RCIU Flashcards

1
Q

Definição e conceitos gerais:

A
  • Feto não cresce todo seu potencial devido algum processo patológico
  • PIG x RCF (difícil diferenciar)
    1) Peso estimado < p10
    2) Circ. abdominal < p10
    3) Dopplervelocimetria fetal alterada
  • Eleva morbidade em 5x e mortalidade em 8x perinatal
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2
Q

Crescimento fetal:

A

4-16s: hiperplasia (5g/dia)
16-32s: hiperplasia + hipertrofia
> 32s: hipertrofia (30-35g/dia) - mais perceptível RCIU nesse momento

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3
Q

Etiologias:

A
  • Fetais:
    1) Malformação fetal: Edward, Patau, Turner
    2) Infecções congênitas
    3) Gestação múltipla
  • Maternas:
    1) Hipertensão arterial (principal causa)
    2) Uso de drogas, tabagismo e etilismo
    3) Doenças autoimunes (lúpus e SAAF)
    4) Anemia, cardiopatias, pneumopatias
    5) Estresse materno
  • Placentária:
    1) Insuf. placentária (Principal - causa pode ser materna)
    2) Inserção baixa de placenta
    3) Placenta circunvalada
    4) Corangioma
    5) Inserção velamentosa do cordão
    6) Artéria umbilical única
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4
Q

Fisiopatologia - Insuficiência placentária:

A
  • Condição gera um estresse
  • Deficiência de O2 e nutrientes (hipóxia crônica)
  • 1ª resposta adaptativa: diminui taxa de cresc. fetal
  • 2ª resposta adaptativa:
    1) Conversão de energia fetal:
  • Diminui movimentação fetal e a reatividade cardíaca
    2) Redistribuição circulatória (centralização):
  • Diminui resistência da artéria cerebral média
  • Aumenta resistência da artéria umbilical e aórtica
  • Descompensação progressiva
    1) Hipóxia -> ac. resp. -> ac. metabólica
    2) Fluxo diastólico ausente ou reverso da art. umbilical
    3) Diminuição do L.A -> oligoâmnio
    4) Ausência de movimentação fetal, reatividade e FCF
    5) Desacelerações tardia persistentes
  • Óbito fetal
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4
Q

Classificação da RCF - Temporalidade:

A
  • Precoce: < 32s; mais grave e raro
  • Alteração da artéria umbilical e ducto venoso
  • Tardia: ≥ 32s; menos grave e mais comum
  • Alteração da ACM e relação cérebro/placentária (C/P)
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5
Q

Classificação da RCF - Tipos:

A
  • Tipo I
    1) 20% dos casos
    2) Causas presentes desde o início da gestação
    3) Crescimento proporcional
    4) Etiologias: malformações fetais; alterações cromossômicas; infecção congênita; SEM HIPÓXIA FETAL
  • Tipo II
    1) 75% dos casos
    2) Agressão ocorre mais tardiamente na gravidez
    3) Desproporção entre polo cefálico e o restante do corpo
    4) Etiologias: insuficiência placentária; hipertensão arterial; doenças autoimunes; PODE LEVAR À HIPÓXIA
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6
Q

Classificação da RCF - Tipos:

A
  • Tipo III
    1) 5-10% dos casos
    2) Agressão na fase de hiperplasia e hipertrofia
    3) Pode ser proporcional ou desproporcional
    4) Etiologias: Desnutrição materna, uso de drogas, tabagismo, etilismo (pode levar à hipóxia)
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7
Q

Predição de RCIU - fatores de risco:

A
  • Idade materna avançada
  • Gestante c/ baixo peso
  • Gestante que vive em altas altitudes
  • Anemia severa, hemoglobinopatias
  • Fatores ambientais: poluição do ar, metais pesados
  • HAC/DRC
  • LES/SAFF
  • Doença inflamatória intestinal
  • Diabetes PRÉ-GESTACIONAL
  • Gestação anterior: RCF e pré-eclâmpsia
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8
Q

Predição de RCIU - fatores biofísicos e bioquímicos:

A
  • Bioquímicos
    1) PAPP-A e PIGF baixos
    2) AFP alta
  • Marcadores biofísicos (USG): indicam também P.E
    1) A. uterinas c/ IP > 95
    2) Incisura protodiastólica das a. uterinas
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9
Q

Prevenção do RCIU:

A
  • Presença dos fatores clínicos e obstétricos:
    1) USG seriada a partir de 24-28 semanas
    2) Suspensão: tabagismo, etilismo e drogas ilícitas
    3) Controle do ganho ADEQUADO de peso da gestação
    4) Indicado: aspirina 100-150 mg < 16s até o parto
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10
Q

Diagnóstico da RCIU:

A
  • Gestante de baixo risco:
    1) Pré-natal de rotina: AU < p10
    2) USG: avaliar o peso fetal
  • Gestante de alto risco:
    1) USG seriado a partir de 24-28s: avaliar o peso fetal
  • Peso fetal estimado (PFE) < p10: PIG ou RCIU?
    1) Dopplervelocimetria obstétrica
    2) Avaliação do L.A
    3) USG seriado
  • PFE entre p3-p10; doppler e LA normais: PIG
  • PFE < 3 OU doppler alterado OU oligoâmnio: RCF
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11
Q

Avaliação da AU:

A
  • Colocar no gráfico
  • Regra prática:
    1) Até 20 semanas: 1 cm p/ cada semana
    2) Após 20 semanas: 20 cm ± 3
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12
Q

Estimativa do peso fetal:

A
  • Parâmetros biométricos:
    1) Circunferência cefálica e diâmetro biparietal (melhor parâmetro para estimar IG)
    2) Circunferência abdominal
  • Parâmetro mais fidedigno p/ estimar o PESO FETAL
    3) Medida do fêmur)
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13
Q

Conduta - investigação de etiologias:

A
  • Infecções/alt. genéticas (s/ hipóxia - amniocentese p/ cariótipo ou PCR p/ agentes infeciosos)
  • Insuficiência placentária (hipóxia)
  • Como investigar:
    1) História clínica e obstétrica
    2) Avaliação da USG detalhada da morfologia fetal
    3) Avaliação da Dopplervelocimetria obstétrica
    4) Investigar infecções congênitas: toxo, CMV, rubéola, herpes, sífilis, malária, zika vírus
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14
Q

Conduta - Aspectos gerais:

A
  • NÃO HÁ tratamento que resolva insuf. placentária
  • O que resolve: parto - aumenta O2 e nutrientes
  • Baseia-se nos achados da investigação
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15
Q

Conduta - Insuficiência Placentária:

A
  • P/ esses: Doppler, PBF e CTG 1-2x semana, induzir parto
  • PIG constitucional
    1) Parto entre 37-39 semanas
  • PFE < p3 c/ ILA e Doppler normal
    1) Parto entre 36-38 semanas
  • IP artéria umbilical, uterina > p95; IP ACM < p5; relação cérebro placentária < p5 ou oligoâmnio
    1) Parto entre 34-37 semanas
    2) Considerar cesárea
16
Q

Conduta - Insuficiência Placentária (alt. diástole):

A
  • P/ esses: Doppler 1-2 dias; PBF e CTG 1-2x/dia e cesárea
  • Diástole ausente da artéria umbilical:
    1) Parto entre 32-34 semanas
  • Diástole reversa da artéria umbilical
    1) Parto entre 30-32 semanas
17
Q

Conduta - Insuficiência Placentária:

A
  • Ducto venoso alterado; PBF 6/10
    1) Parto entre 26-30 semanas - cesárea
    2) Doppler diário
    3) PBF e CTG 1-2x ao dia
  • PBF < 4/10; CTG alterada; risco de vida materno
    1) Resolução da gestação INDEPENDENTE da IG
18
Q

Prognóstico:

A
  • Maior risco de morte perinatal
  • Prematuridade
  • Desconforto respiratório
  • Atraso no desenvolvimento
  • Vida adulta: obesidade, DM, doenças renais e cardiovasc.
19
Q

Estágios de Gratacós - Estágio I:

A
  • Estágio I: insuf. placentária leve
    1) Peso fetal < p3
    2) AU IP > p95
    3) AUt IP > p95
    4) ACM IP < p5
    5) Relação cérebro-placentária (RCP) < p5
  • Monitorização: semanal
  • IG e via de parto: ≥ 37 semanas e indução do parto
20
Q

Estágios de Gratacós - Estágio II, III e IV:

A
  • Estágio II: insuf. placentária severa
    1) AU diástole ausente
    2) Istmo Aórtico diástole reversa
  • Monitorização: 2x por semana
  • IG e via de parto: ≥ 34 semanas e cesárea
  • Estágio III: baixa suspeita de acidose metabólica
    1) AU diástole reversa
    2) Ducto Venoso (DV) IP > p95
  • Monitorização: 24-48h
  • IG e via de parto: ≥ 30s e cesárea
  • Estágio IV: alta suspeita de acidose metabólica
    1) DV reverso
    2) Desaceleração da FCF
    3) CTG computadorizada c/ STV (Short Term Variation) < 3ms
  • Monitorização: 12-24h
  • IG e via de parto: ≥ 26s e cesárea