Parto Flashcards

1
Q

Qual a diferença de parto a termo, pré-termo e pós-termo?

A
  • A termo: 37-41s6d.
  • Pré-termo: 22-36s6d.
  • Pós-termo: >=42s.
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2
Q

Qual a diferença de pós termo e pós datismo?

A
  • Pós datismo: ultrapassa 40 semanas, mas não 42.

- Pós termo: ultrapassa 42 semanas.

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3
Q

De que é composto o trajeto mole do parto?

A

Pelo segmento inferior do útero, colo do útero, vagina e região vulvoperineal.

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4
Q

De que é formado o trajeto duro do útero?

A

Pelve: 2 ilíacos, sacro, cóccix e pube, com suas respectivas articulações (sínfise púbica, sacroilíacas e sacrococcígeas).

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5
Q

Quais os fenômenos que ocorrem com o colo uterino durante o trabalho de parto?

A

Apagamento e dilatação.

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6
Q

Como é dividida a pequena bacia?

A

Em 3 estreitos: superior, médio e inferior.

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7
Q

Como é subdividido o estreito superior?

A

Ele é delimitado anteriormente pelo pube, lateralmente pela linha inominada e posteriormente pela saliência do promontório.

  1. Diâmetro ântero-posterior:
    - Conjugata vera anatômica: formada pela linha que une a borda superior da sínfise púbica e o promontório. Mede 11cm.
    - Conjugata vera obstétrica: distância entre o promontório e a face interna da sínfise púbica. Mede 10,5cm.
    - Conjugata diagonalis: linha que une o promontório e a borda inferior do osso púbico. Mede 12,5cm.
  2. Diâmetros transversos:
    - Máximo: entre os pontos mais afastados da linha inominada. Mede 13cm.
    - Médio: distância entre a linha inominada na mediana da conjugata vera anatômica. Mede 12cm.
  3. Diâmetro oblíquo: da iminência iliopectínea à sacroilíaca. Mede 12cm.
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8
Q

Como é subdividido o estreito médio?

A

É delimitado pela borda inferior do osso púbico e pelas espinhas isquiáticas.

  1. Diâmetro AP: sacromédiopúbico. Mede 12cm.
  2. Diâmetro transverso: biisquiático. Mede 10-10,5cm. Plano de menor dimensão pélvica, corresponde ao plano 0 de DeLee.
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9
Q

Como é subdividido o estreito inferior?

A

É limitado pelos músculos que unem o osso sacro às espinhas isquiáticas (mm. sacrociáticos) lateralmente pelos músculos que unem o ísquio ao coccige (m. ísquiococcígeo) posteriormente e pela borda inferior do osso púbico anteriormente.

  1. Diâmetro AP: coccíxsubpúbico. Mede 9,5cm -> na fase de expulsão aumenta 2-3cm -> conjugata êxitus.
  2. Diâmetro transverso: bituberoso. Mede 11cm.
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10
Q

Como se divide a bacia maior?

A

Limitada lateralmente pelas fossas ilíacas e posteriormente pela coluna vertebral.

  1. Diâmetro AP: conjugata externa. Mede 20cm.
  2. Diâmetros transversos:
    - Biespinhal: mede 24cm.
    - Bicrista: mede 28cm.
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11
Q

Quais são os tipos de bacia?

A
  • Ginecoide: melhor prognóstico para parto vaginal.
  • Androide: formato triangular, prognóstico ruim para parto vaginal.
  • Platipeloide: diâmetro AP > transverso..
  • Antropoide.
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12
Q

Quais são os planos de DeLee?

A

Em DeLee têm-se o diâmetro biisquiático como o plano 0. Acima dele, os números são negativos; abaixo dele, os números são positivos.

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13
Q

Quais são os planos de Hodge?

A

Plano I: conjugata vera anatômica.
Plano II: linha paralela entre a borda inferior da sínfise púbica.
Plano III: diâmetro biisquiático.
Plano IV: ponta do cóccix.

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14
Q

O que se avalia na pelvimetria externa e interna?

A
  • Externa: diâmetro bituberoso (não usado na prática).

- Interna: conjugata diagonalis, buscando encontrar a medida da conjugata vera obstétrica.

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15
Q

O que é o tônus uterino?

A

Pressão miometrial em repouso, geralmente 10mmHg.

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16
Q

O que é frequência na contratilidade uterina?

A

Número de contrações que ocorre em 10 minutos.

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17
Q

O que é intensidade na contratilidade uterina?

A

Pressão máxima uterina durante uma contração, acima do tônus.

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18
Q

O que é duração na contratilidade uterina?

A

Tempo entre o início e o final de uma contração, medido em segundos.

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19
Q

O que é atividade uterina?

A

Intensidade X frequência.

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20
Q

O que é trabalho uterino?

A

Soma das intensidades de todas as contrações uterinas durante o trabalho de parto ou parte dele.

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21
Q

O que é o tríplice gradiente ascendente?

A

As contrações começam e são mais intensas no fundo uterino e se propagam do fundo para o colo.

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22
Q

Como se encontra a contratilidade uterina no período de dilatação e no período expulsivo?

A
  • Período de dilatação: contrações têm frequência de 2-3/10min, com intensidade de 30mmHg, alcançando, ao final deste período, a frequência de 4/10min, intensidade de 40mmHg e duração de 50 segundos.
  • Período expulsivo: 5-6/10min, intensidade de 50-60mmHg, duração de 60-60 segundos.
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23
Q

Quais são as funções da contratilidade uterina?

A
  • Manutenção da gravidez.
  • Dilatação e apagamento do colo.
  • Descida e expulsão fetal.
  • Descolamento da placenta.
  • Hemostasia puerperal.
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24
Q

Quais são as principais indicações para indução do parto?

A

Gravidez prolongada, amniorrexe prematura com sinais de infecção ovular, malformação fetal incompatível com a vida extrauterina, morte fetal, gestação com 41 semanas ou mais.

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25
Q

Quais são as principais contraindicações para indução do parto?

A

Gestação múltipla, desproporção cefalo-pélvica absoluta, apresentação fetal anômala, útero com histerotomia prévia longitudinal, corporal ou múltiplas, placenta prévia, obstrução do canal de parto, macrossomia fetal, sofrimento fetal, prolapso de cordão, infecção ativa pelo herpes genital, malformações uterinas, carcinoma cervical invasivo e sorologia para HIV positiva.

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26
Q

Para que serve o índice de Bishop?

A

Para avaliar maturação do colo uterino. Considera-se como colo favorável à indução com ocitócitos quando Bishop >=9; caso contrário, a indução deve ser feita com misoprostol.

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27
Q

Quais os métodos utilizados para indução do parto?

A
  • Descolamento digital das membranas amnióticas.
  • Infusão de ocitocina.
  • Utilização de prostaglandinas.
  • Amniotomia.
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28
Q

Como deve ser feita a inibição da contração uterina/tocólise?

A
  • Beta-adrenérgicos.
  • Inibidores da síntese de prostaglandinas.
  • Sulfato de magnésio.
  • Bloqueadores dos canais de cálcio.
  • Antagonistas da ocitocina.
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29
Q

O que são discinesias uterinas?

A

Quando a contratilidade uterina está anormal.

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30
Q

Quais são as discinesias quantitativas?

A
  1. Hipoatividade
    - Hipossistolia: intensidade <25mmHg.
    - Bradissistolia: <2 contrações em 10 minutos.
    TTO: infusão de ocitocina.
  2. Hiperatividade:
    - Hiperssistolia: intensidade >50mmHg
    - Taquissistolia: >5 contrações em 10 minutos.
    TTO: DLE + meperidina + tocolíticos
  3. Hipotonia: tônus uterino <8mmHg.
    TTO: ocitocina.
  4. Hipertonia:
    - Leve: 12-20mmHg.
    - Moderada: 20-30mmHg
    - Grave: >30mmHg
    TTO: DLE + meperidina + tocolíticos
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31
Q

Quais são as discinesias qualitativas?

A
  • Inversão do tríplice gradiente ascendente.

- Incoordenação uterina.

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32
Q

Quais são os três principais diâmetros dos polos cefálicos?

A
  • Diâmetro occipitofrontal: 11cm.
  • Diâmetro occipitomentoniano: 13,5cm.
  • Diâmetro suboccipitobregmático: 9,5cm.
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33
Q

O que é atitude fetal?

A

Relação das diversas partes fetais entre si.

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34
Q

Como pode se comportar a atitude fetal no eixo ântero-posterior?

A
  1. Flexão generalizada - de vértice/occipital -> 9,5cm.
  2. Deflexão de 1º grau - de bregma -> 11cm.
  3. Deflexão de 2 grau - de fronte -> 13,5cm.
  4. Deflexão de 3º grau - de face -> 9,5cm.
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35
Q

Como pode se comportar a atitude fetal no eixo latero-lateral?

A
  1. Sinclitismo: encaixamento do polo cefálico fetal com a sutura sagital com a mesma distância entre a sínfise púbica e o promontório sacral.
  2. Assinclitismo:
    - Anterior: inclinação de Litzmann/assinclitismo de Nagele - a sutura se aproxima mais do sacro.
    - Posterior: inclinação de Nagele/assinclitismo de Litzmann: a sutura se aproxima mais do pube. Mais frequente.
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36
Q

Como pode se comportar a atitude fetal na apresentação pélvica?

A
  • Pelvipodálica / pélvica completa: pernas e coxas fletidas junto às nádegas.
  • Pélvica simples / incompleta de nádegas / agripina: coxas fletidas sobre a bacia e pernas estendidas sobre a superfície anterior do tronco.
  • Pélvica incompleta / variedade de pés / de joelho / pélvica com procedência de pés/joelhos: quando partes fetais ocupam o estreito superior da bacia.
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37
Q

O que é a situação fetal?

A

Relação entre o maior eixo fetal e materno.

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38
Q

Quanto a situação, como o feto pode ser classificado?

A
  1. Longitudinal.
  2. Transverso.
  3. Oblíquo -> de transição.
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39
Q

O que é a posição fetal?

A

Relação entre o dorso fetal e o lado do abdome materno.

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40
Q

Quando à posição, como o feto pode ser classificado?

A
  • Se longitudinal: direito ou esquerdo (este mais comum).

- Se transverso: anterior ou posterior (em relação à coluna).

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41
Q

O que é a apresentação fetal?

A

Região do concepto que se relaciona com o estreito superior da bacia.

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42
Q

Quanto à apresentação, como o feto pode ser classificado?

A
  • Se longitudinal: cefálico ou pélvico.

- Se transverso: córmico.

43
Q

Quais as variedades de posição estão relacionadas com a situação longitudinal cefálica?

A
  1. Fletida - vértice/occipital: ponto de referência - lambda; linha de orientação - sutura sagital; símbolo - O.
  2. Defletida
  3. 1 Bregma: ponto de referência - bregma; linha de orientação - sutura sagitometópica; símbolo - B.
  4. 2 Fronte: ponto de referência - glabela; linha de orientação - sutura metópica; símbolo - N.
  5. 3 Face: ponto de referência - mento; linha de orientação - linha facial; símbolo - M.
44
Q

Qual a variedade de posição estão relacionadas com a situação longitudinal pélvica?

A

Ponto de referência: crista sacroccocígea
Linha de orientação: linha interglútea.
Símbolo: S

45
Q

Qual a variedade de posição estão relacionadas com a situação transversa?

A

Ponto de referência: acrômio.
Linha de orientação: dorso.
Símbolo: A.

46
Q

Quais são as principais nomenclaturas obstétricas?

A
  • A primeira refere-se ao feto e os demais pontos à mãe.
  • OP = occipito-púbico.
  • OEA = occipito esquerdo anterior.
  • OET = occipito esquerdo transverso
  • OS: occipito-sacro.
47
Q

Quantos graus cada variedade de posição precisa rotacionar para virar OP?

A
  • OEA e ODA: 45º.
  • OET e ODT: 90º
  • OEP e ODP: 135º.
48
Q

Quais são os tempos da manobra de Leopold e o que encontra-se em cada um deles?

A

Primeiro tempo: fundo uterino.
Segundo tempo: posição.
Terceiro tempo: apresentação.
Quarto tempo: grau de penetração da apresentação na pelve.

49
Q

Quais são os quatro tempos principais do mecanismo de parto?

A

Insinuação, descida, desprendimento e rotação externa.

50
Q

O que é a insinuação e qual o seu tempo acessório?

A

Passagem do maior diâmetro transverso da apresentação pelos limites do estreito superior da bacia. Tempo acessório - flexão.

51
Q

O que é a descida e qual o seu tempo acessório?

A

Passagem do estreito superior ao estreito médio. Tempo acessório - rotação interna.

52
Q

Qual o tempo acessório do desprendimento?

A

Deflexão.

53
Q

Qual o tempo acessório da rotação externa?

A

Desprendimento do ombro.

54
Q

Como é feita a manobra de Bracht e para que serve?

A

Elevação do dorso fetal ao encontro do abdome materno, com desprendimento espontâneo dos braços e do polo cefálico. Manobra de liberação de ombros no parto pélvico e também de liberação da cabeça derradeira.

55
Q

Como é feita a manobra de desprendimento dos braços in situ e para que serve?

A

O braço posterior é desprendido sobre a face anterior do sacro e o braço anterior sobre a sínfise púbica. É uma manobra de liberação de ombros no parto pélvico.

56
Q

Como é feita a manobra de Lövset e para que serve?

A

Rotação, tração e translocação do eixo escapular por até 180º, permite a transformação da espádua posterior em anterior; após o desprendimento anterior, realiza-se movimento contrário para liberação da outra espádua. É uma manobra de liberação de ombros no parto pélvico.

57
Q

Como é feita a manobra de Rojas e para que serve?

A

Rotação, tração e translocação do eixo escapular por mais de 180º, permite a transformação da espádua posterior em anterior; após o desprendimento anterior, realiza-se movimento contrário para liberação da outra espádua. É uma manobra de liberação de ombros no parto pélvico.

58
Q

Como é feita a manobra de Devent-Muller e para que serve?

A

Movimentos pendulares de elevação e tração do tronco fetal, buscando a descida das espáduas. É uma manobra de liberação de ombros no parto pélvico.

59
Q

Como é feita a manobra de Pajot e para que serve?

A

Liberação dos braços fetais através da introdução da mão do obstetra na vagina, com abaixamento dos braços fetais. Indicado nos casos de braços rendidos (elevados ou nucais).

60
Q

Como é feita a manobra de Liverpool e para que serve?

A

O corpo do feto fica pendente e sem sustentação por 20 segundos para mover a descida do polo cefálico. Após isso, o polo é levantado de tal forma que sua cabeça gire em torno da sínfise materna. Serve para desprendimento da cabeça derradeira no parto pélvico.

61
Q

Como é feita a manobra de Mauriceau e para que serve?

A

Feto apoiado no antebraço do médico, que introduz os dedos médio e indicador na cabeça do feto, fletindo o polo cefálico. Serve para desprendimento da cabeça derradeira no parto pélvico.

62
Q

Como é feita a manobra de Wiegand-Martin-Wickel e para que serve?

A

Feto apoiado no antebraço do médico, que faz pressão na cabeça fetal através do abdome materno. Utilizado na cabeça derradeira que não insinuou.

63
Q

Como é feita a manobra de Champetier de Ribes e para que serve?

A

Uma pessoa comprime a cabeça através da pressão suprapúbica, outra traciona o feto pelos pés e a terceira flexiona o feto pela cintura escapular. Utilizada na cabeça derradeira que não rotacionou.

64
Q

Como é feita a manobra de Ritgen?

A

Compressão perineal durante a expulsão fetal para que o desprendimento seja lento e evite lesões perineais.

65
Q

Como é feita a manobra de Harvey?

A

Compressão leve na região de segmento uterino inferior após descolamento placentário.

66
Q

Como é feita a manobra de Credé?

A

Expressão uterina para auxiliar descolamento da placenta. Há risco de inversão uterina.

67
Q

Como é feita a manobra de Jacob Dublin?

A

Tração axial da placenta para diminuir risco de retenção de membranas.

68
Q

Como é feita a manobra de McRoberts e para que serve?

A

Hiperflexão da coxa sobre o abdome para rotação do estreito inferior da bacia. Utilizado em distocia de ombro.

69
Q

Como é feita a manobra de Gaskin e para que serve?

A

Paciente em posição de quatro para tentar desprendimento. Utilizada em distocia de ombro.

70
Q

Como é feita a manobra de Jacquemier e para que serve?

A

Retirada do ombro posterior através da introdução de uma mão no interior da vagina. Utilizada em distocia de ombro.

71
Q

Como é feita a manobra de Rubin I e para que serve?

A

Realizar pressão suprapúbica para comprimir o diâmetro biacromial do feto. Utilizada em distocia de ombro.

72
Q

Como é feita a manobra de Rubin II e para que serve?

A

Pressão na face escapular do ombro anterior do feto para promover adução. Utilizada em distocia de ombro.

73
Q

Como é feita a manobra de Woods e para que serve?

A

Pressão na face clavicular do ombro posterior fetal com auxílio de 2 dedos para rodá-lo 180º e promover abdução do ombro.

74
Q

Como é feita a manobra de Zavanelli?

A

Reintrodução da cabeça fetal na vagina, seguindo inversamente, os movimentos fetais já realizados e término por via alta.

75
Q

Para que serve a fratura intencional da clavícula?

A

Para diminuir o diâmetro dos ombros na distocia de ombros.

76
Q

Para que serve a sinfisiotomia?

A

Para aumentar o diâmetro da pelve na distocia de ombros.

77
Q

Quais são os períodos clínicos do parto?

A

Dilatação, expulsivo, secundamento e quarto período.

78
Q

O que ocorre no período premonitório/pré-parto?

A

Modificações do útero ao longo de várias semanas (30-36s), antes de iniciar o TP. Há descida do fundo do útero (2-4cm), com a acomodação da apresentação ao canal do parto, as gestantes também podem perceber cólicas. Este período culmina na fase de pródromos.

79
Q

O que ocorre no período de dilatação?

A

É a primeira fase clínica do TP, começa quando são atingidas as contrações uterinas de frequência, intensidade e duração suficientes para produzir apagamento e dilatação do colo. Termina quando o colo está completamente dilatado.
Fazer hidratação venosa + evitar ingestão de alimentos sólidos (controverso) + posição confortável + toque vaginal a cada 1-2h + ausculta a cada 30 min (se alto risco, a cada 15min)

80
Q

O que ocorre no período expulsivo?

A

Tem início no final do período de dilatação e termina com a expulsão fetal. Considera-se prolongado se >1h. As contrações uterinas atingem seu máximo com frequência de 5/10min, durando 60-80s. Ausculta fetal de 15-15min (alto risco - 5-5min).

81
Q

O que ocorre no secundamento?

A

Corresponde ao descolamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares. É prolongado quando >30min.
Manejo ativo: recomenda-se o uso de ocitocina profilática de forma rotineira imediatamente após expulsão fetal + clampeamento tardio do cordão + tração controlada do cordão.
Após saída da placenta, revisar canal de parto em busca de lacerações.

82
Q

Quais são as duas maneiras que a placenta pode se desprender/sair do canal de parto?

A
  • Baudeloque-Schultze: desprendimento em forma de guarda-chuva -> sangramento após saída da placenta.
  • Baudeloque-Duncan: desprendimento pela borda inferior -> sangramento antes da saída da placenta.
83
Q

Quais são os graus de laceração?

A

Grau I: lesão da pele do períneo, fúrcula e mucosa vaginal.
Grau II: lesão da fáscia e muscular do períneo, sem lesão da muscular do esfíncter anal.
Grau III: lesão da muscular do esfíncter anal.
Grau IV: atinge mucosa retal, expondo a luz do reto.

84
Q

O que ocorre no quarto período do parto?

A

Tem início no final do secundamento e estende-se por 1h após o parto. Este é o período que mais ocorre hemorragia por atonia uterina ou por laceração do trajeto do parto. Também pode ocorrer sangramento por retenção de restos placentários ou membrana.

85
Q

Quais são as fases da curva de dilatação cervical no partograma?

A
  • Fase latente: do início do trabalho de parto até a fase ativa.
  • Fase ativa: inicia-se quando a dilatação atinge pelo menos 3cm em primíparas e 4cm em multíparas.
    A fase ativa é subdividida em:
    1. Fase de aceleração: dilatação inicial, com duração de cerca de 1h.
    2. Fase de inclinação máxima: dilatação linear e rápida.
    3. Fase de desaceleração: dilatação em velocidade constante, na qual ocorre a descida da apresentação.
86
Q

O que é a fase latente prolongada no partograma?

A

Dilatação <3-4cm apesar de >=20h em primíparas e >=14h em multíparas de contrações dolorosas e regulares.

87
Q

O que é a fase ativa prolongada no partograma?

A

Dilatação cervical <1cm/h. A curva de dilatação ultrapassa a linha de alerta e por vezes a linha de ação. Decorre de contrações uterinas não efetivas.

88
Q

O que é a parada secundária da dilatação no partograma?

A

A dilatação cervical permanece a mesma durante 2h ou mais, ultrapassa a linha de alerta e, por vezes, a linha de ação. A causa mais comum é a desproporção cefalo-pélvica.

89
Q

O que é o parto precipitado no partograma?

A

Dilatação, descida e expulsão do feto que ocorre em um período de 4h ou menos.

90
Q

O que é o período pélvico prolongado no partograma?

A

Descida progressiva, mas excessivamente lenta no período expulsivo. Decorre em geral da contratilidade diminuída ou desproporção cefalo-pélvica relativa.

91
Q

O que é a parada secundária da descida no partograma?

A

Diagnosticada por 2 toques sucessivos, é a descida fetal parada por pelo menos 1h, desde que a dilatação esteja completa.

92
Q

Quais são as indicações maternas de cesárea?

A

Cesarianas prévias, deformidades pélvicas, tumores obstrutivos, cerclagens abdominais, cirurgias vaginais reconstrutoras, indicações de urgência em complicações maternas.

93
Q

Quais são as indicações fetais de cesárea?

A

Anomalias de apresentação, prolapso de cordão, sorologia HIV + (depende da CV), infecção aguda por herpes no terceiro trimestre, anomalias congênitas compatíveis com a vida extrauterina, padrão não tranquilizador de BCF.

94
Q

Quais são as indicações maternofetais de cesárea?

A

Desproporção cefalo-pélvica, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia central, perimortem e prenhez gemelar com primeiro feto não pélvico.

95
Q

Quais são as indicações absolutas de cesárea?

A

Desproporção cefalo-pélvica, cicatriz uterina corporal prévia, placenta prévia central, DPP com feto viável, situação transversa, herpes genital ativo, condilomatose vulvar extensa com obstrução do canal de parto, procidência do cordão ou de membro fetal, morte materna com feto vivo.

96
Q

Quais são as indicações relativas de cesárea?

A

Feto não reativo, gestante HIV+, apresentação pélvica, gemelar, cesárea prévia com histerotomia segmentar, macrossomia fetal em gestante diabética, colo desfavorável à indução do parto com cesárea prévia, psicopatia, discinesia uterina, pré-eclâmpsia, pós-maturidade, oligodramnia, doença hemolítica perinatal, prematuridade extrema, primiparidade idosa.

97
Q

Qual a indicação do fórcipe de Simpson?

A

Pequenas rotações, todas as variedades, exceto as transversas.

98
Q

Qual a indicação do fórcipe de Kielland?

A

Variedades transversas, rotações amplas e correção de assinclitismo.

99
Q

Qual a indicação do fórcipe de Piper?

A

Cabeça derradeira.

100
Q

Quais são as indicações profiláticas de fórcipe?

A
  • Pneumopatias, cardiopatias e neuropatias maternas (indicação profilática materna).
  • Prevenção do sofrimento fetal no período expulsivo prolongado (indicação profilática fetal).
101
Q

Quais são as indicações de alívio de fórcipe?

A
  • Prevenir sobredistensão perineal e da fáscia adjacente.
  • Reduzir a perda sanguínea materna
  • Evitar a compressão prolongada da cabeça fetal, preservando o encéfalo fetal.
  • Reduzir o esforço e o desconforto do período expulsivo.
102
Q

Quais são as indicações maternas de fórcipe?

A
  • Discinesias uterinas
  • Resistência perineal que a episiotomia não resolve.
  • Sofrimento materno
  • Comorbidades que contraindiquem ou impossibilitem o esforço físico no período expulsivo, como edema agudo de pulmão, crise asmática, etc.
  • Cicatriz uterina prévia, para que o período expulsivo seja encurtado.
  • Dificuldade ou impossibilidade de utilização de prensa abdominal: astenia, hérnias abdominais, etc.
103
Q

Quais são as indicações fetais de fórcipe?

A
  • Retenção da cabeça derradeira na apresentação pélvica.
  • Sofrimento fetal agudo no período expulsivo.
  • Prematuridade.
  • Procidência irredutível de membros e de funículo quando a cabeça fetal está insinuada.
104
Q

Quais são as condições de praticabilidade do fórcipe?

A
  1. Cabeça deve estar insinuada.
  2. Paciente deve estar em dilatação total.
  3. As membranas devem estar rotas.
  4. O diagnóstico da variedade de posição deve ser preciso.
  5. Deve-se fazer o exame clínico da bacia.
  6. A proporcionalidade deve ser exata.
  7. O canal de parto não deve ter obstáculos.
  8. O reto e a bexiga devem estar vazios.
  9. O feto deve estar vivo ou em morte recente que permita preensão da cabeça.
  10. O operador deve ser habilitado e obedecer à técnica de aplicação.