Espécies De Ações Flashcards
Quais as disposições que regulam os processos especiais?
Os processos especiais regulam-se pelas disposições que lhes são próprias e pelas disposições gerais e comuns. Em tudo quanto nao estiver prevenido numas e noutras, observar-se-á o que se acha estabelecido para o processo ordinário, nos termos do artigo 549/1.
O que e a interdição?
É a situação jurídica na qual uma pessoa se encontra, total ou parcialmente, privada do exercício pessoal e livre dos seus direitos, em virtude de uma decisão judicial (por exemplo: anomalia psíquica, cegueira, etc.)
O que e a inabilitação?
E a situação jurídica na qual uma pessoa se encontra privada de realizar determinados atos jurídicos, por decisão judicial, necessitando da autorização de um curador (por exemplo: prodigalidade, alcoolismo e toxicodependência).
Em que situação pode ser requerida a divisão de coisa comum?
Todo aquele que pretenda por termo à indivisão de coisa comum requerera, no confronto dos demais consortes, que, fixadas as respetivas quotas, se proceda a divisão em substância da coisa comum ou a adjudicação ou venda desta, com repartição do respetivo valor, quando a considere indivisível, indicando logo as provas, nos termos do artigo 925º.
Qual o prazo para contestar uma ação especial de divisão de coisa comum?
Os requeridos são citados para contestar, no prazo de trinta dias, oferecendo logo as provas que dispuserem, nos termos do artigo 926/1.
Qual a diferença entre divorcio e separação de pessoas e bens?
No caso do divórcio, o casamento e dissolvido e tem juridicamente os mesmos efeitos da dissolução por morte. Deixam de existir relações pessoais e só depois de decretado é que podem ser partilhados os bens. No caso da separação de pessoas e bens, o casamento nao é dissolvido, mantem-se as relações pessoais e extinguem-se os deveres de coabitação e de assistência. Relativamente aos bens, produz os mesmos efeitos da dissolução do casamento, nos termos do artigo 1795-A CC.
No decurso dum processo de divórcio e separação sem consentimento do outro cônjuge existem três possibilidades. Quais são?
No decurso dum processo de divórcio e separação sem consentimento do outro cônjuge existe a possibilidade de reconciliação e, consequentemente, a manutenção do casamento ou a possibilidade de convolação do divorcio em mutuo consentimento. Caso não ocorram nenhum das mencionadas situações, o divorcio sem consentimento do outro cônjuge corre os seus termos.
Qual e a primeira audiência na ação de divórcio sem consentimento do outro cônjuge?
Num processo de divórcio e separação sem consentimento do outro cônjuge a primeira audiência será sempre a tentativa de conciliação, nos termos do artigo 931/1 e 1779 cc.
Qual o objetivo da tentativa de conciliação no divórcio sem consentimento do outro cônjuge?
O objetivo da tentativa de conciliação é, como o nome indica, tentar conciliar as partes. Caso assim não seja possível, pelo menos convolar em divórcio por mutuo consentimento, ou seja, obter acordo entre os cônjuges (provisoriamente) relativamente a alimentos, a regulação das responsabilidades parentais e a utilização da casa de morada de família.
Em que casos e que o Advogado pode representar o cônjuge que falte na audiência de tentativa de conciliação?
As partes podem fazer-se representar por mandatário com poderes especiais caso estejam ausentes do continente ou da ilha onde correr o processo, nos termos do artigo 931/1.
O divorcio sem consentimento do outro cônjuge pode ser convolado em divorcio por mutuo consentimento?
O divórcio sem consentimento do outro cônjuge pode ser convolado em divorcio por mutuo consentimento desde que haja acordo dos cônjuges quanto aos alimentos, quanto a regulação das responsabilidades parentais, quanto a utilização da casa de morada de família durante o período de pendencia do processo e sobre a relação de bens (contudo nao tem que existir um acordo
de partilha), nos termos do artigo 931/3 e 4 e 994 e ss.
Imagine que é intentado um processo de divórcio sem consentimento do outro cônjuge. O Réu é citado para contestar?
Apresentada a petição, o Juiz designará dia para uma tentativa de conciliação, sendo o Réu citado para comparecer pessoalmente (e não para contestar), nos termos do artigo 931 - 1779 do CC.
Imagine que na audiência de tentativa de conciliação, as partes nao chegam a acordo. Quid Juris?
Não sendo possível a conciliação das partes, o juiz ordenara a notificação do Réu para contestar no prazo de trinta dias. No ato da notificação, a fazer imediatamente, entregar-se-á ao Réu o duplicado da petição inicial, nos termos do artigo 931/5.
O Réu só tem conhecimento da petição inicial neste momento e nao antes, para nao inviabilizar a possibilidade de acordo.
Quando é que começa a contar o prazo para o Réu contestar a ação de divórcio sem consentimento do outro cônjuge?
O prazo para o Réu contestar no divorcio sem o consentimento do outro cônjuge conta-se a partir do momento da notificação.
Imagine que o Réu nao contesta a ação de divórcio sem consentimento do outro cônjuge. Quid luris?
No caso concrete, não há efeito cominatório pois trata-se de direitos indisponíveis, nos termos dos artigos 354 b CC e 568.