Farmacologia da diabetes Flashcards

1
Q

Administração de insulina

A

A insulina não pode ser administrada por via oral porque é degradada no trato gastrointestinal, a via mais usual é a via subcutânea – as pessoas usam uma bomba de perfusão ou fazem uma prega na pele e administram.

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2
Q

Fármacos que atuam no metabolismo da glicose

A
Análogos da insulina
Secretagogos
Sensitizadores
Inibidores da alfa-glucosidase
Análogo da GLP-1
Inibidores do SGLT2
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3
Q

Fármacos análogos da insulina

A

Ação ultra-rápida: Lipro, aspart e glusilina
Ação rápida: Regular
Ação intermédia: NPH
Ação lenta: Determir e glargina

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4
Q

Fármacos Secretagogos

A

Sulfonilureias: Glibenclamida, Glicazida, Glimepirida
Glinidas: Nateglinida, Repaglinida

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5
Q

Fármacos Sensitizadores

A

Biguanidas: Metmorfina
Glitazonas/ Tiazolidinedionas (TZDs): Rosiglitazona, Pioglitazona
Bromocriptina

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6
Q

Sensitizadores da insulina

A

Vão fazer com que a insulina exerça melhor a sua ação: - em condições de resistência à insulina, se pusermos a insulina existente no nosso organismo a funcionar melhor, vamos precisar de secretar menos insulina, diminuindo a hiperinsulinémia
- numa fase em que já existe hipoinsulinémia, eles também podem aumentar a sensibilidade à pouca que existe e potenciar a sua ação

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7
Q

Biguadinas

A

Diminuição da concentração plasmática de glucose
Efeito adverso tóxico associado: acidose láctica
Fármaco de 1ª linha para o tratamento da diabetes tipo 2 - metmorfina: usado como antidiabético oral e não tem a RA

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8
Q

Análogos da insulina

A

Existem 4 grupos que diferem no período de tempo de administração
Os de ação ultra rápida e de ação rápida são administrados antes das refeições e promovem a absorção da glicose pós-prandial
Os de ação intermédia e de ação lenta são administrados ao deitar e visam manter as concentrações basais de insulina. Têm um inicio de ação cerca de 6-8h após administração e permanecem inalteradas durante 24h.

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9
Q

Dificuldades dos análogos da insulina administrados antes das refeições

A

No caso da administração antes das refeições, as pessoas contam os hidratos de carbono que vão consumir nessa mesma refeição e estimam a quantidade de insulina que tem de ser administrada – risco de causar hipoglicemia ou de não ser suficiente para fazer o controlo glicémico.

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10
Q

Mecanismo dos análogos da insulina

A

Actuam no receptor da insulina
Administrados via parentérica: subcutânea ou endovenosa
RA administração subcutânea: hipoglicémia, aumento de peso (por ser uma hormona anabólica), lipodistrofia
RA administração inalatória: hipoglicémia, tosse, dor ou irritação na garganta (não pode ser usada em doentes com patologia respiratória - asma e DPOC)

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11
Q

Administração via subcutânea da insulina

A

O local mais comum é a parede abdominal anterior, podendo também ser na região deltodeia, face externa da coxa, antebraços e quadrante super-externo da nádega

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12
Q

Alteração da velocidade de absorção da insulina

A
Aumentam a velocidade:
Massagem
Exercicio físico
Aplicação num local de calor
Diminuem a velocidade:
Aplicação num local frio
Aplicação com garrote
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13
Q

Administração inalatória da insulina

A

Afrezza
Usa-se um inalador onde se insere uma cápsula de insulina, forma-se um aerossol e depois de administrado, é absorvido para a circulação sistémica. Administrado em doses controladas.
A insulina por via inalatória só pode ser administrada antes das refeições (ação rápida) e não pode ser usada como insulina basal

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14
Q

Secretagogos

A

Atuam na disfunção aguda das células beta

Estimulam a secreção de insulina

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15
Q

Sulfonilureias

A

Atuam no pâncreas
Bloqueiam o canal de potássio, potenciando a entrada de cálcio e a secreção de insulina. Por isso, estes fármacos chamam-se secretagogos
Reduzem a produção de glucagon
Administração oral, inicio de ação muito rápido
Metabolizados no fígado e eliminados por via renal
Não preservam a função das células beta
RA: hipoglicémia, aumento de peso, retenção hídrica, IC

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16
Q

Glinidas

A

Atuam no pâncreas
Atuam no mesmo local no canal de potássio sensível ao ATP que as sulfonilureias. No entanto, ligam-se ao canal de uma maneira transiente e, portanto, o efeito hipoglicemiante não é tão acentuado
Menor duração de ação
Repaglinida liga-se ao mesmo local das sulfonilureias
Nateglinida tem um inicio de ação mais rápido

17
Q

Metmorfina

A

Único biguanida de administração oral (antidiabético oral)
− Diminui a produção hepática de glucose
− Aumenta a captação periférica de glucose pelo músculo e tecido adiposo
− Diminui a absorção de glucose pelo trato GI
− Não estimula a secreção de insulina → preserva as células beta
− Não provoca hipoglicemia
− Semivida de 1.5 a 3 horas
Bom perfil cardiovascular
RA: obstipação

18
Q

Mecanismo de ação da metmorfina

A

A metformina é transportada para o interior das células hepáticas a partir do transportador OCT1 e inibe o
complexo 1 da mitocôndria, não sendo formado ATP, logo não há energia para se formar mais glicose
Ao mesmo tempo, a razão AMP/ATP aumenta, o que vai ativar a AMPK. Esta inibe a frutose-bifosfato sintetase, inibindo também a formação de glucose.

19
Q

Glitazonas/ Tiazolidinedionas (TZDs)

A

Atuam, essencialmente, no tecido adiposo
Atuam nos receptores PPAR-gama
− São sensitizadores da insulina – diminuem a insulinorresistência
− Promovem e aumentam a captação de glucose para o tecido adiposo
− Promovem o armazenamento de glucose no tecido adiposo
− Regulam a apoptose e diferenciação de adipócitos
− Modulam as hormonas produzidas pelos adipócitos – leptina e a adiponectina (aumentam-nas)
− Reduzem a HbA1c e a insulinemia
− O seu maior efeito é a preservação das células beta

20
Q

Reações adversas das Tiazolidinedionas

A
Retenção hídrica
Edemas periféricos/ aumento da volémia
Insuficiência cardíaca
Aumento de peso ponderal
Osteoporose
Aumento das transaminases
Pioglitazona: cancro da bexiga
21
Q

Bromocriptina

A

− Agonista dos recetores da dopamina
− Antidiabético oral de ação central, tendo um efeito importante na regulação circadiana do metabolismo
− Aumenta os níveis hipotalâmicos de dopamina
− Inibe o excesso de atividade simpática
− Redução da glucose pós-prandial através da supressão da produção de glucose hepática
− Aumento da sensibilidade à insulina
− Redução dos níveis de ácidos gordos livres
− Redução de eventos cardiovasculares
Tem de ser tomada de manhã
Alimentos afetam a absorção
Inicio de ação: 30min

22
Q

Reação adversa bromocriptina

A

São maioritariamente relacionados com os efeitos dopaminérgicos e ao nível do simpático: náuseas, astenia, obstipação, tonturas, rinite

23
Q

Inibidor da alfa-glicosidase

A

Atua ao nível do intestino
A alfa-glicosidase está presente no intestino e metaboliza os oligossacáridos e polissacáridos em monossacáridos para serem absorvidos. Assim, se inibirmos a alfa-glicosidase, vamos ter menos metabolismo dos oligossacáridos e polissacáridos em monossacáridos, logo menor absorção da glucose. Há uma diminuição da glicemia pós-prandial,
RA: flatulência, meteorismo
Administração oral, inicio de ação rápido
Provoca reduções muito pequenas nos níveis de HbA1c

24
Q

Incretinas

A

São degradadas pela enzima DPP4
GIP e GLP-1
Estimula a libertação de insulina e aumento da captação de glucagon

25
Q

Inibidores da DPP-IV

A

Sitagliptina
Vildagliptina
Terminação: -gliptina
São inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-IV), logo aumentam a secreção de insulina e diminuem os níveis de glucagon
Diminuem o esvaziamento gástrico e o apetite
Semi-vida 12 horas
Muito seguros
Efeitos adversos GI: náuseas e vómitos (relacionados com a sua ação sobre o GIP)
Associação com outros ADO (antidiabéticos orais) para promover o controlo da glicémia, como a metmorfina

26
Q

Análogo GLP-1

A

Exenatilde
Administração subcutânea 2x
Associação com sulfonilureias e/ ou metformina no caso do controlo glicémico. Estes são fármacos que têm começado a ser utilizados na Terapêutica da obesidade.
Reduz os níveis de HbA1c em 0.5-1%
Reduz peso (em média 1,5 kg)
RA: náuseas, vómitos, diarreia, cefaleias, anorexia
CI: IR e doença gastrointestinal grave

27
Q

Mecanismo dos análogos da GLP-1

A

Para além de atuar estimulando a síntese de insulina, também atua no hipotálamo, promovendo a termogénese pelo tecido adiposo castanho
O tecido adiposo castanho é ativado pelo frio e pelo SNS, logo dado que o GLP-1 também atua no cérebro vai promover esta ação.
Ao mesmo tempo, existe o chamado fenómeno de browning) ou seja, do tecido branco adquirir características do castanho, conseguindo queimar energia e é por isso que as pessoas perdem peso

28
Q

GIP

A

Reduz a motilidade GI e a secreção de ácido, induzindo, ainda, a secreção de insulina, que é estimulada principalmente pela hiperosmolaridade da glicose no duodeno.
A quantidade de insulina secretada é maior quando a glicose é administrada por via oral do que por via intravenosa.
Além de seu papel como uma incretina, o GIP é conhecido por inibir a apoptose das células beta pancreáticas e promover sua proliferação

29
Q

Agonistas GLP-1 vs Inibidores DPP4

A
Agonistas GLP1: 
administração injectavel
perda de peso
hipoglicémia
alterações no TGI
Inibidores DPP4:
administração oral
sem alterações no peso
não provoca hipoglicémia
nasofaringite
30
Q

Fármacos Inibidores do SGLT2

A

Dapaglifozina

Empaglifozina

31
Q

Mecanismo inibidores do SGLT2

A

O SGLT2 é expresso no TCP e é responsável pela maior parte da absorção da glicose. Estes fármacos bloqueiam a sua ação, aumentando a eliminação de glicose através da urina

32
Q

Benefícios dos Inibidores do SGLT2

A

Ação independente da insulina
Perda de peso
Baixa incidência de hipoglicémia
Ação complementar com outros antidiabéticos, podendo aumentar a sua eficácia
Podem ser usados em qualquer fase da diabetes

33
Q

Reações adversas Inibidores do SGLT2

A

Infeções urinárias de repetição
Infeções genitais
Aumento do hematócrito
Diminuição da pressão arterial

34
Q

Sinergismo mecanismos de ação

A

pioglitazona e metformina
Maximização da eficácia
Minimização dos efeitos adversos