TEP aula Flashcards

1
Q

O que é Embolia Pulmonar (EP)?

A

É a obstrução de vasos da circulação arterial pulmonar causada pela impactação de partículas com diâmetro maior que o do vaso acometido.

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2
Q

Qual é a principal causa de Embolia Pulmonar?

A

Tromboembolismo Venoso (TEV), relacionado à Trombose Venosa Profunda (TVP).

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3
Q

Cite outras causas menos comuns de Embolia Pulmonar.

A
  • Bolhas de gás
  • Corpos estranhos
  • Gotículas de gordura
  • Líquido amniótico
  • Células neoplásicas
  • Êmbolos sépticos
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4
Q

Como a circulação pulmonar atua em relação aos êmbolos?

A

Funciona como um ‘filtro’, impedindo que êmbolos do sistema venoso atinjam a circulação sistêmica.

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5
Q

Qual é a taxa de mortalidade do tratamento adequado para TEP?

A

Reduz de 30% para 2–8%.

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6
Q

Quando devemos considerar a suspeita de TEP?

A

Em todo paciente com fatores de risco que apresente qualquer alteração cardiorrespiratória aguda.

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7
Q

Qual é a terceira doença cardiovascular mais comum?

A

Tromboembolismo venoso (TVP/TEP).

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8
Q

Qual é a relação entre TVP e TEP?

A

A TVP é três vezes mais frequente que o TEP, mas o TEP é a principal complicação pulmonar aguda em pacientes hospitalizados.

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9
Q

De onde se originam mais de 90% dos êmbolos pulmonares?

A

De trombos em veias profundas dos membros inferiores.

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10
Q

Qual é a TVP com maior risco de embolia?

A

A TVP iliofemoral, com 50% de risco de TEP.

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11
Q

O que caracteriza a síndrome de Paget-Schroetter?

A

É uma causa rara de TVP do sistema subclávio-axilar, geralmente em indivíduos jovens após esforço físico intenso.

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12
Q

Quais são os pré-requisitos da trombose venosa profunda?

A
  • Estase
  • Lesão vascular
  • Hipercoagulabilidade
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13
Q

O que são trombofilias hereditárias?

A

Condições genéticas que aumentam o risco de trombose venosa.

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14
Q

Qual é a síndrome trombofílica hereditária mais comum?

A

Resistência à proteína C ativada, associada ao fator V de Leiden.

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15
Q

Qual é a segunda síndrome hereditária mais frequente?

A

Mutação G20210A no gene da protrombina.

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16
Q

Quando deve-se investigar trombofilia hereditária?

A

Quando houver TEV recorrente em pessoas jovens, TEV imotivado, TEV em locais inusitados ou história familiar de TEV.

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17
Q

O que caracteriza a síndrome de May-Thurner?

A

Compressão da veia ilíaca comum esquerda, geralmente em mulheres jovens com TVP de repetição à esquerda.

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18
Q

Quais são alguns fatores de risco adquiridos para TEV?

A
  • TEV prévio
  • Idade
  • Obesidade
  • Tabagismo
  • Trauma
  • Cirurgia recente
  • Imobilização e viagens prolongadas
  • Câncer
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19
Q

Qual é o risco de TEV em pacientes com IMC > 40?

A

Risco de 2–3 vezes acima do normal.

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20
Q

Qual é a relação entre tabagismo e TEV?

A

Tabagismo potencializa o risco oferecido por outras condições, como o uso de ACO.

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21
Q

Qual é a taxa de recorrência de TEV em pacientes com fatores de risco permanentes?

A

Até 30% nos próximos dez anos.

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22
Q

Quando é recomendado iniciar a pesquisa de trombofilias após anticoagulação?

A

Após duas semanas do término da anticoagulação.

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23
Q

Quais pacientes são propensos a desenvolver TVP após viagens prolongadas?

A

Pacientes com outros fatores de risco como obesidade, tabagismo e trombofilias

O risco de TEV é significativo em viagens superiores a 8h.

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24
Q

Quais são os mecanismos que justificam o TEV em pacientes oncológicos?

A
  • Secreção de fatores pró-coagulantes pelo tumor
  • Presença de cateteres venosos implantáveis
  • Algumas quimioterapias
  • Compressão vascular pelo tumor
  • Cirurgia
  • Baixo ‘performance status’

O câncer de pulmão é o mais frequentemente associado ao TEV.

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25
Q

Qual é a relação entre gravidez e o risco de TEV?

A

O TEV ocorre em cerca de 1 a cada 500 gestações, sendo mais comum no puerpério

O risco é maior em cesarianas do que em partos normais.

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26
Q

O que é a E-trombose?

A

Uma entidade reconhecida em pessoas que passam o dia na frente de um computador

Atividades laborativas que exigem longos períodos sentados podem favorecer trombose.

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27
Q

Quais são os fatores causais do TEV durante a gravidez?

A
  • Estase pela compressão da veia cava inferior
  • Lesão endotelial durante o parto
  • Hipercoagulabilidade devido a hormônios femininos

O TEP é mais comum no pós-parto.

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28
Q

Quais são os mecanismos da trombocitopenia relacionada à heparina?

A

Ativação e agregação plaquetária induzida por autoanticorpos contra o complexo heparina-fator 4 plaquetário

O tratamento envolve a troca da heparina por outros anticoagulantes.

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29
Q

Quais doenças clínicas são estados de hipercoagulabilidade adquiridos?

A
  • Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo
  • ICC
  • DPOC
  • Doenças mieloproliferativas
  • Hemoglobinúria paroxística noturna
  • Síndrome nefrótica

Pacientes com doenças agudas graves também têm alto risco de TEV.

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30
Q

O que é a embolia pulmonar?

A

Ocorre quando uma parte do trombo se desloca para a circulação pulmonar

Os trombos ‘em sela’ impactam na bifurcação do tronco da artéria pulmonar.

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31
Q

Quais são as consequências pulmonares da embolia?

A
  • Hipoxemia
  • Aumento do espaço morto fisiológico
  • Atelectasia
  • Broncoespasmo

A isquemia libera mediadores inflamatórios que afetam a ventilação.

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32
Q

Quais são as consequências cardiocirculatórias da embolia?

A
  • Aumento da resistência vascular pulmonar
  • Hipertensão pulmonar aguda
  • Isquemia do ventrículo direito

A dilatação do VD pode levar a infarto agudo de VD.

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33
Q

O que caracteriza a embolia maciça?

A

Colapso circulatório agudo com pressão sistólica < 90 mmHg ou queda ≥ 40 mmHg na pressão sistólica basal

O uso de trombolíticos está indicado nesta condição.

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34
Q

Quais são os sinais e sintomas comuns em pacientes com TEP?

A
  • Dispneia (73%)
  • Taquipneia (54%)
  • Dor pleurítica (44%)
  • Taquicardia (24%)
  • Edema de MMII (41%)

O TEP não costuma se apresentar inicialmente como colapso circulatório.

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35
Q

Qual é o principal sintoma em portadores de TVP?

A

Dor na perna que aumenta ao longo dos dias

Em portadores de TEP, o principal sintoma é a dispneia súbita inexplicada.

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36
Q

Quais síndromes podem ser agrupadas nos casos de TEP?

A
  • TEP maciço
  • TEP moderado a grande
  • TEP pequeno a moderado

A presença de disfunção do VD é um marcador de mortalidade intra-hospitalar.

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37
Q

Qual é a taxa de incidência de infarto pulmonar em TEP?

A

5–7%

O tecido pulmonar possui circulação dupla, o que diminui a taxa de infarto.

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38
Q

Quais são as características do infarto pulmonar no TEP?

A
  • Hemorrágico
  • Formato de cone
  • Dor torácica contínua
  • Tosse e hemoptise

É fácil confundir com pneumonia, especialmente com imagem radiológica.

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39
Q

Quais as manifestações clínicas da TVP?

A
  • Edema crônico unilateral
  • Alterações de coloração da pele
  • Úlceras de estase

A síndrome pós-flebítica é resultante de obstruções mecânicas nas veias.

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40
Q

Qual a característica da maioria dos casos de TVP?

A

Não apresenta sinais ou sintomas

A maioria dos casos de trombose venosa profunda (TVP) é assintomática.

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41
Q

Qual é a sensibilidade e especificidade do sinal de Homans?

A

Baixa

O sinal de Homans é a dor à dorsiflexão do pé, mas não é um indicativo confiável de TVP.

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42
Q

Quais são as duas síndromes dramáticas que podem evoluir com uma TVP extensa?

A
  • Phlegmasia Alba Dolens
  • Phlegmasia Cerulea Dolens

Phlegmasia Alba Dolens é caracterizada por dor, edema e palidez do membro. Phlegmasia Cerulea Dolens apresenta cianose subsequente.

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43
Q

Qual é um dos maiores desafios no diagnóstico de tromboembolismo venoso?

A

Dificuldade diagnóstica

A dificuldade em estabelecer ou excluir o diagnóstico de TEP apenas com dados clínicos básicos é um desafio significativo.

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44
Q

Qual é a necessidade de exames complementares no diagnóstico de TEP?

A

É imprescindível realizar exames complementares para confirmar ou excluir o diagnóstico

Dados clínicos básicos não são suficientes para confirmar TEP.

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45
Q

Liste algumas condições que devem ser consideradas no diagnóstico diferencial de TVP.

A
  • Ruptura de cisto de Baker
  • Celulite
  • Síndrome pós-flebítica
  • Insuficiência venosa crônica
  • Linfedema
  • Tromboflebite superficial
  • Lesões musculares
  • Edema induzido por drogas
  • Doenças articulares do joelho

Estas condições podem apresentar sintomas semelhantes à TVP.

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46
Q

Liste algumas condições que devem ser consideradas no diagnóstico diferencial de TEP.

A
  • Pneumonia
  • DPOC
  • Asma
  • Insuficiência cardíaca congestiva
  • Pericardite
  • Pleurite aguda
  • Síndromes osteoarticulares da caixa torácica
  • Síndrome coronariana aguda
  • Ataque de pânico

Estas condições também podem apresentar sintomas semelhantes ao TEP.

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47
Q

O que é o escore de Wells?

A

Um método de avaliação da probabilidade pré-teste para TVP e TEP

O escore de Wells é amplamente utilizado para padronizar a capacidade diagnóstica.

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48
Q

Qual é a probabilidade pré-teste de TVP se o escore de Wells for acima de zero?

A

Moderada/alta

Uma probabilidade moderada/alta indica a necessidade de investigação adicional.

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49
Q

Quais são os pontos que compõem a avaliação de probabilidade de TVP no escore de Wells?

A
  • Câncer atual ou tratado nos últimos seis meses
  • Paralisia ou imobilização no membro inferior
  • Restrição ao leito > 3 dias ou cirurgia recente
  • Dor localizada sobre o sistema venoso profundo
  • Edema com cacifo
  • Edema em todo o membro inferior
  • Assimetria > 3 cm entre as pernas
  • Circulação colateral não varicosa

Cada item tem um valor específico que contribui para o escore total.

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50
Q

O que indica uma probabilidade pré-teste de TEP maior que 4?

A

Alta probabilidade de TEP

Uma pontuação acima de 4 no escore de Wells indica alta probabilidade de TEP.

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51
Q

Qual exame é o de escolha para o diagnóstico de TVP?

A

Ultrassonografia com Doppler dos membros inferiores

Este exame apresenta excelente sensibilidade e especificidade para TVP.

52
Q

Por que não se deve começar a investigação de TEP com ultrassonografia com Doppler?

A

A sensibilidade deste exame para TEP não é boa

Muitos pacientes com embolia pulmonar podem não ter o trombo visível nas veias dos membros inferiores.

53
Q

Qual é o método de escolha para visualizar a árvore arterial pulmonar na suspeita de TEP?

A

Angio-TC de tórax

A angio-TC é o exame preferido para confirmar a presença de êmbolos na árvore arterial pulmonar.

54
Q

Quando é recomendado dosar o d-dímero em pacientes com suspeita de TEP?

A

Quando a probabilidade pré-teste de TEP é ‘não alta’

Um d-dímero elevado em pacientes com baixa probabilidade pode indicar a necessidade de imagem.

55
Q

Qual é o significado de um d-dímero elevado em pacientes com probabilidade pré-teste ‘não alta’?

A

Indica a necessidade de visualizar a árvore arterial pulmonar

Um d-dímero elevado sugere trombose, mas não confirma TEP.

56
Q

Qual é a conduta para pacientes com alta probabilidade pré-teste de TEP?

A

Partir direto para angio-TC de tórax

Não é necessário dosar o d-dímero, pois um resultado negativo não é confiável.

57
Q

O que é a cintilografia V/Q?

A

Método alternativo para pacientes com alta probabilidade de TEP

Utilizada quando a angio-TC não pode ser realizada ou é inconclusiva.

58
Q

Quais são os critérios da regra PERC?

A
  • Idade < 50 anos
  • FC < 100 bpm
  • SpO2 ≥ 95%
  • Sem hemoptise
  • Sem uso de estrogênio
  • Sem história de TVP ou TEP
  • Sem edema unilateral de membro inferior
  • Sem história de cirurgia ou trauma recente

Todos os critérios devem estar presentes para afastar o diagnóstico de TEP.

59
Q

O que indica uma probabilidade intermediária no escore de Wells?

A

Pode-se dosar o d-dímero para a tomada de decisão

Um d-dímero negativo pode encerrar a investigação, mas um positivo requer angio-TC.

60
Q

Qual é o exame complementar padrão-ouro para diagnóstico de TEP?

A

Arteriografia pulmonar

Considerada o padrão-ouro, mas utilizada principalmente em procedimentos terapêuticos.

61
Q

Qual é a principal limitação da radiografia de tórax no diagnóstico de TEP?

A

Alterações radiográficas são comuns, mas inespecíficas

Muitos achados no raio X podem ser vistos em outras condições.

62
Q

Quais são os sinais sugestivos de TEP no raio X?

A
  • Oligoemia focal
  • Infiltrado em forma de cunha
  • Corcova de Hampton
  • Dilatação da artéria pulmonar direita

Esses sinais são raramente encontrados e têm baixa sensibilidade.

63
Q

O que é o sinal de Westermark?

A

Oligoemia do campo superior direito e opacidade basal à esquerda

Indica a presença de embolia pulmonar.

64
Q

Qual é a alteração mais comum no ECG que pode indicar TEP?

A

Taquicardia sinusal

Alteração absolutamente inespecífica.

65
Q

Quais são os sinais de sobrecarga do ventrículo direito no eletrocardiograma?

A
  • S em D1 e aVL > 1,5 mm
  • QS em D3 e aVL, mas não em DII
  • Inversão da onda T em D3 e aVF ou em V1 a V4
  • Bloqueio de ramo direito incompleto ou completo
  • Eixo do QRS > 90º
  • Zona de transição até V5
  • Baixa voltagem em derivação dos membros

Esses sinais são importantes para indicar a presença de TEP.

66
Q

O que representa a síndrome S1Q3T3 no ECG?

A

Sinal sugestivo de TEP, mas pouco sensível

O padrão é mais comum em pacientes com embolia pulmonar maciça.

67
Q

Como a gasometria arterial se relaciona com a embolia pulmonar?

A

A maioria dos pacientes apresenta hipoxemia e hipocapnia

Contudo, pacientes jovens podem ter TEP com níveis normais de oxigênio.

68
Q

Qual é a relação entre a disfunção do ventrículo direito e o prognóstico em TEP?

A

Disfunção de VD é um marcador de mau prognóstico

Sua presença dobra o risco de mortalidade, mesmo em pacientes normotensos.

69
Q

Qual exame é considerado padrão-ouro para diagnóstico de TVP?

A

Flebografia com contraste

Foi substituído pelo duplex-scan devido a suas desvantagens.

70
Q

Quais são as desvantagens da arteriografia pulmonar?

A
  • Mortalidade do procedimento em torno de 1%
  • Taxa de complicações de 5%

Geralmente relacionadas ao sítio de punção.

71
Q

Qual é a principal indicação da arteriografia pulmonar?

A

Método confirmatório nos casos que receberão tratamento intervencionista endovascular

Permite localizar o êmbolo com exatidão.

72
Q

O que indica a presença de um trombo na cavidade ventricular direita?

A

Sugestão de TEP

Presente em 4% dos casos, mas mais de 35% evoluem com TEP.

73
Q

Qual exame é considerado o teste de escolha na investigação inicial do TEP?

A

Tomografia Computadorizada Helicoidal (Angio-TC)

Sensibilidade em torno de 83% e especificidade > 90%.

74
Q

Qual é a relação entre os níveis de troponina e o prognóstico em pacientes com TEP?

A

Níveis elevados de troponina indicam microlesões miocárdicas e mau prognóstico

Troponina elevada + disfunção de VD recomenda o uso de trombolíticos.

75
Q

O que significa V/Q mismatching na cintigrafia de ventilação-perfusão?

A

Áreas mal perfundidas, mas normalmente ventiladas

Indica uma doença vascular pulmonar, provavelmente embólica.

76
Q

Quais são os sinais típicos de sobrecarga aguda do ventrículo direito observados no ecocardiograma?

A
  • Dilatação da cavidade do VD
  • Hipocinesia
  • Regurgitação tricúspide

Observados em 30–40% dos casos de TEP, mais frequentes no TEP maciço.

77
Q

Qual é a média de PaO2 em pacientes com TEP comprovado por angiografia?

A

70 mmHg

Sem diferença relevante em comparação com pacientes onde o TEP foi excluído (72 mmHg).

78
Q

Qual é a complicação mais comum associada à arteriografia pulmonar?

A

Nefropatia induzida por contraste

Risco significativo devido ao uso de contraste iodado.

79
Q

Qual é a definição de uma cintigrafia de alta probabilidade?

A

Presença de dois ou mais defeitos segmentares bem ventilados

Comprova a presença de embolia em pacientes com suspeita clínica de TEP.

80
Q

Quais são os principais marcadores bioquímicos usados na estratificação de risco em TEP?

A
  • Troponinas cardioespecíficas (TnI e TnT)
  • BNP

Elevados níveis de ambos estão associados a um mau prognóstico.

81
Q

Qual é a importância do eco-transesofágico no diagnóstico de TEP?

A

Pode demonstrar a presença de trombos na artéria pulmonar

Útil em pacientes instáveis durante transporte intra-hospitalar.

82
Q

O que é a hipocinesia do VD no contexto de TEP?

A

Disfunção localizada na parede basolateral do VD

Diferente da hipocinesia difusa observada em cor pulmonale crônico.

83
Q

Qual exame é o melhor para identificação de TVP iliofemoral?

A

Duplex-scan de membros inferiores

Também conhecido como ecodoppler.

84
Q

Qual é a mortalidade do procedimento de embolectomia por cateter?

A

Cerca de 1%

A taxa de complicações é de 5%, geralmente relacionadas ao sítio de punção.

85
Q

Quais complicações podem surgir com a injeção de contraste sob pressão na artéria pulmonar?

A

Arritmias
Ruptura da artéria

Isso ocorre em pacientes com cor pulmonale agudo.

86
Q

Qual é o primeiro exame a ser realizado para o diagnóstico de TEP em gestantes?

A

Duplex-scan

A confirmação de TVP já basta para iniciar o tratamento anticoagulante.

87
Q

Qual é a droga de escolha para o tratamento de TEP durante a gestação?

A

Heparina de baixo peso molecular

Deve ser utilizada para minimizar riscos.

88
Q

Quais são as modalidades terapêuticas no TEV?

A

Anticoagulantes
Trombolíticos
Filtro de veia cava
Procedimentos invasivos

Inclui cirurgias e intervenções endovasculares.

89
Q

Qual é a taxa de mortalidade reduzida pela anticoagulação no tratamento de TEP?

A

80–90%

Isso se deve à capacidade de evitar a recorrência do TEP.

90
Q

Os anticoagulantes exercem ação direta sobre o trombo. Verdadeiro ou Falso?

A

Falso

O que fazem é inibir o processo trombótico, favorecendo a fibrinólise.

91
Q

Qual é o objetivo ao alcançar o estado de anticoagulação plena?

A

Dentro das primeiras 24h de terapia

Isso é essencial para o tratamento eficaz do TEV.

92
Q

Quando é possível realizar a anticoagulação empírica?

A

Quando a suspeita clínica de TEP for alta e os exames confirmatórios não puderem ser realizados

Isso é feito até que se obtenham os resultados necessários.

93
Q

Quais são as vantagens das heparinas de baixo peso molecular (HBPM) em relação à heparina não fracionada (HNF)?

A

Farmacocinética mais previsível
Uso subcutâneo
Menor risco de trombocitopenia induzida por heparina (HIT)
Não necessita monitoramento da anticoagulação

A biodisponibilidade das HBPM é mais uniforme ao longo do tempo.

94
Q

Em quais situações é indicado realizar a dosagem do antifator Xa?

A

Obesidade mórbida (> 150 kg)
Baixo peso (< 40 kg)
Gestantes
Disfunção renal (aguda ou crônica)

A HBPM é excretada pelo rim, necessitando ajustes na posologia.

95
Q

Qual é a principal desvantagem da HBPM em comparação à HNF?

A

Maior meia-vida

Isso pode dificultar a reversão do efeito anticoagulante em situações de emergência.

96
Q

Qual é o anticoagulante de escolha para pacientes com TEP que apresentam instabilidade hemodinâmica?

A

Heparina não fracionada (HNF)

É a única droga que demonstrou reduzir a mortalidade nesses casos.

97
Q

Como deve ser administrada a HNF?

A

Em bomba infusora com ajuste contínuo da taxa de infusão

O tempo de tromboplastina parcial ativado (PTTa) deve ser verificado a cada 6 horas.

98
Q

O que caracteriza a trombocitopenia induzida por heparina (HIT)?

A

Queda progressiva na contagem de plaquetas

É mandatório suspender a heparina se a contagem estiver abaixo de 100.000 cel/ml.

99
Q

Qual é o principal risco associado ao uso prolongado de HNF em gestantes?

A

Osteoporose

A chance aumenta com doses cumulativas superiores a 20.000 UI/dia por mais de 30 dias.

100
Q

Qual é a função do fondaparinux?

A

Inativar o fator Xa

É um pentassacarídeo sintético derivado da heparina.

101
Q

Quais são as principais vantagens do fondaparinux?

A

Não causa HIT
Uso subcutâneo
Não precisa de monitoração laboratorial

No entanto, não existe antídoto contra essa droga.

102
Q

Qual é a dose inicial recomendada de warfarin?

A

5 mg/dia

Pode variar para 7,5–10 mg/dia em indivíduos obesos ou 2,5 mg/dia em pacientes desnutridos.

103
Q

O que é a necrose cutânea induzida pelo warfarin?

A

Complicação caracterizada por placas eritematosas que progridem para necrose

Está associada à deficiência de proteína C.

104
Q

Quais são as vantagens dos anticoagulantes orais de ação direta (DOAC)?

A

Uso de doses fixas
Anticoagulação plena após a primeira dose
Não requer monitoração laboratorial

Eles são a escolha preferida para anticoagulação crônica no TEV.

105
Q

Quais são as vantagens do uso de DOACs na anticoagulação?

A

As vantagens incluem:
* uso de doses fixas
* anticoagulação plena logo após a primeira tomada
* não é necessário monitoração laboratorial
* menos interações medicamentosas que o warfarin

106
Q

Quais são os grupos principais de DOACs?

A

Os grupos principais são:
* inibidores diretos do fator Xa (rivaroxabana, apixabana, edoxabana)
* inibidores diretos da trombina (dabigatrana)

107
Q

Quais são as contraindicações para o uso de DOACs?

A

As contraindicações incluem:
* gestantes
* pacientes com ClCr < 15 ml/min
* portadores de insuficiência hepática grave

108
Q

Quais DOACs são respaldados pela literatura para tratamento anticoagulante agudo?

A

Os únicos respaldados são:
* rivaroxabana
* apixabana

109
Q

Qual a dose inicial de rivaroxabana para tratamento?

A

A dose inicial é de 15 mg 2x ao dia por 21 dias, seguido de 20 mg 1x ao dia

110
Q

Qual é a dose inicial de apixabana para tratamento?

A

A dose inicial é de 10 mg 2x ao dia por 7 dias, seguido de 5 mg 2x ao dia

111
Q

O que são trombolíticos e qual sua função?

A

Os trombolíticos reduzem a carga de trombos formados, atuando na ativação do plasminogênio tecidual

112
Q

Quais trombolíticos estão liberados para uso?

A

Os trombolíticos liberados para uso são:
* uroquinase
* estreptoquinase
* t-PA

113
Q

Qual a única indicação absoluta para o uso de trombolíticos no TEP?

A

A única indicação absoluta é a presença de instabilidade hemodinâmica (PA sistólica < 90 mmHg por mais de 15min)

114
Q

Quais são as indicações controversas para o uso de trombolíticos?

A

As indicações controversas incluem:
* trombose venosa profunda extensa
* envolvimento extenso
* hipoxemia grave
* disfunção ventricular direita evidente

115
Q

Qual é a dose de ataque da estreptoquinase?

A

A dose de ataque é de 250.000 IU em 30min, seguida de 100.000 IU/h por 24h

116
Q

Qual é a dose de ataque da uroquinase?

A

A dose de ataque é de 4.400 IU em 10min, seguida de 4.400 IU/kg/h por 12 a 24h

117
Q

Qual é a dose do t-PA?

A

A dose do t-PA é de 100 mg em infusão contínua por 2h

118
Q

Quais são as principais indicações do filtro de veia cava inferior?

A

As indicações incluem:
* anticoagulação contraindicada e TEP confirmado
* falha na anticoagulação
* profilaxia em pacientes de alto risco
* doença tromboembólica pulmonar crônica
* tromboflebite séptica de veias pélvicas

119
Q

Quais são as contraindicações absolutas para o uso de heparina profilática?

A

As contraindicações absolutas incluem:
* hemorragia aguda
* hemorragia intracraniana nas últimas 24h
* trombocitopenia induzida por heparina
* trauma grave em crânio, coluna ou extremidades
* anestesia epidural nas últimas 12h

120
Q

Qual a conduta na embolia pulmonar maciça?

A

A conduta inclui:
* administração de salina
* aminas para suporte da pressão (noradrenalina)
* dobutamina para estimular o ventrículo direito
* intubação orotraqueal e ventilação mecânica
* uso de trombolíticos

121
Q

Quais são as modalidades de tromboprofilaxia disponíveis na prática?

A

As modalidades incluem:
* heparina não fracionada
* heparina de baixo peso molecular
* fondaparinux
* compressão pneumática intermitente dos membros inferiores
* anticoagulantes orais de ação direta

122
Q

Qual escore é utilizado para avaliação do risco tromboembólico em pacientes clínicos?

A

O escore utilizado é o escore de Padua

123
Q

Quais fatores de risco são considerados no escore de Padua?

A

Os fatores de risco incluem:
* câncer
* história de TEV
* imobilidade
* trombofilia laboratorialmente confirmada
* trauma ou cirurgia recente
* idade ≥ 70 anos
* IAM ou AVC agudo
* infecção aguda
* doença reumatológica
* IMC ≥ 30
* terapia de reposição hormonal

124
Q

Qual é a duração da profilaxia com anticoagulantes em pacientes de alto risco após artroplastia total de quadril?

A

A profilaxia deve ser mantida por 35 dias

125
Q

Qual é a duração da profilaxia com anticoagulantes em pacientes de alto risco após artroplastia total de joelho?

A

A profilaxia deve ser mantida por 10–14 dias

126
Q

Qual é a principal vantagem da compressão pneumática intermitente dos membros inferiores?

A

A principal vantagem é a ausência relativa de efeitos colaterais

127
Q

Os pacientes com contraindicações ao uso de anticoagulantes devem utilizar qual método de profilaxia?

A

Devem utilizar compressão pneumática intermitente dos membros inferiores