Responsabilidade Civil do Estado. Flashcards

1
Q

Na Teoria do (…), consagrada a partir da Constituição de 1946, a atuação estatal que cause dano a um particular gera o dever da Administração Pública indenizar, independentemente se o dano foi causado pela falta do serviço ou pela culpa de determinado agente público, ou seja, basta que o dano decorra da atuação Estado, ainda que o Estado atue de forma legítima.

A

Risco Administrativo
OBS: Em tese, a CF adotou a Teoria do Risco Administrativo para a atuação estatal e a culpa administrativa para a omissão.

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2
Q

A responsabilidade é (…), quando se tratar de ação, e (…), quando se tratar de omissão, devendo, neste caso, ser comprovada a culpa anônima.

A

OBJETIVA/SUBJETIVA
EX: . A poda de árvores é um caso comum quando cai uma árvore causando danos a um carro entende-se que houve uma omissão específica por parte do Estado em não podar a árvore gerando o dever de indenizar.

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3
Q

A (…) representou o primeiro estágio da transição entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a responsabilidade objetiva. Por ela o dever do Estado indenizar o dano causado ao particular somente existe caso seja comprovada a existência de falta do serviço, sendo adotada assim quando se trata da responsabilidade civil do Estado por omissão.

A

Teoria da Culpa Administrativa
OBS: O Estado tinha o dever de agir e falhou. Falhou porque não prestou o serviço ou não prestou
adequadamente, ou ainda porque prestou o serviço a destempo. No Brasil a teoria da Culpa Administrativa
foi adotada a partir da Constituição de 1824.

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4
Q

A grande característica da Teoria do Risco Administrativo, é que, além de hipótese de responsabilidade objetiva, admite (…).

A

EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE
OBS: Se ficar provado que houve culpa
exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior ou culpa exclusiva de terceiro, afasta-se a responsabilidade,
pois interrompe-se /exclui-se o nexo causal em razão de uma dessas excludentes.

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5
Q

Em regra, o Estado não tem responsabilidade civil por atos
praticados por presos foragido, EXCETO

A

Quando demonstrado nexo causal direto.

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6
Q

As pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração direta ou indireta, respondem (…) por seus atos. Igualmente as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço
público.

A

OBJETIVAMENTE
OBS: Não importa se o indivíduo lesado é usuário ou não do serviço.

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7
Q

A responsabilidade do agente público causador do dano sempre será (…)

A

SUBJETIVA
OBS: O Estado tem direito de regresso contra o agente causador do dano.
OBS2: o agente somente será responsabilizado se restar comprovado que este agiu com dolo ou culpa (responsabilidade subjetiva na modalidade culpa comum). O ônus da prova será do Estado:

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8
Q

A Teoria (…) consiste em um aumento da responsabilidade civil, uma vez que não há a adoção de excludentes de responsabilidade como culpa exclusiva de terceiro, força maior, caso fortuito, etc. Nela o Estado será sempre responsável quando houver um evento lesivo. A existência de excludentes de responsabilidade não possuem o condão de afastar o dever de indenizar. O nexo causal é
aglutinante/diferenciado, é a realização do risco antevisto no resultado.

A

do Risco Integral
OBS1: No Brasil esta teoria só é aplicada mediante indicação expressa por exemplo caso de danos por
atividades nucleares (artigo 21, XXIII, “c” e “d” CF/88).
OBS2: O STJ entende que no caso de danos ambientais será adotada a teoria do risco integral, ainda que o
poluidor seja o estado, por força do princípio do poluidor-pagador.

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9
Q

Não estão abrangidas pela responsabilidade objetiva (…), estas respondem pelos danos que seus agentes causarem à terceiros, da mesma forma que as demais pessoas privadas, ou seja, subjetivamente.

A

As empresas públicas e as sociedades de economia mistas exploradoras de atividade econômica

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10
Q

A tese da dupla garantia, entendende que em razão do disposto no art. 37,
§ 6º, da CF/88, a ação por danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa
jurídica de direito privado prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima para a ação (…)

A

O autor do ato, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
OBS: Dupla garantia pois há a proteção do particular prejudicado pela responsabilidade objetiva do Estado, e
também a proteção do servidor, que somente pode ser responsabilizado em regresso pelo Estado, mediante
demonstração de culpa ou dolo.

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11
Q

São requisitos para a demonstração da responsabilidade estatal:

A
  • Ação ou omissão do Estado;
  • Dano material ou moral;
  • Nexo causal entre a conduta do Estado e o prejuízo experimentado.
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12
Q

São excludentes da responsabilidade civil do Estado:

A
  • Força maior;
  • Caso fortuito;
  • Ato de terceiros;
  • Culpa exclusiva da vítima.
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13
Q

Caso fique demonstrada a (…) da administração e do particular, na hipótese de culpa exclusiva da vítima, a indenização será proporcionalmente reduzida, sendo o ônus da prova
da administração pública.

A

Culpa Concorrente

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14
Q

No caso de responsabilidade do Estado por omissão, é adotada a teoria (…)
devendo demonstrar que o Estado tinha o dever de agir, mas foi negligente, imprudente ou imperito, e,
portanto, deve ser responsabilizado.

A

da culpa administrativa.
OBS: Deverá ser responsabilizado em razão de:
* Não ter prestado o serviço que deveria ter prestado;
* Não prestou de forma adequada;
* Não prestou de forma tempestiva.

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15
Q

No caso de morte por suicídio no estabelecimento prisional, a
responsabilidade do Estado, em regra, é objetiva, EXCETO

A

Nos casos em que o Estado conseguir provar que a morte do detento não
podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre o resultado morte e a omissão estatal.

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16
Q

O Estado responde (…) pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa

A

Objetivamente
OBS: Estado (responsabilidade objetiva) e tabeliães/registradores (responsabilidade subjetiva).

17
Q

O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos vencimentos dos servidores públicos, previsto no inciso X do art. 37 da CF/1988, não gera direito subjetivo a indenização. Contudo, deve o Poder Executivo

A

Pronunciar-se de forma fundamentada acerca das razões pelas quais não propôs a revisão.

18
Q

O ato, doloso ou culposo, estranho à prestação do serviço de transporte, causado por terceiro, não guarda nexo de causalidade com o serviço prestado e, por isso, exonera

A

A responsabilidade objetiva do transportador, caracterizando fortuito externo.

19
Q

É possível a responsabilização de advogado público pela emissão de parecer de natureza opinativa, desde que reste configurada

A

A existência de culpa ou erro grosseiro.

20
Q

Para que fique caracterizada a responsabilidade civil do Estado por danos decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário que exista a violação de um dever jurídico específico de agir, que ocorrerá quando

A

For concedida a licença para funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de conhecimento do poder público eventuais irregularidades praticadas pelo particular.

21
Q

O cancelamento de provas de concurso público em virtude de indícios de fraude gera a responsabilidade direta da entidade privada organizadora do certame de restituir aos candidatos as despesas com taxa de inscrição e deslocamento para cidades diversas daquelas em que mantenham domicílio. Ao Estado, cabe somente a

A

Responsabilidade Subsidiária, no caso de a instituição organizadora do certame se tornar

22
Q

O Estado, em regra, não responde por danos ocasionados por preso evadido, salvo se configurado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada. Aplica-se a teoria

A

Da causalidade direta e imediata.

23
Q

Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando

A

Não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada.

24
Q

No caso de suposto erro médico cometido pela rede de saúde do Estado, a responsabilidade estatal é (…), fundada na teoria da “falta do serviço”, sendo IMPRESCIDÍVEL a comprovação da conduta imprudente, negligente ou imperita do profissional.

A

SUBJETIVA

25
Q

A ação regressiva é dispensável no caso de (…). Nessa hipótese, a responsabilidade será apurada por meio de processo administrativo, com ampla defesa e contraditório.

A

A reparação do dano poder ser instrumentalizada na via administrativa
(CESPE)

26
Q

No tocante às atividades perigosas, não é possível, por meio de lei específica, ampliar a responsabilidade civil do Estado para adotar a teoria

A

Do risco integral.

27
Q

É imprescindível para o reconhecimento da responsabilidade civil do Estado em decorrência da fixação de preços no setor sucroalcooleiro

A

A comprovação de efetivo prejuízo econômico, mediante perícia técnica em cada caso concreto.

28
Q

A culpa (…) advém da má escolha daquele em quem se confia à prática de um ato ou o adimplemento da obrigação, como p. ex.: admitir ou manter a seu serviço empregado não habilitado legalmente ou sem aptidões requeridas.

A

En Eligendo

29
Q

A culpa (…) é aquela que decorre da falta de atenção com o procedimento de outrem, cujo ato ilícito o responsável deve pagar, como p. ex.: a ausência de fiscalização do patrão, quer relativamente aos seus empregados, quer à coisa.

A

In Vigilando

30
Q

No caso de o ente público não ter se comprometido, formal e previamente, por meio de determinado planejamento específico

A

Não se verifica o dever do Estado de indenizar eventuais prejuízos financeiros do setor privado decorrentes da alteração de política econômico-tributária

31
Q

De acordo co o STJ a prescrição contra a Fazenda Pública é (…), mesmo em ações indenizatórias, uma vez que é regida pelo Decreto 20.910/32, norma especial que prevalece sobre lei geral.

A

DE 5 ANOS

32
Q

O ente federativo responsável pelo órgão público, é que possui (…), ou seja, pode figurar no polo passivo de uma ação indenizatória movida por particulares. Portanto, qualquer demanda que envolva a reparação de danos causados por ação de um agente público, deve ser direcionada ao ente federativo..

A

Capacidade Processual
OBS: Oórgão não pode demandar ou ser demandado.

33
Q

A (…) é intervenção autoexecutória na qual o Estado utiliza-se de bens imóveis, móveis e de serviços particulares no caso de iminente perigo público.

A

Requisição administrativa
EX: Artigo 5º, XXV, da CF: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

34
Q

A (…) é a determinação geral, pela qual o Poder Público impõe a proprietários indeterminados obrigações de fazer ou de não fazer, com o fim de garantir que a propriedade atenda a sua função social.

A

Limitação Administrativa

35
Q

A (…) é a utilidade transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou atividades públicas ou de interesse público.

A

OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
EX: DL 3365/41, art. 36. É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização. O expropriante prestará caução, quando exigida.

36
Q

No caso de vítima atingida por projétil de arma de fogo durante uma operação policial, é dever do Estado, em decorrência de sua responsabilidade civil objetiva

A

Provar a exclusão do nexo causal entre o ato e o dano, pois ele é presumido (Nexo causal presumido)

37
Q

A responsabilidade por dano causado por servidor que seja vinculado à Assembleia Legislativa dos Estado, órgão público sem personalidade jurídica própria, deve ser ajuizada ao

A

Ente federativo do qual as Assembléias Legislativas Pertencem.

38
Q

Se a absolvição ocorreu por ausência de provas, a administração não está vinculada à decisão proferida na esfera penal, porquanto a conduta pode ser considerada infração administrativa disciplinar, conforme a interativa jurisprudência desta Corte, no sentido de que, a sentença absolutória na esfera criminal somente repercute na esfera administrativa quando

A

Reconhecida a inexistência material do fato ou a negativa de sua autoria no âmbito criminal

39
Q

Em matéria de responsabilidade civil para ressarcimento ao erário e responsabilidade administrativa disciplinar, de acordo com a atual jurisprudência das Cortes Superiores e a legislação em vigor, pode-se afirmar que o servidor poderá ser processado (…)

A

Civil e Administrativamente.