção: Logo depois é excretada no lumém intestinal, através da bile à boa parte dessa bilirrubina direta é metabolizada por bactérias em urobilinogênio à boa parte desse composto retorna à circulação intestinal e pode parar na urina (quando oxidado na urina é conhecido como urobilina). Já a outra parte transforma-se em estercobilinogênio (substância que da cor as fezes).
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8
Q

O que acontece quando há hemólise intravascular?

A
  • Rompe a hemácia no sangue (hemólise) à libera hemoglobina livre (toxica):
  • Forma um complexo Hb/haptoglobina com a haptoglobulina produzida pelo fígado à complexo é fagocitado (é o mecanismo de proteção, mas pode ser superado, pois a produção de haptoglobina é limitada)
  • Se encaminha para o rim para ser excretado à causa insuficiência renal (hemoglobinúria e hemossiderinúria)

Ex: transfusão errônea, queimaduras, malária, deficiência enzimática

OBS.: A hemólise intravascular é um evento patológico e pode oferecer hemoglobina para o rim (hemoglobinúria) com possibilidade de insuficiência renal, caso a Hb não se ligue com a haptoglobina.

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9
Q

Por que nas colestases o paciente apresenta acolia e colúria?

A

Nas colestases a bilirrubina direta passa através dos néfrons por seu caráter hidrossolúvel e causa um quadro de colúria e acolia fecal.

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10
Q

A bilirrubina, quando finalmente sai da vesícula pelos canalículos biliares acontece o que?

A
  • Vai para o intestino -> metade dessa bilirrubina é convertida, por ação das bactérias, em urobilinogênio que será reabsorvido pela mucosa intestinal
    • Fezes: urobilinogênio é transformado em estercobilina
    • Urina (5%): urobilinogênio é transformado em urobilina, após exposição ao ar
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11
Q

Como vejo se o fígado está integro na síntese hepática (marcadores de função)

A

Vejo os marcadores de protrombina e albumina, proteínas produzidas exclusivamente pelo fígado

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12
Q

Quais sao os marcadores de lesão hepática?

A
  • TGP/ALT (alanina aminotransferase) e TGO/AST (aspartato aminotransferase) -> Indicão necrose celular
  • GGT (gamaglutamiltransferase

Valores acimas de 400 UI podem indicar uma hepatite viral aguda, com predomínio de ALT

Na hepatite alcoolica os níveis mais elevados são de AST, sendo a relação AST/ALT maior que 2 (um é o dobro do valor do outro)

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13
Q

O que GGT e FA marcam?

A
  • A gamaglutamiltransferase junto com a fosfatase alcalina é conhecida como marcador de colestase (obstrução), só nao é especifica, uma vez que não mostra se é obstrucao intra ou extra hepática
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14
Q

Qual o trajeto da bile?

A
  • Trajeto da bile: a bile produzida no fígado, pelos hepatócitos -> canalículos biliares -> septo interlobulares -> dúctulos biliares -> ductos biliares terminais -> ductos maiores -> ductos hepáticos direito e esquerdo -> ducto hepático comum -> confluem com o ducto cístico, que drena a vesícula biliar -> formando‐se o ducto colédoco -> abre no duodeno
  • A bile não flui diretamente do fígado para o dueodeno: na desembocadura do ducto colédoco há um dispositivo muscular que controla a abertura e o fechamento desse ducto (esfíncter de Oddi)
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15
Q

Como funciona o efeito colerético da secretina?

A
  • A secretina aumenta a secrecao da bile indiretamente
  • Ela aumenta a secreção de uma secreção rica em bicabornato de sódio pelas células epiteliais dos dúctulos e ductos biliares, sem aumentar a secreção pelas próprias células do parênquima hepático
  • Esse bicabornato passa para o ID e se soma com o bicabornato do pâncreas -> neutraliza Hcl vindo do estômago
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16
Q

Como se dá o esvaziamento da vesícula biliar?

A
  • Quando o alimento começa a ser digerido (na presença de produtos da hidrólise lipídica) -> vesícula se esvazia na presença de uma alimentação gordurosa
  • O esvaziamento se dá por contrações da vesícula e pelo relaxamento do esfincter de Oddi
  • Esse estimulo é gerado principalmente pela CCK (colecistocinina) -> Efeito colagogo (contração da vesícula).
  • A CCK via corrente sanguínea, causa:
  1. contração da vesícula biliar
  2. Relaxamento do esfíncter de Oddi
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17
Q

Quais as manifestações clínicas da icterícia?

A
  • Coloração amarelada da pele
  • Coloração amarelada da esclera
  • Coloração amarelada das mucosas
  • Colúria
  • Acolia fecal (cor de barro)
  • Prurido cutâneo
18
Q

Caracterize a icterícia hemolítica

A
  • Provocada por hemólise das hemácias -> pré-hepática
  • A função excretora do fígado não está comprometida, mas as hemácias são hemolisadas tão rapidamente que as células hepáticas, simplesmente, não podem excretar a bilirrubina com a mesma intensidade que é formada.
  • Consequentemente, a concentração plasmática de bilirrubina livre se eleva acima dos níveis normais
  • Consequentemente, formação de urobilinogênio no intestino fica bastante aumentada, e muito dele é absorvido pelo sangue e, posteriormente, excretado na urina.
19
Q

Caracterize a bilirrubina obstrutiva

A
  • Provocada pela obstrução dos ductos biliares ou por doença hepática
  • Obstrução dos ductos biliares: maior frequência quando cálculo biliar ou câncer bloqueiam o ducto biliar comum
  • Lesão dos hepatócitos: hepatite
  • Formação da bilirrubina é normal, mas a bilirrubina formada não pode passar do sangue para os intestinos.
  • A bilirrubina não conjugada ainda adentra os hepatócitos, sendo conjugada do modo usual.
  • Essa bilirrubina conjugada é então devolvida ao sangue, provavelmente pela ruptura dos canalículos hepáticos congestionados, drenando de forma direta a bile para a linfa que deixa o fígado.
  • Consequentemente, a maior parte da bilirrubina no plasma é do tipo conjugado, em vez do tipo não conjugado.
20
Q

Como saber se é obstrutiva ou hemolítica?

A
  • Quando ocorre obstrução total do fluxo da bile, nenhuma bilirrubina pode chegar aos intestinos para ser convertida em urobilinogênio pelas bactérias. Portanto, nenhum urobilinogênio é reabsorvido pelo sangue e nenhum pode ser excretado pelos rins na urina.
  • Consequentemente, na icterícia obstrutiva total, os testes para o urobilinogênio urinário são completamente negativos
  • Além disso, as fezes ficam com cor de argila, devido à ausência de estercobilina e outros pigmentos biliares
21
Q

Quais exames posso pedir para icterícia?

A

LABORATORIAIS

  • Hepatograma
  • ALT (alanina aminotransferase)
  • AST (aspartato aminotransferase)
  • Fosfatase alcalina
  • Bilirrubina
  • Albumina
  • Gama‐glutamil transferase
  • Hepatite A
  • Hepatite B
  • Hepatite C
  • Hemograma
  • Contagem de reticulócitos (se houver anormalidades no hemograma)

NÃO LABORATORIAIS (Exames de imagem e biópsias hepáticas avaliam o fígado, a vesícula biliar e os ductos biliares):

  • Ultrassonografia abdominal
  • Biópsia hepática
22
Q

O que é cirrose hepática?

A

Cirrose hepática, caracterizada por subversão difusa da arquitetura hepática normal por nódulos de hepatócitos em regeneração circundados por tecido conjuntivo, é considerada o estágio final comum de uma grande variedade de doenças, de causas variadas, sobretudo alcoolismo e hepatites virais e autoimune, além de lesões de natureza metabólica, vascular ou biliar.

23
Q

Quais sào as causas mais frequentes de cirrose?

A

. As mais frequentes são hepatite crônica B e C

24
Q

Quais sao os fatores de risco da cirrose?

A
  • Uso excessivo de álcool;
  • Infecção pelos vírus da hepatite B ou C;
  • Hepatite autoimune;
  • Uso de drogas;
  • Obesidade.
25
Q

Descreva a patogênese da cirrose

A

Há um fator de risco que gera lesão nos hepatócitos -> hepatócitos lesionados produzem (TNF, IL-1 eespécies reativas de oxigênio) -> Esses fatores estimulam a célula estrelada (célula de Ito) a liberarem e depositarem colágeno tipo I e III no espaço de Disse -> ocorre perda das fenestrações (que permite a troca de solutos entre o plasma e os hepatócitos) -> acarreta em um espaçamento da membrana basal -> converte finos sinusoides em canais vasculares de alta pressão e grande velocidade (sem a devida troca de solutos) -> heipertensão portal

26
Q

Quais sao os três fatores essenciais para a patogenia da cirrose?

A
  • Morte dos hepatócitos
  • deposição de matriz extracelular
  • reorganização vascular
27
Q

Aspectos clínicos da cirrose avançada

A
  • hemorragia digestiva alta (melena)
  • circulação colateral
  • ascite
  • edema nos membros inferiores
28
Q

O que se encontra laboratorialmente em um paciente com cirrose?

A
  • hipoalbuminemia
  • aumento da atividade das aminotransferases (AST e ALT)
  • hiperestrogenismo (colesterol diminui)
29
Q

Interprete os exames:

aminotransferases o que indicam?

A

AST/ALT > 2 sugere lesão por álcool

AST e ALT equivalentes (altos): hepatites virais

AST e ALT > 1000: necrose severa

30
Q

Interprete os exames:

FA e GGT o que indicam?

A
  • lesão ductal e colestase
31
Q

Interprete os exames:

Bilirrubina direta e indireta o que indicam?

A

Direta elevada: colestase

Indireta (elevada isolada): síndrome de Gilbert e hemólise

32
Q

Interprete os exames:

protrombina e albumina o que indicam?

A
  • Função sintética do fígado
  • reducao sugere hepatopatia
33
Q

Interprete os exames:

exame de imagem o que indicam?

A
  • ultrassonografia: permite a avaliação rápida, não invasiva, sem necessidade de contraste e sem riscos para a avaliação do parênquima do fígado e o rastreamento de neoplasias; tem como limitações o fato de não permitir a caracterização necessária de tumores e ser um exame operador-dependente (só é confiável se realizada por um bom ultrassonografista)
34
Q

Qual é o padrão ouro dos exames?

A

biópsia hepática (diagnóstico é microscópio)

35
Q

Por que a cirrose causa icterícia?

A

Icterícia é praticamente constante nos pacientes com cirrose e deve-se a transtornos nas várias etapas do metabolismo da bilirrubina e nas vias de excreção da bile; em geral, predomina o aumento da bilirrubina conjugada

36
Q

Por que a cirrose causa hipertensão portal?

A
  • A hipertensão portal na cirrose resulta da resistência aumentada ao fluxo portal no nível dos sinusoides e compressão das veias hepáticas centrais pela fibrose.
37
Q

Por que a cirrose causa ascite?

A
  • A principal característica dessa enfermidade é a formação de nódulos e tecido fibrótico (cicatrizes) que bloqueiam a circulação do sangue e provocam aumento da pressão dentro dos vasos que convergem para a veia porta (hipertensão portal).
  • A cirrose pode ser responsável também por menor produção de albumina, uma proteína que ajuda a conter a água no interior das veias e artérias. Nas duas situações, os fluidos escapam dos vasos com mais facilidade e vão acumular-se na cavidade abdominal.
38
Q

Por que cirrose causa hematêmese?

A

Devido ao aparecimento de varizes esofagogástricas, uma vez que as veias que irrigam a parte inferior do esôgado estão diretamente conectadas à veia porta.

39
Q

Por que a cirrose causa esplênomegalia?

A
  • Com o aumento da resistência à passagem do sangue através do fígado (pela cirrose, esquistossomose e outras condições), aumenta a pressão sanguínea dentro do sistema porta hepático (hipertensão portal).
  • Devido à sua característica esponjosa, o aumento na pressão da veia esplênica faz com que o baço “inche”, haja esplenomegalia.
40
Q

Por que lesào no fígado favorece equimose?

A
  • O fígado sintetiza as principais proteínas plasmáticas, como albumina, globulinas e fibrinogênio, além de outras proteínas envolvidas na coagulação sanguínea. O fibrinogênio, protrombina, globulina aceleradora, fator VII são formados no fígado e auxiliam na coagulação sanguínea.
  • Logo, uma lesão hepática compromete a coagulação sanguínea, favorecendo o aparecimento de equimoses.
41
Q
A