Doenças das Vias Biliares Flashcards
Quais as doenças calculosas biliares? (4)
- Colelitíase
- Colecistite
- Coledocolitíase
- Colangite aguda
Quais os tipos de cálculo na Doença Calculosa Biliar? (3)
1) Cálculo amarelo
- tipo mais comum
- cálculo de colesterol
- radiotransparente
- formado na vesícula
- Fatores de risco: mulher, estrogênio, idade, obesidade, emagrecimento rápido, drogas, doenças ileais
2) Cálculo preto
- 2° mais comum
- formado na vesícula
- cálculo de bilirrubinato de cálcio
- Fatores de risco: hemólise crônica, cirrose
3) Cálculo castanho
- raro
- cálculo de bilirrubinato de cálcio
- formado na via biliar
- Fatores de risco: obstrução/colonização bacteriana
- Cálculo marrom
Quais os fatores de risco à formação de cálculos de colesterol? (7)
- Mulher
- Estrogênio
- Idade
- Obesidade
- Emagrecimento rápido
- Drogas (clofibrato)
- Doenças Ileais (Crohn, Ressecção -> ⬇️recirculação entero-hepática de sais biliares)
Sobre Colelitíase.
1) Definição
2) Clínica
3) Diagnóstico
4) Tratamento
5) Indicações de tratamento
1)Cálculo na vesícula biliar
2) Assintomático geralmente
- Pode migrar e obstruir via biliar: Dor em cólica biliar que melhora aos poucos
3) USG (padrão ouro)
- nódulos hiperecóicos
- sombra acústica
4)Colecistectomia Videolaparoscópica
5) Indicações:
- Sintomático
- Complicações
- Assintomático se: > 3cm (>2,5); pólipos + fatores de risco pra Câncer; vesícula em porcelana; anomalia congênita; anemia hemolítica
* Assintomático quando cirurgia bariátrica e transplante cardíaco
Sobre Colecistite Aguda.
1) Definição
2) Clínica
3) Diagnóstico
4) Tratamento
5) Guideline Tokyo 18
6) Complicações da Colecistite Aguda
1)Inflamação por um cálculo obstruindo a vesícula
2)
- Dor que não melhora (> 6 horas)
- Febre
- Sinal de MURPHY (interrupção súbita da inspiração profunda à compressão do ponto cístico)
3)Clínica +
USG (mais usado)
- Nódulo hiperecóico impactado no infundíbulo + sombra acústica
- Parede espessada (> 3mm)
Cintilografia Biliar (padrão ouro) - sem contraste na vesícula biliar
4)
- Medidas gerais + ATBterapia
- CVL precoce (< 72 horas)
- Se paciente não tolera CVL: Colecistostomia percutânea
5) DIAGNÓSTICO - Clínica; Laboratório; Imagem A: Sinais de inflamação local > Murphy +, Dor em QSD, massa B: Sinais de inflamação sistêmica > Febre, leucocitose, ⬆️PCR C: Achados USG
Suspeita diagnóstica: A ➕ B
Diagnóstico confirmado: A ➕ B ➕ C
CLASSIFICAÇÃO
- Grau III (grave): disfunção orgânica
- Grau II (moderada): achados + ausência de disfunção orgânica
- Leucocitose > 18000
- Massa palpável e dolorosa em QSD
- Evolução > 72hs
- Sinais de complicação local
- Grau I (leve): ausência de critérios para moderada e grave
TRATAMENTO
- ATBterapia ➕ Suporte ➕
Se Grau I: CVL ou ATB + corrigida tardia se não tolera cirurgia
Se Grau II: CVL em centros especializados ou ATB + colecistostomia se não tolera cirurgia
Se Grau III: Conservador até correção da disfunção orgânica
-> após estabilizar: CVL por Cirurgião experiente ou ATB + colecistostomia se não tolera cirurgia
6)
1)Perfuração
- Livre: peritonite; febre ⬆️; leucocitose ⬆️
> cirurgia de urgência
- Bloqueada: abcesso
> avaliar Colecistectomia
- Fístula: Íleo biliar -> Obstrução de delgado, cálculo ectópico, Pneumobilia (TRÍADE DE RIGLER)
2) Colecistite Enfisematosa
- Gás na parede da vesícula -> clostridium
- TG-18: TC de abdome é o grande exame
- Quadro mais grave, 1% dos casos, idoso, DM
Colecistite Aguda Guideline de Tokyo-18 1)Diagnóstico 2)Classificação 3)Tratamento
DIAGNÓSTICO - Clínica; Laboratório; Imagem A: Sinais de inflamação local > Murphy +, Dor em QSD, massa B: Sinais de inflamação sistêmica > Febre, leucocitose, ⬆️PCR C: Achados USG
Suspeita diagnóstica: A ➕ B
Diagnóstico confirmado: A ➕ B ➕ C
CLASSIFICAÇÃO
- Grau III (grave): disfunção orgânica
- Grau II (moderada): achados + ausência de disfunção orgânica
- Leucocitose > 18000
- Massa palpável e dolorosa em QSD
- Evolução > 72hs
- Sinais de complicação local
- Grau I (leve): ausência de critérios para moderada e grave
TRATAMENTO
- ATBterapia ➕ Suporte ➕
Se Grau I: CVL ou ATB + correção tardia se não tolera cirurgia
Se Grau II: CVL em centros especializados ou ATB + colecistostomia se não tolera cirurgia
Se Grau III: Conservador até correção da disfunção orgânica
-> após estabilizar: CVL por Cirurgião experiente ou ATB + colecistostomia se não tolera cirurgia
Colecistite Aguda Alitiásica
1) Definição
2) Clínica
3) O que sugere o diagnóstico e como fazê-lo?
4) Tratamento
1)Colecistite aguda sem a presença do cálculo
2) Clínica igual a Colecistite aguda convencional -> pior evolução
- Presente em pacientes graves (sedados, entubados) -> atentar para CTI + febre + leucocitose
- Paciente em jejum, com NPT Total
3)Paciente grave em CTI apresentando febre e leucocitose —> realizar USG abdome
4) Igual a Colecistite Calculosa
- CVL ou Colecistectomia (caso gravidade alta e impossibilidade de realizar CVL)
Síndrome de Mirizzi
1) Definição
2) Quando pensar em Síndrome de Mirizzi?
3) Classificação quanto à fístula
4) Diagnóstico
5) Tratamento
1) Compressão do Ducto Hepático Comum por um cálculo impactado no infundíbulo ou Ducto cístico
2) Colecistite Aguda ➕ Icterícia
3) Tipo I - sem fístula Tipo II - fístula 1/3 do hepático comum Tipo III - fístula 2/3 do hepático comum Tipo IV - toda a circunferência
4)CPRE intraoperatória
5)
Tipo I - CVL
Tipo II - CVL + drenagem com dreno de Kher
Tipo III e IV - CVL + anastomose biliodigestiva
Sobre Coledocolitíase.
1) Definição e Classificação
2) Clínica
3) Diagnóstico
4) Como investigar Coledocolitíase em paciente com Colelitíase e qual a conduta conforme o risco?
5) Tratamento conforme o momento e local do diagnóstico
1) Presença do cálculo no colédoco
- Coledocolitíase primária: cálculo marrom/castanho (rara) - formado no colédoco
- Coledocolitíase secundária: cálculo amarelo (mais comum) - formado na vesícula
2)Assintomático (50% dos casos)
- Pode ter:
Icterícia flutuante** (vai e volta)
Vesícula impalpável - vesícula escleroatrófica
3)
- USG (1° passo): dilatação (>5mm) e cálculos
- ColângioRM: confirma o diagnóstico
- CPRE: confirma o diagnóstico
4)USG + Bilirrubinas + Fosfatase Alcalina + Transaminases
- Alto risco: USG com coledocolitíase; Icterícia flutuante; Colestase
*CD: CPRE
- Médio risco: USG com colédoco > 5mm + duas de:
HPP de Colecistite; pancreatite ou colangite
Elevação de BB, FA ou TGO/TGP
*CD: ColangioRM
- Baixo risco: USG com colédoco < 5mm + duas de:
HPP de Colecistite; pancreatite ou colangite
Elevação de BB, FA ou TGO/TGP
*CD: CVL + colangio intraoperatoria
- Muito baixo risco: Nenhum fator
*CD: CVL
5) Sempre tratar
- Descoberta antes da CVL: CPRE
- Descoberta durante a CVL: Exploração Cirúrgica
- Intra-Hepático ou Coledocolitíase primária: Derivação Biliodigestiva
Qual conduta fundamental sempre que se manipula a via biliar do paciente?
Deixar um dreno se Kehr (T)
Sobre Colangite Aguda.
1) Definição
2) Fisiopatologia
3) Classificação
1) Infecção bacteriana das vias biliares
2) Obstrução (coledocolitíase, tumores, estenoses) + infecção
3)
A - Não grave:
- Tríade de Charcot: febre com calafrio + icterícia + Dor em hipocôndrio direito
*Tto: ATB (excelente resposta) + Drenagem das vias biliares (eletiva)
B - Grave (tóxica/supurativa):
- Pentade se Reynolds: Febre com calafrio + Icterícia + Dor em hipocôndrio direito + Hipotensão + Depressão SNC
*Tto: ATB (resposta ruim) + Drenagem das vias biliares (urgência)
Colangite Aguda
Guideline de Tokyo (TG-18)
1) Diagnóstico
2) Classificação
3) Tratamento
DIAGNÓSTICO
A - Sinais de inflamação sistêmica
Febre e/ou calafrios
Achados laboratoriais
B - Colestase
Icterícia
Laboratório com alteração de função hepática
C - Imagem
Dilatação das vias biliares
Evidência de obstrução (cálculo, estenose)
Suspeita diagnóstica: A + B ou C
Confirmação diagnóstica: A + B + C
CLASSIFICAÇÃO - Grau III (grave): Disfunção orgânica - Grau II (moderada): 2 ou mais achados, sem disfunção orgânica •Leucócitos > 12000 ou < 4000 • Febre > 39 • Idade ≥ 75 anos • BT ≥ 5mg/dl • Hipoalbuminemia - Grau I (leve): ausência de critérios de gravidade
TRATAMENTO
- Grau I: Suporte + ATB + Drenagem para pacientes refratários
- Grau II: Suporte + ATB + Drenagem de Urgência
- Grau III: Suporte + ATB + Drenagem de Emergência
Quais os diagnósticos diferenciais das doenças calculosas biliares?
Tumores Periampulares (Região da Ampola de Vater)
- CA de cabeça de pâncreas**
- Colangiocarcinoma distal
- CA de duodeno
- CA de Ampola de Vater (Papila)
Diagnósticos diferenciais das Doenças Calculosas Biliares.
1) Qual o mais comum?
2) Qual a clínica?
3) Qual diferencial do tumor de ampola de Vater?
4) Diferencial clínico do Tumor de ampola de Vater?
5) Tratamento
1)Câncer de Cabeça de Pâncreas
2) 1-Icterícia progressiva - Colúria - Acolia - Prurido 2-Vesícula de Courvoisier (Sinal de Courvoisier-Terrier) - Palpável e indolor 3-Períodos de Atenuação da Icterícia e Melena nos casos de Câncer de Ampola de Vater
3) Aumento progressivo -> vascularização não acompanha -> necrose -> reduz obstrução -> diminui icterícia + (sangramento -> melena)
4) Período de atenuação da icterícia + Melena
5) Duodenopancreatectomia
O que é o sinal de Courvoisier Terrier?
Vesícula biliar palpável e indolor, sugerindo tumor periampular