Infecções congênitas Flashcards
Como funciona o risco de transmissão da doença na rubéola congênita?
É alto no primeiro trimestre, diminui no segundo e volta a aumentar nas últimas semanas de gestação.
Quais são as principais manifestações transitórias da rubéola congênita?
Hepatoesplenomegalia, hepatite, icterícia, plaquetopenia com petéquias e púrpura, anemia hemolítica, adenopatia, meningoencefalite, pneumonia intersticial, miosite, miocardite, diarreia, opacificação da córnea e alterações do crescimento ósseo.
Quais são as manifestações permanentes da rubéola congênita?
- Lesões cardíacas: persistência do canal arterial, com ou sem estenose de ramo da artéria pulmonar.
- Lesões oculares: catarata, glaucoma, retinopatia em aspecto de sal e pimenta e microftalmia.
- Alterações auditivas: surdez bilateral ou isolada (manifestação mais comum).
- Alterações no SNC: microcefalia, retardo do desenvolvimento psicomotor, distúrbios comportamentais e psiquiátricos.
Quais são as manifestações tardias da rubéola congênita?
- Endocrinopatias: diabetes mellitus tipo 1 (mais comum) e disfunção tireoidiana.
- Alterações neurológicas e oftalmológicas: panencefalite progressiva, glaucoma, alterações corneanas.
Como fazer o diagnóstico da infecção fetal?
É necessário esperar 6-8 semanas após a infecção materna e 21 semanas de gestação. É feito através de PCR do líquido amniótico.
Qual a tríade da rubéola congênita?
Catarata, surdez neurossensorial e malformação cardíaca.
Como pode ser feita a profilaxia de rubéola?
A mulheres em idade fértil com a pesquisa de anticorpos negativa, devem ser vacinadas e não devem engravidar pelos próximos 30 dias.
Qual o tratamento de rubéola congênita?
Não há tratamento específico.
Qual a via de transmissão da hepatite B neonatal?
Parto (paranatal).
Qual a profilaxia para hepatite B neonatal?
- Neonato: a vacina é obrigatória para evitar a infecção no RN: a primeira dose é administrada com menos de 12h do nascimento, a segunda com um mês da primeira e a terceira com seis meses da primeira. Aqueles com mãe HbsAg positiva receberão nas primeiras 12h, além da vacina, uma dose de imunoglobulina hiperimune anti-hepatite B.
- Gestante: profilaxia com tenofovir a partir de 28 semanas até 4 semanas do pós parto em mulheres com HbeAg positivos + carga viral >10.000.000 de cópias.
Quais as vias de transmissão de AIDS na gravidez?
Transplacentária, paranatal e amamentação.
Quais os fatores materno-fetais relacionados à transmissão de AIDS na gravidez?
- Carga viral elevada próxima ao parto (>1.000 cópias).
- Ruptura das membranas >4h.
- Baixa contagem de CD4 (<200 células).
- Corioamnionite.
- Instrumentação no parto.
- Parto pré-termo.
Como fazer o acompanhamento laboratorial de uma grávida com AIDS?
Na primeira consulta do pré natal deve-se determinar o CD4 e a carga viral, a ser repetida 4-6 semanas após o início do tratamento; depois, com 34 semanas, é feita a última determinação para escolher a via de parto.
Qual a TARV usada na gestação?
O esquema preferencial é: tenofovir + lamivudina + efavirenz.
No parto vaginal, a zidovudina (AZT) é venosa até a ligadura do cordão; na cesárea indicada, a AZT IV deve ser iniciada 3h antes. O bebê recebe AZT por solução oral nas primeiras 8h após o nascimento, permanecendo o tratamento por 6 semanas; também estão recomendadas doses de nevirapina na primeira semana se a carga viral for >1.000.
O que é carga viral detectável e indetectável?
Detectável: >500 cópias.
Indetectável: <50 cópias.
Qual a via de parto quando a mãe é HIV+?
Cesárea eletiva com 38 semanas de gravidez se a carga viral >1.000 ou desconhecida. Esta será indicada apenas se não houver ruptura das membranas e a dilatação for <3-4cm. Se carga viral <1.000 e paciente tiver sido tratada com TARV, pode-se realizar parto vaginal.