Funções Essenciais à Justiça - Defensoria Pública Flashcards

1
Q

Verdadeiro ou Falso:

As Defensorias Públicas Estaduais e as Procuradorias Estaduais têm autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de suas propostas orçamentárias.

A

Falso.

As Procuradorias não possuem autonomia, pois são órgãos do respectivo Poder Executivo.

Já as Defensorias Públicas possuem autonomia funcional e administrativa e capacidade para propor suas propostas orçamentárias (art. 134, §2º).

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2
Q

Verdadeiro ou Falso:

À União compete organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios.

A

Falso.

Segundo a EC 69/12, a competência para organizar e manter a DP/DF agora é do Distrito Federal.

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3
Q

Quando que a Defensoria Pública passou a ter previsão constitucional?

A

Com a CF/88.

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4
Q

Quais foram as principais contribuições das seguintes EC à Defensoria Pública:

  • EC 45/2004;
  • EC 69/2012;
  • EC 74/2013;
  • EC 80/2014.
A
  1. EC 45/2004: deu autonomia administrativa, financeira e orçamentária (AFO) às Defensorias Públicas Estaduais.
  2. EC 69/2012: Transferiu da União para o DF a competência para Manter e Organizar a Defensoria Pública do DF.
  3. EC 74/2013: Estendeu a autonomia administrativa, financeira e orçamentária (AFO) à Defensoria Pública da União e do DF.
  4. EC 80/2014:
    - Determinou que, em até 8 anos, cada COMARCA deve ter, no mínimo, 1 Defensor. O número de Defensores deve ser proporcional à demanda de trabalho e à população.
    - Passou a prever expressamente os princípios da Unidade, Indivisibilidade e Independência Funcional.
    -Determinou a observância dos arts. 93, II, 96, aplicáveis aos Magistrados.
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5
Q

Complete:

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a (1) ___________, a (2) promoção dos ________ e (3) a defesa, em todos os graus, __________, dos direitos ______ e _______, de forma ________ e _______, aos necessitados.

A
  1. Orientação jurídica.
  2. Direitos humanos.
  3. Judicial e extrajudicialmente.
  4. Individuais e Coletivos.
  5. Integral.
  6. Gratuita.
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6
Q

Verdadeiro ou Falso:

Diante do descaso dos governantes, o Poder Judiciário possui legitimidade para assegurar políticas públicas que viabilizem a implementação de defensorias públicas, tendo em vista a Reserva do Possível não pode se sobrepor ao mínimo existencial.

A

Verdadeiro.

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7
Q

Como se dá o ingresso na carreira de Defensor Público?

A

Concurso Público de Provas e Títulos.

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8
Q

Como se dá a remuneração dos Defensores Públicos?

A

Subsídio.

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9
Q

Verdadeiro ou Falso:

É incompatível com a Constituição Federal norma estadual que disponha sobre a contratação temporária de advogados para o exercício de função de Defensor Público.

A

Verdadeiro.

ADI 3.700.

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10
Q

Verdadeiro ou Falso:

O STF já reconheceu a constitucionalidade de norma estadual que viabiliza aos Procuradores do Estado a OPÇÃO pela carreira da Defensoria, quando o cargo inicial para o qual foi realizado o concurso englobava a ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA AOS NECESSITADOS.

A

Verdadeiro.

ADI 3.720.

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11
Q

Verdadeiro ou Falso:

Os Defensores Públicos possuem vitaliciedade e inamovibilidade.

A

Falso.

Os defensores possuem estabilidade após 3 anos de efetivo exercício.

Os defensores possuem inamovibilidade.

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12
Q

Verdadeiro ou Falso:

Os Defensores Públicos podem advogar em causa própria.

A

Falso.

Não podem advogar fora das atribuições institucionais, nem mesmo em causa própria.

Art. 134, §1º

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13
Q

Que tipo de lei deve organizar a Defensoria Pública da União e Territórios, prescrevendo normas gerais de organização nos Estados e no DF?

A

Lei Complementar Nacional.

Atualmente, a LC 80/94.

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14
Q

Quais são os princípios constitucionais da Defensoria Pública?

Art. 134, §4º.

A
  1. Unidade;
  2. Indivisibilidade; e
  3. Independência Funcional.
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15
Q

Verdadeiro ou Falso:

É inconstitucional norma que impõe a Defensoria Pública Estadual a obrigação de firmar convênio exclusivo com a OAB ou com qualquer outra entidade, para a prestação de serviço jurídico integral e gratuito aos necessitados.

A

Verdadeiro.

ADI 4.163.

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16
Q

Verdadeiro ou Falso:

Viola a Constituição ato de Governador de Estado que insere a Defensoria Pública
dentro da estrutura de Secretaria de Estado.

A

Verdadeiro.

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17
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Defensoria Pública possui legitimidade para ajuizar Ação Civil Pública.

A

Verdadeiro.

Lei 7.357/85, ADI 3.943.

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18
Q

Qual o atual entendimento acerca da possibilidade da Defensoria Pública receber verbas de sucumbência decorrentes de sua atuação.

A

Em decisão unânime, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é devido o pagamento de honorários à Defensoria Pública nas demandas em que ela representa a parte vencedora contra qualquer ente público, inclusive aqueles aos quais está vinculada. O valor recebido, entretanto, deve ser destinado exclusivamente ao aperfeiçoamento das próprias Defensorias e não pode ser rateado entre seus membros.

RE 114005.

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19
Q

Verdadeiro ou Falso:

Os Defensores Públicos NÃO PODEM RECEBER, a qualquer título e sob qualquer pretexto, HONORÁRIOS, PERCENTAGENS ou CUSTAS PROCESSUAIS, em razão de suas atribuições.

A

Verdadeiro.

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20
Q

Verdadeiro ou Falso:

Mesmo que o defensor público ou MP. tenha sido pessoalmente intimado e tenha comparecido à audiência na qual se tenha proferido a decisão judicial, a contagem do prazo recursal, NO PROCESSO CRIMINAL, para a impugnação, terá início com a entrada dos autos no setor administrativo do órgão.

A

Verdadeiro.

STJ, HC 296.759-RS.

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21
Q

A Defensoria Pública possui legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública e defender interesses transindividuais – coletivos stricto sensu e difusos – e interesses
individuais homogêneos.

A

Certo.

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22
Q

Verdadeiro ou Falso:

É atribuição concorrente do defensor público-geral e do chefe do respectivo Poder Executivo a iniciativa de lei que trate de alteração no número de membros da Defensoria Pública, da criação e da extinção de cargos e da fixação de subsídio dos
defensores públicos.

A

Errado.

Pois a Defensoria Pública tem autonomia para tanto.

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23
Q

A Defensoria Pública de determinado estado da Federação encaminhou ao Poder Executivo local proposta de orçamento anual da instituição. Consolidada com cortes de despesas de pessoal e de custeio, a proposta foi inserida no corpo do projeto de lei orçamentária anual do estado, que foi enviado à Assembleia Legislativa para apreciação.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o item à luz da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal (STF).

O governador poderia efetuar o corte das despesas indicadas na proposta de orçamento e não previstas na lei de diretrizes orçamentárias

A

Verdadeiro.

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24
Q

Verdadeiro ou Falso:

O ente federado tanto pode optar pela constituição de defensoria pública quanto firmar convênio exclusivo com a OAB para prestar assistência jurídica integral aos
hipossuficientes

A

Falso.

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25
Q

Verdadeiro ou Falso:

É inconstitucional lei estadual que preveja que o serviço de “assistência jurídica gratuita” será feito primordialmente por advogados dativos e não pela Defensoria Pública.

A

Verdadeiro.

A atuação de advogados dativos é meramente suplementar.

ADI 3892/SC e ADI 4270/SC.

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26
Q

A Defensoria Pública é vinculada (subordinada) a qualquer um Poderes?

A

Não. A DF possui autonomia, não se vinculando a nenhum dos Poderes, em especial ao Executivo.

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27
Q

Verdadeiro ou Falso:

É inconstitucional lei estadual que atribua ao chefe do Executivo competência administrativa no âmbito da Defensoria Pública (como nomeação do Subdefensor Público-Geral, bem como autorizar o afastamento de Defensores Públicos para estudos ou missão).

A

Verdadeiro.

STF, ADI 5286/AP.

Em razão de sua autonomia administrativa.

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28
Q

Verdadeiro ou Falso:

Governador do Estado, ao encaminhar para a Assembleia Legislativa o projeto de lei orçamentária, NÃO pode reduzir a proposta orçamentária elaborada pela Defensoria Pública, se esta estiver de acordo com a LDO.

A

Verdadeiro.

ADI 5287/PB.

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29
Q

Verdadeiro ou Falso:

É INCONSTITUCIONAL a contratação, sem concurso público. após a instalação da Assembleia Constituinte, de advogados para exercerem a função de Defensor Público Estadual.

A

Verdadeiro.

RE 856550/ES.

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30
Q

Verdadeiro ou Falso:

É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de função, no Tribunal de Justiça, para (1) PROCURADORES DO ESTADO, (2) PROCURADORES DA ALE, (3) DEFENSORES PÚBLICOS e (4) DELEGADOS DE POLÍCIA.

A

Verdadeiro.

ADI 2553/MA.

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31
Q

Em caso de intimação pessoal do MP ou DP por meio de remessa dos autos, quando se inicia o prazo se não houver prova da data em que os autos chegaram na instituição?

A

Será na data em que houve a aposição do “ciente” pelo Defensor ou Membro do MP.

AgRg no AREsp 648.078/SP.

32
Q

Verdadeiro ou Falso:

No processo criminal, a não observância da intimação pessoal da Defensoria Pública deve ser impugnada IMEDIATAMENTE na primeira oportunidade processual, SOB PENA DE PRECLUSÃO.

A

Verdadeiro.

STF, HC 133476

33
Q

Verdadeiro ou Falso:

No processo criminal, A INTIMAÇÃO PESSOAL da Defensoria Pública quanto à data de julgamento de HC só é necessária se houver pedido expresso para a realização de SUSTENTAÇÃO ORAL.

A

Verdadeiro.

STF, HC 134.904/SP.

34
Q

Verdadeiro ou Falso:

Os Defensores Públicos precisam de inscrição na OAB para exercerem suas atribuições.

A

Falso.

A capacidade postulatória dos Defensores Públicos decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no cargo.
Entretanto, é válida a exigência de inscrição na OAB para os candidatos ao concurso da Defensoria Pública porque tal previsão permanece na lei.

REsp 1.710.155-CE.

35
Q

O Defensor Público precisa de mandato para representar a parte em processos administrativos ou judiciais?

A

Em regra, não.

Exceção: quando se tratar de atos que a lei exija poderes especiais.

36
Q

Verdadeiro ou Falso:

O Defensor Público não faz jus ao recebimento de honorários pelo exercício da curatela especial.

A

Verdadeiro.

STJ, REsp 1.201.674/SP.

37
Q

Em caso de ação patrocinada pela Defensoria Pública contra o respectivo ente, caso o Poder Público seja sucumbente, ele deverá pagar honorários advocatícios em favor instituição?

A

STJ: NÃO (Súmula 421).

STF: Repercussão Geral - Pendente (Tema 1002).

38
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Defensoria Pública possui legitimidade para proceder com a assistência judiciária de necessitados jurídicos, ainda que não sejam carentes de recursos econômicos.

A

Verdadeiro.

STJ, EREsp 1.192.577-SP. A Defensoria Pública pode atuar tanto em favor dos carentes de recursos financeiros como também em prol do necessitado organizacional (que são os “hipervulneráveis”, como é o caso dos idosos).

39
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Defensoria Pública pode ter acesso a procedimento instaurado pela Justiça para apurar irregularidades em unidade de internação.

A

Verdadeiro.

STJ, RMS 52.271/SP.

40
Q

A DPE pode atuar no STJ?

A

Sim, pode atuar perante os Tribunais Superiores.

Entretanto, deverá possuir escritório de representação em Brasília. Caso contrário, as intimações das decisões do STJ nos processos de interesse da DPE serão feitas para a DPU.

STJ, AgRg no HC 378.088/SC + STF, HC 118294/AP.

41
Q

Verdadeiro ou Falso:

Configura crime de desobediência (art. 330, CP) a conduta do Defensor Público-Geral que deixa de atender à requisição judicial de nomeação de defensor público para atuar em determinada ação penal.

A

Falso.

Não configura crime, ante a autonomia funcional e administrativa da DF, que impede que o Judiciário interfira nas escolhas e nos critérios de atuação dos Defensores Públicos que foram nomeados pelo Defensor Público-Geral. (STJ, HC 310.901/SC).

42
Q

Verdadeiro ou Falso:

O Poder Judiciário não pode impor a nomeação de Defensores Públicos para atuar em processos da Justiça Militar em discordância dos critérios de alocação de pessoal do órgão.

A

Verdadeiro.

STJ, RMS 59.413/DF.

43
Q

Como a Defensoria Pública é subdividida?

A
  1. Defensoria Pública da União;
  2. Defensoria Pública do DF;
  3. Defensoria Pública dos Territórios;
  4. Defensoria Pública dos Estados.
  • Como não há Judiciário e MP Municipal, também não há DP local.
44
Q

Complete:

É dever constitucional do Poder Executivo o repasse, sob a forma de duodécimos e até o dia ____ de cada mês, da integralidade dos recursos orçamentários destinados a outros Poderes e órgãos constitucionalmente autônomos, como o MINISTÉRIO PÚBLICO e a DEFENSORIA PÚBLICA, conforme previsão da respectiva LOA.

A

20.

ADPF 339 + art. 168, CF.

45
Q

Verdadeiro ou Falso:

A autonomia administrativa, financeira e orçamentária é garantida à Defensoria Pública da União, do DF e dos Estados, não se admitindo sua vinculação a qualquer dos Poderes, se tratando de norma de eficácia plena e aplicação imediata.

A

Verdadeiro.

EC nº 45/04, 69/12 e 74/13.

46
Q

De acordo com a EC 80/2014, qual é o prazo que a União, os Estado e o DF possuem para prover todas as unidades unidades jurisdicionais com, pelo menos, 1 Defensor Público?

A

8 anos, ou seja, até 2022.

47
Q

Em que consiste o princípio do “defensor público natural”?

A
  1. Consiste na garantia que os necessitados possuem de serem patrocinados por DEFENSORES PÚBLICOS investidos na carreira após aprovação em concurso público de provas e títulos.
  2. Desse modo, convênios com a OAB possuem caráter excepcional.
48
Q

Quais são as garantias dos membros da Defensoria Pública?

A
  1. Estabilidade após 3 anos de efetivo exercício;
  2. Inamovibilidade (por motivo político ou por perseguição): salvo voluntariamente ou como forma de punição, assegurando-se ampla defesa;
  3. Irredutibilidade dos vencimentos: nominalmente;
  4. Independência funcional: atuando de acordo com a sua convicção.
49
Q

Fale acerca da atuação da Defensoria Pública como “custos vulnerabilis”?

A
  1. Compete à Defensoria Pública a defesa dos “vulneráveis sociais”, o que não se restringe aos necessitados economicamente, incluindo, dentre outros, os consumidores, as crianças, os idosos, as pessoas com deficiência etc.
  2. Como “custos vulnerabilis”, a Defensoria Pública possui a capacidade para recorrer.
50
Q

Verdadeiro ou Falso:

É constitucional a regra que prevê que o servidor público processado em razão de ato praticado no exercício regular de funções terá direito à “assistência judiciária” do Estado. Entretanto, essa assistência deve ser feita pelo Procurador de Estado, não podendo ser atribuído, genericamente, à Defensoria Pública, salvo se o servidor COMPROVAR insuficiência de recursos.

A

Verdadeiro.

Posição do STF.

51
Q

Verdadeiro ou Falso:

No processo penal, a Defensoria Pública ainda goza de prazo em dobro, embora o MP não goze de tal prerrogativa. Segundo o STF, tal regra é considerada CONSTITUCIONAL até que a DP efetivamente se instale (“lei ainda constitucional”).

A

Verdadeiro.

52
Q

Verdadeiro ou Falso:

Aos Procuradores dos Estados no exercício de assistência judiciária é reconhecida a prerrogativa do recebimento de INTIMAÇÃO PESSOAL em qualquer processo e grau de jurisdição, porquanto investidos na função de defensor público.

A

Verdadeiro.

Informativo 251/STF.

53
Q

Verdadeiro ou Falso:

Se estendem aos defensores dativos as prerrogativas processuais CÍVEIS da intimação pessoal e do prazo em dobro assegurados aos defensores públicos em geral e os profissionais que atuam nas causas patrocinadas pelos serviços estaduais de assistência judiciária.

A

Falso.

Não se estendem aos defensores dativos tais prerrogativas

No processo penal, por outro lado, os defensores dativos possuem a prerrogativa da INTIMAÇÃO PESSOAL (CPP, art. 370, §4º).

54
Q

Verdadeiro ou Falso:

No rito dos Juizados Especiais não há a prerrogativa do prazo em dobro para a DP, MP e Advocacia Pública.

A

Verdadeiro.

Art, 9º, Lei 10.259/01.

55
Q

Verdadeiro ou Falso:

De acordo com o CPC, a Defensoria Pública goza de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, estendendo-se tal prerrogativa aos ESCRITÓRIOS DE PRÁTICA JURÍDICA das faculdade de direito e às ENTIDADES QUE PRESTAM ASSISTÊNCIA JURÍDICA GRATUITA em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.

A

Verdadeiro.

Art. 184, §4º, CPC.

56
Q

Ação civil ex delicto e legitimidade do MP. Fale sobre tal situação em conformidade com a posição do STF.

A
  1. O art. 68 do CPP prevê que o MP tem legitimidade para a ação civil ex delicto em favor dos pobres.
  2. Em tese, essa regra viola a legitimidade da DP, que vem a missão constitucional de defender os mais vulneráveis.
  3. O STF entendeu que essa é uma norma “em trânsito, progressivamente, para a inconstitucionalidade”, até que a Defensoria Pública esteja efetivamente instalada na Comarca.
57
Q

Verdadeiro ou Falso:

Observados os parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade, pode ser conferida à defensoria pública, por lei complementar estadual, a prerrogativa de requisitar, de quaisquer autoridades públicas e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias ao exercício de suas atribuições.

A

Verdadeiro.

A Defensoria Pública detém a prerrogativa de requisitar, de quaisquer autoridades públicas e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias à sua atuação.

STF. Plenário. ADI 6852/DF e ADI 6862/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 18/2/2022 (Info 1045).

58
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Constituição Federal de 1988 define que a Defensoria Pública, enquanto instituição essencial à função jurisdicional do Estado, é responsável pela defesa e orientação jurídica dos necessitados, prevendo a assistência jurídica integral e gratuita como direito fundamental autoaplicável e adotando, como regra, o modelo judicare.

A

Falso.

O Brasil adotou, na CF, o sistema salaried staff model, o que significa que incumbe à DP a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados.

Já o sistema judicare é adotado em diversos países europeus, tais como França, Inglaterra, Holanda e Áustria. Neste sistema, o patrocínio da defesa dos necessitados é garantido por meio de advogados remunerados pelo Estado, mas sem vínculo empregatício com o Poder Público. Entende-se que, em razão de caber aos advogados o monopólio da representação em juízo dos particulares, não cabe à Administração Pública se imiscuir em tal seara. Outrossim, por se tratar de atividade privada, impõe-se ao Estado a devida contrapartida financeira aos prestadores deste serviço.

59
Q

Verdadeiro ou Falso:

É constitucional norma estadual que atribua à defensoria pública do estado a competência de defender servidores públicos civis estaduais processados administrativa, civil ou criminalmente.

A

Falso.

É inconstitucional a lei estadual que atribui à Defensoria Pública do Estado a defesa judicial de servidores públicos estaduais processados civil ou criminalmente em razão do regular exercício do cargo, pois se extrapola o modelo da CF (art. 134), o qual restringe as atribuições da Defensoria Pública à assistência jurídica dos necessitados (ADI 3022/SC, DJe 04/03/2005).

60
Q

Verdadeiro ou Falso:

A omissão estatal que inviabilize a pessoas carentes o direito fundamental à defensoria pública enseja intervenção jurisdicional que vise implementar programa constitucional destinado a conferir acesso gratuito aos desassistidos.

A

Verdadeiro.

INSTRUMENTO […]- Assiste a toda e qualquer pessoa – especialmente àquelas que nada têm e que de tudo necessitam – uma prerrogativa básica essencial à viabilização dos demais direitos e liberdades fundamentais, consistente no reconhecimento de que toda pessoa tem direito a ter direitos, o que põe em evidência a significativa importância jurídico-institucional e político-social da Defensoria Pública. - O descumprimento, pelo Poder Público, do dever que lhe impõe o art. 134 da Constituição da República traduz grave omissão que frustra, injustamente, o direito dos necessitados à plena orientação. (AI 598212 ED, Relator(a): CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 25/03/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-077 DIVULG 23-04-2014 PUBLIC 24-04-2014 RTJ VOL-00235-01 PP-00195)

61
Q

Verdadeiro ou Falso:

Compete à União, de forma privativa, legislar sobre a Defensoria Pública do Distrito Federal.

A

Falso.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;

62
Q

Verdadeiro ou Falso:

Segundo o entendimento predominante no Supremo Tribunal Federal, é reconhecida a legitimidade da Defensoria Pública para propor, em determinadas circunstâncias, ação civil pública em defesa de direitos difusos ou coletivos.

A

Verdadeiro.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 733.433, apreciando o Tema 607 da repercussão geral, fixou tese nos seguintes termos:

A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura da ação civil pública em ordem a promover a tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas.

63
Q

Verdadeiro ou Falso:

O fato de Defensoria Pública estadual não possuir representação física na cidade de Brasília é critério suficiente para que a Defensoria Pública da União assista as partes em sede de recurso especial.

A

Falso.

O STJ indeferiu pedido da DPU para, em substituição à Defensoria Pública de Alagoas, atuar em recurso especial sob o argumento de que a Defensoria Estadual não possui representação em Brasília. Isso porque, embora a DPE/AL não possua espaço físico em Brasília, ela aderiu ao Portal de Intimações Eletrônicas do STJ e, portanto, pode atuar normalmente no processo a partir de sua sede local. A DPU só pode atuar nos processos das Defensorias Públicas estaduais se a respectiva Defensoria Pública estadual: • não tiver representação em Brasília; e • não tiver aderido ao Portal de Intimações Eletrônicas do STJ. STJ. 5ª Turma. PET no AREsp 1513956-AL, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 17/12/2019 (Info 664)

64
Q

SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: O Ministério Público estadual propôs Ação Civil Pública a fim de que fossem lotados defensores públicos em determinada comarca para prestar atendimento à população carente. Adotou como fundamento a responsabilidade constitucional do Estado em prestar assistência jurídica integral e gratuita aos que COMPROVAREM insuficiência de recursos.

ASSERTIVA: De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que tal modalidade de intervenção judicial é ILEGÍTIMA, ante a autonomia da Defensoria Pública, caso em que não é possível o Poder Judiciário interferir nas suas questões internas.

A

Verdadeiro.

“[…] 1. A Defensoria Pública tem a garantia de estar em juízo para defesa de suas prerrogativas e funções institucionais, não se mostrando necessário, nessa hipótese, que sua representação judicial fique a cargo da Advocacia-Geral da União. 2. A imposição de multa diária pode gerar maior prejuízo à coletividade, afetando sensivelmente a economia pública. 3. A lotação de Defensor Público em determinada unidade faz parte da estruturação administrativa do órgão, não cabendo ao Poder Judiciário interferir em suas questões internas. 4. Houve nítida interferência na atribuição exclusiva da DPU para proceder à lotação de seus defensores, em violação do comando do art. 134, §1º, da Constituição Federal. 5. Agravo regimental parcialmente provido, tão somente para afastar a aplicação da multa cominada” (SL nº 866/ES-AgR, Tribunal Pleno, DJe de 2/10/19).

65
Q

Verdadeiro ou Falso:

É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que dispõe competir à Assembleia Legislativa do Estado processar e julgar Defensor Público-Geral do Estado nos crimes de responsabilidade.

A

Verdadeiro.

  1. É inconstitucional dispositivo da Constituição do Rio de Janeiro pelo qual se dispõe competir à Assembleia Legislativa do Estado processar e julgar Defensor Público-Geral do Estado nos crimes de responsabilidade. Compete privativamente à União legislar sobre normas de processamento e julgamento de crimes de responsabilidade (inc. I do art. 22 da Constituição da República e Súmula Vinculante n. 46 do Supremo Tribunal Federal). […]

(ADI 558, Relator(a): CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 19/04/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-189 DIVULG 21-09-2021 PUBLIC 22-09-2021)

66
Q

Verdadeiro ou Falso:

É constitucional a lei que disponha sobre direitos e vantagens dos Defensores Públicos cujo processo legislativo tenha se dado a partir de projeto de lei apresentado pelo chefe do Poder Executivo.

A

Falso.

Em razão da autonomia da DP, a competência é do chefe da instituição.

67
Q

Verdadeiro ou Falso:

É inconstitucional proposta de emenda à Constituição Federal que disponha sobre a Defensoria Pública e cuja iniciativa do processo legislativo tenha competido a parlamentar federal.

A

Falso.

Não há vício de iniciativa na propositura da emenda, de iniciativa parlamentar, que disponha sobre a Defensoria Pública, e nem afronta ao princípio constitucional da separação dos Poderes. (ADI 5296 / DF - DISTRITO FEDERAL. Relatora: ROSA WEBER - ADI da autonomia funcional, administrativa e orçamentária das defensorias públicas da União e do DF)

68
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Defensoria Pública detém exclusividade na prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados, sendo inconstitucional qualquer iniciativa de Executivo Municipal nesse sentido.

A

Falso.

Os Municípios podem instituir a prestação de assistência jurídica à população de baixa renda. (ADPF 279, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 03/11/2021)

69
Q

No julgamento da ADI nº 6.852, o relator, ministro Edson Fachin, afirmou que reconhecer a atuação da Defensoria Pública como um direito que corrobora para o exercício de direitos é reconhecer sua importância para um sistema constitucional democrático em que todas as pessoas, principalmente aquelas que se encontram à margem da sociedade, possam usufruir do catálogo de direitos e liberdades previsto na Constituição Federal.

Nessa decisão, foi reconhecida pelo STF a constitucionalidade da REQUISIÇÃO NO ÂMITO INSTITUCIONAL, que significa o quê?

A

Uma PRERROGATIVA dos Defensores Públicos, que permite exigir de autoridade pública ou de seus agentes informações e providências necessárias ao exercício de suas atribuições.

70
Q

Verdadeiro ou Falso:

É constitucional norma estadual que restabeleça, no âmbito do Poder Judiciário local, cargos de Advogado da Justiça Militar vocacionados a patrocinar a defesa gratuita de praças da Polícia Militar.

A

Falso.

Esse modelo não se coaduna com aquele implementado pela ordem constitucional inaugurada em 1988, o qual dispõe que a função de defesa dos necessitados, quando desempenhada pelo Estado, é própria à Defensoria Pública (art. 134 da CF/88).

A função de defesa dos necessitados, quando desempenhada pelo Estado, é própria da Defensoria Pública.

71
Q

Verdadeiro ou Falso:

É constitucional a norma federal que criou a Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública nos estados-membros e estabeleceu suas competências

A

Verdadeiro.

Ao editar a LC 80/94, a União atuou conforme sua competência legislativa, pois se limitou a instituir diretrizes gerais sobre a organização e a estrutura da
Ouvidoria-Geral das Defensorias Públicas estaduais, sem prever qualquer singularidade regional ou especificidade local.
Não há singularidade regional ou especificidade local que justifique a impugnação da referida norma. Antes, a legislação veio a garantir que o órgão não tenha atribuições distintas em cada unidade da federação, desvirtuando sua função.

STF. Plenário. ADI 4608/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 13/5/2022 (Info 1054).

72
Q

Verdadeiro ou Falso:

O Defensor Público, atuando em nome da Defensoria Pública, possui legitimidade para impetrar mandado de segurança em defesa das funções institucionais e prerrogativas de seus órgãos de execução, NÃO SE TRATANDO DE ATRIBUIÇÃO CONFERIDA EXCLUSIVAMENTE AO DEFENSOR PÚBLICO-GERAL.

A

Verdadeiro.

STJ. 4ª Turma. RMS 64.917/MT, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 7/6/2022 (Info 742).

73
Q

Verdadeiro ou Falso:

É constitucional lei complementar estadual que, desde que observados os parâmetros de
razoabilidade e proporcionalidade, confere à Defensoria Pública a prerrogativa de requisitar, de quaisquer autoridades públicas e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias ao exercício de suas atribuições.

A

Verdadeiro.

STF. Plenário. ADI 6860/MT, ADI 6861/PI e ADI 6863/PE, Rel. Min. Nunes Marques, julgados em 13/9/2022 (Info 1067).

74
Q

Verdadeiro ou Falso:

Lei complementar estadual pode conferir à defensoria pública o poder de requisição para instaurar inquérito policial.

A

Falso.

É inconstitucional tal previsão. STF. Plenário. ADI 4346/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgado em 13/03/2023 (Info 1086).

75
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Defensoria Pública possui legitimidade ativa para propor ação civil pública com vista a impor ao Estado o cumprimento de obrigações legais na tutela de pequenos agricultores familiares, sendo prescindível a comprovação prévia e concreta da carência dos assistidos.

A

Verdadeiro.

STJ. 2ª Turma. REsp 1.847.991-RS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 16/08/22 (Info 748).

76
Q

Verdadeiro ou Falso:

A Constituição Federal de 1988 define que a Defensoria Pública, enquanto instituição essencial à função jurisdicional do Estado, é responsável pela defesa e orientação jurídica dos necessitados, prevendo a assistência jurídica integral e gratuita como direito fundamental autoaplicável e adotando, como regra, o modelo judicare.

A

Falso.

O Brasil adotou, na CF, o sistema salaried staff model, o que significa que incumbe à DP a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados.

Já o sistema judicare é adotado em diversos países europeus, tais como França, Inglaterra, Holanda e Áustria. Neste sistema, o patrocínio da defesa dos necessitados é garantido por meio de advogados remunerados pelo Estado, mas sem vínculo empregatício com o Poder Público. Entende-se que, em razão de caber aos advogados o monopólio da representação em juízo dos particulares, não cabe à Administração Pública se imiscuir em tal seara. Outrossim, por se tratar de atividade privada, impõe-se ao Estado a devida contrapartida financeira aos prestadores deste serviço.