Pneumologia P2 Flashcards

1
Q

Como é a estrutura do vírus influenza?

A
  • Vírus encapsulado
  • Material genético de RNA
  • Matriz proteica que envolve o RNA
  • Envelope externo lipídico com glicoproteínas de superfície com hemaglutinina e neuraminidase
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2
Q

Quais são os tipos de influenza?

A

A, B e C

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3
Q

O que é a mutação “antigenic drift”?

A
  • São mutações de pontos do genoma, com alterações das glicoproteínas de superfície
  • Determina uma nova variante viral
  • É a responsável pelos surtos ou epidemias
  • Ocorre no influenza A e B
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4
Q

O que é a mutação “antigenic shift”?

A
  • É uma grande variação, com substituição de grande parte do genoma
  • Ocorre a cada 10 ou 40 anos
  • Determina o surgimento de um novo vírus
  • Responsável pelas pandemais
  • Ocorre somente com o influenza A
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5
Q

Qual é a fisiopatogenia do vírus influenza?

A
  • Tem sazonalidade (inverno e início da primavera)
  • Transmissão inter-humana por secreções respiratórias
  • Período de transmissão: um dia antes até sete dias depois do início dos sintomas (criança pode ser maior)
  • Período de incubação: um a quatro dias
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6
Q

Qual o quadro clínico da gripe?

A
  • Quadro febril agudo com repercussão sistêmica
  • Febre: sintoma mais importante, pode ser alta e com calafrios
  • Sintomas sistêmicos: adinamia, mialgia, cefaléia e artralgia
  • Sintomas respiratórios (vias aéreas superiores ou inferiores): surgem posteriormente
  • Evolução benigna e autolimitada na maioria dos casos
  • Duração habitual: 2 a 5 dias
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7
Q

Qual o principal marcador de gravidade em um caso de gripe?

A

Dispneia!!

FR > 25

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8
Q

Quem são as pessoas com fatores de risco para má evolução em casos de gripe?

A
  • Portadores de doença crônica cardiovascular ou respiratória
  • Diabéticos, nefropatas, imunodeprimidos e portadores de doenças hematológicas
  • Residentes em asilos e creches
  • Idade acima de 60 anos
  • Idade abaixo de 2 anos
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9
Q

Quais são as complicações da gripe?

A
  • Infecções bacterianas secundárias: sinusite, otite e pneumonia
  • Pneumonia pelo Influenza
  • Descompensação de doenças crônicas
  • Outras: encefalite, Guillain-Barré, mielite transversa e pericardite
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10
Q

Como é o tratamento da gripe?

A
  • Sintomáticos: analgésicos e antitérmicos. Evitar AAS em crianças (Síndr. de Reye)
  • Drogas antivirais
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11
Q

Quais são as drogas antivirais com ação contra o influenza A?

A

Amantadina, rimantadina, zanamivir e olsetamivir

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12
Q

Quais são as drogas antivirais com ação contra o influenza B?

A

zanamivir e olsetamivir

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13
Q

Quem deve receber os antivirais?

A
  • Pacientes com fatores de risco

- Pacientes com sinais de gravidade

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14
Q

Quais são as indicações para vacinação contra a gripe?

A
  • Idade > 60 anos
  • Residentes em asilos ou creches
  • Moradores de rua
  • Portadores de doença crônica
  • Crianças que fazem uso de salicilato
  • Imunodeprimidos
  • Profissionais de saúde
  • Co-habitantes de pessoas de alto risco
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15
Q

Quais são as contraindicações para vacinação contra a gripe?

A
  • Doença neurológica em evolução
  • Alergia verdadeira ao ovo
  • Alergia ao timerosal
  • Infecção febril aguda
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16
Q

Quais são so efeitos colaterais da vacina da gripe?

A
  • Mais frequentes: dor e hiperemia local
  • Febre baixa, mialgia e cefaléia podem ocorrer nas primeiras 24 horas
  • A vacina não provoca gripe
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17
Q

Como é a estrutura do SARS-CoV-2?

A
  • É um betacoronavírus
  • Material genético de RNA
  • Vírus envelopado
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18
Q

Como é a transmissão do SARS-CoV-2?

A
  • Inter-humana
  • Via respiratória por gotículas
  • Indireta por contato com superfícies contaminadas
  • Período de incubação: até 14 dias (média de 4 dias)
  • Período de transmissão: fase sintomática da doença
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19
Q

Quais são os achados laboratoriais da COVID-19?

A
  • Linfopenia (83%)
  • Trombocitopenia (36%)
  • Leucopenia (33%)
  • Elevação de proteína C reativa
  • Elevação de transaminases (menos comum)
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20
Q

Quais são os marcadores de gravidade da COVID-19?

A
  • Idade
  • Queixa de dispneia
  • Presença de comorbidades
  • Alteração de sinais vitais
  • Hipoxemia
  • Alterações radiológicas
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21
Q

Quais são as indicações para tratamento hospitalar em casos de COVID-19?

A
  • Pacientes com dispneia relatada (?)
  • Alteração de sinais vitais
  • SpO2 < 95%
  • Descompensação de doença de base
  • Radiografia com envolvimento multilobar
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22
Q

Quais são os critérios para indicação de internação na UTI?

A

Critérios maiores:

  • IRpA com necessidade de VM
  • Choque com necessidade de drogas vasoativas

Critérios menores:

  • Confusão/desorientação
  • FR > ou igual a 30 irpm
  • Hipotensão
  • Hipotermia ( < 36º)
  • PaO2/FiO2 < ou igual a 250
  • Envolvimento multilobar
  • Leucócitos < 4000 cels
  • Plaquetas < 100.000
  • Uremia (BUN > 20 mg/dl)
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23
Q

Quais sãos as infecções de vias aéreas superiores?

A
  • Resfriado comum
  • Rinossinusites
  • Faringoamigdalites
  • Otites
  • Laringites
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24
Q

Quais são os principais agentes do resfriado comum?

A

Rinovírus, coronavírus e infuenza

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25
Q

Qual o quadro clínico do resfriado comum?

A
  • Rinorréia
  • Obstrução e prurido nasal
  • Espirros
  • Dor de garganta
  • Mal estar, conjuntivite
  • Febre é incomum em adultos, em crianças pode ocorrer febre baixa
  • Duração: 3 a 7 dias
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26
Q

Qual a diferença entre o resfriado e a gripe?

A

Resfriado:

  • Rinovírus, Adenovírus, Parainfluenza e Influenza
  • Febre baixa ou ausente
  • Sem repercussão sistêmica
  • Sintomas de VAS

Gripe:

  • Influenza
  • Febre > 38º
  • Repercussão sistêmica
  • Sintomas de VAS e VAI
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27
Q

Como é a classificação das rinossinusites?

A

Duração dos sintomas:

  • Aguda: até 4 semanas
  • Subaguda: 4 a 12 semanas
  • Crônica: > 12 semanas
  • Recorrente: 4 ou mais episódios/ano
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28
Q

Quais são os fatores de risco para rinossinusites?

A
  • Resfriado comum, Gripe (IVAS virais)
  • Alterações anatômicas da VAS
  • Alterações do transporte mucociliar
  • Deficiências imunológicas
  • Corpo estranho
  • Infecções dentárias
  • Rinite alérgica
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29
Q

Quais os principais agentes etiológicos das rinossinusites?

A

Agudas:

  • Virais: rinovírus,influenza e parainfluenza (maioria da sinusites agudas)
  • Bacterianas: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis

Crônicas:
- Polimicrobiana: anaeróbios, S aureus, Gram negativos (Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, Enterobacter spp, e Escherichia coli)

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30
Q

Qual é o quadro clínico das rinossinusites?

A
  • Obstrução nasal
  • Rinorréia purulenta anterior/posterior
  • Dor/pressão facial
  • Cefaléia
  • Redução/perda do olfato
  • Tosse
  • Halitose, dor de garganta, mal estar e febre
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31
Q

Quais são os sinais maiores das rinossinusites?

A
  • Rinorréia purulenta anterior/posterior
  • Obstrução nasal
  • Dor à pressão facial
  • Congestão facial
  • Hiposmia ou anosmia
  • Febre
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32
Q

Quais são os sinais menores das rinossinusites?

A
Cefaleia
Tosse
Fagida
Dor dentária
Dor em ouvido, à pressão
Halitose
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33
Q

Quais as complicações das rinossinusites?

A
  • Orbitárias: celulite, abscesso subperiosteal, abscesso orbitário e trombose seio cavernoso
  • Intracraniana: Meningite, abscesso e cerebrite
  • Óssea: ostomielite
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34
Q

Quais os sinais de alerta que indicam uma complicação de uma rinossinusite?

A
  • Ausência de resposta ao tratamento;
  • Edema e/ou eritema palpebral;
  • Alterações visuais;
  • Cefaléia intensa
  • Toxemia;
  • Sinais meníngeos.
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35
Q

Qual é o tratamento das rinossinusites?

A

Pacientes sem uso de antibióticos nas últimas 6 semanas:

  • Amoxicilina
  • Amoxicilina/clavulanato
  • Macrolídeos
  • Cefaclor, cefuroxima

Uso de antibiticos nas últimas 6 semanas:

  • Amoxicilina/clavulanato
  • Quinolona respiratória
  • Cefaclor, cefuroxima e cefpodoxima

Por 10 a 14 dias

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36
Q

Qual é o tratamento das rinossinusites na forma crônica?

A
  • Clindamicina
  • Amoxicilina/clavulanato
  • Metronidazol + cefalosporina de 2ª geração (cafaclor ou cefuroxima)
  • Moxifloxacino

Por 3 a 6 semanas

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37
Q

O que é a bronquite aguda?

A

Inflamação auto-limitada dos brônquios que ocorre frequentemente após uma infecção das vias aéreas superiores.

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38
Q

Quais os principais agentes da bronquite aguda?

A

Vírus (90% dos casos): Influenza A e B, Parainfluenza, Coronavírus, Rinovírus e Sincicial respiratório.

Bacterias: Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia penumoniae e Bordetella pertussis

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39
Q

Qual o quadro clínico da bronquite aguda?

A
  • Tosse é o principal sintoma
  • Duração acima de 5 dias e até 3 semanas
  • Tosse seca ou produtiva (mucóide ou purulenta)
  • Sibilos podem estar presentes
  • Presença de febre é incomum (outro diagnóstico)
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40
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da bronquite aguda?

A
Bronquite crônica (DPOC)
Asma
Síndrome da gota pós-nasal (resfriado, rinite alérgica, rinossinusite)
DRGE
Pneumonia
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41
Q

Qual é o tratamento da bronquite aguda?

A
  • Sintomáticos
  • Anti-tussígenos se a tosse estiver muito intensa
  • Broncodilatadores e corticoides em casos mais graves
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42
Q

Quando usar antimicrobianos em caso de bronquite aguda?

A
  • Suspeita de coqueluche (macrolídeos)
  • Portadores de comorbidades graves
  • Pacientes com mais de 65 anos com quadro agudo de tosse e 2 ou mais dos critérios abaixo ou maiores de 80 anos com 1 ou mais das seguintes condições:
    ▫ Admissão hospitalar no ano anterior
    ▫ Diabetes tipo 1 ou 2
    ▫ História de insuficiência cardíaca congestiva
    ▫ Uso atual de corticóide oral
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43
Q

O que é o derrame pleural?

A

Acúmulo anormal de líquido ou ar no espaço pleural

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44
Q

Quais são as causas de derrame pleural?

A
  • Aumento da permeabilidade da pleura (acontece principalmente em processos inflamatórios)
  • Aumento da pressão capilar pulmonar (acontece mto na IC)
  • Redução da pressão negativa intrapleural (pode acontecer em uma dispneia intensa)
  • Redução da pressão oncótica (acontece baixa de proteínas como na desnutrição, insuf. hepática, etc)
  • Obstrução do fluxo linfático (não há drenagem)
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45
Q

Quais são os sinais e sintomas de derrame pleural?

A

Sinais:

  • Inspeção: abaulamentos e retrações
  • Palpação: redução de expansibilidade
  • Percussão: macicez
  • Ausculta: redução do MRV

Sintomas:

  • Relacionados à doença de base
  • Dor torácica
  • Dispneia: volumosos ou rápida formação
  • Tosse: seca
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46
Q

Quais são os exames complementares que podem auxilar na confirmação do diagnóstico ou no diagnóstico diferencial de derrame pleural?

A
  • Raio-x de tórax
  • TC de tórax (auxilia no diagnóstico diferencial)
  • Ultrassonografia (auxilia no diagnóstico e na quantificação do volume)
  • Toracocentese (tem como objetivo a diferenciação em transudato e exsudato)
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47
Q

Qual a diferença entre transudato e exsudato?

A
  • Transudato é quando tem um transbordamento de líquido para dentro do espaço pleural, é um líquido pobre em proteínas e rico em água.
  • Exsudato é quando o líquido é inflamatório, ele secretou para dentro do espaço pleural e ele é rico em proteínas e células inflamatórias
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48
Q

O que é hemotórax, empiema e quilotórax?

A
  • Hemotórax é derrame pleural com sangue
  • Empiema: derrame pleural com aspecto de pus
  • Quilotórax: derrame pleural com líquido acizentado (por obstrução linfática)
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49
Q

Quando deve se feita a toracocentese?

A
  • Esclarecimento diagnóstico
  • Associado à esvaziamento ou drenagem para alívio da dispneia
  • Causa clínica definida como transudato
    • Diagnóstico diferencial
    • Alívio da dispneia
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50
Q

O que solicitar no líquido da toracocentese?

A

Exames básicos:
- Citologia, citometria, pesquisa de células neoplásicas, aspecto do líquido
Cultura para bactérias, gram, BAAR, fungos
Bioquímica: pH, glicose, colesterol, albumina, proteína, LDH

Exames direcionados à possível causa
- ADA, Amilase, triglicérides, marcadores neoplásicos, marcadores de doenças imunológicas

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51
Q

Quais são os critérios de Light?

A

Para ser transudato:

  • Relação entre proteína do líquido pleural e sérica menor ou igual a 0,5
  • Relação entre DHL do líquido pleural e sérica menor ou igual a 0,6
  • DHL no líquido pleural >2/3 do limite superior no soro: não

Para ser exsudato:

  • Relação entre proteína do líquido pleural e sérica > 0,5
  • Relação entre DHL do líquido pleural e sérica > 0,6
  • DHL no líquido pleural >2/3 do limite superior no soro: sim
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52
Q

Quais são as principais causas de transudato?

A
  • Insuficiência cardíaca congestiva
  • Embolia pulmonar
  • Hipoalbuminemia/
  • Desnutrição
  • Diálise peritoneal
  • Cirrose hepática
  • Síndrome nefrótica
  • Glomerulonefrite
  • Neoplasias
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53
Q

Quais são as principais causas de exsudatos?

A
  • Infecciosa
  • Neoplasias
  • Colagenoses
  • Hemotórax
  • Quilotórax
  • Pancreatite
  • Abcesso hepático . . .
54
Q

Qual é o tratamento to derrameu pleural?

A

Depende da doença de base

55
Q

Quando drenar o derrame pleural?

A

Quando for:

  • Pneumotórax
  • Hemotórax
  • Quilotórax
  • Empiema
  • Derrame pleural extenso, recidivante e com sintomas
56
Q

O que é um derrame pleural parapneumônico?

A

É um derrame pleural após uma pneumonia

57
Q

Quais são as caracteríticas de um derrame parapneumônico não complicado?

A
  • Exsudato
  • Em geral de pequeno volume
  • Presença de neutrófilos
  • Se puncionado a cultura e o gram será negativo
  • A conduta pode ser expectante
58
Q

Quais são as caracteríticas de um derrame parapneumônico complicado?

A
  • Exsudato
  • Invasão de bactéria no espaço pleural
  • Presença de neutrófilos, glicose baixa, pH acido, LDH e proteínas altos
  • Odor fétido, gram com presença de bactérias
  • Se for por anaeróbios, a cultura pode ser negativa
59
Q

Quais são as caracteríticas de um empiema pleural?

A
  • Mesmas características do complicado
  • Presença de pus no espaço pleural
  • Presença de fibrina e formação de lojas
  • Pode acompanhar dor torácica, febre e sintomas da pneumonia
  • Comunitária: Streptococus e anaeróbios
  • Hospitalar: Gram negativos e Stafilococus
  • É mais grave. Geralmente há uma evolução do não complicado para o complicado e depois para o empiema
60
Q

O que é a decorticação pleural e quando ela pode ser feita?

A

É a retirada da pleura doente através de cirurgia aberta ou laparoscópica. É feita quando a drenagem não é suficiente para esvaziar o espaço pleural.

61
Q

O que a pleurostomia?

A

É a realização cirúrgica de um buraco na parede do tórax para drenar essa secreção da pleura e isso fica aberto por meses. Após a drenagem o buraco é fechado

62
Q

O que é o pneumotórax?

A

Presença de ar no espaço pleural.

63
Q

Quais são os sintomas de pneumotórax?

A

Dispneia geralmente súbita
Tosse
Dor pleurítica
Agitação

64
Q

Como é o exame físico no pneumotórax?

A
  • Inspeção: redução da expansibilidade do lado do pneumotórax
  • Palpação: FTV abolido
  • Ausculta: MRV abolido
  • Percussão: timpanismo importante
65
Q

Como é a radiografia de tórax do pneumotórax?

A
  • Ausência de trama
  • Linha entre o pulmão e o espaço pleural
  • Desvio de mediastino para o lado contrário da lesão (se for um caso mais grave)
66
Q

Como é classificação do pneumotórax?

A

Quanto ao tamanho:

  • Pequeno: <2cm medido no hilo
  • Grande: > 2cm medido no hilo

OBS: 1cm = 49% do volume do tórax

Quanto ao tipo:

  • Espontâneo Primário (quando não há nenhuma causa conhecida)
  • Espontâneo Secundário (quando a pessoa tem uma doença que forma bolhas no pulmão, como por ex um DPOC)
  • Traumático (acidentes)
  • Iatrogênico (promovido por um profissional da saúde)

Quanto à pressão:
- Hipertensivo (há aumento da pressão) x Não-hipertensivo

67
Q

Quais são as caracteríticas do pneumotórax espontâneo primário?

A
  • Sem um evento precipitante
  • Menos que 40 anos
  • Masc. 5 a 8:1 fem.
  • 50% são de grande tamanho
  • Indivíduos longilíneos
  • Pode haver uma doença pulmonar não diagnosticada

Fatores de risco:

  • Tabagismo
  • História familiar
  • Síndrome de Marfan
  • Presença de bolhas congênitas
68
Q

O que fazer com um pneumotórax espontâneo primário?

A

Primeiro episódio:

  • Pequeno com o paciente estável:
    • Observação
    • Se houver aumento: drenagem ou aspiração
  • Grande com o paciente estável ou instável:
    • Dreno fino ou intermediário
    • Válvula de Heimlich
    • Aspiração

Segundo episódio, situações de risco e fístula:

  • Cirurgia: bulectomia + pleurodese (pleurectomia ou abrasão)
  • Pleurodese com talco em suspensão
69
Q

Quais são as caracteríticas do pneumotórax espontâneo secundário?

A

Doenças de vias aéreas:
- DPOC, bronquiectasia, fibrose cística e mal asmático;

Doenças infecciosas pulmonares:
- Tuberculose, pneumonia por Pneumocystis carinii , pneumonia por estafilococo, pneumonia necrotizante e abscesso pulmonar;

Doença pulmonar intersticial:
- Sarcoidose, fibrose pulmonar idiopática, histiocitose X, linfangioleiomiomatose e esclerose tuberosa;

70
Q

O que fazer com um pneumotórax espontâneo secundário?

A

Pequeno com paciente estável:

  • Observação internado
  • Drenagem

Grandes com paciente estável:

  • Drenagem com dreno fino e aspiração
  • Drenos mais calibrosos em casos de fístula ou ventilação mecânica

Grandes com paciente instável:
- Dreno e aspiração

Fístula persistente por mais de 4 dias:

  • Pleurodese com talco
  • Cirurgia e pleurodese
    • Toracoscopia
    • Toracotomia axilar
71
Q

Quais são as caracteríticas do pneumotórax traumático?

A

Geralmente causado por:

  • Arma de fogo e arma branca
  • Trauma fechado
  • Contusão pulmonar
  • Ruptura alveolar
72
Q

O que fazer com um pneumotórax traumático?

A
  • Drenagem com drenos calibrosos

- Oclusão da cavidade pleural e o ambiente externo

73
Q

Quais são as caracteríticas do pneumotórax iatrogênico?

A

Geralmente causado por:

  • Acesso venoso
  • Broncoscopia
  • Mediastinoscopia
  • Toracoscopia
  • Biópsias
74
Q

O que fazer com um pneumotórax iatrogênico?

A

Drenagem com drenos calibrosos

75
Q

Qual é a clínica do pneumotórax hipertensivo?

A
  • Taquicardia
  • Pulso paradoxal
  • Agitação psicomotora
  • Dor torácica
  • Hipotensão
  • Cianose
  • Dispneia
  • Desvio traqueal
  • Hipersonoridade à percussão
  • Ausência de murmúrio
76
Q

Qual é o tratamento de um pneumotórax hipertensivo?

A
  • Primeiro tem que transformar esse pneumotórax fechado em aberto pegando uma agulha e perfurar o tórax do paciente na altura do 3º espaço intercostal na região anterior
  • Drenagem imediata
77
Q

Qual é o fator emboligênico principal no TEP?

A

Trombos de TVP nos membros inferiores

78
Q

Qual é a tríade de Virchow?

A

São fatores de risco para ter TEP

  • Lesão endotelial
  • Estase venosa
  • Hipercoagulabilidade (ou trombofilia)
79
Q

Qual é o tipo de insuficiência respiratória por trombo?

A
  • Eu vou ter áreas ventiladas, mas não perfundidas. Então aumenta as áreas de espaço morto. Há um aumento da relação V/Q
80
Q

Quais são os fatores de alto risco para TEP?

A
  • Fratura de quadril
  • Fratura de perna
  • Prótese de quadril
  • Prótese de joelho
  • Cirurgia geral gde porte
  • Trauma de grande porte
  • Lesão medular
81
Q

Quais são os fatores de médio risco para TEP?

A
  • Artroscopia de joelho
  • Cateter venoso central
  • Quimioterapia
  • I cardíaca crônica
  • I respiratória crônica
  • Reposição hormonal
  • Anticoncepcional oral
  • Neoplasia
  • Sequela de AVC
  • TEP ou TVP prévios
  • Puerpério
  • Trombofilias
82
Q

Quais são os fatores de alto risco para TEP?

A
  • Restrição ao leito >3 d
  • Imobilidade sentado (ex. viagens)
  • Idade avançada
  • Cirurgia laparoscópica
  • Obesidade
  • Gravidez
  • Veias varicosas
83
Q

Quais são os fatores de risco hereditários?

A
  • Fator V Leiden
  • Deficiência de proteína C
  • Anticardiolipina
  • Deficiência de proteína S
  • Deficiência de anti-trombina
84
Q

Quando pensar em fator hereditário?

A
  • TEV (tromboembolismo venoso) antes da sexta década (< 50 anos)
  • História de TEV sem causa aparente ou recorrente
  • Evento trombótico em sítio incomum (membro superior, etc.)
  • História familiar de TEV, principalmente em jovens
85
Q

Quais são os sintomas de TEP?

A

Vai depender do tamanho do trombo e da área afetada

  • Dispneia súbita
  • Infarto pulmonar - hemoptise, dor pleural, dispneia
  • Cor pulmonale agudo com dispneia, hipotensão, estase jugular, hepatomegalia aguda e edema de MMII
  • Morte súbita
86
Q

Qual é a classificação do nível de gravidade do TEP?

A

Maciço ou alto risco = instável:
- Se a PAS < 90 mmHg por mais de 15 min com queda de mais de 40 mmHg da PA basal
OU
- Se tiver necessidade de drogas vasoativas para manter a PA elevada

Submaciço = estável
- Indicativos de sobrecarga direita em exames

Sem sobrecarga de VD

87
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais de TEP?

A

Pulmonares:

  • Pneumonia
  • Exacerbação de DPOC
  • Pneumotórax
  • Derrame pleural
  • Vasculites
  • Colagenoses

Cardiovasculares:

  • S. coronarianas agudas
  • Edema agudo de pulmão
  • Pericardite
  • Taquiaaritmias
  • Dissecção da aorta

Sepse
- SIRS

88
Q

Quais são os exames auxiliares no diagnóstico de TEP?

A
  • Rx de tórax
  • Eletrocardiograma
  • Ecocardiograma
  • Gasometria
  • BNP, pró-BNP e troponina (são indicadores de IC e quando presentes indicam pior prognóstico)
  • D-dímero (ELISA)
89
Q

Como é o Rx de tórax no TEP?

A
  • Pode ser normal, isso não exclui o diagnóstico

Pode ter:

  • Oligoemia (ausência de trama vascular) - Sinal de Westermark
  • Imagem de consolidação - Sinal de Hampton
  • Atelectasia, derrame pleural
  • Aumento da artéria pulmonar
90
Q

Como é o eletrocardiograma no TEP?

A
  • S1Q3T3 (onda S negativa em D1, e onda Q e T invertida em D3) <10% e indica pior prognóstico
  • Fibrilação atrial
  • Bradi e taquicardias
  • Bloqueio de ramo direito
  • Alterações de ST
  • Inversões de T em II, III, aVF
91
Q

Como é o ecoocardiograma no TEP?

A

Sinais de hipertensão arterial pulmonar:

  • Medida da pressão
  • Aumento de AD, VD e Artéria Pulmonar
  • Insuficiência tricúspide
  • Forame oval aberto

Quantificação da gravidade pela pressão

Trombo intracavitário ou em artéria pulmonar

92
Q

Como é a gasometria no TEP?

A
  • Hipoxemia -> aumenta mortalidade
  • Alcalose respiratória/ acidose respiratória
  • P(Alveolar - arterial)O2 alargada

*20% - gasometria arterial normal

93
Q

Como o D-dímero ajuda no diagnóstico de TEP?

A

Ele é principalmente excluitivo, se ele der positivo não indica TEP. Tem mais valor se der negativo

  • Alto valor preditivo (-): excluir TEP
  • Baixo valor preditivo (+): não confirma TEP
94
Q

Quais são os exames que buscam o diagnóstico definitivo de TEP?

A
  • USG com Doppler de membros inferiores
  • Angiotomografia de tórax
  • Cintilografia pulmonar de ventilação/perfusão
  • Arteriografia pulmonar (seria o padrão ouro, mas tem alto risco de efeitos adversos)
95
Q

Como é a angiotomografia de tórax no TEP?

A
  • Falhas de enchimento vascular confirmam a TEP
  • Falso negativo é raro
  • Diagnóstico diferencial
  • Se inconclusivo – realizar cintilografia
  • Contra indicado em Insf. Renal e alergia a contraste iodado
  • Índice VE/VD>0,5
96
Q

Como é o escore de Wells?

A

Soma pontos dos itens abaixo:

  • Hemoptise - 1
  • História prévia de TEP/TVP - 1,5
  • Imobilização (maior ou igual a 3 dias) ou cirurgia nas últimas 4 semanas - 1,5
  • Neoplasia ativa - 1
  • FC > 100 BPM - 1,5
  • Sinais clínicos de TVP (empastamento, dor à palpação) - 3
  • Não há outro diagnóstico mais provável do que TEP - 3

Probabilidade:

  • Baixa: < 2 pts
  • Moderada: 2 - 6 pts
  • Alta: > 6 pts
97
Q

Quais são os critérios de exclusão para TEP?

A
  • Idade < 50 anos
  • Sem hemoptise
  • Sem história prévia de TVP/TEP
  • Sem trauma/cirurgia com hospitalização nas últimas 4 semanas
  • Sem uso estrogênio
  • FC < 100 bpm
  • Sat ≥ 95%
  • Ausência de edema unilateral de perna
98
Q

Como deve ser a conduta de exames baseado no escore de Wells?

A

Baixa probabilidade:

  • Verificar se há critérios de exclusão, se sim a embolia é excluída.
  • Se não, faz D-dímero
  • Se D-dímero positivo faz angioTC
  • Se for inconclusiva faz cintilografia
  • Se inconclusiva faz outros exames auxiliares

Moderada probabilidade:
- Já começa no D-dímero

Alta probabilidade:
- Ja começa na agioTC

99
Q

Quais são as medidas gerais para tratamento de TEP?

A
  • Oxigenoterapia – SatO2 ≥ 90%
  • Suporte ventilatório
  • Acesso venoso
  • Ressuscitação volêmica
  • Drogas vasoativas
  • Deambulação precoce
100
Q

Como é o tratamento de TEP no paciente estável?

A

Se o paciente tem baixa probabilidade de TEP:

  • Exames < 24 horas - aguardar exames
  • Exames > 24 horas - anticoagulação até realização de exames

Se o paciente tem média probabilidade de TEP:

  • Exames < 4 horas - aguardar exames
  • Exames > 4 horas - anticoagulação até realização de exames

Se o paciente tem alta probabilidade clínica de TEP:
- Começamos a anticoagulação imediatamente, antes mesmo dos exames diagnósticos

101
Q

Como avaliar o risco de sangramento nos pacientes com TEP?

A

Baixo risco = 0 fatores
Moderado risco = 1 fator
Alto risco = 2 ou mais fatores

> (65) 75 anos
Sangramento prévio
Câncer
Metástase
Insuf renal
Insuf hepática
AVC
Trombocitopenia
Diabetes
Anemia
Terapia antiplaquetária
Distúrbio de coagulação
Alcoolismo
Quedas frequentes
Cirurgia recente
Baixo status funcional
102
Q

Quais são os anticoagulantes que podem ser usados na anticoagulação inicial (0 a 10 dias)?

A
  • Heparina de baixo peso molecular
  • Heparina não fracionada
  • Fondaparinux
  • Anticoagulantes orais inibidores Xa e inibidores diretos da trombina
103
Q

Quais são os anticoagulantes que podem ser usados na anticoagulação a longo prazo?

A
  • Warfarina
  • Anticoagulantes orais inibidores Xa: Rivaroxabana, Apixabana, Edoxabana
  • Inibidores diretos da trombina: Dabigatrana
  • Heparina de baixo peso molecular
  • Fondaparinux
104
Q

Por quanto tempo manter a anticoagulação?

A

Anticoagulação a longo prazo – por 3 a 6 meses:

  • TEP de fatores de risco removíveis
  • TEP de causa não determinada primeiro evento

Anticoagulação definitiva:
- Presença de fatores de risco não removíveis
- TEP de causa não determinada segundo evento
- TEP/TVP de repetição
Trombofilias

105
Q

Quais são os critérios para tratamento domicilar da TEP sem internação?

A
  • Baixo risco de óbito - sPESI
  • Sem uso de oxigênio
  • Bom controle da dor
  • Bons sinais vitais e nível de consciência
  • Baixo risco de sangramento
  • Sem comorbidades importantes
  • Ausência de TVP e TEP associados
106
Q

Quando usar a heparina não fracionada?

A
  • Uso preferencial em pacientes obesos
  • Pacientes instáveis em UTI
  • Pacientes com necessidade de procedimentos invasivos
  • Pacientes com risco elevado de sangramentos
  • Pacientes com insuficiência renal
107
Q

Quando usar o filtro de veia cava?

A
  • Contraindicações ou complicaçoes na anticoagulação
  • Recidivas de TEP com anticoagulação adequada
  • TEP maciça
  • Embolectomia
  • TVP proximal com alto risco de TEP
108
Q

Como é o tratamento do paciente instável?

A

Usamos tromboembolíticos:

  • Alteplase – tPA – ativador de plasminogênio: 100mg em duas horas
  • Estreptoquinase – ativador de plasmina: 250.000UI em 30min – 100.000UI/h em 24h
  • Uroquinase – ativador de plasmina: 4.400UI/kg em 10min – 4.400UI/kg/h em 12h
109
Q

Como é feita a administração de trombolíticos?

A
  • Acesso venoso periférico
  • Evitar procedimentos invasivos
  • Infusão contínua
  • Interromper heparina duratne a infusão
110
Q

Quais são as contraindicações ao uso dos trombolíticos?

A
  • Neoplasias intracranianas
  • Cirurgias ou traumas intracranianos ou espinhais recentes
  • AVEH, sangramentos ativos
  • AVEi nos últimos 3 meses
111
Q

O que é bronquiectasia?

A

É uma doença respiratória crônica das vias aéreas inferiores caracterizada anatomicamente pela dilatação e distorção irreversível dos brônquios, resultante da destruição dos componentes elásticos e musculares da sua parede

112
Q

Quais são os dois elementos fundamentais da fisiopatogenia da bronquiectasia?

A
  • Agressão infecciosa

- Deficiência na depuração (eliminação) das secreções brônquicas

113
Q

Qual é a fisiopatogenia da bronquiectasia?

A

Há um evento inicial ou uma deficiência na eliminação de secreção -> Lesão do sistema mucociliar -> acúmulo de muco e bactérias -> seleção de bactérias virulentas -> processo inflamatório crônico -> redução da depuração brônquica -> infecções recorrentes -> bronquiectasias.

114
Q

Quais são as possíveis etiologias para a bronquiectasia?

A

Congênita:

  • Deficiências de elementos da parede brônquica
  • Sequestro pulmonar (pulmão anômalo que não funciona adequadamente e se infecta com muita facilidade)

Obstrução brônquica:
- Corpo estranho, neoplasia, adenopatia hilar, impactação mucóide, DPOC ou asma

Pneumonite inflamatória:
- Aspiração de conteúdo gástrico ou substâncias cáusticas, inalação de gases tóxicos

Resposta imunológica exacerbada:
- Aspergilose broncopulmonar alérgica, artrite reumatóide, Sjogren

Deficiência imunológica:
- Hipogamaglobulinemia, deficiência de IGA, SIDA

Deficiência muco-ciliar:
- Discinesia ciliar primária, fibrose cística, discinesia ciliar secundária (asma, tóxica, bactérias)

Pós infecciosa

Outras:

  • Síndrome sinusobronquial
  • Idiopática
115
Q

Como é a a apresentação clínica da bronquiectasia?

A
  • Evolução crônica
  • Tosse produtiva persistente
  • Episódios de exacerbação com necessidade de antibioticoterapia (“pneumonias”)
  • Dispneia (estágio mais avançado)
116
Q

Quais podem ser os achados clínicos de uma bronquiectasia estável?

A

No exame físico:

  • Creptações – 75% dos casos
  • Sibilos – 22% dos casos
  • Baqueteamento digital – 02% dos casos
117
Q

O que é a bronquiectasia seca?

A
  • É um bronquiectasia em ápice, com tosse seca e hemoptise.

- É sequela da tuberculose pulmonar

118
Q

O que acontece na exacerbação da bronquiectasia?

A
  • Intensificação aguda dos sintomas
  • Piora da tosse, volume e purulência do escarro
  • Surgimento ou piora da dispneia
  • Sibilos, hemoptise
  • Adinamia e Febre
119
Q

Quais são os principais agente etiológicos das exacerbações da bronquiectasia?

A
Doença em fase inicial:
- Streptococcus pneumoniae
- Haemophilus influenzae
Doença avançada:
- Pseudomonas aeruginosa
- Staphylococcus aureus
120
Q

Como é feito o diagnóstico da bronquiectasia?

A

Exames de imagem:
- Confirmação do diagnóstico (tem baixa sensibilidade e especificidade para o diganóstico)

Exames auxiliares:

  • Investigação etiológica
  • Determinar gravidade
121
Q

Quais são as alterações que aparecem no raio-x de tórax na bronquiectasia?

A
  • Pode ser normal na fase inicial da doença
  • Imagens paralelas ou “linhas de trem” – por espessamento das paredes brônquicas
  • Imagens anelares
  • Atelectasias laminares
  • Hiperinsulflação dos segmentos adjacentes
122
Q

Quai é o exame de escolha para diagnóstico de bronquiectasia?

A
  • TC de tórax
123
Q

Quais são os achados na TC de tórax na bronquiectasia?

A
  • Diâmetro do brônquio maior 1,5 vezes o vaso adjacente (anel de sinete)
  • Imagens lineares e anelares
  • Espessamento das paredes brônquicas
  • Perda da redução do calibre dos brônquios na periferia.
  • Hipertransparência: “air trapping”
124
Q

Quais são os exames auxiliares para a pesquisa de bronquiectasia?

A
  • Dosagens de imunoglobulinas
  • Sódio e cloro no suor
  • Biópsia de epitélio respiratório
  • Espermograma
  • Pesquisa de BAAR no escarro
  • Avaliação nutricional e função pulmonar
  • Broncoscopia
125
Q

Como é o exame de função pulmonar na bronquiectasia?

A
  • Fases iniciais: distúrbio obstrutivo (VEF1 reduzido e VEF1/CVF reduzido)
  • Fases avançadas: distúrbio restritivo (CVF reduzido com VEF1/CVF normal)
126
Q

O que é a fisioterapia respiratória?

A
  • Técnicas para aumentar o clearance das vias aéreas é recomendada para todos pacientes
  • Benefícios:
  • Melhora da qualidade de vida
  • Redução das exacerbações
127
Q

Para que serve a reabilitação na bronquiectasia?

A
  • Programa de exercícios aeróbicos. É recomendado para todos os pacientes com redução da capacidade de exercício
  • Benefícios:
  • Aumento da tolerância ao exercício
  • Melhora da qualidade de vida e sintomas
128
Q

Como é feita a prevenção de exacerbações?

A
  • Imunização contra influenza e pneumococo
  • Uso prolongado de antibiótico
  • Tratamento adequado das exacerbações
129
Q

Como deve ser feito o uso prolongado do antibiótico na bronquiectasia?

A
  • Indicação: pacientes com > 3 exacerbações/ano
  • Esquema: aminoglicosídeo inalatório ou macrolídeo oral
  • Benefícios: redução das exacerbações, redução dos sintomas
  • Cuidados: eventos adversos e resistência
130
Q

Como deve ser feito o tratamento da exacerbação da bronquiectasia?

A
  • Antibioticoterapia sistêmica de acordo com estádio da doença e culturas do escarro
  • Corticóide sistêmico
  • Broncodilatador inalatório
131
Q

Quando pode ser feito o tratamento cirúrgico na bronquiectasia?

A
  • Doença localizada
  • Boa reserva funcional
  • Sem melhora com medidas clínicas
  • Paciente com hemoptises
132
Q

Qual é o tratamento adjuvante de manutenção?

A

Corticoide inalatório NÃO É RECOMENDADO

Broncodilatador inalatório contínuo deve ser em casos individuais

Agentes mucolíticos podem ser usados em caso de dificuldade de expectoração