Taquicardia supraventricular Flashcards

1
Q

Definição:

A
  • Taquicardia: 3 RR seguidas com 100 bpm
  • Sustentada: mais de 30 segundos ou com sintomas de instabilidade (hipotensão, dispneia, alteração do nível de consciência, dor torácica, 150 bpm)
  • Não sustentada: até 30 e sem sinais de instabilidade
  • Supraventricular: circuito de condução ou com foco origina-se pelo menos em parte do feixe de His para cima. Acima do feixe de HIS e Nó AV
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2
Q

Características da supraventricular:

A
  • FC > 100 bpm + QRS estreito
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Q

Tipos:

A
Taquicardia sinusal
Taquicardia atrial
     - Unifocal 
     - Multifocal
Flutter atrial
Fibrilação atrial
Taquicardia por reentrada nodal
Taquicardia por reentrada atrio-ventricular
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4
Q

Sintomas

A
  • Palpitações
  • Desconforto no peito
  • Dispneia
  • Pré-síncope
  • Tontura
  • Poliúria: liberação de BNP na tentativa de diminuir PA
  • Náusea
  • Síncope
  • Taquicardiomiopatia: aumento da espessura muscular e morte súbita por taquicardia com WPW → muito raros
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5
Q

Relação da FC e DC

A
  • DC: VS x FC
  • Com a redução do VS há uma queda do DC
  • FC aumenta até um certo ponto e depois o DC começa a cair pois não há mais compensação pela FC
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6
Q

Diagnóstico

A
  • ECG
  • ECG transtorácico
  • Holter de 24 ou 48 horas
  • Looper de 7-15 dias: paciente aperta botão quando sentir sintomas
  • Looper implantável: posição D2 subcutâneo
  • Laboratoriais: DM, hipotireoidismo
  • Teste ergométrico: vago fica ativado pós esforço
  • Estudo eletrofisiológico -> invasivo
  • pacientes com profissão de risco (piloto, pedreiro de elevadas alturas… – não podem ter episódios de síncope) tem que fazer uma investigação mais profunda
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7
Q

Tratamento geral

A

1º : Avaliação hemodinamica: dispneia, dor torácica, desmaio, diminuição da PA, diminuição do nível de consciência

Instável: Cardioversão
Estável:
- QRS estreito regular: manobra vagal -> adenosina
- QRS estreito irregular: FA, controlar FC
- QRS largo regular: amiodarona -> cardioversão
- QRS largo irregular -> desfibrilação
* Torsades: Magnésio

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8
Q

Taquicardia sinusal

A
  • Do nó sinusal
  • Presença de onda P
  • Bpm > 100 com ondas P positivas em D2, D3 e aVF
  • QRS estreito
  • É compensatória: paciente com sepse, anemia, hipotensão
  • Não deve buscar o controle pois é fisiológica
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9
Q

Taquicardia atrial

A
  • Origem do estímulo não é no Nó sinusal - onda P diferente da sinusal (pode ser negativa onde deveria ser positiva, etc)
  • Frequencia atrial > 100 bpm
  • FC pode ser igual ou menor que a frequencia atrial
  • QRS estreito
  • Unifocal: P positiva em V1, DII, DIII, aVF e negativa em D1 e aVL. Geralmente benigna
  • Multifocal: 3 ou > morfologias diferentes de onda P numa mesma derivação
  • Devido a: distúrbios eletrolíticos (hipocalemia, hipomagnesemia), álcool, cardioestimulantes, uso de digoxina, DPOC, pneumopatias
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10
Q

Tratamento taquicardia atrial unifocal

A
  • Estável -> faz diagnóstico/estuda ECG -> beta bloqueador, diltiazem, verapamil, flecainida, propafenona -> se não for efetivo pode usar amiodarona ou ibutilida ou sotalol -> ablação
    * Se não fizer o diagnóstico de taqui atrial unifocal -> adenosina
  • Instável -> adenosina -> se for inefetivo faz cardioversão
    * Não adianta adenosina e manobra vagal pois o foco atrial vai continuar ativando. Adenosina pode resolver um pouco qnd o mecanismo é de atividade deflagrada, mas o melhor em paciente instável é CVE
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11
Q

Tratamento taquicardia atrial multifocal

A

Tratamento: corrigir o distúrbio/doença base

  * Não adianta fazer manobra vagal
  * Não pode fazer adenosina!!!
  * Sulfato de magnésio e metoprolol: estabilizam a membrana. Usado pós tratar doença base se necessário
  * Ablação do nó AV → em pacientes MUITO refratário → antes tem que colocar marcapasso
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12
Q

Taquicardia por reentrada nodal

A
  • Dupla via pelo Nó
  • Via de condução rápida e via de condução lenta
  • Não tem onda P*
  • Pode ter pseudo S em D2, D3 e aVF
  • QRS estreito
  • RR regular
  • P retrógrada na taquicardia (P com entalhe), fora da taquicardia o P normal
  • Palpitação no pescoço
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13
Q

Tratamento taquicardia por reentrada nodal

A
  • Paciente chegou → manobra vagal e adenosina → se foi ineficiente verificar se instável ou estável
  • Estável: adenosina, manobra vagal -> betabloqueador, diltiazem, verapamil -> amildarona ou ibutilide-> se for ineficiente faz cardioversão -> ablação
  • Instável: fazer cardioversão (pode tentar adenosina e manobra vagal antes) -> ablação
  • Todos os pacientes – instável ou estável têm que encaminhar para ablação
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14
Q

Taquicardia por reentrada atrioventricular

A
  • Direção: Anterógrada – AV, Retrograda – VA (pode ter QRS largo)
  • Síndrome de WPW
  • QRS largo > 120 ms
  • Monomórfico, polimórfico, polimórfico por Torsades de Pointes, Fibrilação ventricular
  • Condução: Decremental: feixe de via acessoria que parece um pouco mais o nó AV, Não decremental: estimulo passa muito rápido sem ter retardo
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15
Q

Tratamento taquicardia por reentrada atrioventricular

A
  • manobra vagal, adenosina ou CVE qnd
  • indicado e depois indica a ablação (adenosina, manobra vagal e se estiver instável fazer cardioversão, se tiver estável faz tratamento com medicação. Todos os pacientes – instável ou estável têm que encaminhar para ablação)

Taquicardia que depende do nó AV → é que faz massagem e adenosina (TRN e TAV)

  • Com QRS estreito (tratamento igual ao da reentrada nodal)
  • Com QRS alargado – taquicardia supraventricular com aberrância (tratamento com ablação específico de Síndrome de WPW que é algo a ser realizado por especialista, já que é muito raro
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16
Q

Taquicardia por reentrada estável

A
  • Paciente chega com uma taquicardia supraventricular fazer o MOVER
    • MOVER (Monitorização cardíaca, Oxímetro de pulso/Oxigênio e Venóclise)

1ª conduta a ser feita: manobra vagal (indicação inicial do paciente após diagnóstico de taqui supra – descartar FA e flutter) → massagem do seio carotídeo
por 5 a 10 seg com ausculta, manobra de valsalva e manobra de valsalva modificada (expiração forçada, eleva os MMII)
* Ausculta do seio carotídeo -> risco de soltura de placa aterosclerótica -> busca sopro
* Se não retornar tenta nova manobra

2ª Se a manobra não deu certo fazer adenosina: 6mg+12mg+12mg=30mg

* fazer dose em bolus e depois em Flash de agua destilada após cada dose (fazer com que chegue com uma concentração maior no coração)
* Adenosina vai ajudar mesmo quando o paciente não sai da arritmia p/ diagnostico -> diferenciar taqui supra de flutter
     - se fez e nada mudou → fez adm errada 
     - se fez e terminou a taqui subitamente → TRN e TRAV 
     - persistiu e limpou o QRS → FA, Flutter, Taqui atrial 
     - diminuiu a frequência e voltou a acelerar → taqui sinusal
17
Q

Taquicardia por reentrada instável

A
  • indica-se fazer manobras e adenosina sempre, mesmo paciente instável, pois o efeito é transitório e isso reduz a morte → Se não obter resultados e tiver instável faz CVE
  • Sempre faz ECG pos alta
  • Se tiver WPW pós alta -> ablação. Não usar betabloqueador, digoxina, adenosina fora da crise, BBC. Usar antiarrítmico
  • Normal pós alta -> betabloqueador