Farmacologia do osso Flashcards

1
Q

Agentes anabolizantes

A

Análogos da PTH

Aumentam a reabsorção de osso e o volume do osso esponjoso e a espessura cortical, mas também aumentam a sua porosidade

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Q

Anti-reabsorventes

A

É o caso dos bisfosfonatos
Inibem a atividade dos osteoclastos
Previnem a degradação do osso esponjoso e potencialmente o adelgaçamento do osso cortical
Usados no tratamento das osteoporose

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3
Q

Aumento de cálcio circulante

A

Uma das reações adversas comum a praticamente quase todos os fármacos análogos do cálcio que afetam o metabolismo do osso está relacionada com o aumento de cálcio circulante que, por sua vez, está muito associado às patologias cardiovasculares, pois causa: arritmias, tromboses, ativação de vários fatores de coagulação

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4
Q

Terapia hormonal de substituição

A

Não é utilizada pois favorecia a patologia isquémica cardíaca, o que significa que, do ponto de vista do
osso, o risco era superior ao benefício

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5
Q

Porque é que a osteoporose surge essencialmente após a menopausa?

A

Porque os estrogénios vão estimular a formação do osso e manter o remodelling deste osso.
Assim, mantêm a OPG elevada para que não haja uma ativação excessiva dos osteoclastos.
Na menopausa, dá-se uma diminuição dos estrogénios, levando a uma maior reabsorção em comparação à síntese do osso, culminando em osteoporose.

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6
Q

Fármacos usados na terapêutica da osteoporose associada à menopausa

A
Bifosfonatos
Anticorpo inibidor do RANKL (Denosumab) 
Análogo da hormona paratiroideia
Inibidor da catepsina
Inibidor da esclerostina
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7
Q

Bifosfonatos

A

Depositam-se na matriz do mineral do osso e vão ter dois mecanismos de ação:

  • diminuem a solubilidade de hidroxiapatita (formada por fosfato e cálcio), aumentado a resistência à digestão pelos osteoclastos
  • são fagocitados pelos osteoclastos, impedindo a formação de colesterol nos osteoclastos e levando consequentemente à apoptose dos mesmos. Este é o mecanismo com maior impacto
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8
Q

Mecanismo bisfosfonatos

A

Inibem a atividade dos osteoclastos, previnem a degradação do osso esponjoso
Em doses elevadas diminuem turnover ósseo e inibem a mineralização (efeito não desejável)
Biodisponibilidade oral muito baixa (1-6%), ou seja,
absorvem-se muito mal no trato gastrointestinal
Causam irritação da mucosa gástrica e são indutores de ulceração e de gastrite
Elevada permanência no organismo (2 em 2 anos)
Têm de ser tomados em jejum, com água e a pessoa, após a toma, não se deve deitar para evitar o contacto permanente do bifosfonato com o esófago ou a mucosa diretamente
Excreção renal
Não podem ser administrados com inibidores da bomba de protões

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9
Q

Reações adversas bisfosfonatos

A
  • Hipocalcemia: a degradação da matriz óssea é menor, porque a atividade dos osteoclastos é menor, logo a captação de cálcio para a circulação também diminui;
  • Ulceração da mucosa gastrintestinal superior;
  • Alterações ligeiras do trânsito gastrintestinal;
  • Reações de hipersensibilidade
  • Nefrotoxicidade: está associada ao fármaco em si e não ao seu mecanismo de ação.
  • Osteonecrose mandibular: associada a tratamentos mais prolongados
  • Fraturas atípicas: osso fratura menos vezes, mas quando fratura é em locais mais incomuns e é mais difícil de tratar.
  • Fibrilhação auricular
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10
Q

Fármacos Bifosfonatos

A
Ácido alendrónico
Ácido clodrónico
Ácido Ibandrónico
Ácido zoledrónico
Pamidronato dissódico
Risedronato de sódio
Tiledonato dissódico
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11
Q

Análogos PTH devem ser administrados em pequenas doses

A

Se forem administradas doses muito altas existe muita ativação de osteoblastos, com consequente ativação do RANKL que culmina na ativação de muitos osteoclastos. Deixa de existir um balanço benéfico entre a ativação dos osteoblastos e a ativação dos osteoclastos.
Relembrar: OB estimulam ativação dos OC

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12
Q

Mecanismo ação Teriparatida (análoga PTH)

A

Aumenta a expressão do RANKL e simultaneamente diminuindo a atividade da osteoprotegerina e assim
culminado na estimulação do remodeling do osso.
Liga-se ao receptor PTH
Mobiliza o Ca2+ do osso
Aumenta a reabsorção de Ca2+ renal e diminui a de fosfato
Estimula a síntese de calcitrol
Atua no rim, osso e GI
Administração via subcutânea, 1x ao dia

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13
Q

Reações adversas Teriparatida

A
Hipercalcémia (reação adversa mais frequente)
Hipercalciúria
Arritmias (muitas vezes associadas à hipercalcémia)
Cefaleias
Náuseas
Tonturas
Cãibras
Osteosarcoma
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14
Q

Fármaco anticorpo inibidor do RANKL

A

Denosumab

Anticorpo monoclonal que vai bloquear o RANK-Ligando

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15
Q

Denosumab

A

A eficácia deste fármaco é sempre relativamente reduzida. No entanto, mostrou-se eficaz a reduzir as fraturas em mulheres com osteoporose pós-menopáusica.
Tem ação semelhante à OPG, ligando-se ao receptor RANK, de modo a evitar a ativação dos osteoclastos

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16
Q

Reações adversas denosumab

A
Administração por via subcutânea, dose única de 6 em 6 meses, o que é uma vantagem.
Reações adversas:
1. Infeções Urinárias
2. Infeções respiratórias superiores
3. Dor nos membros inferiores
4. Dor Ciática
5. Obstipação
6. Cataratas
7. Erupções cutâneas
17
Q

Romosozumab

A

Inibidor das esclerostinas.
A ativação da via WNT conduz a um aumento de B-catenina no plasma e esta por sua vez leva a uma ativação da estimulação da proliferação celular e ao crescimento do osso
O fármaco é um inibidor das esclerostinas, pelo que ele vai inibir a ação das esclerostinas, o que conduz a uma inibição da inibição da via WNT, ou seja, há uma
maior ativação da via WNT. Assim, há um aumento da proliferação das células ósseas.
Duas injeções subcutâneas mensais

18
Q

Reação adversa Romosozumab

A

Reações no sítio da injeção
Dores articulares
Cefaleias

19
Q

Inibidores da catepsina-K

A

A catepsina é uma protéase lisossomal, produzida essencialmente pelos osteoclastos.
Essa enzima é ativa em ambiente ácido e tem como finalidade digerir a matriz orgânica do osso.
O Odanacatib vai inibir a atividade dessas protéases, diminuindo a degradação óssea e, consequentemente reforça a estrutura do osso.

20
Q

SERM (Modeladores seletivos dos receptores de estrogénio)

A

Atua no osso, endométrio, mama e sistema cardiovascular
Não tem risco de cancro da mama
Atividade agonista dos estrogénios do osso e sistema CV e antagonista na mama e útero
Aumento da atividade osteoblástica e diminuição da osteoclástica
Administração oral, baixa disponibilidade

21
Q

Vitamina D exógena

A

A vitamina D endógena tem de ser metabolizada ao nível da pele, fígado e rim e só depois é que está apta para exercer as suas funções.

22
Q

Função da vitamina D

A

Aumenta a absorção de Cálcio e Fosfato ao nível do trato gastrointestinal.
Aumenta a reabsorção de cálcio no rim. Consequentemente, há um aumento da eliminação de Cálcio ao nível renal, aumentando a probabilidade de calciúria e de nefrolitíase.
Favorece o Turnover do osso, através da diferenciação e ativação dos osteoblastos.
Administração oral e endovenosa
Ligação alfa-globulina
Tempo de semi-vida: 22h

23
Q

Efeito contraditório da vitamina D in vitro e in vivo

A

IN Vitro
A vitamina D estimula a expressão RANKL, que por sua vez aumenta a atividade dos ostoclastos.
IN VIVO
A vitamina D e os seus derivados, como calcitriol, alfacalcidol e eldecalcitol são utilizados como
medicamentos terapêuticos para a osteoporose, pois aumentam a densidade mineral óssea em pacientes com osteoporose.

24
Q

Análogos da vitamina D

A
D2 ou D3 exogéneas
Alfacalcidol
Calcitriol
Eldecalcitiol
Colecalciferol
25
Q

Ranelato de Estrôncio

A

É uma combinação de fármacos
É um ácido orgânico ligado a catiões divalentes.
É semelhante ao cálcio na absorção intestinal, eliminação renal e incorporação óssea - o estrôncio deposita-se na matriz e diminui a fragilidade da microestrutura óssea.
Administração oral
Não se usa devido às RA cardiovasculares

26
Q

Administração aguda de glucocorticoides

A

Em situações de administração aguda, os glucocorticoides aumentam a apoptose dos osteócitos, diminuem a atividade dos osteoblastos, aumentam diretamente a atividade dos osteoclastos e aumentam a reabsorção do osso. São, portanto, os agentes iatrogénicos frequentemente associados à osteoporose.

27
Q

Administração crónica de glucocorticoides

A

Em situações de administração prolongada não se verificam os mesmos efeitos, pois com a diminuição da atividade dos osteoblastos a longo prazo, também haverá uma diminuição consecutiva da atividade dos osteoclastos (o ciclo). Assim, em situações cronicas, os glucocorticoides não levam ao aumento da reabsorção do osso.