Pneumologia P1 Flashcards

1
Q

Qual é um indício clínico de insuficiência respiratória?

A
  • Uso de musculatura acessória e batimento de asa de nariz
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2
Q

Qual é a pressão no espaço intrapleural e nos alvéolos durante a inspiração?

A
  • 7 e -1, respectivamente
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3
Q

O que é pressão transpulmonar?

A

É a pressão necessária para vencer a elastância do pulmão e conseguir fazer a inspiração

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4
Q

O que é o volume corrente? Volume de reserva inspiratório e expiratório?

A

Volume de ar que respiramos a cada inspiração e expiração. O inspiratório é o volume de ar quando inspiramos ao máximo possível e o expiratório é o contrário.

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5
Q

O que é o volume residual?

A

É o volume de ar que fica no pulmão quando a pessoa faz a expiração máxima. A espirometria consegue determinar os volumes pulmonares, a exceção é o volume residual

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6
Q

O que é a capacidade inspiratória? E a capacidade funcional residual?

A

A inspiratória é o volume de reserva inspiratório + o volume corrente, ou seja, é tudo o que eu consigo inspirar. A capacidade funcional residual é o volume de reserva expiratório + o volume residual

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7
Q

Do ponto de vista da saturação e da pressão de oxigênio, quando é considerado insuficiêcia respiratória?

A

Pressão de oxigênio abaixo de 60 mm Hg e saturação abaixo de 90

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8
Q

Quais os valores de pressão de oxigênio e de saturação que correspondem a uma hipoxemia?

A

PaO2 - Entre 60 e 80 mmHg

Saturação abaixo de 95

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9
Q

Cite situações que facilitam o desprendimento do oxigênio da hemácia

A
  • Acidose
  • Aumento do temp
  • Aumento da PCo2
  • Aumento da 2,3-difosfoglicerato
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10
Q

Cite situações que dificultam o desprendimento do oxigênio da hemácia

A
  • Alcalose
  • Queda do Co2
  • Redução da 2,3-difosfoglicerato
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11
Q

A maior parte do gás carbônico é transportado na forma de…..

A

íon bicarbonato

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12
Q

100% dos nosso alvéolos são ventilados e apenas 80% são perfundidos. Essa frase é verdadeira ou falsa?

A

Falsa. É o contrário

100% perfundidos e 80% ventilados

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13
Q

Nas trocas gasosas o que o componente extra-pulmonar faz?

A

Ele é responsável pela renovação do ar alveolar. Faz ventilação

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14
Q

Nas trocas gasosas o que o componente pulmonar faz?

A

É responsavel pela troca alvéolo-capilar.

Faz difusão e é responsável pela relação ventilação-perfusão (V/Q)

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15
Q

O que é a hipoventilação? Cite exemplos

A

O paciente não consegue fazer movimento de VENTILAÇÃO, os alvéolos não vão estar 100% ventilados. Tem HIPOXEMIA E HIPERCAPNIA.
Ex: traumatismo raquimedular, doença neuromuscular, depressão por drogas, DPOC, asma

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16
Q

O que é o defeito de difusão? Cite exemplos

A

Ocorre uma lesão da membrana avéolo capilar e com isso vai haver dificuldade da passagem de gás.
HIPOXEMIA E CO2 NORMAL
Ex: pneumocistose, pneumonias intersticiais, fibrose pulmonar

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17
Q

O que é o efeito shunt? Cite exemplos

A

É uma alteração no relação entre alvéolos ventilados e perfundidos. Não há troca de O2. HIPOXEMIA E CO2 NORMAL
Ex: pneumonias, edema agudo de pulmão cardiogênico, SARA, hemorragia alveolar, atelectasias, derrame pleurar grande, DPOC, asma, pneumotórax

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18
Q

Como está o oxigênio e o Co2 no shunt total?

A

HIPOXEMIA E HIPERCAPNIA

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19
Q

O que é espaço morto? Cite exemplos

A

É uma alteração na perfusão, o sangue não passa devido a alguma obstrução. O sangue volta por outra via o que pode gerar uma hipertensão pulmonar. Então o espaço morto é uma área que está sendo ventilada, mas não está sendo perfundida.
HIPOXEMIA E CO2 NORMAL/BAIXO em algumas situações
Ex: tromboembolismo pulmonar maciço ou choque circulatório com baixa perfusão pulmonar

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20
Q

Quais são os valores de PaO2/FIO2?

A

> 400 mmHg = normal
300 - 400 = déficit de oxigenação, mas não insuficiência respiratória
< 300 = insuficiência respiratória
< 200 = insuficiência respiratória grave

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21
Q

O que é a TO2?

A

É o conteúdo arterial de oxigênio multiplicado pelo débito cardíaco. Representa a quantidade de oxigênio que o coração consegue entregar para os tecidos

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22
Q

O que é o conteúdo arterial de oxigênio?

A

É a hemoglobina que está ligada ao oxigênio + o oxigênio dissolvido no plasma

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23
Q

Quais os valores da PaCo2?

A
  • 35 a 45 mmHg

IRPA > 50 mmHg

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24
Q

Quais são os tipos de IRPA?

A
  • Tipo I - não ventilatória (normocápnica)
  • Tipo II - ventilatória (hipercapnica)
  • Combinada
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25
Qual o quadro clínico de uma pessoa com IRPA?
- Taquipneia ou bradipneia - Tiragem intercostal - Batimento de aletas nasais - Respiração paradoxal - Alterações de consciência e instabilidade motora - Taquicardia e hipertensão inicialmente e depois bradicardia e hipotensão - Se tiver hipercapnia pode ter confusão mental, sonolência e coma
26
Qual o tratamento da IRPA?
- Tentar reverter a causa - Reverter a hipoxemia - Adequar a HB e o débito cardíaco
27
Qual o tratamento da IRPA ventilatória?
- Tentar reverter a causa da hipoventilação - Elevar a PAO2 - Ventilação mecânica se: PAO2 < 55 mmHg ou SaO2 < 90% PACO2 > 50 mmHg Acidose respiratória Sinais de grande trabalho respiratório ou fadiga Instabilidade de outros sistemas, sobretudo cardiovascular Nível de consciência rebaixado
28
Qual a faixa normal de pH?
7,35 a 7,45
29
Qual o órgão importante no controle do CO2? E do bicarbonato?
- Pulmão e rim
30
Quais são os valores normais de Co2, bicarbonato e BE°
CO2 -> entre 1,05 e 1,35 mmHg HCO3 -> entre 22 e 26 mEq/L BE -> de - 3 a + 3
31
Se eu tenho uma acidose metabólica, o que está alterado e o que isso causa?
Há uma diminuição do HCO3, o que causa uma eliminação exacerbada de CO2 para tentar compensar
32
Se eu tenho uma acidose respiratória, o que está alterado e o que isso causa?
Há um aumento da PaCO2, o que causa uma maior retenção de HCO3 para compensar
33
Se eu tenho uma alcalose metabólica, o que está alterado e o que isso causa?
Há um aumento de HCO3, o que acarreta uma diminuição da eliminação de CO2
34
Se eu tenho uma alcalose respiratória, o que está alterado e o que isso causa?
Há uma diminuição da PaCO2, o que acarreta em uma eliminação grande de HCO3
35
Qual o laudo desta gasometria? pH = 7,52 pCO2 = 20 HCO3 = 16
Alcalose respiratória descompensada
36
Qual o laudo desta gasometria? pH = 7,30 pCO2 = 27 HCO3 = 13
Acidose metabólica descompensada
37
Qual o laudo desta gasometria? pH = 7,33 pCO2 = 60 HCO3 = 31
Acidose respiratória descompensada
38
Qual o laudo desta gasometria? pH = 7,47 pCO2 = 44 HCO3 = 31
Alcalose metabólica descompensada
39
Qual o laudo desta gasometria? pH = 7,36 pCO2 = 36 HCO3 = 20
Acidose metabólica compensada
40
Qual o laudo desta gasometria? pH = 7,05 pCO2 = 55 HCO3 = 15
Acidose mista descompensada
41
Qual o laudo desta gasometria? pH = 7,80 pCO2 = 20 HCO3 = 30
Alcalose mista descompensada
42
Qual o laudo desta gasometria? pH = 7,42 pCO2 = 19 HCO3 = 12
Alcalose respiratória com uma acidose metabólica compensada. Nesses casos eu preciso da história pra definir onde é o problema. Se esse paciente tiver algum problema respiratório então é respiratória, se o problema for renal é metabólica
43
Qual o laudo desta gasometria? pH = 7,42 pCO2 = 60 HCO3 = 38
Acidose respiratória com uma alcalose metabólica compensada
44
Pra que serve o HCO3st e o BE?
Para indicar se o quadro respiratório é agudo ou crônico.. Eles vão estar alterados se o quadro for crônico. Se o quadro for metabólico ele sempre vai estar alterado
45
Explique o que é o BE.
É a quantidade de base que está em excesso fora da célula. No processo metabólico ele sempre vai estar alterado porque o processo metabólico já começa na célula. O processo respiratório começa no pulmão e demora a chegar na célula. Por isso que no processo agudo ele não vai estar alterado, não deu tempo de chegar na célula ainda. Mas no crônico já vai estar alterado.
46
Qual o laudo dessa gasometria? É um processo crônico ou agudo? pH = 7,35 pCO2 = 80 HCO3 = 42 HCO3st = 37 BE = + 5 Paciente com DPOC em início da exacerbação
Acidose respiratória compensada | Quadro respiratório crônico
47
``` Qual o laudo dessa gasometria? pH = 7,37 pCO2 = 85 HCO3 = 44 HCO3st = 36 BE = +6 Paciente em agudinização do DPOC ```
Acidose respiratória compensada crônica
48
``` Qual o laudo dessa gasometria? pH = 7,60 pO2 = 65 pCO2 = 25 HCO3 = 20 BE = + 2 FIO2 = 21% ```
Alcalose respiratória aguda com hipoxemia
49
``` Qual o laudo dessa gasometria? pH = 7,24 pO2 = 100 pCO2 = 32 HCO3 = 14 BE = - 13 FIO2 = 21% ```
Acidose metabólica descompensada, sem alterações de oxigênio
50
``` Qual o laudo dessa gasometria? pH = 7,40 pO2 = 90 pCO2 = 25 HCO3 = 15 BE = - 10 FIO2 = 100% Quadro de sepse ```
Acidose metabólica compensada com insuficiência respiratória PaO2/FIO2 = 90/1 = 90 < 300 é insuficiência respiratória grave
51
``` Qual o laudo dessa gasometria? pH = 7,39 pO2 = 55 pCO2 = 60 HCO3 = 35 BE = + 10 FIO2 = 21% Quadro de asma ```
Acidose respiratória compensada crônica com insuficiência respiratória PaO2/FIO2 = 55/0,21 = 261
52
O que é a capacidade vital?
É o volume de reserva inspiratório + o volume corrente + o volume de reserva expiratório
53
O que é a capacidade pulmonar total?
É a capacidade vital + o volume residual
54
O que é a espirometria?
É a medida do ar que entre e sai dos pulmões.
55
Quais são as aplicações da espirometria?
- Indicar a presença de doença pulmonar - Quantificar a disfunção ventilatória - Prever o prognóstico - Avaliar a resposta ao tratamento - Detectar precocemente a disfunção ventilatória
56
O que se mede na espirometria?
- CVF (capacidade vital forçada) - VEF1 (volume expirado no primeiro seg) VEF1/CVF - PFE - Pico de fluxo expiratório (velocidade máxima que o ar atingiu com o sopro do paciente) - FEF25-75% - Fluxo expiratório em 25 a 75% da curva
57
O que é uma doença obstrutiva?
- Vai acometer principalmente pequenas vias aéreas, vai haver diminuição da luz do brônquio, o que aumenta a resistência do ar, diminuindo seu fluxo. O principal exemplo é a asma.
58
Quando a prova broncodilatadora é positiva nos distúrbios obstrutivos?
- Quando há aumento do VEF1 de 200 ml e 12% de prévio ou - Aumento de CVF > 350 ml
59
Qual é a principal causa do distúrbio restritivo?
- Fibrose pulmonar: ocorre um acúmulo de fibrina no pulmão e o paciente fica restritivo, ele não tem muita expansibilidade. Então ele tem um encurtamento do volume inspiratório e expiratório máximo.
60
Como é a espirometria de um distúrbio obstrutivo?
- CVF normal - VEF1 reduzido - VEF1/CVF reduzido (< 70%) a maioria das pessoas consegue eliminar mais de 70% da nossa CVF no primeiro segundo. Essa pessoa que está com o brônquio fechado vai eliminar menos de 70% no primeiro segundo
61
Como é a espirometria de um distúrbio restritivo?
- VEF1 reduzido - CVF reduzida - VEF1 / CVF normal ou aumentado - Prova broncodilatadora negativa - Causa clínica compatível - Obstrução ausente
62
Quando é possível ter um distúrbio obstrutivo com CVF reduzida?
- Em casos de doença obstrutiva crônica onde há um aprisonamento de ar no pulmão, ele não consegue esvaziar completamente o pulmão. Então aumenta o volume residual do pulmão, reduzindo a capacidade vital. Por exemplo no enfizema grave.
63
Como é a espirometria de um distúrbio obstrutivo com CVF reduzida?
- CVF reduzida - VEF1 reduzido - VEF1 / CVF normal ou reduzido - Prova broncodilatadora pode ser positiva ou negativa - CVF(%) - VEF1(%) > 13 provavelmente é restritivo - Se for <12 com clínica de doença restritiva é misto e se for < 12 sem clínica de doença restritiva é inespecífica
64
Como é a espirometria de um distúrbio misto?
- CVF reduzida - VEF1 reduzido - VEF1/CVF normal ou reduzido - Prova broncodilatadores negativa ou positiva - CVF(%) - VEF (%) < 12% - Possibilidade clínica de doença restritiva positiva
65
Como é a classificação dos distúrbios ventilatórios segundo a gravidade?
Pelo VEF1 - Leve ser for de 60% até o LI - Moderado entre 41 e 59 - Grave se for < ou igual a 40
66
Até qual tempo de internação a pneumonia ainda é considerada comunitária?
Até 48 horas
67
Qual a patogênese da pneumonia comunitária?
- Aspiração de secreções da orofaringe - Inalação de aerossois - Disseminação hematogênica - Disseminação a partir de um foco contíguo - Reativação local
68
Qual são os agentes infeciosos mais comuns de causar pneumonia?
- Pneumococo - Micoplasma, clamidea e legionella - Hemophilus influenzae - Enterobacteriáceas - Staphylococcus aureus - Pseudomonas aeruginosa
69
Qual é o quadro clínico de uma pneumonia comunitária?
``` - É um quadro agudo Tosse produtiva ou eventualmente seca - Dor torácica pleurítica - Dispneia - Adnamia, mialgia, suores e calafrios - Febre Os mais característicos são a tosse produtiva com expectoração purulenta, a adnamia e a febre ```
70
Como é a semiologia da pneumonia comunitária?
- Palpação: frêmito tóraco-vocal aumentado - Percussão: macicez ou sub macicez - Ausculta: murmúrio reduzido com crepitações e sopro tubáreo - Aumento da frequência respiratória
71
Como é geralmente o raio-x num quadro de pneumonia?
- Padrão alveolar do tipo consolidação com broncograma aéreo, uni ou multiobar
72
Quais são os exames complementares que podem ser pedidos para um paciente internado com pneumonia e qual a sua importância?
- Hemograma: nos mostra leucocitose e leucopenia que são sinais de sepse e também de anemia. - Glicose: a diabetes é uma condição que piora o prognótico do paciente com pneumonia - Creatinina: da indício da função renal, os quadros mais graves podem comprometer a função renal - Sódio e potássio: eles se descompensam muito em quadros infecciosos - Proteínas totais são importantes no quadro de desnutrição, eles são um indicador de mortalidade importante - TTPa: pacientes com quadros infecciosos graves vão ter um alargamento do TTPa, uma alteração de coagulação devido ao quadro infeccioso
73
Como é o escore CURB (CRB) - 65?
``` Ele te ajuda a definir se você vai internar o paciente ou se você vai mandar ele pra casa. A cada letra soma um ponto. Escore de 0 a 1 ( se esse 1 for a idade) podem ser tratados no domicílio C - confusão mental U - ureia > 50 mg% R - FR > 30 icm B - PAS < 90 mmHg e PAD < 60 mmHg 65 - idade > 65 anos ```
74
Quais são as condições que precisam ser atendidas para o tratamento em domicílio ser possível?
- CURB-65 = 0 ou 1 pela idade - Sem comorbidades descompensadas - Via oral possível - Condições sociais e psicológicas adequadas - Sat 02 > 94% - Radiografia de envolvimento unilobar
75
Pra que serve o escore ATS?
Ele me ajuda a definir se o paciente que vai ser internado com pneumonia pode ser tratado na enfermaria ou se ele precisa de terapia intensiva. Se o paciente tiver um dos critérios maiores ou pelo menos dois dos menores ele vai para a terapia intensiva.
76
Qual é o escore ATS?
Critérios maiores: - Choque séptico - Necessidade de ventilação mecânica Critérios menores: - FR > 30 ciclos/min - PaO2/FIO2 < 250 - Infiltrados multilobares - Confusão mental - Ureia > ou igual a 50 mg/dl - PAS < 90 mmHg
77
Qual é o tratamento ambulatorial da pneumonia?
Utilizar: - Macrolídeos: azitromicina, claritromicina e eritromicina OU - Beta-lactâmicos: amoxacilina, amoxacilina-clavulanato, ceftriaxone, cefpodoxima, cefuroxima Em caso de alergia a esse medicamentos usar: - Quinolona respiratória: moxifloxacino, levofloxacino ou gemifloxacino Em pacientes com comorbidades, com imunossupressão, em uso de antimicrobianos nos útimos 3 meses ou com risco para pneumococo resistente usar: - Beta lactâmico + macrolídeo
78
Quem são as pessoas com risco para pneumococo resistente?
- Maiores de 65 anos de idade - Uso de ATB nos útlimos 6 meses - Alcoolismo - Várias comorbidades - Terapias ou doenças imunossupressivas - Exposição à crianças em creches
79
Qual é o tratamento da pneumonia em enfermaria?
Utilizar: - Fluorquinolona: moxifloxacino, norfloxacino, ciprofloxacino, gemifloxacino, levofloxacino - Beta lactâmico + macrolídeo - Tigeciclina em casos onde está contraindicado um dos acima Eles são ministrados via EV! Tem uma ação inibitória mais rápida
80
Qual é o tratamento da pneumonia em UTI?
``` Utilizar: - Beta lactâmico + macrolídeo OU - Beta lactâmico + fluorquinolona OU - Fluorquinolona + aztreonan (principalmente em pacientes alérgicos a beta-lactâmicos) ``` Se o paciente tem risco para pseudomonas aeruginosa: - Beta-lactâmico com ação para essa bactéria: piperacilina-tazobactan, cefepime, meropenem ou imipenem + Quinolona: ciprofloxacino ou levofloxacino OU - Beta lactâmico + aminoglicosídeo: amicacina + macrolídeo: azitromicina OU - Beta lactâmico + aminoglicosídeo: amicacina + fluorquinolona: moxifloxacino, gemifloxacino, levofloxacino Se o paciente tem risco para Sthaphylococus MARSA: - Associar vancomicina ou linesulida Se o paciente tem gripe do tipo influenza ou síndrome respiratória aguda grave com dispneia, desconforto respiratório, sato2 < 95%: - Associar oseltamivir, mesmo após 48h do início dos sintomas
81
Quem são os pacientes com risco para pseudomonas?
- Doença estrutura pulmonar - DPOC grave, bronquiectasias, fibrose cística - Uso frequente de ATB e corticoterapia - Internação ou uso recente de ATB de amplo espectro
82
Quem são os pacientes com risco para Sthaphylococus MARSA?
- Paciente com choque séptico - Necessidade de ventilação mecânica - Empiema - Pneumonias cavitárias, necrotizantes - Uso de drogas injetáveis
83
Quando o ATB pode ser suspenso?
- 48 a 72h sem febre - Sem sinais de gravidade: FC, FR, PA, estado mental - Quadros menos graves: 3-5 dias - Pacientes com comorbidades: 7 dias - Pacientes mais graves: 7-14 dias
84
O que é a bronquite crônica?
É a presença de tosse e produção de escarro por pelo menos 3 meses por ano, por dois anos consecutivos, excluídas outras causas
85
O que é o enfisema pulmonar?
É o aumento anormal e permanente dos espaços aéreos distais aos bronquíolos, acompanhado de destruição das paredes alveolares, sem fibrose óbvia
86
Qual a fisiopatologia da DPOC?
Ocorre uma inflamação das paredes das vias aéreas, muito comumente causada pelo cigarro, que causa uma metaplasia escamosa das células dessa parede. Há também o aumento das células caliciformes do epitélio, que cursa com maior produção de muco e com disfunção do sistema mucociliar, além de hipertrofia de glândulas mucosas e submucosas. Há também um remodelamento de pequenas via aéreas que se enchem de muco causando uma obstrução e destruição das paredes alveolares que começa no centro e se expande até ser lobular. Isso tudo, ao longo do tempo leva a uma hipertensão pulmonar secundária.
87
O que acontece com a capacidade pulmonar de uma pessoa com DPOC?
Ele vai ter um aumento do volume residual, o que leva a uma capacidade CFV reduzida
88
Qual a etiologia da DPOC?
Fatores genéticos: 10 a 20% dos tabagistas não desenvolvem DPOC Fatores ambientais: - 95% tabagismo - 5% fogão a lenha, queima de carvão, poeiras orgânica e inorgânicas, agentes químicos
89
Qual o quadro clínico da DPOC?
Sintomas frequentes: - Tosse e produção de escarro - Dispneia: persistente e progressiva, piora ao exercício - Sibilos Outros dados: - Mais de 40 anos - História de exposição - Um maço de cigarro/dia por 20 anos - Comorbidades
90
Quais são os sinais de obstrução do fluxo aéreo?
- Frequência respiratória alta - Prolongamento do tempo expiratório - Tiragens - Sibilos
91
Quais são os sinais de hiperinsuflação nas formas graves?
- Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax (tórax em tonel) - Expansibilidade diminuída - Redução do frêmito toraco-vocal - Timpanismo à percussão - Redução do murmúrio vesicular
92
O que é cor pulmonale? Quais são seus sinais?
É uma insuficiência cardíaca do ventrículo direito causada por uma doença pulmonar crônica. - Hiperfonese de P2 - Sopro tricúspide - Turgência jugular - Hepatomegalia - Edema de extremidades - Cianose
93
Quais são os graus de dispneia?
0 - Falta de ar ao realizar exercício intenso 1 - Falta de ar quando apressa o passo, ou sobe escadas ou ladeiras 2 - Precisa parar algumas vezes quando anda no próprio passo, ou anda mais devagar que outras pessoas da mesma idade 3 - Precisa parar muitas vezes devido à falta de ar quando anda perto de 100 metros, ou poucos minutos de caminhada no plano 4 - Sente tanta falta de ar que não sai de casa, ou precisa de ajuda para se vestir ou despir
94
Geralmente, como é a espirometria em um paciente DPOC?
Tem um distúrbio ventilatório obstrutivo, então teremos: - Diminuição da VEF1/CVF, geralmente menor que 70 - Diminuição da VEF1, eventualmente pode estar normal - CVF normal ou reduzida nas formas mais graves - Prova broncodilatadora fracamente positiva ou negativa
95
Como é a classificação de GOLD de acordo com a espirometria?
- Leve - GOLD 1: VEF1 > ou igual a 80% - Moderada - GOLD 2: VEF1 entre 50 e 80% - Grave - GOLD 3: VEF1 entre 30 e 50% - Muito grave - GOLD 4: VEF1 < 30%
96
Como é o diagnósico diferencial de asma e DPOC?
ASMA - Início na infância/adolescência - Presença frequente de outras atopias - História familiar positivia para atopias - História de tabagismo ou exposição prolongada a partículas inaladas - indiferente - Desaparecimento dos sintomas com o tratamento adequado - Espirometria normal nas intercrises ou com distúrbio obstrutivo com acentuada reversibilidade DPOC - Início após os 40 anos - Atopias ausentes ou presente - História familiar de atopia: ausente ou presente - História de tabagismo ou exposição prolongada a partículas inaladas: presente - Diminuição variável dos sintomas com o tratamento - Espirometria com distúrbio obstrutivo com pouca ou nenhuma reversibilidade
97
Quais as vacinas que são importantes para pacientes com DPOC?
- Anti - influenza - Pneumo 23 - Pneumo 13
98
Quais são os estadiamentos que são levados em consideração com relação ao tratamento da DPOC? Como é esse estadiamento?
- Os sintomas e o risco de exacerbação - A história de exacerbação desse paciente A Paciente com dispneia 0 ou 1 ou CAT < 10 E com história de exacerbação de 0 ou 1 B Paciente com dispneia maior ou igual a 2 ou CAT maior ou igual a 10 E com história de exacerbação de 0 ou 1 C Paciente com dispneia 0 ou 1 ou CAT < 10 E com história de exacerbação > ou igual a 2 ou > ou igual a 1 levando à admissão hospitalar D Paciente com dispneia maior ou igual a 2 ou CAT maior ou igual a 10 E com história de exacerbação > ou igual a 2 ou > ou igual a 1 levando à admissão hospitalar
99
Como é o tratamento farmacológico na DPOC?
Broncodilatadores: - Beta 2 agonistas * SABA - curta duração (4 a 6h): fenoterol, salbutamol, terbutalina * LABA - longa duração (12 a 24h): formoterol, salmeterol, indacaterol, vilanterol e oladaterol - Anticolinérgicos: * SAMA - curta duração (6 a 8h): ipratrópio * LAMA - longa duração (24h): tiotrópio, umeclidínio e glicopirrônio
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Qual o tratamento do paciente do grupo A?
- Broncodilatadores de cura ou longa duração - Se um benefício sintomático for documentado, podem ser de uso contínuo. Mas geralmente é usado apenas quando tem sintomas
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Qual o tratamento do paciente do grupo B?
- Anticolinérgico de longa ação OU - Beta 2 agonista de longa ação - Persistindo os sintomas, associar medicações
102
Qual o tratamento do paciente do grupo C?
- Anticolinérgico de longa ação Se o paciente persiste com exacerbações frequentes: - Corticoide inalatório + beta 2 agonista de longa ação OU - Anticolinérgico + beta 2 agonista de longa ação
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Qual o tratamento do paciente do grupo D?
- Anticolinérgico - Beta 2 agonista de longa ação + anticolinérgico - Associação de corticoide inalado: * asma associada * eosinófilo acima de 300 cel/microlitro
104
Em quem é indicado oxigênio domiciliar?
- PaO2 < 55 mmHg ou SaO2 < 88% com ou sem hipercapnia - PaO2 entre 55 mmHg e 60 mmHg, ou Sa02 de 88%, se houver evidência de hipertensão pulmonar, edema periférico sugerindo insuficiência cardíaca congestiva ou policitemia (hematócrito > 55%)
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Quais são as principais causas de exacerbação do DPOC?
- Pneumonia - Pneumotórax - Tromboembolia pulmonar - Depressão respiratória por fármacos - Insuficiência cardíaca - Síndromes coronarianas agudas - Arritmias - Colapso vertebral (osteoporose) - Miopatia - Ansiedade e pânico
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Quais os tipos de exacerbação infecciosa?
Tipo I - Aumento do volume de escarro - Purulência do escarro - Aumento da dispneia * Indicado antibiótico Tipo II - Dois dos 3 sintomas * Indicado antibiótico Tipo III - Um dos 3 sintomas acima * SE o sintoma for purulência do escarro está indicado antibiótico
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Quais são as indicações para internação do paciente com exacerbação da DPOC?
- Dispneia acentuada FR > 30 - Confusão mental - Hipoxemia - Hipercapnia - Comorbidade descompensada - Pneumonia
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Como é o tratamento da exacerbação do DPOC?
- Broncodilatadores, principalmente os de curta ação - Corticoide, principalmente os sistêmicos como a prednisona - Antibiótico - Oxigenoterapia se a saturação estiver abaixo de 88
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O que é a asma?
É uma doença inflamatória das vias aéreas. Essa inflamação associa-se a hiperreatividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de dispneia, sibilos, tosse e aperto no peito, particularmente a noite ou cedo pela manhã
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Como é a fisiopatologia da asma?
Existe um compenente genético. Ao se expor a uma antígeno essa pessoa fica sensibilizada a ele e há produção de macrófagos que vão ativar os linfócitos B através dos linf Th2. Os linfócitos B vão ativar os mastócitos através do IgE, que liberam histamina e leucotrienos causando broncoconstrição, edema e hipersecreção mucosa
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Muitos pacientes dizem que usam broncodilatadores pra controlar a asma, mas que com o tempo ele para de ter efeito. Qual a causa disso?
Com o tempo o processo inflamatório vai piorando e só a broncodilatação não resolve o problema. É necessário diminuir a inflamação
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Qual é o quadro clínico da asma?
- Dispneia - Tosse - Sibilos Pode ter também: - Desconforto - Opressão torácica
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Quais são as características dos sintomas da asma?
- Episódios recorrentes - Tem fatores desencadeantes - Há piora noturna ou ao amanhecer - Há melhora espontânea ou com tratamento específico - Há períodos assintomáticos
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Como é o exame físico de um paciente com asma?
``` Normal nos períodos de doença leve Pode ter sinais de obstrução ao fluxo aéreo: - Aumento da FR - Prolongamento do tempo expiratório - Tiragens - Sibilos ```
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Quais são os sinais de hiperinsuflação?
- Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax (tórax em tonel) - Expansibilidade diminuída - Redução do frêmito toraco-vocal - Timpanismo à percussão - Redução do MV
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Como é a espirometria na asma?
É um distúrbio ventilatório obstrutivo - Diminuição da VEF1/CVF - Diminuição da VEF1, eventualmente normal - CVF normal, ou reduzida nas formas mais graves - Prova broncodilatadora positiva, aumento mais de 12% e 200 ml no VEF1
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Como é a avaliação do estado de controle da asma?
Controlada - Nenhum sintoma diurno (menos ou igual a 2x por semana) - Nenhuma limitação das atividades - Nenhum sintoma ou despertar noturno - Nenhum uso de resgate (broncodilatador de curta ação) (menos ou igual a 2x por semana) - VEF1 ou PFE normais Parcialmente controlada - Sintomas diurnos mais de duas vezes por semana - Há limitação das atividades - Há sintomas ou despertares noturnos - Há uso de resgate mais de duas vezes por semana - VEF1 ou PFE menor que 80% do previsto Não controlada - Presença de 3 ou mais características da parcialmente controlada em qualquer semana ou exacerbação
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Quais são os medicamentos do tratamento de manutenção da asma?
- Corticoide * Inalatório * Sistêmico - Antileucotrieno - Beta-2 agonista de longa ação associado ao corticoide inalado - Teofilina de longa ação - Anti- IgE
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Quais são os medicamentos disponíveis nos programas governamentais para o tratamento de manutenção da asma?
- Beclometasona/budesonida (corticoide inalatório) - Salbutamol/ipratrópio (broncodilatador de curta duração) - Formoterol (BD de longa duração - Budesonida + formoterol - Budesonida (corticoide nasal)
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Qual é a conduta de acordo com o estado de controle da asma do paciente?
- Se controlada considerar redução do nível de tratamento - Se parcialmente controlada considerar aumentar o nível de tratamento - Se não controlada aumentar o nível de tratamento até o controle - Se estiver em exacerbação, tratá-la
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Quais são os medicamentos do tratamento de resgate (quando precisa de um alívio dos sintomas) da asma?
- Beta-2 agonistas de início de ação rápido inalatório* - Formoterol (Beta-2 de longa ação) - Anticolinérgico de curta ação* * disponíveis nos programas governamentais
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Quais são os níveis de tratamento da asma?
Nível 1 Paciente que quase não tem sintoma - Não precisa de tt de manutenção. Usar B2 de ação rápida se tiver sintoma Nível 2 Paciente que necessita de um corticoide inalado (CI) em baixa dose Nível 3 Paciente necessita de um CI de baixa dose + um B2 de longa ação Nível 4 Paciente necessita de CI dose média/alta + B2 de longa ação. Se necessario pode associar a uma anticolinérgico de longa ação (tiotrópio) Nível 5 Considear usar um anti-IgE ou anti-IL5 e associar com um tiotrópio. Se necessario associar a uma corticoide oral em baixa dose
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Como é o tratamento da crise de asma?
Iniciar com BD de curta ação com ou sem ipratrópio, corticoide sistêmico se tiver 1 sinal de gravidade e oxigênio se a saturação estiver abaixo de 90% Se o paciente tem uma boa resposta ele é mantido no hospital por 4 horas e pode ir pra casa Se não tem boa resposta vamos manter o BD de 20 em 20 min ou de hora em hora, iniciar o corticoide sistêmico se ainda não tiver dado (prednisona, hidrocortisona) e vamos reavaliar o paciente de hora em hora pelas próximas 4 horas Se ele responder bem ele pode ir embora e se não responder tem que internar o paciente