Puerpério Patológico Flashcards

1
Q

Quais as principais complicações que ocorre durante o puerpério?

A

Tromboembolismos, infecções puerperais, alterações mamárias, hemorragia pós-parto e transtornos psiquiátricos do pós-parto.

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2
Q

Qual a principal causa de mortalidade materna?

A

Hemorragia puerperal.

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3
Q

Qual a definição de hemorragia pós-parto (HPP)?

A

É a perda excessiva de sangue capaz de provocar sintomas na puérpera e/ou que resulte em sinais de hipovolemia.

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4
Q

Qual a classificação da hemorragia pós-parto?

A

Primária/Precoce: até 24h após o parto. É a mais comum, tendo como principal causa a atonia/hipotonia uterina.
Secundária/Tardia: entre 24h e 6-12 semanas após o parto. 1% dos partos, ocorrendo por retenção de restos placentários.

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5
Q

Como é feito o diagnóstico de hemorragia pós-parto?

A

Clinicamente, sendo que a repercussão das alterações hemodinâmicas reflete a real gravidade do quadro clínico.

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6
Q

j

A

j

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7
Q

Quais as principais causas de hemorragia pós-parto?

A

A hemostasia uterina é realizada por 3 fatores: contrações uterinas, produção de prostaglandinas e da cascata de coagulação (menor grau). Portanto, qualquer circunstância que atue nesses fatores pode promover a hemorragia, como Atonia ou Hipotonia Uterina, Laceração de trajeto, Retenção placentária e Coagulopatia. Outras causas incluem rotura uterina e inversão uterina.

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8
Q

Quais os fatores predisponentes para HPP?

A

Multiparidade, Placentação anômala, TP prolongado, TP de evolução muito rápida, Anestesia geral (com halogenados), Episiotomia, Cesárea prévia e atual, Corioamnionite, …

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9
Q

Como pode ser feita a profilaxia de HPP?

A

A OMS recomenda conduta ativa, com administração de ocitocina intramuscular logo após a expulsão do feto, durante o 3° período do parto (dequitação/secundamento). Também pode ser feita EV.

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10
Q

Quais as complicações da HPP?

A

Choque hipovolêmico, CID, anemia, insuficiência renal, hepática e respiratória.

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11
Q

Quando ocorre a hipotonia/atonia uterina e qual sua relevância clínica?

A

Ocorre quando há perda na eficiência das contrações miometriais. Constitui a principal causa de HPP e choque hipovolêmico após a dequitação. É uma das principais indicações para histerectomia pós-parto.

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12
Q

Quais os fatores de risco para hipotonia/atonia uterina?

A

Hipoperfusão miometrial (hipotensão), Menor contração miometrial (leiomiomas uterinos e multiparidade), Sobredistensão uterina (gemelaridade, Polidrâmnio e Macrossomia), Anestesia geral (halogenados), TP prolongado, TP com evolução muito rápida, Atonia prévia e Corioamnionite.

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13
Q

Como é feito o diagnóstico de hipotonia/atonia uterina?

A

O principal fator clínico é a perda de sangue via vaginal, não necessariamente sendo volumoso, podendo ser moderado e contínuo. O exame físico demonstra subinvolução uterina (acima da cicatriz umbilical, flácido e depressível).

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14
Q

Quais as condutas em caso de hipotonia/atonia uterina?

A

Massagem manual leve e contínua, uso de uterotônicos (ocitocina ou misoprostol), reposição volêmica, procurar outras causas de sangramento (revisar canal de parto, restos placentários ou coagulopatia), manobra de Hamilton e, caso nenhuma anterior dê certo, histerectomia subtotal.

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15
Q

Como a sobredistensão uterina pode causar HPP e/ou hipotonia/atonia uterina?

A

A involução uterina pode ser prolongada em casos de sobredistensão, favorecendo a perda sanguínea. O toque revela útero aumentado e discretamente amolecido. O tto é com uterotônicos (ocitocina). Caso evolua para hipotonia, seguir as medidas citadas anteriormente.

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16
Q

Quando deve-se suspeitar de lacerações do trajeto (canal de parto)?

A

Quando houver persistência de sangramento com útero contraído.

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17
Q

Quais as principais causas de laceração do canal de parto e onde são mais comuns?

A

Episiotomia extensa, Feto macrossômico, Manobra de Kristeller inadequada e Parto pélvico operatório (fórcipe).
As lacerações são mais comuns no períneo, vagina e colo uterino.

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18
Q

Qual o tto de laceração do canal de parto?

A

Análise sistemática das estruturas do canal de parto, hemostasia e correção das lacerações. Explorar a cicatriz uterina e utilizar manobras para controle do estado hemodinâmico (SVD, acesso venoso central, …).

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19
Q

Por que a retenção de restos placentários promove HPP?

A

Pois a placenta ou os restos placentários dificultam a contração miometrial, tornando impossível a involução uterina normal e a reconstituição do endométrio. Isso promove a perda sanguínea contínua, sendo ora escassa, ora abundante.

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20
Q

O que resulta na retenção de restos placentários?

A

Retenção de cotilédones avulsos, lobo sucenturiado ou acretismo placentário.

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21
Q

Quais os achados clínicos e de exame físico na retenção de restos placentários?

A

Graus variados de hemorragia, útero aumentado de tamanho para o período puerperal e canal cervical dilatado.

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22
Q

Como é feito o diagnóstico de retenção de restos placentários?

A

Clínico, sendo confirmado pela ultrassonografia. Deve-se enviar o material para histopatologia para descartar doença trofoblástica gestacional. Pode-se fazer dosagem de beta-hCG para essa finalidade também.

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23
Q

Como é feita a prevenção e tratamento da retenção de restos placentários?

A

A prevenção é feita através da revisão sistemática da placenta imediatamente após a dequitação.
O tratamento baseia-se na infusão de ocitócitos associada a remoção dos restos placentários (manobra de Credé, curagem ou curetagem uterina) após anestesia.

24
Q

hematomas

A

.

25
Q

hematomas

A

.

26
Q

hematomas

A

.

27
Q

O que é a inversão uterina?

A

É o invaginamento do fundo do útero em forma de dedo de luva que pode alcançar a vagina (inversão parcial) ou exteriorizar-se por ela (inversão total - atravessou a vulva).

28
Q

Quais os fatores predisponentes à inversão uterina?

A

Multiparidade, Cordão umbilical excessivamente espesso e Placenta fortemente aderida ao útero.

29
Q

Quais as principais causas de inversão uterina?

A

Má assistência ao secundamento (tração excessiva do cordão umbilical ligado à placenta aderida ao útero), Hipotonia uterina, Aumento da pressão abdominal (esforços para expelir a placenta) e Adelgaçamento patológico da parede uterina.

30
Q

Qual o QC da inversão uterina?

A

Dor aguda e hemorragia precoce que leva rapidamente ao choque (este é neurogênico), que pode não guardar relação com a perda sanguínea.
O primeiro sinal da inversão uterina é o fundo uterino deprimido.

31
Q

Qual o tto para inversão uterina?

A

Instituição de 2 acessos venosos distintos (1 para solução salina e outro para hemotransfusão) e correção manual imediata da inversão uterina (manobra de Taxe - efetiva em 90% dos casos).

32
Q

Qual a definição de Infecção puerperal ou Morbidade febril puerperal? Qual sua incidência?

A

É a presença de febre (acima de 38°C) com duração superior a 48h dentro dos primeiros 10 dias após o parto (excluindo-se as primeiras 24h após o parto).
Incidência de 1-8%, sendo responsável por 15% das mortes maternas.

33
Q

Quando o aumento da temperatura corporal pode ser considerado fisiológico?

A

Quando tiver início antes das primeiras 24h após o parto e durar menos que 48h.

34
Q

A presença de febre é certeza da presença de uma infecção? E a ausência e certeza de não infecção?

A

Não, pois a febre não é parâmetro único para infecção puerperal, mas sim um sinal objetivo. Existe um pico febril fisiológico que pode ocorrer após o parto, não necessariamente significando a presença de infecção.

35
Q

Quais as causas de infecção puerperal?

A

A principal é a infecção no trato genital inferior pela própria microflora vaginal (a endometrite é a principal causa do início de infecção no útero e outros anexos).

36
Q

Quais os fatores de risco para a infecção puerperal?

A

Cesárea, RPMO, TP prolongado, múltiplos toques vaginais, retenção de restos placentários, desnutrição materna e trauma cirúrgico e baixa imunidade.

37
Q

Por que a cesárea é o principal fator de risco?

A

Pois é um procedimento invasivo, em que há exposição do sítio cirúrgico com a microflora da pele da paciente e do médico, aumentando o risco já proporcionado pela microflora vaginal.

38
Q

Como pode ser feita a profilaxia de infecção puerperal?

A

Assistência obstétrica adequada: correção de fatores de risco, toque vaginal parcimonioso, antissepsia rigorosa, correção de distocias e discenesias e sutura das lacerações do trajeto de parto.

39
Q

Qual o QC de endometrite ou endomiometrite?

A

Tríade de Bumm: útero sensível/doloroso, amolecido e subinvoluído + febre (> 38°C), lóquios piossanguinolentos fétidos, OCE pérvio, dor abdominal, toque doloroso.

40
Q

Qual o tto de endometrite?

A

Como a infecção geralmente é polimicrobiana (a clamídia é a bactéria associada à endometrite puerperal tardia), usa-se Clindamicina (900mg EV 8/8) e Gentamicina (1,5mg/kg EV 8/8) até a paciente se tornar afebril por 72h e assintomática.

41
Q

O que é a apojadura?

A

É a grande e súbita afluência de leite que ocorre entre o 1° e 3° dia após o parto (geralmente no 3°).

42
Q

O que é o ingurgitamento mamário?

A

É a estase láctea repentina em puérperas previamente com bom estado geral que ocorre no 3°-4° dia após o parto, estando relacionado com a apojadura.

43
Q

Qual o QC do ingurgitamento mamário?

A

Congestão vascular (acúmulo de leite e fluidos), dor, calor, rubor e hipertermia sistêmica.

44
Q

Quais as causas do ingurgitamento mamário?

A

Pega mamilar inadequada, sucção ineficiente, dificuldade na ejeção láctea, produção excessiva de leite e obstrução do ducto mamário.

45
Q

Quais fatores estão envolvidos na gênese do ingurgitamento mamário?

A

Aumento na vascularização da mama e congestão vascular mamária, acúmulo de leite nas mamas e edema secundário à obstrução da drenagem linfática causada pela estase do leite.

46
Q

Qual o tto para ingurgitamento mamário?

A

Manutenção do aleitamento, apoio físico e psicológico à puérpera, erguer as mamas com sutiã adequado, aumentar a frequência das mamadas e ordenhar o excesso de leite.

47
Q

O que são e por que ocorrem as fissuras mamárias?

A

São erosões na região mamilar que resultam, principalmente, da pega inadequada por má técnica ou por ingurgitamento mamário.

48
Q

Quais as possíveis consequências das fissuras mamárias e como é feita a profilaxia dessas fissuras?

A

A principal consequência é a mastite (solução de continuidade da pele facilita a entrada de microrganismos).
A profilaxia se dá pela correção da técnica, exposição das mamas ao sol e lubrificar o mamilo com o leite antes e depois da mamada. Evitar o uso de pomadas e cremes.

49
Q

O AM deve ser suspendido pela presença de fissuras?

A

Não, devendo-se realizar a ordenha frequente para evitar ingurgitamento mamário.

50
Q

O que é a mastite puerperal e quais os fatores predisponentes?

A

É a infecção, aguda ou crônica, que pode acometer todos os tecidos mamários (principal causa -> S. aureus). Os fatores predisponentes são: primiparidade, fissuras mamárias, ingurgitamento mamário, traumas diretos sobre a mama e mastite prévia.

51
Q

Qual o QC da mastite puerperal?

A

Estase láctea, sinais flogísticos (dor, calor, rubor) associados a febre alta (39-40°C), calafrios e turgência mamária extensa.

52
Q

Quais as medidas profiláticas de mastite?

A

Higienização adequada, prevenir fissuras e ingurgitamento.

53
Q

Como é feito o tto de mastite?

A

Analgésicos, antitérmicos suspensão adequada das mamas (sutiãs), ordenha e antibioticoterapia (cefalosporina, ampicilina, eritromicina). A mama afetada deve ser totalmente esvaziada após o AM.

54
Q

O AM deve ser interrompido por mastite?

A

Não, o AM deve continuar em ambas as mamas, com início preferencialmente pela mama não afetada.

55
Q

O que é o abcesso mamário? Qual seu tto?

A

É a presença de coleção purulenta no parênquima mamário. A antibioticoterapia deve ser instituída imediatamente e deve-se realizar drenagem cirúrgica.

56
Q

O AM deve ser interrompido pelo abcesso mamário?

A

Depende da localização do abcesso: caso ele ou a ferida cirúrgica se encontrem muito próximos à aréola, ele deve ser evitado