inflamação crônica Flashcards
Definição inflamação crônica
de duração prolongada em que inflamação ativa, destruição tecidual e reparo por fibrose ocorrem simultaneamente
Alterações características da inflamação crônica
- Infiltrado mononuclear (macrófagos, linfócitos)
- Destruição tecidual
- Reparo (envolve angiogenese e fibrose)
De que maneira a inflamação aguda prossegue para cronicidade? em quais contextos
- Inflamações agudas não resolvidas ou cujo agente lesivo persiste prosseguem para cronica
- Contextos de cronicidade > infeccções persistentes por microorg difíceis de erradicar/ doenças inflamatórias imunomediadas - alérgicas e autoimunes/ exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos
Quais principais células da inflamação crônica?
1- macrófagos (dominantes da inflam crônica)
2- linfócitos
3- outras (eosinófilos/ mastócitos)
Macrófagos. Modos de ativação
- Derivam de monócitos circulantes que são ativados ao penetrar nos tecidos por 2 vias:
a) via ativação clássica > ativados por produtos microbianos, IFNy. Produzem NO e ERO
b) via ativação alternativa > ativados por IL4, IL13. Fazem reparo tecidual (secretam fat de cresc que promovem angiogenese e síntese de colágeno e fibroblastos)
Macrófagos. Funções
fagocitose e eliminação/ iniciam reparo/ secretam mediadores da inflamação (TNF, IL1, quimiocinas) e eicosanoides/ Apresentam Ag e respondem a sinais de LT
IFNy estimula fusão em cél gigantes em caso de persistência de inflamação crônica
Linfocitos. Tipos e subclasses de TCD4
- NO tecido: LB > Plasmócito / LT CD4 e LT CD8
-Subclasses de TCD4+:
>TH1 (IFN-y) > via clássica macrófagos
>TH2 (IL-4, IL-5,IL-13) > eosinófilos/ via alternativa macrofagos
>TH17 (IL-17) > secreção quimioc que recrutam neutrófilos e monócitos
TH1, TH17 > bact e vírus / TH2 > helmintos, alergias
Eosinófilos.
- Infec parasitárias/ reações mediadas por IgE (alergias)
- grânulos c proteína basica principal (toxica para parasitas)
Mastócitos
- cél sentinelas nos TC
- IgE > reação alérgica/ choques anafiláticos
O que são inflamações “Agudas em Crônicas”
São aquelas que, mesmo com características crônicas, persistem com neutrofilia
O que é um granuloma ? quais os tipos existentes?
- Um granuloma é um padrão presente na inflamação crônica caracterizado por agregado de macrófagos ativados com linfócitos esparsos
- Granuloma imunogênico x de corpo estranho
Quais os 3 modos de formação de um granuloma? quais as principais doenças podem causa-lo
a) Respostas persistentes de LT a microorg específicos (M. tuberculosis/ T.pallidum)
b) Algumas doenças inflam. imunomediadas (Crohn)
c) Doença de etiologia desconhecida > Sarcoidose
-Tb/ Hanseníase/ Sífilis/ Sarcoidose/ Crohn
Morfologia do granuloma
Centro de necrose caseosa/ células epitelioides (macrófagos ativados de citoplasma granula rósseo com limites celulares indistintos) tipicamente circundadas por linfócitos. Freq cél gigantes (fusão macrófagos)
Mediadores mais importantes das reações de fase aguda (efeitos sistêmicos da inflamação) 3
TNF / IL1/ IL6
Alterações clínicas e patológicas das reações de fase aguda
a) febre
b) níveis plasmáticos elevados prot. de fase aguda
c) leucocitose
d) aumento FC e aumento PA
e) choque séptico
Mecanismos centrais e periféricos da febre
Existem pirógenos endógenos e exogenos. Os exógenos estimulam febre por emcanismos centrais ou periféricos.
MEC PERIFÉRICOS
- ativa macrófago que libera PGE2 que atuam em eferentes vagais que levam estimulo para hipotálamo (OVCV) > neurônios liberam adrenalina que atua no endotélio liberando PGE2 > Neuronios termorreguladores
- IL e outros liberados por macrofagos em tec lesado caem na circulação > OVCV > PGE2
- Cél fagocitarias circulantes liberam citocinas diretamente no OVCV > PGE2
MEC CENTRAIS
- Alguns pirógenos atravessam BHE do OVCV > Estimulam cél da glia a liberar PGE2
- Ação direta de pirogenos sobre OVCV > Cél glia > PGE2
Quais proteínas de fase aguda podem aumentar?
Sintetizadas principalmente no fígado.
- PCR
- Fibrinogênio > liga a hemac e induz formação de pilhas que sedimentam mais rápido que hemáceas (base para teste de VHS - veloc sedimentação hemac)
- Amiloide A sérica (SAA)
síntese estimulada o por IL6, muitas opsonizam e fixam complemento
Leucocitose? por que?
- costuma subir para 15 a 20k cél/ ml
- pode alcançar 40 a 100k (reações leucemoides)
- Ocorre por liberação da reserva da medula óssea (estímulo TNF e IL1)
- Associado a elevação de neutrófilos mais inativos no sangue (desvio para esquerda)
Ao que se associa neutrofilia, linfocitose e eosinofilia?
Neutrofilia = bacteriana Linfocitose = viral Eosinofilia = alérgicas
Outras alterações comuns das reações de fase aguda
aumento PA, FC, diminui sudorese, tremores, calafrios, anorexia, sonolência, mal-estar. Redirecionamento do FS para leitos vasculares cutâneos profundos
Definição choque séptico
Estimulo de produção de muitas citocinas (TNF, IL12, IL1) + coagulação intravascular disseminada + distúrbios metabólicos (acidose e choque hipotensivo)
Objetivo do reparo tecidual
restaurar arquitetura e função tecidual
2 reações que ocorrem no reparo
1) regeneração > em tecidos capazes. Proliferação de células residuais não lesadas e substituição por cél tronco
2) formação de cicatriz > em tec incapazes de se regenerar ou se estruturas de suporte estão gravemente lesadas > deposito de TC > fibrose
Do que depende a proliferação celular no reparo?
MEC e fatores de crescimento
Quais células proliferam no reparo?
- células restantes do tecido lesado (restaurar estrutura normal)
- células endoteliais (angiogenese)
- fibroblastos (cicatrização)
Divisão dos tecidos conforme capacidade proliferativa
a) TEC LÁBEIS- em divisão contínua (cél hematopoiéticas)
b) TEC ESTÁVEIS- cél quiescentes e de baixa atv replicativa. proliferam em reposta a lesão (parenquima maioria dos órgãos solidos, endotelio, fibroblastos, m liso)
c) TEC PERMANENTES- Terminalmente diferenciados (neurônios/ m. cardíaco)
-maioria dos tecidos maduros contém variadas proporções dos 3 tipos celulares
Possibilidades de células tronco na divisão
Autorrenovação e replicação assimétrica
Tipos de células tronco
a) ES- células tronco embrionárias > mais indiferenciadas, blastocistos.
b) Cél tronco teciduais - potencial de linhagem limitada ao tecido
O que são fatores de crescimento?
proteínas que estimulam sobrevivência e proliferação, migração, diferenciação etc. Seus receptores ativam vias de sinalização que expressam genes.
Genes expressos pela ligação de fatores de crescimento aos receptores envolvidos em?
Seus receptores ativam vias de sinalização que expressam genes que:
a) Promovem entrada no ciclo celular
b) Atenuam bloqueios na progressão do ciclo
c) Impedem apoptose
d) Aumentam síntese de proteínas celulares
exemplos de fatores cresc: EGF / HGF/ quimioc/ citocinas/ VEGF
Qual o papel da MEC no reparo tecidual?
- regula proliferação (se liga e exibe fatores de cresc),
- movimentação,diferenciação,
- migração das células (serve como suporte mecânico de ancoragem)
- reservatório de fatores de crescimento
Regeneração só é possivel se…
trama de TC e MEC estiverem íntegras.
Situações de formação de cicatrizes
- lesão grave ou crônica e resulta em danos às cél do parênquima e do TC
- células que não se proliferam foram lesadas
Etapas da cicatrização
1- angiogenese
2- ativação de fibroblastos e deposição de TC
Etapas angiogenese
1- NO > Vasodilatação > Aumento permeab
2- Separação pericitos da superfície abluminal
3- migração cél endoteliais em direção a lesão (papel de metaloproteinases para degradar lamina basal)
4- proliferação cél endoteliais atrás da frente migratória
5- recrutamento cél periendoteliais
6- supressão da proliferação e migração endotelial e deposição da memb basal
envolve fatores de cresc > VEGF e FGF
Etapas na deposição de TC e fatores que influenciam
1- migração e proliferação de fibroblastos para local da lesão
2- deposição de proteínas da MEC produzidas pelos fibroblastos
fatores > PDGF (migração e proliferação de fibroblastos)
/ FGF-2/
TGF-b (estimula colageno, fibronectina, proteoglicanos/ citocina anti-inflam)
Fatores que influenciam o reparo tecidual (8)
1- infecção características 2- nutrição 3- glicocorticoides 4- fatores mecanicos 5- perfusão deficiente 6- corpos estranhos 7- tipo e extensão da lesão 8- localização da lesão e natureza do tecido
2 Formas de ocorrência da cura em feridas cutâneas
Ambas: regeneração ept e formação cicatriz TC
1- Cura por primeira intenção
2- Cura por segunda intenção
Como se da a cura por primeira intenção
ex: reparo de ferida de incisão cirúrgica por sutura.
- lesão provoca apenas roptura local da continuidade da memb basal e morte limitada de cél ept.
- regeneração epitelial
- espaço preenchido por coágulo sangui neo com fibrina e tec de granulação
- posteriormente coberto por novo epitélio fino inicialmente.
- tec granulação invade espaço da incisão
- neovascularização
- intensa deposição de colágeno
Como se da a cura por segunda intenção
ex: grandes feridas, abcessos, ulceras, necrose isquemica de órgãos
- perda de células mais extensa
- coarctação de margens impossibilitada
- combinação de regeneração + cicatrização
- reação inflam mais intensa
- abundante tec de granulação
- contração da ferida mediada por miofibroblastos
- forma-se coágulo ou crosta rica em fibrina na superfície