Hematologia P3 Flashcards

1
Q

O que são doenças mieloproliferativas crônicas (DMC)?

A

São doenças que surgem da célula tronco da medula óssea com proliferação clonal* de um ou mais componentes hematopoiéticos e em certos casos no fígado e baço (hematopoiese extra-medular)

*Quer dizer que a célula tronco começa a produzir um tipo específico de célula

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2
Q

Quais são as DMCs não leucêmicas?

A
  • Policitemia vera
  • Trombocitemia essencial
  • Mielofibrose primária
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3
Q

Quais são as DMCs leucêmicas?

A
  • Leucemia mieloide crônica

* Tem outras, mas não vão ser comentadas

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4
Q

Quando suspeitar de doenças mileoproliferativas crônicas?

A
  • Mãos escurecidas (eritrocianose ou cianose rúbrea). Também pode aparecer na língua e mucosa conjuntival
  • Vermelhidão na face e na conjuntiva (pletora facial)
  • Aumento expressivo do hematócrito, das hemoglobinas e das hemácias e alterações significativas nas plaquetas e leucócitos (policitemia = aumento dos glóbulos vermelhos)

Paciente com esplenomegalia e com aumento de leucócitos com desvio à esquerda, aumento de plaquetas (leucemia mieloide crônica)

Plaquetas muito aumentadas, leucócitos podem estar aumentados ou não, pode ter uma anemia discreta ou não. (Trombocitemia = excesso de plaquetas. Separar a primária ou essencial da secundária)

Esplenomegalia muito evidente com alteração nos leucócitos, plaquetas e anemia. Pode ter um desvio a esquerda sem quadro infeccioso aparente e a presença de eritoblastos (hemácias nucleadas) na periferia - Reação leucoeritroblástica (RLE). (Mielofibrose)

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5
Q

Quais são as fisiopatologias das DMCs?

A
  • Acontece da MO
  • Aumento de leucócitos = leucemia mielóide crônica
  • Aumento da produção de hemácias = policitemia vera
  • Aumento de plaquetas = trombocitopenia
  • Alteração do microambiente da medula formando grande áreas de fibrose = mielofibrose

**Elas podem migrar de uma para a outra!!

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6
Q

Quais são os tipos de policitemia?

A
  • Primária = policitemia vera
  • Secundária
  • Grandes altitudes, DPOC, cardiopatia, maior produção de eritropoietina que pode ter causa renal (hidronefrose, isquemia, cisto, carcinoma) ou tumoral (mioma, CA fígado, hemangioma cerebelar)
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7
Q

Quais são as manifestações clínicas da policitemia vera?

A
  • Hiperviscosidade, hipervolemia, hipermetabolismo, cefaleia, dispneia, visão turva, sudorese noturna, prurido principalmente após banho quente, facies pletórica, cianose rubra, engurgitamento venoso da retina
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8
Q

Quais são os achados laboratoriais da policitemia vera?

A
  • Aumento Htm - Hb - Htc
  • Lecocitose Neutrofilia e trombocitose (50%)
  • FAL alta
  • Aumento B12
  • MO Hipercelularidade
  • Aumento ácido úrico - SaO2 > 92%
  • Citogenética deleção 5 e 20, trissomia 8 e 9
  • Biologia molecular: PCR para JAK2 (90%)
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9
Q

Quais são os critérios para diagnóstico de policitemia vera?

A

CRITÉRIOS MAIORES
1- HOMEM HEMOGLOBINA > 16,5 g/dl – HEMATÓCRITO > 49%
- MULHER HEMOGLOBINA > 16,0 g/dl - HEMATÓCRITO > 48%

  1. BIÓPSIA DE MEDULA ÓSSEA REVELANDO HIPERPLASIA
    ERITROCITICA OU PANMIELOSE
  2. PRESENÇA DA MUTAÇÃO JAK 2
  3. AUMENTO DA MASSA ERITROCITARIA > 25%

CRITÉRIO MENOR
1. ERITROPOIETINA REDUZIDA

DIAGNÓSTICO = 3 CRITÉRIOS MAIORES OU
2 CRITÉRIOS MAIORES E O MENOR

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10
Q

Qual é o tratamento da policitemia vera?

A
  • Flebotomia = sangria terapêutica, retirar sangue.
  • Hidroxiureia = um quimioterápico que vai reduzir as células produtoras de hemácia
  • Interferon: muitos efeitos colaterais
  • Tratar as complicações: úlcera gástrica, trombose, etc
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11
Q

O que é a trombocitemia essencial?

A
  • Aumento persistente das plaquetas acima de 450.000/mm³
  • É necessário dosar as plaquetas pelo menos 3 vezes em dias diferentes e é preciso excluir as trombocitoses reacionais*
  • Causas: Hemorragia - traumatismo - pós-operatório - deficit de ferro
    tumores malignos - infecções crônicas - colagenoses -esplenectomia
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12
Q

Como é a clínica da trombocitemia essencial?

A
  • Eromboses
  • Eritromelalgia (dor nas extremidades e geralmente ela fica avermelhada)
  • Esplenomegalia (40%)
    hemorragia (?)
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13
Q

Quais são os achados laboratoriais da trombocitemia essencial?

A

Trombocitose acima 450.000/mm3. Hiperplasia
megacariocítica na medula óssea - plaquetas gigantes -Citogenética excluir a fusão BCR/ABL (Cromosasoma
Philadelpha) Biologia molecular; PCR JAK2 50%)

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14
Q

Quais são os critérios para diagnóstico da trombocitemia essencial?

A

CRITÉRIOS MAIORES
1-CONTAGEM DE PLAQUETAS >450 MM3

2- BIÓPSIA DE MEDULA ÓSSEA: PROLIFERAÇÃO
MEGACARIOCÍTICA, COM MATURAÇÃO E
NÚCLEOS HIPERLOBULADOS. FIBROSE
RETICULÍNICA INFERIOR AO GRAU 1.

3- NENHUM CRITÉRIO DE OUTRA NMP

4- PRESENÇA DE MUTAÇÃO JAK OU CALR OU MPL.

CRITÉRIOS MENORES
1-Presença de um marcador clonal
2- ausência de evidência de trombocitose reativa

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15
Q

Qual é o tratamento da trombocitemia essencial?

A
  • Aspirina
  • Hidroxiureia
  • Anagrelida (bloqueia a produção de plaquetas)
  • Interferon
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16
Q

O que é a mielofibrose primária?

A
  • Fibrose generalizada e progressiva da medula óssea
    secundária a hiperplasia de megacariocitos anormais e com
    desenvolvimento de hematopoiese extra-medular (fígado-baço =
    metaplasia mieloide)
  • Sinônimos = metaplasia mieloide agnogênica - mielofibrose
    idiopática,mieloesclerose - mielofibrose com metaplasia
    mieloide
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17
Q

Qual é a clínica da mielofibrose primária?

A
  • Aparecimento insidioso
  • Esplenomegalia
  • Hipermetabolismo (causa aumento do ácido úrico)
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18
Q

Quais são os achados laboratoriais na mielofibrose primária?

A

Anemia. Leucocitose e trombocitose no início.

Fase final: 
- Leucopenia e trombocitopenia 
- Reação 
leucoeritroblastica (importante) 
- Células em lágrima (importante) PATOGNOMÔNICO
- Punção medular 
dificil (seca) por causa da fibrose
- Biopsia de medula óssea = fibrose 
- Colaração 
reticulina aumentada. 
- Baixa de folato 
- Aumento do ácido úrico 
- Aumento LDH
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19
Q

Quais são os critérios diagnósticos da fase pré-fibrótica da mielofibrose primária?

A

CRITÉRIOS MAIORES
1- BIOPSIA DE MEDULA ÓSSEA: PROLIFERAÇÃO MEGACARIOCÍTICA
COM ATIPIA E GRAU 1 DE FIBROSE RETICULÍNICA. AUMENTO DA
CELULARIDADE GRANULOCÍTICA E DIMINUIÇÃO DA ERITROPOÉTICA.

2- NENHUM CRITÉRIO DE OUTRA NMP

3- PRESENÇA DA MUTAÇÃO JAK2OU CALR OU MPL; OU PRESENÇA DE
OUTRO MARCADOR CLONAL OU AINDA AUSÊNCIA DE CAUSAS
REATIVAS DE FIBROSE MEDULAR.

CRITÉRIOS MENORES
1-LEUCOERITROBLASTOSE

2- ANEMIA

3-ESPLENOMEGALIA PALPÁVEL

4-AUMENTO DO NÍVEL SÉRICO DE LDH

Diagnóstico com 3 maiores ou 2 menores e 1 maior

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20
Q

Quais são os critérios diagnósticos da fase fibrótica da mielofibrose primária?

A

CRITÉRIOS MAIORES
1- BIOPSIA DE MEDULA ÓSSEA: PROLIFERAÇÃO
MEGACARIOCÍTICA COM ATIPIA E GRAU 2 DE FIBROSE
RETICULÍNICA.

2- NENHUM CRITÉRIO DE OUTRA NMP

3- PRESENÇA DA MUTAÇÃO JAK2OU CALR OU MPL; OU PRESENÇA
DE OUTRO MARCADOR CLONAL OU AINDA AUSÊNCIA DE CAUSAS
REATIVAS DE FIBROSE MEDULAR.

CRITÉRIOS MENORES
1-LEUCOERITROBLASTOSE

2- ANEMIA

3- ESPLENOMEGALIA PALPÁVEL

4- AUMENTO DO NÍVEL SÉRICO DE LDH

5- LEUCOCITOSE >11X 109 /L

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21
Q

Como é o tratamento da mielofibrose primária?

A
  • SINTOMÁTICO
  • TRANSFUSÕES
  • RADIOTERAPIA (não é muito usado mais, pois não tem muitos resultados bons)
  • ESPLENECTOMIA
  • HIDROXIUREIA
  • RUXOLITINIB
    (JAKAVI) - anticorpo monoclonal
  • TMO - TCTH
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22
Q

O que são os linfomas? E quais seus tipos?

A
  • São neoplasias malignas que atingem os linfócitos. São predominantemente ganglionares, mas podem ser extra ganglionares também
  • Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin
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23
Q

Quais são os sintomas sistêmicos causados pelos linfomas?

A
  • Febre sem causa aparente
  • Prurido persistente pelo corpo
  • Sudorese noturna
  • Linfonodomegalia indolor
  • Tosse ou dispneia
  • Perda de peso (mais de 10%) e cansaço
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24
Q

O que é o linfoma folicular e o linfoma difuso?

A

Os linfonodos são formados por vários folículos circundados pela zona do manto. Quando o linfoma mantém os folículos íntegros ele é um linfoma folicular, se ele destrói os folículos ele é chamado de difuso

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25
Q

Quais são as características de um linfonodo maligno?

A
  • Endurecido, indolor, aderido aos planos profundos, não somem e aumentam com o tempo
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26
Q

Quais são as características de um linfonodo benigno?

A
  • Móvel, eslástico, doloroso, não aderido
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27
Q

Como é feito é o diagnóstico dos linfomas?

A
  • Com biópsia, histopaologia e imunohistoquímica
  • Os linfomas não Hodgkin vão ter linfócitos B ou T
  • Os linfomas de Hodgkin vão ter as células de Reed Sternberg (CD15 e 30)
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28
Q

Quais são os marcadores imunohistoquímicos dos linfócitos B?

A
  • CD10, 19, 20, 22, 23 e imunoglobulinas
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29
Q

Quais são os marcadores imunohistoquímicos dos linfócitos T?

A
  • CD2, 3, 5, 7, 8 e outros
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30
Q

Quais são as etiologias do linfoma não hodgkin?

A
  • Vírus epstein baar
  • HTLV-1
  • Vírus do herpes 8
  • H. pylori
  • Virus da hepatite C
  • Radiações
  • Alterações cromossômicas
31
Q

Quais são as etiologias do linfoma hodgkin?

A
  • O mais envolvido é o vírus epstein baar
32
Q

Quais são os cofatores que contribuem para o desenvolvimento de linfomas?

A
  • Imunodeficiência
  • Imunossupressão
  • Transplantes
33
Q

Quais são as principais características do linfoma não-hodgkin?

A
  • Ele tende a ser mais disseminado
  • Tem apresentação ganglionar em 60-70% das vezes
  • Tem maior prevalência em homens
  • Aparece em qualquer idade
  • Pode ocorrer leucemização
  • Tem progressão linfática e hematogênica
  • Pode ter invasão da medula óssea
  • Pode ou não apresentar sintomas constitucionais (febre, emagrecimento, sudorese noturna)
  • Pode ter massa mediastinal
  • Pode ter invasão do SNC. Se ela for primária, está muito relacionada com o HIV
  • É frequente ter acometimento de orofaringe
  • No TGI é mais frequente que o linfoma hodgkin
  • É mais comum que o linfoma hodgkin
34
Q

Quais são as principais características do linfoma hodgkin?

A
  • Tende a ser localizado
  • Tem apresentação ganglionar em 90% das vezes
  • Tem prevalência maior em homens
  • Acomete principalmente entre 15 e 40 anos e acima de 55 anos
  • Geralmente não tem leucemização
  • Tem progressão linfática
  • É raro invasão da MO
  • Pode ou não apresentar sintomas constitucionais (febre, emagrecimento, sudorese noturna)
  • É mais raro ter massa mediastinal, mas pode ter
  • É raro ter invasão do SNC
  • É raro ter acometimento da orofaringe
  • No TGI é menos frequente que o linfoma não hodgkin
35
Q

Quais são os exames que devem ser realizados ao ter um diagnóstico de linfoma?

A
  • Exames hematológicos
  • Exames bioquímicos: LDH, B2 microglobulina, etc
  • Imagem: RX, CT, RMN, USG, PETC SCAN (melhor exame a ser realizado, mas é caro. Se não tiver como, faça tomografia ou ressonância)
  • Biópsia de MO
36
Q

Como é o estadiamento dos linfomas?

A

Ele é baseado em uma linha imaginária que passa na altura do diafragma.

  • Quando tem gânglios só de um lado do diafragma, em cadeia única é estágio 1
  • Quando tem mais de uma cadeia comprometida é estágio 2
  • Quando tem comprometimento supra e infradiafragmático é estágio 3
  • No estágio 4 você tem invasão da medula óssea, fígado, osso, pulmão, tem comprometimento de vísceras

Se não tiver nenhum sintoma constitucional é classificado como A, se tiver é classificado como B

37
Q

Quais são as características do linfoma não-hodgkin indolente (baixo grau)?

A
  • 30-40% dos casos
  • Crescimento lento
  • Morfologia folicular
  • É mais disseminado
  • Tem sobrevida de > 5 anos sem tratamento
  • Geralmente não tem cura
38
Q

Quais são as características do linfoma não-hodgkin médio/alto grau?

A
  • 60/70% dos casos
  • Tem crescimento acelerado
  • Morfologia difusa
  • É mais localizado
  • É mais frequente tem comprometimento extra-nodal
  • Tem sobrevida de < 2 anos sem tratamento
  • Pode ser curado
39
Q

Quais são os principais tipos de linfoma não-hodgkin?

A
  • Linfoma de célula de manto
  • Linfoma de Burkitt
  • Linfoma MALT
  • Micose fungoide
  • Síndrome de sezary
  • Linfoma anaplásico
40
Q

Quais são as classificações do linfoma hodgkin?

A
  • Predominância linfocítica nodular
  • Forma clássica:
  • Predomiância linfocítica
  • Esclerose nodular
  • Celularidade mista
  • Depleção linfocitária
41
Q

Como é o tratamento dos linfomas?

A
  • Quimioterapia
  • Radioterapia
  • Anticorpo monoclonal
  • Cirurgia: só biopsia
42
Q

O que é a leucemia?

A

Aguda: Proliferação neoplásica clonal e generalizada com bloqueio maturativo (predomínio de células jovens, imaturas. Tem anaplasia (parada da maturação) e displasia (alteração da morfologia da célula).

  • Se for de granulócitos: mieloblastos, promielócitos e mielócitos
  • Se for de monócitos: monoblasto, promonócito e monóito
  • Se for de eritrócitos: pró-eritroblastos e basófilos
  • Se for de linfócitos: linfoblastos

Crônica: hiper-produção de células hematopoiéticas maduras com substituição difusa da medula óssea e envolvimento de outros órgãos (predomínio de células maduras)
*Se for de granulócitos: metamielócitos, bastonetes e segmentados

43
Q

Quais são as 3 formas prinicipais de leucemias agudas?

A
  • Mieloide
  • Linfoide
  • Bifenotípica (medula e linfócitos)
44
Q

Quais são as principais formas de leucemias crônicas?

A
  • Mieloide

- Linfoide

45
Q

Quais são as características clínicas da leucemia?

A
  • Esplenomegalia
  • Febre sem origem determinada
  • Petéquias ou equimoses
  • Adenopatia
  • Hipertrofia gengival
  • Dores articulares
  • Hepatomegalia
  • Palidez
  • Outros
46
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de leucemia?

A
  • Radiação ionizante
  • Agentes químicos
  • Retrovírus
  • Anormalidades cronossomicas
  • Hereditariedade
  • Imunodeficiência
  • Disfunção crônica da MO
47
Q

Como é o feito o diagnóstico das leucemias?

A
  • Morfologia e citoquímica
  • Imunofenotipagem
  • Citogenética (cariótipo)
  • Biologia molecular
48
Q

Quais são as características da leucemia aguda?

A
  • Pode ter uma síndrome:
  • Anêmica
  • Infecciosa
  • Hemorrágica
  • Organomegálica
49
Q

O que se espera encontrar no hemograma de uma pessoa com leucemia aguda?

A
  • Anemia
  • Trombocitopenia
  • Leucometria: pode estar aumentada, normal ou diminuída
  • Células joves atípicas
  • Blastos
50
Q

Quais são as características da leucemia crônica?

A
  • Sintomas inespecíficos

- Organomegalias

51
Q

O que se espera encontrar no hemograma de uma pessoa com leucemia crônica?

A
  • Anemia
  • Trombocitopenia
  • Leucometria: Leucocitose com linfocitose
  • Células “maduras”
  • Blastos ausentes ou baixos
  • Neutrofilia com desvio à esquerda
52
Q

Como é a fisiopatologia da leucemia aguda?

A
  • Há uma alteração da eritropoiese, o que leva à diminuição das hemácias e à anemia (síndrome anêmica)
  • Há uma diminuição da leucopoises o que diminui os leucócitos levando a infecção (síndrome infecciosa)
  • Há uma diminuição da trombopoiese, o que leva à trombocitopenia e à hemorragia (síndrome hemorrágica)
  • Há uma perda da apoptose, o que leva a uma alta proliferação de blastos e invasão de órgãos e tecidos causando adenomegalia, esplenomegalia, hepatomegalia, etc
53
Q

Como é a classificação citoquímica da leucemia linfóide aguda?

A
  • PAS (+)
  • Sudan black (-)
  • Peroxidade (-)
54
Q

Como é a classificação citoquímica da leucemia mielóide aguda?

A
  • PAS (-)
  • Sudan black (+)
  • Peroxidade (+)
55
Q

O que é patognomônico da LMC?

A
  • A translocação 9-22 (cromossoma philadelphia)
56
Q

Quais são as fases da leucemia mieloide crônica?

A
  • Crônica
  • Acelerada = transformação
  • Blástica (forma aguda)
57
Q

Quais são os tipos de leucemia linfoide crônica?

A
  • LLC - B
  • LLC- T
  • Prolinfocítica
  • Células cabeludas (célula parece um ovo frito)
58
Q

Quais são as fases da quimioterapia na LLA e na LMA?

A
  • LLA:
  • Indução (visa eliminar a doença do indivíduo)
  • Consolidação (reforço do tratamento)
  • Profilaxia SNC
  • Manutenção
  • LMA:
  • Indução
  • Consolidação
  • Transplante de medula óssea
  • Transplante de células tronco
59
Q

Como é o tratamento da LMC?

A
  • Inibidores da tirosina quinase 1ª geração:
  • Imatinibe
  • Inibidores da tirosina quinase 2ª geração:
  • Dasatinibe
  • Nilotinibe
  • Transplante:
  • Alogênico
  • Aparentado
  • Não aparentado
60
Q

Como é o tratamento da LLC?

A
  • Quimioterapia:
  • Clorambucil
  • COP
  • Fludaramicina
  • CFM + fludaramicina
  • Alentuzumabe
61
Q

O que é o mieloma múltiplo?

A

É uma discrasia de células plasmáticas

  • Pode ser sintomático (CRAB) ou assintomático (indolente)
  • Pode ser confundido com a gamopatia monoclonal** de significado indeterminado (GMSI)
  • Pode ter uma evolução do GMSI para o mieloma assintomático e depois para o sintomático

**Em vez do plasmócito produzir os 5 tipos de imunoglobulinas que ele produz normalmente, ele vai produzir um tipo só, por isso monoclonal. Pode ser IgG, IgA ou IgM

62
Q

O que é o CRAB do mieloma múltiplo sintomático?

A
  • Cálcio > 11,5 mg/dl
  • Renal -> creatinina > 2 mg/dl
  • Anemia -> hemoglobina < 10 mg/dl
  • Bone: osso com lesões líticas ou osteopenia/osteoporose
63
Q

Como é o exame laboratorial na GMSI?

A
  • MO < 10% plasmócitos
  • IgG < 3 g/dl ou IgA < 2 g/dl
  • Urina: kappa ou lamda < 1 g/dl
  • Sem CRAB
64
Q

Como é o exame laboratorial no mieloma assintomático?

A
  • MO > 10% plasmócitos
  • IgG > 3 g/dl ou IgA >2 g/dl
  • Urina: kappa ou lamda > 1 g/dl
  • Sem CRAB
65
Q

Como é o exame laboratorial no mieloma sintomático?

A
  • MO > 10% plasmócitos
  • IgG > 3 g/dl ou IgA >2 g/dl
  • Urina: kappa ou lamda > 1 g/dl
  • Com CRAB (1 ou mais)
66
Q

Quais são os novos critérios para considerar que o mieloma assintomático virou sintomático?

A
  • Infiltração medular > 60%
  • Relação kappa/lambda livre acima de 100
  • Mais de uma lesão focal na RNM
  • Mesmo sem CRAB
67
Q

Qual é a fisiopatologia do mieloma?

A
  • Ele invade a medula óssea e causa no osso osteólise, osteopenia e osteoporose. Além disso ele causa proteinograma com hipergamaglobinemia monoclonal
68
Q

Quais exames deve ser pedidos na suspeita de mieloma?

A
  • EXAMES DE SANGUE:- Hemograma, plaquetas, VHS, uréia,
    creatinina, cálcio, proteina C reativa, beta-2 microglobulina,
    eletroforese de proteínas, dosagem das imunoglobulinas,
    imunofixação proteínas séricas e urinárias
  • BIÓPSIA DE MEDULA ÓSSEA - mielograma, histopatológico
  • IMAGEM:- RX, CT, RM, cintilografia óssea (*)
  • IMUNOFENOTIPAGEM - IMUNO-HISTOQUIMICA
  • EXAME DE URINA:- EAS, proteína de Bence Jones, Eletroforese
  • CITOGENÉTICA
69
Q

Qual é a clínica do mieloma múltiplo?

A
  • Doença óssea: 70 - 90%
  • Anemia: 60%
  • Hipercalcemia: 25%
  • Insuficiência renal: 20%
  • Infecção: 15-50%
  • Hiperviscosidade: <10%
70
Q

Quais são as alterações renais causadas pelo mieloma múltiplo?

A
  • Dilatação do espaço de Bowman pelo depósito de Ig de baixo peso molecular (Bence Jones)
  • Obstrução tubular
71
Q

Como é o estadiamento do mieloma múltiplo?

A

ESTADIO I:- BETA-2 < 3,5 mg/dl E Albumina < 3,5 mg/dl

ESTADIO II:- BETA-2 < 3,5 mg/dl E Albumina > 3,5 mg/dl
OU BETA-2 entre 3,5 E 5,5 mg/dl

ESTADIO III:- BETA-2 > 5,5 mg/d

72
Q

Quais são os fatores prognósticos desfavoráveis no mieloma?

A
  • Insuficiencia renal (Creatinina > 2,0 mg/dl)
  • Anemia (Hemoglobina < 8,5 mg/dl)
  • Hipercalcemia (Cálcio > 11,5 mg/dl)
  • Morfologia plasmoblástica
    Osteólise extensa
  • Beta-2 microglobulina > 2,5 md/dl
  • IgA
  • Ausencia de resposta ao tratamento (doença em progressão)
  • Alteraçoes citogenética ( 13q-, 14q+, Hipoploidia)
73
Q

Como é a terapia de suporte do mieloma?

A

É tratar os sintomas da doença:

  • Anemia: reposição de eritrócitos e eritropoetina recombinante humana
  • IR: hidratação, alopurinol, corrigir hipercalcemia e hemodiálise
  • Hiperviscosidade: plasmaférese
  • Infecção: antibioticoterapia
  • Hipercalcemia: hidratação, corticoide, bisfosfonatos
  • Dores ósseas: analgésicos, radioterapia, bisfosfonatos
74
Q

Como é o tratamento específico do mieloma?

A

Elegíveis para transplante:
- MENOS DE 65 ANOS
SEM COMORBIDADES

- Outros:
QUIMIOTERAPIA SEM ALQUILANTES
-- NÃO RADIOTERAPIA
-- VÁRIAS DROGAS: TALIDOMIDA
- DEXAMETASONA 
- CICLOFOSFAMIDA
- BORTEZOMID
- OUTROS