CLM 02 - Síndrome Diarreica Flashcards

1
Q

Divisão da diarreia pela duração

A
  • Aguda: < 2 semanas
  • Persistente: 2-4 semanas
  • Crônica: > 4 semanas
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2
Q

Características da diarreia pela topografia

A
  • Alta (delgado): ↑ volume - ↓ frequência - sem tenesmo, com restos alimentares
  • Baixa (colônica): ↓ volume - ↑ frequência (≥ 10/dia) - com tenesmo, sem restos alimentares
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3
Q

Características da diarreia inflamatória e principal grupo de agentes

A
  • Presença de sangue, muco e/ou pus (disenteria)
  • Bactérias
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4
Q

Principal causa de diarreia aguda

A

Infecciosa (vírus > bactéria)

Vírus: norovírus, rotavírus, adenovírus
Bactérias: Salmonella, Campylobacter, Shigella, Escherichia coli enterotoxigênica, Clostridioides difficile

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5
Q

Agente viral mais comum da diarreia aguda no adulto

A

Norovírus

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6
Q

Principal agente etiológico da diarreia do viajante

A

Escherichia coli enterotoxigênica

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7
Q

Quando realizar exames complementares na diarreia aguda

A

Sinais de alarme:
- Diarreia abundante com desidratação
- > 6 evacuações diárias
- Diarreia inflamatória
- Febre ≥ 38,5ºC
- Ausência de melhora após 48h
- Dor abdominal intensa
- Novos surtos na comunidade
- Idosos ≥ 70 anos
- Imunocomprometidos
- Uso recente de antibióticos

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8
Q

Investigação da diarreia aguda com sinais de alarme

A
  • Hemograma / função renal e eletrólitos / PCR
  • Exame das fezes: leucócitos fecais (EAF*), coprocultura, pesquisa de toxinas, parasitológico

* Elementos anormais fecais - também identifica presença de sangue

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9
Q

Contraindicação ao uso de antidiarreicos

A

Disenteria

Risco de PTT

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10
Q

Antibióticos usados na diarreia aguda e indicações

A
  • Presença de sinais de alarme (principalmente imunossuprimidos / disenteria / quadros graves)
  • Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12h por 3 dias / Levofloxacino / Azitromicina / Ceftriaxona
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11
Q

Agente etiológico da colite pseudomembranosa

A

Clostridioides difficile

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12
Q

Principal fator de risco para colite pseudomembranosa

A

Uso prévio de antibióticos (clindamicina / cefalosporinas / quinolonas / amoxicilina/clavulanato)

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13
Q

Diagnóstico da colite pseudomembranosa

A

Pesquisa de toxinas A e B nas fezes / NAAT (PCR)

Colonoscopia: pseudomembranas (não são patognomônicas)

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14
Q

Tratamento da colite pseudomembranosa

A
  • Vancomicina oral (1ª escolha) ou Fidaxomicina + suspender outros antibióticos
  • Se colite fulminante*: associar Metronidazol EV

*Megacólon tóxico, peritonite, desconforto respiratório e instabilidade hemodinâmica

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15
Q

Principais causas de diarreia crônica

A

Parasitose, doença inflamatória intestinal, doença celíaca, síndrome do intestino irritável

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16
Q

Fisiopatologia da doença celíaca

A

Reação imunomediada ao glúten* (trigo, centeio, cevada), levando à disabsorção

*Aveia pode ser contaminada por glúten durante sua fabricação

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17
Q

HLA relacionados à doença celíaca

A

HLA-DQ2 e HLA-DQ8

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18
Q

Clínica da doença celíaca

A
  • Assintomático
  • Diarreia crônica (esteatorreia)
  • Deficiência nutricional (Ca, Fe, B12, folato)
  • Manifestações neuropsiquiátricas: cefaleia, miopatia, ataxia cerebelar
  • Associação: dermatite herpetiforme
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19
Q

Cromossomopatia associada à doença celíaca

A

Trissomia do 21 (síndrome de Down)

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20
Q

Complicação neoplásica mais temida na doença celíaca

A

Linfoma não-Hodgkin intestinal

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21
Q

Diagnóstico padrão-ouro da doença celíaca

A

EDA + biópsia de duodeno distal (hiperplasia de criptas, linfócitos intraepiteliais e atrofia de vilosidades)

Manter alimentação com glúten durante investigação

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22
Q

Investigação inicial da doença celíaca

A
  • Anti-transglutaminase IgA + IgA total
  • Se deficiência de IgA: antigliadina deaminada IgG
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23
Q

Tratamento da doença celíaca

A

Dieta sem glúten

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24
Q

Principais protozoários nas infecções intestinais em imunocompetentes

A

Giardia lamblia (intestinalis) e Entamoeba hystolitica

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25
Q

Clínica nas protozooses intestinais

A

Maioria assintomática

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26
Q

Diagnóstico das protozooses intestinais

A

Pesquisa de trofozoítas ou cistos nas fezes (EPF - 3 amostras) / Pesquisa de anticorpos ou antígenos fecais / Sorologia (formas extra-intestinais)

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27
Q

Tratamento das protozooses intestinais

A

Nitroimidazólicos (Metronidazol, Secnidazol, Tinidazol) / Nitazoxanida

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28
Q

Sítio preferencial da amebíase

A

Cólon

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29
Q

Quadro clínico da amebíase

A
  • Maioria assintomática
  • Disenteria
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30
Q

Amebíase + massa abdominal

A

Ameboma

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31
Q

Sítio mais comum de abscesso na amebíase

A

Fígado

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32
Q

Amebas comensais

A

Entamoeba coli / Iodamoeba butschlli / Endolimax nana

Não requerem tratamento

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33
Q

Sítio preferencial da giardíase

A

Intestino delgado (“atapeta”)

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34
Q

Clínica da giardíase

A
  • Maioria assintomática
  • Má-absorção
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35
Q

Tratamento da giardíase

A

Nitroimidazólicos / Nitazoxanida / Albendazol

Nitazoxanida 500 mg VO de 12/12h por 3 dias
Metronidazol 250 mg VO de 8/8h por 5 dias
Albendazol 400 mg VO de 24/24h por 5 dias

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36
Q

Marco laboratorial das helmintoses

A

Eosinofilia

Eosinofilia ≥ 500
Hipereosinofilia ≥ 1500

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37
Q

Clínica nas helmintoses

A

Maioria assintomática (tratar sempre)

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38
Q

Tratamento das helmintoses

A

Anti-helmínticos (Albendazol, Mebendazol, Tiabendazol) / Nitazoxanida (amplo espectro)

Nitazoxanida 500 mg VO de 12/12h por 3 dias
Albendazol 400 mg VO - duração conforme parasita

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39
Q

Parasitose intestinal que causa maior eosinofilia

A

Toxocaríase

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40
Q

Clínica da síndrome de Loeffler

A

Tosse seca + infiltrado pulmonar migratório + eosinofilia

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41
Q

Agentes que causam síndrome de Loeffler

A

SANTA:
- Strongyloides stercoralis
- Ancylostoma duodenale
- Necator americanus
- Toxocara canis
- Ascaris lumbricoides

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42
Q

Helmintíase mais comum do mundo

A

Ascaridíase

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43
Q

Achados que conferem especificidade para ascaridíase

A

Obstruções: intestinal, colédoco, apêndice

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44
Q

Tratamento da ascaridíase

A

Albendazol / Levamizol / Pirantel / Ivermectina

Albendazol 400 mg VO, dose única
Ivermectina 150-200 mcg/kg VO, dose única (comprimido de 6 mg)

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45
Q

Conduta na suboclusão intestinal na ascaridíase

A

SNG + hidratação + óleo mineral + Albendazol (somente após eliminação dos parasitos)

46
Q

Agente da toxocaríase

A

Toxocara canis (larva migrans visceral ou “ascaris do cachorro”)

47
Q

Hospedeiros da toxocaríase

A

Definitivo: cão / Acidental: homem

48
Q

Clínica e laboratório clássicos da toxocaríase

A

Hepatomegalia + febre + intensa eosinofilia

49
Q

Diagnóstico da toxocaríase

50
Q

Tratamento da toxocaríase

A

Albendazol

51
Q

Agente etiológico da ancilostomíase

A

Ancylostoma duodenale e Necator americanus

52
Q

Achados que conferem especificidade para ancilostomíase

A

Anemia ferropriva / lesão cutânea (dermatite maculopapulosa pruriginosa)

Conhecida popularmente como “amarelão”

53
Q

Diagnóstico da ancilostomíase

A

EPF (detecção dos ovos do parasita)

54
Q

Tratamento da ancilostomíase

A

Albendazol / Mebendazol / Pirantel

Albendazol 400 mg VO, dose única

55
Q

Agente etiológico da estrongiloidíase

A

Strongyloides stercoralis

56
Q

Clínica clássica da estrongiloidíase

A
  • Lesão cutânea
  • Síndrome de Loeffler
57
Q

Complicação da estrongiloidíase

A

Estrongiloidíase disseminada + sepse por gram-negativos no imunocomprometido

58
Q

Diagnóstico da estrongiloidíase

A

EPF (pesquisa das larvas rabditoides - método Baermann-Moraes)

59
Q

Tratamento da estrongiloidíase

A

Ivermectina / Albendazol

Ivermectina 200 mcg/kg VO
Albendazol 400 mg VO de 24/24h por 3 dias

60
Q

Agente etiológico da oxiuríase

A

Enterobius vermicularis

Também conhecida como enterobíase

61
Q

Clínica clássica da enterobíase

A
  • Prurido anal
  • Corrimento vaginal na infância
62
Q

Diagnóstico da enterobíase

A

Fita gomada (método de Graham)

63
Q

Tratamento da enterobíase

A

Albendazol / Mebendazol / Pirvínio

Albendazol 400 mg VO, dose única

64
Q

Agente etiológico da tricuríase

A

Trichuris trichiura

65
Q

Achados que conferem especificidade para tricuríase

A

Prolapso retal

66
Q

Diagnóstico da tricuríase

67
Q

Tratamento da tricuríase

A

Albendazol / Mebendazol / Ivermectina

Albendazol 400 mg VO, dose única

68
Q

Agente etiológico da teníase

A

Taenia solium (porco) e Taenia saginata (bovino)

69
Q

Transmissão da teníase

A

Ingestão de carne crua ou malcozida contendo larva

70
Q

Diagnóstico da teníase

A

Pesquisa de ovos ou proglótides nas fezes

71
Q

Tratamento da teníase

A

Praziquantel ou Niclosamida

72
Q

Agente etiológico da heminolepíase

A

Hyminolepis nana (tênia anã)

73
Q

Diagnóstico da heminolepíase

74
Q

Tratamento da heminolepíase

A

Praziquantel ou Niclosamida

75
Q

Padrão e extensão de acometimento da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa

A
  • DC: transmural, salteada da boca ao ânus
  • RCU: apenas mucosa, contínua e ascendente, restrita ao reto e cólon
76
Q

Local mais acometido na doença de Crohn e na retocolite ulcerativa

A
  • DC: íleo terminal
  • RCU: reto
77
Q

Local do TGI geralmente preservado na doença de Crohn

78
Q

Clínica na doença de Crohn

A
  • Clássica: diarreia + dor abdominal + perda de peso
  • Doença fistulizante: perianais, enteroentéricas, enterocutâneas, enterovesical, enterovaginal
  • Doença estenosante
  • Doença perianal: fístulas (mais comum), úlceras, abscessos, hemorroidas, estenoses
  • Boca: lesões aftosas
79
Q

Clínica clássica na retocolite ulcerativa

A

Colite disentérica

80
Q

Papel do cigarro nas doenças inflamatórias intestinais

A

Doença de Crohn: fator de risco
Retocolite ulcerativa: fator protetor

Dica: Crohn Cigarro

81
Q

Manifestações extraintestinais nas doenças inflamatórias intestinais

A

Articulares:
- Artrite/artropatia periférica - principal manifestação extraintestinal na DII
- Espondilite anquilosante

Cutâneas:
- Eritema nodoso (acompanha atividade de doença)
- Pioderma gangrenoso

Hepatobiliares:
- Colangite esclerosante primária (mais frequente na RCU)
- Cálculos biliares (doença de Crohn)

Oculares:
- Uveíte, irite e episclerite

Urológicas (doença de Crohn):
- Fístula enterovesical
- Nefrolitíase (hiperoxalúria entérica)

82
Q

Diagnóstico da doença inflamatória intestinal

A

Endoscopia (EDA e/ou colono) + biópsia

83
Q

Marcadores inflamatórios fecais nas doenças inflamatórias intestinais

A

Calprotectina fecal e lactoferrina

Úteis no diagnóstico diferencial com patologias funcionais e marcadores de resposta às terapias

84
Q

Marcador inflamatório fecal que prediz recaída e diagnóstico de bolsite*

*Inflamação da bolsa ileal

A

Calprotectina fecal

85
Q

Marcadores sorológicos nas doenças inflamatórias intestinais

A
  • DC: ASCA¹
  • RCU: pANCA²

¹Anticorpo anti-Saccharomyces cerevisiae ²Anticorpo anticitoplasma de neutrófilo padrão perinuclear

86
Q

Aspecto característico na colonoscopia das doenças inflamatórias intestinais

A
  • DC: úlceras intercaladas com mucosa normal (padrão em “pedra de calçamento”)
  • RCU: mucosa eritematosa, friável, edemaciada e com pseudopólipos
87
Q

Aspecto histopatológico das doenças inflamatórias intestinais

A
  • DC: granuloma não-caseoso
  • RCU: criptite e microabcessos
88
Q

Tratamento da doença de Crohn leve a moderada

A
  • Remissão: Budesonida ou Prednisona VO por 8 semanas
  • Manutenção: Azatioprina ou Metotrexato
89
Q

Tratamento da doença de Crohn moderada a grave (manutenção)

A

Biológicos (anti-TNF¹ e anti-integrina²) + imunomoduladores (Azatioprina, Mercaptopurina, Metotrexato)

¹Infliximabe, adalimumabe ²Vedolizumabe

90
Q

Tratamento da retocolite ulcerativa leve a moderada

A
  • Remissão e manutenção: Mesalazina (5-ASA) VO e/ou retal
  • Se não responder: Budesonida ou Prednisona VO por 8 semanas
91
Q

Tratamento da retocolite ulcerativa moderada a grave (manutenção)

A

Anti-TNF + Azatioprina

92
Q

Tratamento de remissão da doença inflamatória intestinal grave

A
  • Internação, suporte clínico
  • Hidrocortisona IV
  • Sem melhora em 72h: Infliximabe IV (ou Ciclosporina na RCU)
  • Sem melhora em 72h: cirurgia
93
Q

Indicações de tratamento cirúrgico na retocolite ulcerativa

A
  • Casos refratários
  • Displasia/câncer
  • Complicações (megacólon, sangramento maciço)
94
Q

Técnicas no tratamento cirúrgico da retocolite ulcerativa

A
  • Eletivo: proctocolectomia com IPAA (Ileal Pouch Anal Anastomosis ou bolsa reservatória ileal)
  • Urgência: colectomia à Hartmann
95
Q

Indicações de tratamento cirúrgico na doença de Crohn

A

Complicações: obstrução, perfuração, abscesso, hemorragia maciça, megacólon tóxico

96
Q

Técnicas no tratamento cirúrgico da doença de Crohn

A
  • Ressecção segmentar com anastomose primária
  • Estenosoplastia
97
Q

Epidemiologia da síndrome do intestino irritável

A
  • Mais comum em mulheres jovens
  • Associações: ansiedade, depressão, fibromialgia
98
Q

Critérios diagnósticos da síndrome do intestino irritável

A

Critérios de Roma IV:
- Dor abdominal recorrente (≥ 1 dia/sem nos últimos 3 meses)

Associada a ≥ 2 dos seguintes:
- Relação com evacuação (dor melhora ou piora)
- Alteração na frequência de evacuação
- Alteração na forma das fezes (constipação ou diarreia)

Metade dos pacientes queixam-se de muco nas fezes

99
Q

Avaliação do paciente com síndrome do intestino irritável

A

Objetivo: excluir causas orgânicas
- Hemograma completo
- Se diarreia: calprotectina fecal / parasitológico de fezes / anti-tTG-IgA + IgA total / colonoscopia (≥ 45-50 anos ou sinais de alarme)

100
Q

Tratamento da síndrome do intestino irritável

A
  • Estimular atividade física
  • Dieta: baixo teor de FODMAPS (carboidratos produtores de gás)
  • Antiespasmódicos intestinais: Otilônio / Mebeverina / Trimebutina
  • Constipação: Psyllium (fibra) → Polietilenoglicol (laxante) → Lubiprostona (secretagogo)
  • Diarreia: Loperamida (antidiarreico) → Amitriptilina (tricíclico) → Colestiramina (sequestrador de ácido biliar)
101
Q

Definição de tumores carcinoides

A

Neoplasia do tubo digestivo capaz de secretar neuropeptídeos (serotonina, 5-HIAA, histamina, cromogranina)

O termo tumor neuroendócrino intestinal é preferido

102
Q

Clínica dos tumores neuroendócrinos gastrointestinais

A
  • Assintomático

Síndrome carcinoide (< 10%):
- Flushing cutâneo
- Diarreia
- Hepatoesplenomegalia
- Lesão cardíaca D (em ordem de prevalência: estenose pulmonar, insuficiência tricúspide, estenose tricúspide)
- Asma
- Pelagra (deficiência de B3): demência + diarreia + dermatite (hiperpigmentação, descamação) + queilite angular + glossite

103
Q

Diagnóstico dos tumores neuroendócrinos gastrointestinais

A
  • Laboratório: 5-HIAA* (urina) + cromogranina A (sangue)
  • Imagem: cintilografia com somatostatina (octreoscan)

*Ácido 5-hidroxi-indolacético: produto final da degradação da serotonina

104
Q

Tratamento da síndrome carcinoide

A

Octreotide

105
Q

Tratamento do tumor neuroendócrino de apêndice

A
  • Apendicectomia: < 1 cm + na ponta do apêndice + sem invasão do mesoapêndice
  • Hemicolectomia D: > 1 cm + base do apêndice + com invasão do mesoapêndice
106
Q

Agente etiológico da esquistossomose

A

Schistosoma mansoni

107
Q

Ciclo de vida do Schistosoma mansoni

A

Ovos na lagoa → miracídio → caramujo Biomphalaria → cercária → penetração na pele de humanos → forma adulta do verme vive no sistema venoso mesentérico → ovos nas fezes

108
Q

Clínica da esquistossomose

A

Aguda:
- Dermatite cercariana (coceira do nadador)
- Febre de Katayama: febre, mialgia, hepatoesplenomegalia, adenomegalia, eosinofilia

Crônica (formação de granulomas):
- Forma intestinal: dor, anorexia, náuseas/vômitos
- Forma hepatoesplênica: hipertensão porta
- Forma pulmonar: hipertensão arterial pulmonar e cor pulmonale
- Forma medular: mielite transversa

  • Glomerulonefrite esquistossomótica
  • Sepse por Salmonella
109
Q

Diagnóstico da esquistossomose

A
  • Fase aguda: sorologia
  • Após 40 dias: Kato-Katz / biópsia retal
110
Q

Tratamento da esquistossomose

A

Praziquantel ou Oxaminiquine VO (contraindicados em gestantes)