Conduta nos achados anormais do exame de Papanicolau Flashcards
Qual é a diferença entre a empregabilidade das nomenclaturas “NIC I, II e III” e “lesões intraepitelial de baixo e de alto grau”?
Embora o termo “lesão intraepitelial de baixo grau” seja sinônimo de NIC I, bem como o termo “lesão intraepitelial de alto grau” é equivalente a NIC II e III, a empregabilidade dos termos é distinta.
O Termo “NIC” é um diagnóstico HISTOLÓGICO, isto é, é obtido a partir da análise da biópsia, enquanto que o Termo Lesão Intraepitelial de baixo ou alto grau é diagnóstico de citologia (do coletado do exame de papanicolau).
Quais são as possíveis alterações que podem ser visualizadas no exame de papanicolau?
- Lesão intraepitelial de baixo grau
- Lesão intraepitelial de alto grau
- ASC-US
- AGC
- ASC-H
Qual é o significado de ASC-US?
Células escamosas atípicas de significado indeterminado, provavelmente não neoplásicas.
Qual é o significado de AGC?
Atipias em células glandulares
(geralmente é correspondente ao epitélio endocervical que pode evoluir para um adenocarcinoma de colo - Então diante desse achado deve se preocupar)
Qual é o significado do ASC-H?
Atipias em células escamosas em que não é possível descartar lesão de alto grau.
Qual a conduta diante de Lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL)?
Entendendo-se Lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL) como equivalente a NIC I, recomenda-se uma conduta conservadora, repetindo papanicolau em 6 meses.
Qual a conduta após 2 exames de papanicolau, intervalados em 6 meses entre eles, com resultado de lesão intraepitelial de baixo grau?
Após dois resultados consecutivos de Lesão de baixo grau, intervalados em 6 meses, deve-se encaminhar a paciente para a Colposcopia.
Qual a conduta diante de um caso em que o primeiro exame de papanicolau resultou em lesão de baixo grau, e o segundo exame, após 6 meses, não evidenciou lesão?
Provavelmente o próprio organismo está fazendo com que regrida a lesão equivalente à NIC I. Então, recomenda-se repetir, novamente, o exame em 6 meses, para verificar se houve o clareamento completo da lesão. Se terceiro exame não evidenciar lesão, paciente volta para a rotina do rastreio.
Resuma a conduta diante um exame de papanicolau com lesão intraepitelial de baixo grau:
É necesário repetir o exame em 6 meses e então:
- Se dois exames consecutivos normais, sem lesão, paciente volta para rotina; (então dois exames normais, paciente vai pra rotina)
- Se o próximo exame evienciar novamente Lesão intraepitelial de baixo grau é necessário encaminhá-la para colposcopia; (então dois exames alterados –> colposcopia)
Qual a particularidade da conduta diante um achado de lesão intraepitelial de baixo grau em uma paciente imunossuprimida?
Nesse caso, já no primeiro exame com evidência de lesão é necessário encaminhar para a colposcopia.
Caso uma paciente, antes dos 25 anos de idade, tenha realizado um exame de papanicolau que evidenciou uma lesão intraepitelial de baixo grau, qual a conduta?
Repetir o exame em 3 anos
Qual a conduta diante um exame de papanicolau com lesão intraepitelial de alto grau (HSIL)?
Colposcopia e biópsia, se necessário.
Caso uma paciente, antes dos 25 anos de idade, tenha realizado um exame de papanicolau que evidenciou uma lesão intraepitelial de ALTO grau, qual a conduta?
Colposcopia e biópsia
Qual a conduta diante um resultado de papanicolau com resultado ASC-US?
Repetir papanicolau em 6 meses.
Qual a particularidade da interpretação e conduta diante de um resultado de papanicolau com ASC-US em uma paciente entre 25 e 30 anos?
Nessa faixa etária, estudos mostraram que a presença de ASC-US não está relacionada à presença de neoplasias. Dessa forma, recomenda-se nas pacientes que tem entre 25 e 30 anos seja feito um novo exame no intervalo de 1 ano (e não 6 meses, como é feito nas demais faixas etárias).
Qual a conduta diante dois exames de papanicolau, consecutivos, com ASC-US?
Independente da idade da paciente, nesse caso, a conduta é encaminhar para a colposcopia.
Qual a particularidade da conduta diante um achado de ASC-US em um exame de papanicolau de uma paciente imunossuprimida?
Encaminhar para a colposcopia (já no primeiro exame alterado).
Caso uma paciente, antes dos 25 anos de idade, tenha realizado um exame de papanicolau que evidenciou ASC-US, qual a conduta?
Repetir exame em 3 anos
Qual a conduta diante um achado de ASC-H no exame de papanicolau?
Encaminhar paciente para colposcopia, visto que não é possível descartar lesão de alto grau.
Qual a conduta a ser feita em paciente submetida à colposcopia em que não foi possível identificar a JEC?
Nesse caso, é recomendado, através de uma citobrush ou cureta obstétrica, coletar células endocervicais.
Quais são as condutas possíveis durante a colposcopia de uma paciente que teve uma lesão ASC-H identificada no exame de papanicolau?
-
SE LESÃO:
- Biópsia
-
SEM LESÃO:
- JEC não visível –> Coleta endocervical
- JEC visível, sem lesão –> Repetir papanicolau em 6 meses.
Qual a conduta diante de um achado de AGC em exame de papanicolau?
Atipias em células glândulares podem ser devido processo neoplásico do endocérvice (adenocercinoma de colo), que possui pior prognóstico. Desse modo é recomendado encaminhar paciente para COLPOSCOPIA + COLETA ENDOCERVICAL.
Paciente encaminhada para exame de colposcopiapor achado de AGC em papanicolau. Em exame de colposcopia e coleta endocervical não foi evidenciada nenhuma lesão.Qual a conduta?
Visto que a célula glandular só pode estar vindo do endocérvice ou do endométrio, é recomendado se realizar avaliação endometrial (USG transvaginal para se verificar a espessura do endométrio), pois pode ser indicativo de câncer de endométrio.
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Em quais hipóteses está recomendado a avaliação ultrassonográfica transvaginal, do endométrio, após resultado do papanicolau?
-
Em exames com resultado de AGC e:
- Paciente > 35 anos
- ou sangramento uterino anormal
- ou visualização de célula endometrial no papanicolau
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Pois são fatores de alto risco para o CA de endométrio.