Farmacologia - Farmacodinâmica Flashcards

1
Q

Qual o tipo de receptor que abre ou fecha canais para passagem de íons?

A

Receptores Ionotrópicos

Receptor ligado a canal iônico. → Atua rapidamente → Abre ou fecha canal → Entrada ou saída de íons (Na+, K+, Cl-, Ca²+).

Exemplo: Benzodiazepínico (canal de Cl- no GABA-A).

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2
Q

Qual o tipo de receptor que ativa segundos mensageiros dentro da célula?

A

Receptores metabotrópico

Receptor acoplado à proteína G. → Ativa enzimas → Produz AMPc, IP3, DAG → Gera resposta celular.

Exemplo: Adrenalina em receptores β-adrenérgicos.

Metabotrópico → Ação indireta → Proteína G → Segundos mensageiros → Metabolismo celular → Efeito mais lento (segundos a minutos).

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3
Q

Qual receptor tem atividade enzimática própria quando ativado?

A

Receptor enzimático (ou tirosina-quinase). → Fosforila proteínas → Gera resposta intracelular.

Exemplo: Insulina.

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4
Q

Qual receptor precisa de fármaco lipossolúvel para atravessar a membrana e atuar no núcleo?

A

Receptor intracelular (ou nuclear). → Modula transcrição de genes → Resposta lenta e duradoura.

Exemplo: Corticoides, hormônios sexuais, vitamina D.

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5
Q

Qual tipo de receptor é o mais rápido em produzir efeito?

A

Receptores ligados a canais iônicos. → Efeito imediato (milissegundos).

O benzodiazepínico (ex: diazepam, clonazepam) se liga a um local específico do receptor GABA-A (não é o mesmo local do GABA).

Essa ligação não abre o canal sozinha.

Mas facilita (potencializa) a ação do GABA → Ou seja: aumenta a frequência de abertura do canal de Cl⁻ quando o GABA se liga.

Resultado → Mais Cl⁻ entra na célula → Hiperpolarização → Neurônio fica menos excitável → Efeito ansiolítico, sedativo, anticonvulsivante.

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6
Q

Qual tipo de receptor é o mais lento em produzir efeito?

A

Receptores intracelulares (nucleares). → Horas ou dias (porque mexem na transcrição genética).

Exemplo: Corticoides.

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7
Q

Qual é a enzima que transforma ácido araquidônico em prostaglandinas?

A

Ciclooxigenase (COX).

Existem 2 tipos principais: COX-1 e COX-2.

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8
Q

Qual a função fisiológica da COX-1?

A

Produzir prostaglandinas “boas” → Proteção gástrica, função renal normal, agregação plaquetária.

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9
Q

Qual a função da COX-2?

A

Produzir prostaglandinas “inflamatórias” → Promovem dor, febre, edema, inflamação.

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10
Q

Qual o mecanismo de ação dos AINEs?

A

Inibem a enzima COX (1 e/ou 2) → Diminuem a produção de prostaglandinas → Reduzem dor, febre e inflamação.

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11
Q

Quais os principais efeitos colaterais dos AINEs que inibem COX-1?

A

Gastrite, úlcera gástrica, piora da função renal, risco de sangramento (↓ agregação plaquetária).

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12
Q

Qual a vantagem dos AINEs seletivos para COX-2?

A

Menor risco de irritação gástrica.

Porém, aumentam o risco cardiovascular (trombose, infarto).

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13
Q

Por que a aspirina em baixa dose é usada como antiagregante plaquetário?

A

Porque inibe preferencialmente COX-1 nas plaquetas → Reduz a produção de tromboxano A2 (TXA2), que promove agregação plaquetária.

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14
Q

O que é tolerância farmacológica?

A

É a redução do efeito do fármaco após uso repetido, exigindo aumento da dose para manter o efeito.

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15
Q

Qual a diferença entre tolerância e resistência?

A

Tolerância = Adaptação do organismo ao fármaco.
Resistência = O alvo do fármaco mudou ou desapareceu.

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16
Q

O que é taquifilaxia?

A

Tipo de tolerância que ocorre muito rapidamente (em horas ou dias).

Exemplo: Descongestionantes nasais.

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17
Q

Quais os principais mecanismos de tolerância farmacológica? (3)

A
  1. Diminuição do número de receptores (down-regulation).
  2. Aumento do metabolismo do fármaco.
  3. Adaptação celular.
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18
Q

Dê 2 exemplos clássicos de fármacos que causam tolerância.

A

Opioides (morfina).
Benzodiazepínicos.

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19
Q

Como a resistência bacteriana ocorre com antibióticos?

A

A bactéria altera ou destrói o alvo do antibiótico.

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20
Q

Como ocorre a resistência das células tumorais à quimioterapia?

A

A célula tumoral desenvolve bombas de efluxo que expulsam o fármaco da célula.

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21
Q

O que é um agonista farmacológico?

A

Fármaco que se liga ao receptor e ativa uma resposta celular.

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22
Q

O que diferencia um agonista pleno de um agonista parcial?

A

Agonista pleno → Produz o efeito máximo (Emax).

Agonista parcial → Mesmo ocupando todos os receptores, produz efeito submáximo.

23
Q

O que é um antagonista farmacológico?

A

Fármaco que se liga ao receptor e impede sua ativação.

24
Q

Como age um antagonista competitivo?

A

Disputa o mesmo local de ligação do agonista → Efeito reversível aumentando a dose do agonista.

25
Como age um antagonista não-competitivo?
→ Liga-se a um sítio diferente do receptor (alostérico) ou liga-se de forma irreversível ao sítio do agonista. → Em ambos os casos: não adianta aumentar a dose do agonista, pois a eficácia máxima (Emax) é reduzida. → Curva dose-resposta: desloca-se para baixo.
26
O que é um agonista inverso?
→ Liga-se ao mesmo receptor que o agonista, mas estabiliza sua forma inativa. → Em vez de ativar o receptor, reduz sua atividade basal (atividade constitutiva). → Resultado: efeito oposto ao do agonista pleno. → Exemplo: alguns fármacos ansiolíticos que atuam nos receptores GABA-A como agonistas inversos aumentam a ansiedade.
27
O que são receptores reserva?
Receptores 'sobrando' no tecido — é possível atingir o Emax mesmo sem ocupar todos os receptores.
28
Como a presença de receptores reserva influencia a ação dos antagonistas?
→ Antagonistas competitivos não reduzem o Emax se houver receptores reserva suficientes. → Porque o agonista, mesmo com parte dos receptores bloqueados, ainda consegue ativar os receptores livres e gerar resposta máxima. → Resultado: aumenta a CE50 (desloca curva para a direita), mas o Emax se mantém.
29
Na curva dose-resposta, o que significa um fármaco ser mais potente?
Precisa de menor dose (ou concentração) para atingir o mesmo efeito → Curva mais à esquerda.
30
Na curva dose-resposta, o que significa um fármaco ser mais eficaz?
Produz um efeito máximo maior (Emax mais alto) → Curva mais alta.
31
Como um antagonista competitivo altera a curva dose-resposta?
Desloca a curva para a direita (diminui a potência), mas mantém o Emax (eficácia).
32
Como um antagonista não-competitivo altera a curva dose-resposta?
Reduz o Emax (eficácia) e pode ou não alterar a potência.
33
O que significa DE50 (ou ED50)?
Dose que gera o efeito desejado em 50% da população.
34
O que significa DL50 (ou LD50)?
Dose que causa morte em 50% da população (modelo experimental).
35
Como se calcula o Índice Terapêutico (IT)?
IT = DL50 / DE50 Quanto maior o IT → Mais seguro o fármaco.
36
O que é janela terapêutica?
Faixa de concentração plasmática segura e eficaz do fármaco.
37
Dê 3 exemplos de fármacos com baixo índice terapêutico.
Digoxina Varfarina Lítio → Exigem monitoramento rigoroso.
38
Fármacos com maior potência sempre são clinicamente melhores que os menos potentes.
Falso. ## Footnote Potência só indica a dose necessária para gerar efeito. O mais importante na prática clínica é a eficácia (Emax) e segurança do fármaco.
39
A eficácia de um fármaco está relacionada ao efeito máximo que ele pode produzir, independentemente da dose.
Verdadeiro. ## Footnote Eficácia (Emax) = Altura máxima da curva dose-resposta.
40
Antagonistas competitivos diminuem a eficácia máxima de um agonista.
Falso. ## Footnote Antagonistas competitivos deslocam a curva dose-resposta para a direita (diminui potência), mas o Emax se mantém.
41
Antagonistas não-competitivos diminuem o efeito máximo (Emax) de um agonista.
Verdadeiro. ## Footnote Porque bloqueiam o receptor de forma irreversível ou por outro sítio → Agonista não consegue reverter o bloqueio.
42
Receptores reserva aumentam a potência de um agonista.
Falso. ## Footnote Receptores reserva permitem atingir o Emax com menor ocupação dos receptores, mas potência depende da afinidade do fármaco e do sistema envolvido.
43
Índice Terapêutico (IT) baixo significa que o fármaco é muito seguro.
Falso. ## Footnote IT baixo significa risco maior de toxicidade → Necessita monitoramento.
44
A curva quantal é usada para avaliar o efeito do fármaco em diferentes indivíduos de uma população.
Verdadeiro. ## Footnote Curva quantal mostra a % da população que responde a uma determinada dose.
45
A tolerância farmacológica pode ocorrer por aumento do metabolismo do fármaco ou diminuição do número de receptores.
Verdadeiro. ## Footnote São mecanismos clássicos de tolerância.
46
Resistência farmacológica só ocorre com antibióticos.
Falso. ## Footnote Resistência pode ocorrer com antineoplásicos, antivirais e outros fármacos — sempre que o alvo sofre mutação ou desaparece.
47
Agonistas parciais podem atuar como antagonistas na presença de agonistas plenos.
Verdadeiro. ## Footnote Porque ocupam o receptor, mas geram resposta menor → Reduzem o efeito do agonista pleno.
48
O que caracteriza o antagonismo competitivo reversível?
O antagonista compete com o agonista no mesmo receptor. Pode ser revertido aumentando a concentração do agonista. Desloca a curva dose-resposta para a direita, SEM ALTERAR a EFICÁCIA MÁXIMA.
49
O que caracteriza o antagonismo competitivo irreversível?
O antagonista se liga covalentemente ou com altíssima afinidade ao receptor. Aumentar o agonista não reverte o bloqueio. Reduz a eficácia máxima (Emax).
50
O que caracteriza o antagonismo não competitivo?
O antagonista se liga em um local diferente do receptor (alostérico) ou inativa o receptor. Reduz a eficácia máxima, independentemente da concentração do agonista.
51
O que caracteriza o antagonismo funcional (ou fisiológico)?
Drogas agem em receptores diferentes, mas com efeitos opostos. ## Footnote Exemplo clássico: Adrenalina (broncoDILATA) x Histamina (broncoCONSTRINGE).
52
O que caracteriza o antagonismo químico?
Neutralização direta entre substâncias, sem envolver receptor. ## Footnote Exemplo clássico: Protamina neutraliza Heparina.
53
Por que os AINEs seletivos para COX-2 aumentam o risco cardiovascular?
Inibem a COX-2 → ↓ prostaciclina (PGI2) → ↓ vasodilatação e ↓ inibição da agregação plaquetária. ## Footnote Mantêm a COX-1 ativa → produção de tromboxano A2 → ↑ agregação plaquetária e vasoconstrição. Desequilíbrio pró-trombótico → Maior risco de eventos cardiovasculares (infarto, trombose, AVC).