Ped: IVAS Flashcards

1
Q

Qual a principal etiologia do resfriado comum?

  • Qual a forma de transmissão?

——

Com qual frequência uma criança tem resfriado ao ano?

A

Rinovírus

  • Coronavírus
  • Influenza (pode causar gripe)
  • Parainfluenza (pode causar laringotraqueobronquiolite)
  • VSR (< 2 anos, pode causar bronquiolite viral aguda)

——

Contato direto

  • Crianças no geral têm resfriado: 6 - 8x/ano
  • Crianças que frequentam creche têm resfriado: 10 -12x/ano
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2
Q
  • Qual a clínica do resfriado comum?
  • Quais os achados à rinoscopia?
  • Qual o tempo médio de doença?
A
  • Coriza (rinorreia)
    • Hialina até o 3º dia
    • Mudança do aspecto da secreção após o 3º dia, SEM ser complicação, torna-se mucopurulenta
  • Obstrução nasal
    • Roncos (secreção livre na VA)
  • Espirros
  • Dor de garganta, hiperemia de mucosas
  • Tosse noturna - gotejamento pós nasal na hipofaringe
  • Febre (não serve de parâmetro para estipular se quadro viral ou bacteriano)

—————————————

Edema e hipertrofia dos cornetos

—————————————

Duração média de 7 dias

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3
Q
  • Qual o tratamento do resfriado comum?
  • O que NÃO fazer?
A
  • Antipiréticos
    • Dipirona / Paracetamol / Ibuprofeno em dose baixa (NÃO é pra fazer em dose alta que vira anti-inflamatório)
  • Desobstrução nasal (lavagem) com solução fisiológica e seringa quantas vezes forem necessárias
  • Aumento da ingestão de líquidos
  • Dar 1 colher de mel antes de dormir p criança > 1 ano (risco de botulismo em < 1 ano) se muita tosse = reduz tosse comprovadamente

—————————————-

  • NÃO dar AAS
    • Influenza ou varicela + AAS = risco de Sd de Reye
      • Sd de Reye: degeneração hepática com encefalopatia
  • NÃO usar medicamentos desnecessários, sobretudo em < 2 anos (mt efeito colateral sem eficácia comprovada)
    • Anti-tussígeno;
    • Mucolítico;
    • Descongestionante (nem sistêmico nem tópico)
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4
Q

Qual a grande complicação do resfriado comum?

A

Otite média aguda

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5
Q
  • Qual a fisiopatologia da otite média aguda?
  • Qual o principal fator causal?
  • Qual o principal fator predisponente?
A
  • Disfunção tubária
  • Acúmulo de secreção (estéril) na orelha média
  • Proliferação bacteriana (ascenção de bactérias da nasofaringe pela tuba auditiva) = abscesso = dor
  • Otite média aguda (conduto externo)

—————————————

Disfunção tubária

—————————————

Resfriado comum

Criança resfriada que passa a sentir DOR / irritabilidade

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6
Q

Quais os fatores de risco para OMA?

A
  • < 2 anos
  • Malformação crânio-facial
  • Sd de Down
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7
Q

Quais as principais etiologias da OMA?

A
  • Estreptococo pneumoniae
  • Haemophilus influenzae (não tipável)
  • Moraxella catarrhalis - menor percentual dos casos
  • Estreptococo pyogenes (? nao sei de onde saiu esse)
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8
Q
  • Qual a clínica da OMA?
  • Qual a faixa etária mais acometida?
A
  • Criança que estava resfriada e se tornou irritada, chorosa (OMA provoca dor)
  • Otalgia, leva a mão à orelha
  • Otorreia (dor já passou pq houve drenagem - por perfuração - do abscesso formado; é a secreção da orelha média no conduto auditivo externo)

—————————————

  • < 2 anos
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9
Q

Como fazer o diagnóstico da OMA?

A

Otoscopia

  • Membrana timpânica
    • Opaca
    • Hiperemiada (pode ficar hiperemiada por choro, por ex)
    • ABAULADA (dado mais específico)
  • Otorreia
    • Presença de secreção purulenta no conduto externo - também presente na otite externa
      • História de fator de umidade no conduto auditivo externo (piscina, praia, cachoeira)
      • Pseudomonas e Staphylococcus
      • Tto com ATB otológico (pinga gotinha no ouvido)

Membrana timpânica normal é:

  • Transparente
  • Brilhante: ponto de brilho máximo = triângulo luminoso
  • Côncava
  • Móvel (à otoscopia pneumática)
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10
Q

Qual o tratamento geral da OMA?

A
  • Analgésico / antipirético
  • Avaliar antibioticoterapia - observação (2 - 3 dias tende a ter resolução espontânea)
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11
Q

Quais as indicações de antibioticoterapia em criança com OMA?

A
  • < 6 meses
    • TODOS
  • 6m - 2 anos
    • Dç grave
      • Tax ≥ 39ºC
      • Dor moderada-intensa
      • > 48h de doença (dor)
    • Otorreia por OMA
    • OMA bilateral em MENOR de 2 anos
  • ≥ 2 anos
    • Dç grave
      • Tax ≥ 39ºC
      • Dor moderada-intensa
      • > 48h de doença (dor)
    • Otorreia
  • Crianças com malformação crânio-facial/Sd de Down
    • TODAS
      —————————————
  • Fora desses casos, conversa-se com a família quanto à possibilidade de observação e retorno em 2 - 3 dias para não dar ATB, de forma a reduzir indução de resistência etc
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12
Q

Qual o tratamento para OMA?

  • Cite os principais agentes
  • Por quantos dias?
A
  • Amoxicilina 50mg/kg/dia
    • S. pneumoniae (pneumococo)
    • H. influenzae não tipável
    • Moraxella catarrhalis
  • _Amoxicilina + clavulanato_
    • Se falha terapêutica
    • OMA + conjuntivite: EYEmófilo (haemofilo influenzae) - 1/2 das cepas produzem betalactamase, por isso associa clavulanato
    • Uso recente de ATB (< 30 dias)

—–

  • < 2 anos: 10 dias de tto
  • > 2 anos: 5 - 7 dias de tto
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13
Q
  • Quais as possíveis complicações dos quadros de OMA?
  • Qual a conduta?
A

Otite média serosa / com efusão - NÃO é falha terapêutica!! Pode ocorrer sem OMA

  • Efusão sem inflamação / sem infecção aguda

Evolução favorável

↓↓↓↓↓

  • Observação por 3 meses
    • Se passarem 3 meses e não houver resolução, encaminhar ao otorrino para avaliar tubo de ventilação (“carretel”)

———————————————-

Mastoidite aguda

  • Inflamação do periósteo
  • Sinais de inflamação retroauricular - desaparecimento do sulco retroauricular por edema retroauricular
  • Deslocamento do pavilhão

↓↓↓↓↓

  • Internação + ATB EV - NÃO é pra tratar em casa + TC mastoide e crânio (NÃO é pra pedir, mas na prova pode ser que peça)

OMA recorrente:

≥ 3 episódios nos últimos 6 meses

OU

≥ 4 episódios no último ano

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14
Q
  • Quais os únicos seios pneumatizados ao nascimento?
  • Qual a idade de pneumatização dos seios maxilares?
  • Qual a idade de pneumatização dos seios esfenoidais?
  • Qual a idade de pneumatização dos seios frontais?
A

Etmoidal
————————————————-

  • Maxilares: 4 anos
  • Esfenoidais: 5 anos
  • Frontais: a partir dos 7 anos até a adolescência
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15
Q

Qual a clínica da sinusite bacteriana aguda?

  • Como fazer o diagnóstico?
A
  • Resfriado arrastado ≥ 10 dias
    • Coriza abundante
    • Tosse intensa, diurna e noturna
  • Quadro grave ≥ 3 dias
    • Febre alta ≥ 39º
    • Coriza mucopurulenta
  • Quadro “que piora” (bifásico)

——

Diagnóstico clínico, como acima. NÃO é pra pedir exame de imagem

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16
Q

Quais os principais agentes etiológicos da sinusite bacteriana aguda?

A

= OMA

  • Estreptococo pneumoniae
  • Haemophilus influenzae (não tipável)
  • Moraxella catarrhalis - menor percentual dos casos
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17
Q

Qual o tratamento da sinusite bacteriana aguda?

A

ATB

  • Amoxicilina ou amoxi + clavulanato
    • Manter por + 7 dias após melhora (se melhorou no 5º dia, mantém até o 12º; se melhorou no 3º dia, mantém até o 10º dia)
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18
Q

Qual a principal etiologia da faringite aguda bacteriana?

A

Streptococcus beta-hemolítico do grupo A: S. pyogenes

Esse strepto pode levar à febre reumática; glomerulonefrite

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19
Q

Qual a clínica da faringite bacteriana aguda?

A
  • 5 - 15 anos
  • Febre alta e dor de garganta + manifestações inespecíficas
  • Exsudato amigdaliano (não é obrigatório, não é exclusivo, a viral tb pode ter)
  • Petéquias no palato (não é obrigatório, não é exclusivo) - mais se correlaciona à faringite estreptocócica
  • Adenopatia cervical (gânglio aumentado e doloroso)
  • Vômito / Dor abdominal

e... MAIS NADA: sem tosse, sem coriza, sem obstrução nasal

Na prova, < 3 anos NÃO tem faringite estreptocócica (é viral)

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20
Q

Como fazer o diagnóstico de faringite bacteriana aguda?

A

Footnote

  • Teste rápido
    • resultado imediato;
    • muito específico
      • positivo = trato
      • negativo (falso negativo?) = cultura
  • Cultura de orofaringe
    • mais sensível que o teste rápido

Faz cultura quando teste rápido negativo apenas em crianças; em adulto, aceita-se o teste rápido negativo

Criança com quadro clínico sugestivo de faringite bacteriana: faz teste rápido

  • TR + = Peniciliina
  • TR - = fazer cultura
    • Se for feita cultura, AGUARDAR o resultado para iniciar ATB, se for pra fazer atb de qualquer jeito, nem faz sentido pedir cultura!!
    • Cultura + = penicilina
    • Cultura - = NÃO indicar ATB
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21
Q

Qual o tratamento da faringite bacteriana aguda?

A
  • Analgésico e antipirético
  • Antibioticoterapia
    • Penicilina benzatina (DU IM)
      • É de depósito, então vai sendo liberada gradativamente, erradicando o strepto
    • Amoxicilina 10 dias (VO)
      • Pelo menos 10 dias para erradicar o streptococo

Streptococcos pyogenes grupo A é universalmente sensível à penicilina!!

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22
Q

Quais as complicações da faringite bacteriana aguda?

A
  • Supurativas
    • Abscesso periamigdaliano/peritonsilar
  • Não supurativas
    • Febre reumática
    • GNPE
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23
Q
  • Qual a história do pct com abscesso periamigdaliano/peritonsilar?
  • Qual a conduta?
A
  • Amigdalite
  • Disfagia / sialorreia
    • Sialorreia é sinal de disfagia grave
  • Trismo (boca “trancada”)
  • Desvio da úvula

———————————–

Drenagem + ATB

  • Aspiração por agulha
  • Incisão e drenagem

Cobertura para SGA e anaeróbios (Clindamicina)

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24
Q

  • Qual o agente etiológico da febre faringoconjuntival?
  • Qual o quadro clínico?
A
  • Adenovírus
  • Faringite + conjuntivite + adenomegalia pré-auricular - febre faringoconjuntival
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25
Q
  • Qual o agente etiológico da herpangina?
  • Qual o quadro clínico?
A
  • Vírus Coxsakie A
  • Úlceras (parece afta no palato mole/úvula)
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26
Q
  • Qual a etiologia da epiglotite aguda?
  • Qual a clínica da epiglotite aguda?
  • Qual o tto da epiglotite aguda?
A
  • Haemophilus influenzae tipo B - Vacina Penta
  • S pyogenes; S pneumoniae; S aureus

————————————————–

  • Início agudo; evolução rápida (fulminante)
  • Febre alta; toxemia
  • Dor de garganta; disfagia; sialorreia
  • Dificuldade respiratória; ESTRIDOR
  • Posição do TRIPÉ
  • Voz “em batata quente”

————————————————–

Conduta imediata: essa criança vai entrar em insuficiência respiratória!!!!

  • Estabelecimento de vias aéreas → prioridade!!
  • (Enquanto isso, pode oferecer oxigênio)
  • NÃO tente visualizar a orofaringe
  • NÃO solicite exames (se dúvida, pode pedir RX de perfil e vai ver epiglote edemaciada: Sinal do Polegar)

Após estabelecer via aérea artificial….

  • Suporte + ATB
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27
Q
  • Qual a etiologia da laringotraqueíte viral aguda?
  • Qual a clínica da laringotraqueíte viral aguda?
  • Como fazer o diagnóstico?
  • Qual o tto da laringotraqueíte viral aguda?
A
  • Parainfluenza (vírus) (70% - vírus que não “para” de descer)
  • Adenovírus
  • VSR
  • Influenza

—————————————————–

  • Pródromos catarrais (congestão nasal, coriza, tosse) + febre baixa
  • CRUPE → laringe
    • Tosse metálica (tosse de “cachorro”) - descendo para laringe
    • Afonia e ROUQUIDÃO - acometimento de pregas vocais/região infraglótica
    • Estridor

—————————————————–

Diagnóstico é clínico

  • Se fizer RX cervical, encontra o sinal do lápis/da torre

—————————————————–

  • Com estridor em repouso
    • Nebulização com adrenalina 0,5mL/Kg até 5mL _NÃO diluída_ (efeito imediato com duração até 2 - 3h)| Tratado BR de Ped fala q o máx é 3mL
    • Corticoide VO ou IM DU - dexametasona
    • MANTER em observação 3 - 4h após nebulização; se voltar estridor, retorna com NBZ
  • Sem estridor em repouso
    • Apenas corticoide

  • A nebulização alivia os sintomas NA HORA; mas o efeito da medicação é breve e o pct pode voltar ao estado de desconforto respiratório inicial após o final da ação da droga; por isso q faz o corticoide também (que é o q vai melhorar de forma prolongada, mas demora pra ter efeito) e manter a criança sob observação por 3 - 4h.
  • Atua nos receptores alfa-adrenérgicos, gerando vasoconstrição dos capilares arteriolares
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28
Q
  • Qual a principal complicação da laringotraqueite viral aguda?
  • Qual a etiologia?
  • Qual a clínica?
  • Qual a conduta?
A
  • Traqueíte bacteriana / membranosa (“placas” de pus”)

————————————————–

  • Staphylococcus aureus

————————————————–

  • Piora clínica de um quadro de crupe viral + ausência de resposta à adrenalina

————————————————–

  • Entubação + ATB
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29
Q

Quais os principais agentes bacterianos da rinossinusite crônica?

  • Qual o tempo de duração de uma rinossinusite para ser considerada crônica?
A

Staphylococcus aureus e anaeróbios

—–

  • > 12 semanas
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30
Q

Quais as principais complicações da rinossinusite aguda?

A
  • Celulite periorbitária (pré-septal)
    • infecção da pálpebra e da porção anterior do septo orbitário
  • Celulite orbitária (pós-septal)
    • infecção dos tecidos da órbita posteriores ao septo orbitário (+ grave) - usa ATB IV
      • Inflamação da pálpebra
      • Proptose
      • Dor à movimentação ocular
      • Edema da conjuntiva
  • Infecções do SNC
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31
Q

Quais as indicações de amigdalectomia?

A
  • > 7 episódios de faringite bacteriana no último ano
    OU
  • > 5 episódios/ano nos últimos 2 anos
    OU
  • > 3 episódios/ano nos últimos 3 anos
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32
Q

Qual a HD se pct com faringite + conjuntivite + adenomegalia pré-auricular?

A

Febre faringoconjuntival

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33
Q

Qual a HD se pct com faringite + úlcera e vesículas no palato mole e pilares da amígdala?

A

Herpangina

Úlceras com halos eritematosos no entorno - observadas em faringe posterior, palato mole, tonsilas e pilares tonsilares

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34
Q

Qual a HD se pct com faringite + membranas na úvula e pilares amigdalianos?

A

Difteria

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35
Q

Qual o achado radiológico característico da epiglotite aguda?

A

Sinal do Polegar

Edema da epiglote

36
Q

Sobre laringite estridulosa aguda

  • Epidemiologia
  • Etiologia
  • Clínica
A
= Crupe espasmódico
  • Semelhante à laringotraqueobronquite, porém acomete crianças entre 1 - 3 anos, sem achados de infecção / pródromos catarrais ausentes ou leves
    • Despertar súbito sem pródromos

————————————–

  • Etiologia controversa: fatores alérgicos e psicológicos

————————————–

  • Quadro súbito, geralmente à noite
  • Precedido por coriza leve - moderada e rouquidão
  • Criança acorda ansiosa, com tosse metálica característica, inspiração ruidosa e dificuldade respiratória

————————————–

Em geral, a intensidade dos sintomas diminui dentro de várias horas, com melhora importante no outro dia, restando apenas rouquidão leve e tosse

37
Q

Qual o principal agente etiológico da otite externa?

A

Pseudomonas aeruginosa

  • Criança + piscina
  • Psina = pseudomonas
38
Q

O que deve ser avaliado frente a uma criança com infecção respiratória aguda?

A

Estridor

  • Obstrução das vias de condução extrapleurais

Taquipneia

  • Marcador de doença das vias aéreas inferiores
    • Até 2 meses ≥ 60irpm
    • 2 - 12 meses ≥ 50irpm
    • 1 - 5 anos ≥ 40irpm

——

  • Criança com infecção respiratória aguda sem taquipneia, sem estridor = infecção das vias aéreas superiores
  • Criança com estridor = doenças periglóticas
  • Criança com taquipneia, sem estridor = pneumonia

Até 60 dias - FR até 60irpm

39
Q

Quais os diagnósticos diferenciais de sinusite bacteriana aguda quando criança com obstrução nasal prolongada?

A

Rinite alérgica

  • Prurido e espirros / palidez de mucosa

Sífilis

  • Primeiros 3 meses de vida
  • Obstrução intensa / secreção sanguinolenta (destruição e erosão da mucosa nasal)

Corpo estranho

  • Rinorreia fétida / sanguinolenta
  • Unilateral
40
Q

Sobre PFAPA:

  • Qual o quadro clínico?
  • Qual o tratamento?
A

Febre Periódica, estomatite Aftosa, Faringite, Adenite // Síndrome de Marshall

  • Episódios recorrentes e auto-limitados de faringite. Na prova:
    • Vários episódios
    • Aftas
    • Culturas negativas
  • Corticoide
41
Q

Quais os tipos de infecções de VAI?

  • Cite a principal característica de cada (1 palavra)
A
  • Pneumonia bacteriana (típica) - grave
  • Pneumonia atípica - insidioso
  • Pneumonia viral - Bronquiolite viral aguda - sibilo/estertor difuso - causa + comum em < 5 anos
42
Q

Quais as etiologias de pneumonia bacteriana de acordo com as idades?

A
  • < 1 - 2 meses
    • S. agalactiae (grupo B - GBS)
    • Gram negativos entéricos
      • E. coli, Salmonella, Shigella
  • > 1 - 2 meses
    • S. pneumoniae
    • S. aureus (+ comum no 1º ano de vida)
      • Grave + complicações + porta de entrada cutânea
        • Derrame (+ frequente)
        • Pneumatocele (altamente sugestivo de S aureus, imagens cavitárias no RX)
43
Q

Qual a clínica e como fazer o diagnóstico da pneumonia bacteriana?

A

Diagnóstico clínico

  • Pródromos catarrais
  • Febre alta e tosse (o tempo todo)
  • Sinais clássicos
    • Estertores (finos, inspiratórios) - presença de exsudato no alvéolo
    • Aumento do FTV; macicez = consolidação
    • Broncofonia; pectorilóquia afônica
  • Taquipneia
    • < 2m: ≥ 60irpm
    • 2 - 12m: ≥ 50irpm
    • 1 - 5 anos: ≥ 40irpm
  • Sinais de gravidade
    • Tiragem subcostal (redução da complacência pulmonar, faz mais força pra insuflar tórax)
    • BAN (batimento de aleta nasal)
    • Gemência (aumenta capacidade residual funcional)
    • Cianose / SatO2 < 92%

NÃO é necessário nem deve ser realizada RX de tórax

44
Q

Qual o achado da imagem abaixo?

A

Sinal do barco a vela: TIMO

45
Q

Quais as indicações de RX de tórax para pneumonia?

  • Quais os possíveis achados?
A

Hospitalização

  • Consolidações
  • Aerobroncograma
  • Pneumonia redonda
  • Complicações
46
Q

Qual o achado da imagem abaixo?

  • Qual o principal agente etiológico envolvido?
  • Qual a conduta?
A

Derrame pleural

  • Pneumo é o + comum (pq tem mt mais gente c penumonia pneumocócica que por staphylo aureus)

—–

  • Toracocentese para análise do líquido
47
Q

Quais as indicações de internação/hospitalização quando pneumonia bacteriana?

A
  • Idade < 2m
  • Comprometimento respiratório grave
    • Tiragem subcostal
    • BAN
    • SatO2 < 92%
  • Comprometimento estado geral / sinal geral de perigo (AIDPI)
    • Incapaz de beber líquidos
    • Vomita tudo o que ingere
  • Doença de base (imunodepressão, cardiopatia congênita)
  • Complicações radiológicas
48
Q

Como fazer o tratamento para pneumonia bacteriana?

  • Idades
  • Opções
A

< 2 meses SEMPRE interna!

Ampicilina + Aminoglicosídeo (Gentamicina)

——

> 2 meses:

Ambulatorial:

  • Amoxicilina VO + reavaliação em 48h-72h

OU

  • Penicilina procaína IM p criança q não toma remédio

Hospitalar:

  • Penicilina cristalina IV - S. pneumoniae
  • SBP: amoxicilina VO se criança internada SEM complicação

  • Para < 2 meses: quero cobrir S agalactiae (grupo B) e gram negativos entéricos
  • Para > 2 meses: quero cobrir S pneumoniae (bactéria + comum)
    • Amoxi por 7 dias

—–

A princípio, criança internada SEM complicação, tendo apenas tiragem subcostal, pode tratar com amoxicilina (atualização, novidade), mas o respaldo é maior para o uso de penicilina

  • Pneumonia em < 1 ano → pensar em S aureus - geralmente associado a complicações:
    • derrame
    • pneumatocele
  • Porta de entrada (pode vir de tecido mole)
  • Tto: oxacilina // vancomicina (se resistencia à oxa)
49
Q

Como o derrame pleural da pneumonia bacteriana pode ser caracterizado (citar tipos e diferenças)?

A

Exsudato inflamatório x empiema

  • Exsudato melhora com ATB
  • Empiema é pus, infectado (ATB não chega na bola de pus), precisa drenar

Exsudato é inflamatório (derrame parapneumônico é sempre exsudato); transudato é mecânico

50
Q

Qual a conduta se falha terapêutica após tto por 48 - 72h para pneumonia bacteriana?

  • Quais fatores indicam intervenção?
  • Qual a conduta?
A

Radiografia // USG - identifica presença de derrame pleural (principal complicação de pneumonia)

SIM

Toracocentese

  • Indica necessidade de drenagem (empiema) se:
    • Aspecto purulento
    • pH < 7,2
    • Glicose < 40mg/dL
    • Gram e/ou cultura positivos

Drenagem + manter tratamento (ATB)

——-

Radiografia

Se não houver complicações ao RX

escalonar ATB

HD: resistência bacteriana

  • Gram e/ou cultura positivos indica que TEM BACTÉRIA
  • Como tem bactéria e elas precisam de energia, vai ter CONSUMO de glicose, deixando a glicose baixa
  • Como tem bactéria metabolicamente ativa em trabalho anaeróbio, vai ter produção de ácido lático, que faz acidose (pH baixo)
  • Onde tem bactéria tá infeccionado e o corpo tá tentando combater = PUS
51
Q

Quais os aspectos gerais das pneumonias atípicas da infância?

  • Clínica
  • Agentes etiológicos
  • Tratamento de escolha
  • Formas clínicas
A
  • Quadro insidioso (> 1 semana)
  • Manifestações extrapulmonares
    • Dor no corpo/mialgia,
    • Dor de cabeça,
    • Dor de garganta
  • Tosse, taquipneia
  • Não melhora com penicilinamacrolídeos
  • Formas clínicas
    • Pneumonia atípica: Mycoplasma (> 5 anos)
      • Achados sugestivos, porém não específicos: crioaglutininas + infiltrado intersticial
    • Pneumonia afebril do lactente: Chlamydia trachomatis - relação com parto vaginal (coloniza conjuntiva - conjuntivite neonatal - e nasofaringe - pneumonia 1 - 3 meses)
      • Insidioso
      • Tosse + taquipneia + afebril (pode ter sibilo)
      • Eosinofilia
      • Tto: macrolídeo
52
Q

Qual o principal agente etiológico da pneumonia afebril do lactente?

  • Qual a clássica história?
  • Qual a clínica?
  • Qual o tratamento?
A

Chlamydia trachomatis

——————————–

  • Parto vaginal
    • Colonização conjuntiva e nasofaringe
      • Conjuntivite neonatal (início a partir de 7 dias de vida)
      • Pneumonia entre 1 - 3 meses de vida
        • Quadro arrastado, afebril
        • Tosse + taquipneia (pode ter raros sibilos)
        • Eosinofilia + infiltrado intesticial

——————————–

  • Azitromicina // Eritromicina (eritro aumenta estenose hipertrófica do piloro)
53
Q

Qual a clínica da coqueluche?

  • Qual história do binômio bebê-mãe chama atenção?
  • Como tratar?
A
  • Fase catarral (maior transmissibilidade)
  • Fase paroxística
    • Acessos de tosse + guincho inspiratório (inspiração profunda após acesso de tosse, várias vezes ao dia)
  • Fase de convalescência

——————————–

Nos < 3 meses: TOSSE + APNEIA + CIANOSE, pode causar convulsão

——————————–

  • Bebê não vacinado ou mãe sem pré-natal (não vacinou com dTpa)

——————————–

AZITROMICINA, não dar outro macrolídeo

54
Q

Qual a clínica da bronquiolite viral aguda?

  • Como fazer o diagnóstico?
A
  • < 2 anos (> 2 anos é designado “pneumonia viral aguda”)
  • 1º episódio de sibilância em vigência de um resfriado
    • Apenas o 1º episódio chama “bronquiolite”, a partir dos demais episódios, pondera-se se são múltiplas infecções ou se a criança é asmática
  • Pródromos catarrais
  • Febre e tosse
  • Taquipneia
  • SIBILOS = estertoração / crepitação pulmonar difusa

—–

Essa clínica dá o diagnóstico de bronquiolite viral aguda

55
Q

Qual o tratamento da bronquiolite viral aguda?

A
  • Avaliar necessidade de internação
    • Criança grave/com doença de base
    • < 3 meses
    • Nascido com < 32 semanas (prematuridade é fator de risco pra bronquiolite grave), independente da idade atual
  • Suporte
    • Oxigenoterapia se SpO2 < 90% - CNAF (cateter/cânula nasal de alto fluxo - no geral faz 2L/kg)
      • NÃO faça oximetria contínua nessa criança (recomendação pq oscila muito, então isso aumenta o tempo de internação hospitalar) - menor necessidade de intubação
    • Hidratação venosa apenas se necessário (primeiro, tenta alimentar por sonda): solução isotônica (SG5%+NaCl)
    • Avaliar NBZ com solução hipertônica (?) (NaCl 3% - redução do tempo de internação hospitalar(?))

NÃO FAZER: beta agonista, corticoide, fisioterapia respiratória

56
Q

Como fazer a profilaxia da bronquiolite viral aguda?

  • Quais as indicações?
A

Palivizumabe

  • Anticorpo monoclonal específico para VSR (4 semanas de duração da proteção)
  • Dose mensal por 5 meses (jan-mai/fev-jun: doença sazonal) para crianças de muito alto risco (pelo Ministério da Saúde) para bronquiolite grave
    • < 1 ano:
      • PMT < 29 sem (até 28s + 6d)
    • < 2 anos com:
      • cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica
        OU
      • doença pulmonar da prematuridade (displasia broncopulmonar)

—————————————-

Quais as indicações pela SBP?

  • Indicações MS +
  • < 6 meses:
    • PMT entre 29 a < 32 semanas

—————————————-

Novidade: NIRSEVIMABE

  • Anticorpo feito em dose única
  • Recomendação e eficácia: universal para TODAS crianças no 1º ano de vida
57
Q

Qual a etiologia da pneumonia necrosante na infância?

A

Streptococcus pneumoniae

58
Q

Qual etiologia se pensar quando pneumonia grave em < 1 ano + complicações + porta de entrada?

A

Staphylococcus aureus

59
Q

Qual o principal mecanismo de resistência do pneumococo às penicilinas?

A

Mutação do gene da Proteína Ligadora de Penicilina

60
Q
  • Qual a principal complicação da pneumonia bacteriana?
  • Qual postura a criança pode apresentar devido a essa complicação?
  • Qual o principal agente etiológico na PAC que evolui com essa complicação?
A

Derrame pleural

—————————

Posição antálgica em escoliose

—————————

Pneumococo

Obs.: Pneumococo é o que mais complica c derrame pq é a infecção mais prevalente; mas o agente etiológico que mais dá derrame pleural é o estáfilo aureus, só q como essa infecção é menos comum, “perde” pro pneumococo

61
Q

Quais as características do derrame pleural do tipo exsudato?

A
  • Proteína > 3g/dL
    • Ptn pleural/ptn sérica > 0,5
  • LDH > 200U/L
    • LDH pleural/LDH sérica > 0,6
  • pH < 7,2
62
Q

Qual o principal agente etiológico da pneumonia atípica?

  • Quais anticorpos podem ser encontrados (não específicos)?
  • Qual a classe de escolha para tratamento da pneumonia atípica?
A

Mycoplasma pneumoniae

—–

Crioaglutininas

—–

Macrolídeo

63
Q
  • Qual a HD de lactente jovem + conjuntivite neonatal + tosse + ausência de febre?
  • Qual o principal agente etiológico relacionado?
  • Qual o achado laboratorial característico?
  • Qual o tratamento?
A

Pneumonia afebril do lactente

—————————-

Chlamydia trachomatis

—————————-

Eosinofilia

—————————-

Macrolídeos: azitro ou eritromicina

64
Q
  • Qual a HD em < 2 anos + resfriado + taquipneia + sibilância?
  • Qual o principal agente etiológico envolvido?
  • Qual a principal forma de transmissão hospitalar?
A

Bronquiolite Viral Aguda

—————————-

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

—————————-

Contato direto

65
Q

Qual tipo de solução pode ser considerada nas crianças com bronquiolite viral aguda internadas para nebulização (mas é controversa)?

A

Solução salina hipertônica

66
Q

Quais as manifestações mais comuns da bronquiolite obliterante?

  • Qual o agente etiológico associado?
  • Como pensar em bronquiolite obliterante em criança com bronquiolite?
  • Qual padrão ouro para diagnóstico da doença?
A

Episódios recorrentes de:

  • Dispneia
  • Tosse crônica
  • Produção de escarro

———————————

Adenovírus

———————————

Demanda necessidade prolongada de oxigênio em quadro de bronquiolite

———————————

Biópsia pulmonar

67
Q
  • Qual a HD para < 3 meses com tosse + apneia + cianose + ausência de taquipneia?
  • Qual o agente etiológico?
  • Qual o período de maior transmissibilidade?
A

Coqueluche

———————————-

Bordetella pertussis
(gram -)

———————————-

Fase catarral

68
Q
  • Quais as alterações à radiografia da coqueluche?
  • Qual o achado típico ao hemograma?
A
  • Infiltrado peri-hilar = “Coração felpudo”
  • Leucocitose com linfocitose
69
Q
  • Quando indicar profilaxia para contactantes de coqueluche < 1 ano?
  • Quando indicar profilaxia para contactantes de coqueluche entre 1 e 7 anos?
A
  • Sempre

—————————

  • Situação vacinal desconhecida

OU

  • < 4 doses da vacina
70
Q
  • Quais as características da rinite intermitente?
  • Quais as características da rinite persistente?
A
  • < 4 dias por semana

OU

  • < 4 semanas de duração

—–

≥ 4 dias por semana
E
≥ 4 semanas de duração

71
Q

Quais as características da rinite moderada - grave?

  • Qual a medicação mais eficaz para quadros de rinite alérgica persistente ou moderados-graves?
A

1 ou mais dos seguintes:

  • Sono anormal
  • Prejuízo para as atividades habituais
  • Esporte, lazer, escola e trabalho anormais
  • Sintomas incomodam

—–

Corticoide tópico nasal

  • Budesonida
  • Fluticasona
  • Beclometasona

——

A rinite alérgica tem associação com asma e o bom controle da rinite é capaz de reduzir os episódios de broncoespasmo / crises de asma!!!

72
Q

Quais as características fenotípicas do respirador oral?

A
  • Elevação do lábio superior
  • Eversão do lábio inferior
  • Palato em ogiva
  • Mordida aberta
  • Narinas estreitas
73
Q

Qual o tratamento medicamentoso no caso de rinite intermitente leve?

A

Rinite intermitente leve

  • Sono normal
  • Sem prejuízo para as atividades habituais
  • Esporte, lazer, escola e trabalho normais
  • Sintomas não incomodam
    —–

Anti-histamínico de 2ª geração

  • ebastina
  • fexofenadina
  • loratadina
  • desloratadina
  • ……
74
Q

Qual a hipótese diagnóstica de bebê com desconforto respiratório logo após o nascimento, que melhora durante o choro?

A

Atresia de coanas

75
Q

Qual a hipótese diagnóstica de lactente com estridor crônico + piora com agitação/choro + piora na posição supina?

A

Laringomalácia

76
Q

Qual a definição de síndrome de morte súbita do lactente?

A

Morte súbita de < 1 ano não explicada pela história clínica e exame post mortem (incluindo autópsia completa e análise da cena do óbito)

77
Q
  • Qual o tipo de herança genética da fibrose cística?
  • Qual o gene afetado?
  • Qual consequência direta dessa mutação genética?
A

Autossômica recessiva, mutação F508DEL - rastrear irmãos

——————————

Gene da CFTR, no cromossomo 7

——————————

Alteração do canal condutor de cloreto transmembrana: acumula NaCl dentro da célula, que acumula água intracélula - secreção espessa em todos epitélios

CFTR = Cystic Fibrosis Transmembrane Regulator

78
Q
  • Como é feita a triagem neonatal para fibrose cística?
  • Qual a conduta frente ao teste de triagem alterado?
  • Qual a conduta frente ao teste de triagem alterado após 30 dias de vida / como confirmar o diagnóstico da doença?
A

Dosagem de tripsinogênio imunorreativo (IRT > 70)

———————————

Repetir após 2 semanas, até 30 dias de vida do bebê (após 30d, dá mt falso negativo!!)

———————————

Realizar teste do suor (cloro aumentado ≥ 60 em 2 amostras distintas) - Beijo salgado (suor tem mais NaCl) → sempre pesquisar mutações para avaliar uso de moduladores da CFTR

  • Feito sempre que sintomas (mesmo q teste do pézinho negativo)
  • Triagem neonatal positiva
  • Irmão com diagnóstico de FR

Clínica

  • Quadro respiratório
    • Tosse persistente (secreção espessa)
    • Colonização por S aureus, Pseudomonas (piora capacidade pulmonar) e B cepacia
    • Sinusopatia, pólipos nasais
    • Bronquiectasias
    • Exacerbações (piora do quadro resp)
  • Quadro gastrointestinal
    • Íleo meconial (lavagem / cirurgia - irmão com quadro de obstrução neonatal)
    • Sd da obstrução intestinal distal
    • Insuficiência pancreática exócrina (esteatorreia / DM por disfunção da CFTR)
    • Doença biliar / cirrose
  • Glândulas sudoríparas
    • Desidratação e hiponatremia
    • Alcalose metabólica hipoclorêmica

Tratamento

  • Limpeza das secreções / controle da inflamação / tto exacerbações
  • Terapia de reposição enzimática
  • Moduladores da CFTR
  • Suporte nutricional
  • Prevenção distúrbios hidroeletrolíticos (dá sal de cozinha pra criança)
79
Q
  • Quais bactérias mais comumente colonizam as vias aéreas de pct com fibrose cística, podendo levar a exacerbações?
  • Quais os ATB de escolha para cada caso?
A
  • Pseudomonas aeruginosa
    • Ceftazidima + amicacina (cefalosporina de 3 + aminoglicosídeo): terapia dupla
  • Staphylococcus aureus
    • Vancomicina
    • Linezolida

———————-

OBS.: Daptomicina cobre S aureus mas não chega no pulmão!!

Eosinofilia = ASPERGILLUS

Inicia ATB em pct com fibrose cística sempre que

  • Febre
  • Aumento da tosse em intensidade e frequência
  • Expectoração amarelada ou amarelo-esverdeada
  • Piora da ausculta
  • Aumento da FR
  • Modificações radiográficas
80
Q

Criança de 1 ano com cianose após período de choro prolongado, sem perda de consciência e com resolução espontânea.

  • Qual a HD?
  • Qual a conduta?
A

Crise de perda de fôlego / perda de fôlego cianótica

  • Tranquilizar os pais, por se tratar de um quadro benigno e autolimitado

————————————

  • Não são episódios autoinduzidos, mas decorrentes da imaturidade do sistema autônomo, ocorrendo de 2 formas:
    • Crise de perda de fôlego com palidez: causada por bradicardia por reflexo vagal-cardíaco e assistolia
    • Cianótico: decorrente da apneia expiratória prolongada (período de choro prolongado, complicado por hipoventilação e cianose progressiva, nem sempre associado à perda de consciência
81
Q

Qual a forma mais comum de epistaxe?

  • Qual o local mais comum de origem do sangramento?
A
  • Epistaxe anterior
  • Plexo de Kiesselbach
82
Q

Quais exames a serem pedidos ao internar uma criança por pneumonia bacteriana?

A

Diagnóstico complementar

  • RX de tórax
  • Hemograma
  • Provas de atividade inflamatória (alto VPN: se vier resultado negativo, alta chance de ser verdadeiro negativo)
    • Pró-calcitonina baixa = alto valor preditivo negativo
  • Hemocultura (bactéria da nasofaringe é aspirada e vai pro pulmão, geralmente não pega corrente sanguínea)
83
Q

Quais exames complementares comumente são solicitados quando criança com suspeita de bronquiolite viral aguda?

  • Quais os achados?
A
  • Antígenos virais - “painel viral
  • RX de tórax (não tem necessidade de pedir nem se hospitalizar a criança)
    • Hiperinsuflação: aumento do espaço entre os arcos costais; retificação diafragmática (hiperinsuflação pode “rebaixar” fígado e baço)
    • Atelectasia
84
Q

Quais os diagnósticos diferenciais da bronquiolite viral aguda?

A

Asma

  • Crianças com histórico de sibilância
    • Sibilante transitório precoce: lactente sibilante ⭢ parou; início e término antes dos 3 anos
    • Sibilante persistente: lactente sibilante ⭢ continuou; início antes dos 3 anos e persistência após os 6 anos
    • Sibilante de início tardio: início após 6 anos
    • Asma provável ⭢ episódios recorrentes; HFam +; sensibilização a alérgenos; eczema atópico; eosinofilia ≥ 4%
85
Q

Quais os critérios do índice preditivo de asma modificado?

A

Maiores

  • Pai ou mãe com asma
  • Dermatite atópica
  • Sensibilização a 1 ou + aeroalérgenos

Menores

  • Sensibilização alérgica a leite, ovo ou amendoim
  • Sibilância não associada a infecções virais
  • Eosinofilia ≥ 4%