SAÚDE DA MULHER/GESTANTES Flashcards
O diagnóstico precoce de gravidez é fundamental para o início do pré-natal, promovendo a saúde materno-fetal. Esse diagnóstico se baseia em dados clínicos (história e exame físico) e testes laboratoriais. Antes de utilizar as ferramentas de determinação de gravidez, tem-se alguns sinais e sintomas que fornecem auxílio a respeito do grau de probabilidade de tratar-se, realmente, de uma gestação, porém, esses são menos específicos, não podendo ser embasados para diagnóstico.
Sintomas de presunção
Náuseas e vômitos (no primeiro trimestre e, tipicamente, durante a manhã com alívio ao longo do dia).
Alterações mamárias (aumento do volume e aumento da sensibilidade nas mamas).
Alterações urinárias (polaciúria e nictúria).
Percepção de movimentos fetais pela paciente.
Mudanças no apetite (desejos alimentares, pica).
Fadiga, tontura, sialorreia, distensão abdominal e constipação, dispneia, congestão nasal, cãibras, lombalgia.
Sinais de presunção
Amenorreia (atraso menstrual de 10-14 dias).
Alterações mamárias (congestão e mastalgia, pigmentação das aréolas e surgimento dos tubérculos de Montgomery, aparecimento de colostro, rede venosa visível).
Alterações na vulva e na vagina (sinal de Chadwick – coloração violácea vaginal, cervical e vulvar).
Alterações no muco cervical (maior quantidade de muco e ausência de cristalização com padrão arboriforme).
Alterações cutâneas (estrias, hiperpigmentação da face – cloasma e linha nigra).
Sinais de probabilidade
SÃO MAIS SINAIS INTERNOS, EXCETO O AUMENTO DA BARRIGA DA PACIENTE
Alterações em forma e consistência do útero – sinal de Hegar (flexão do corpo sobre o colo uterino no toque bimanual) e sinal de Nobile-Budin (preenchimento do fundo de saco vaginal pelo útero percebido ao toque vaginal).
Consistência cervical amolecida.
Aumento do volume abdominal.
SINAIS DE CERTEZA DE GESTAÇÃO
Sinais de certeza
Ausculta de BCF (pela US transvaginal a partir da 6ª /7ª semana; pelo sonar Doppler a partir da 10ª semana de gestação; e pelo estetoscópio de Pinard a partir da 18ª/20ª semana).
Sinal de Puzos (rechaço fetal intrauterino).
Percepção de movimentos e partes fetais pelo examinador (a partir de 18/20 semanas).
SINAIS DE ALERTA NA GESTAÇÃO
Os principais sinais de alerta na gestação e as
respectivas condutas que devem ser tomadas são¹:
A ocorrência de sangramento vaginal deve ser considerada anormal em qualquer estágio da gravidez.
Nesses casos, a gestante deve ser encaminhada para
avaliação médica imediata.
Cefaleia, escotomas visuais, epigastralgia e edema excessivo são sintomas que podem sugerir pré-eclâmpsia, principalmente nNO FINAL DA GESTAÇÃO. Diante desses sintomas, o profissional deve avaliar imediatamente a pressão arterial e
encaminhar a gestante para avaliação médica.
A presença de febre pode indicar infecção. Para uma
investigação adequada, a gestante deverá ser avaliada (por
médico) no mesmo dia, devendo ser encaminhada à urgência,
caso necessário.
São sintomas indicativos de início do trabalho de parto
as contrações regulares e a perda de líquido. Portanto, a
gestante que apresentar esses sinais deve ser encaminhada
para avalição médica imediata e, em seguida, para a
maternidade de referência.
A diminuição de movimentação
fetal é um indício de sofrimento
fetal. Nesses casos, a gestante
deverá ser submetida à avaliação
médica no mesmo dia para que
sejam verificados os batimentos
cardíacos fetais, além de
receber orientação acerca do
devem considerar a possibilidade
de encaminhamento ao serviço
de referência.
A assistência às gestantes pressupõe o
acompanhamento por parte da Atenção Primária à Saúde
mesmo nos casos de alto risco, e em conjunto com o
atendimento dos serviços de referência/especializados
PARA ISSO É FUNDAMENTAL QUE SE TENHA UM SISTEMA DE REFERENCIA PARA O ENCAMINHAMENTO DA PACIENTE
FATORES PARA PRE NATAL DE BAIXO RISCO
Os fatores de riscos
indicativos de pré-natal de
risco podem estar relacionados
à gravidez atual ou à história
reprodutiva anterior.
FATORES RELACIONADO A GESTAÇÃO ATUAL
- Ganho ponderal inadequado;
- Infecção urinária;
- Anemia.
FATORES RELACIONADOS A GESTAÇÕES ANTERIORES
- Recém-nascido com restrição de crescimento, prétermo ou malformado;
- Macrossomia fetal;
- Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas;
- Intervalo interpartal menor do que 2 anos ou maior do que 5 anos;
- Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais
partos); - Cirurgia uterina anterior;
- Três ou mais cesarianas
FATORES PARA PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
RELACIONADOS A GESTAÇÕES ANTERIORES
Cardiopatias;
Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica não
controlada);
em casos de transplantados);
Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo);
Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia);
Doenças neurológicas (como epilepsia);
Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicose, depressão grave etc.);
Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses)
ALTERAÇÕES GENÉTICAS MATERNAS
Antecedentes de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;
Ginecopatias (malformação uterina, tumores anexiais e outras);
Portadoras de doenças infecciosas, como hepatites, TOXOPLASMOSE, SIFILIS TERCIARIA, INFECÇÃO PELO HIV,com malformação fetal) e outras ISTs (condiloma);
Hanseníase;
Tuberculose;
Anemia grave (hemoglobina < 8 g/dL);
Isoimunização Rh;
Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado.
RELACIONADOS A GESTAÇÃO ATUAL
Restrição do crescimento intrauterino;
Polidrâmnio ou oligodrâmnio;
Gemelaridade;
MALFORMAÇÃO FETAIS;
Evidência laboratorial de proteinúria;
Diabetes mellitus gestacional;
Desnutrição materna severa;
Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, devese encaminhar a gestante para avaliação nutricional);
Neoplasia intraepitelial cervical grau III;
Alta suspeita clínica de câncer de mama ou MAMOGRAFIA COM BI-RADIS III OU MAIS;
Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou
transitória);
Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com
pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência para avaliação);
Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso;
Portadoras de doenças infecciosas, como hepatites, INFECÇÕES PELO HIV,TOXOPLASMOSE, SIFILIS TERCIARIA (USG COM MALFORMAÇÃO CONGENITA), E OUTRAS ISTS( sexualmente transmissíveis, como condiloma), quando não há suporte na unidade básica;
INFECÇÕES COMO RUBÉOLA E CITOMEGALOVIRUS adquiridas na gestação atual;
Adolescentes com fatores de risco psicossocial.
FATORES DE MEDIO RISCO
- Tabagismo ativo ou passivo.
- Idade menor que 15 anos ou maior que 35 anos.
- Uso de medicamentos teratogênicos.
- Altura menor que 1,45 m
CRONOGRAMA DE CONSULTAS DE PRÉ NATAL
MÍNIMO 6 CONSULTAS
As consultas devem ser realizadas conforme este cronograma:
- até a 28ª semana – mensalmente;
- da 28ª até a 36ª semana
- quinzenalmente;
- da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.
Vacina dTpa – protege você e o bebê contra tétano, difteria e
coqueluche e deverá ser tomada entre a 27ª e a 36ª semana de
gestação.