CIR 04 - Síndrome Álgica I (Dor abdominal) Flashcards

1
Q

Fisiopatologia da apendicite aguda

A

Obstrução da luz apendicular (fecalito, hiperplasia linfoide, corpo estranho, tumor)

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2
Q

Idade típica da apendicite aguda

A

10-30 anos ou 20-40 anos

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3
Q

Clínica da apendicite aguda

A
  • Dor periumbilical que migra para fossa ilíaca direita
  • Anorexia, náuseas, vômitos, febre, disúria

  • Dor periumbilical: distensão do peritônio visceral
  • Dor na FID: inflamação do peritônio parietal
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4
Q

Sinal de Blumberg

A

Dor à descompressão súbita no ponto de McBurney

Apendicite aguda

Entre o terço médio e lateral de uma linha imaginária da espinha ilíaca anterossuperior D ao umbigo

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5
Q

Sinal de Rovsing

A

Dor na FID após compressão da FIE

Apendicite aguda

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6
Q

Diagnóstico da apendicite aguda

A
  • Alta probabilidade (história clássica, homem): clínico
  • Crianças e gestantes: USG
  • USG não conclusiva em gestantes: RM
  • Homens e não gestantes: TC
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7
Q

Achados tomográficos na apendicite aguda

A
  • Diâmetro aumentado (> 6 mm)
  • Espessamento da parede
  • Borramento da gordura periapendicular
  • Apendicolito (observado em uma minoria de pacientes)
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8
Q

Achados ultrassonográficos na apendicite aguda

A

Espessamento da parede / > 6 mm / não compressibilidade / aumento da vascularização (Doppler)

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9
Q

Tratamento da apendicite aguda não complicada

A

Apendicectomia + antibiótico profilático

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10
Q

Tratamento da apendicite aguda na presença de fleimão

A

Antibioticoterapia + colonoscopia* (após 4-6 semanas) e considerar apendicectomia de intervalo após 6-8 semanas

*Afastar neoplasia

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11
Q

Tratamento da apendicite aguda na presença de abscesso

A

Drenagem guiada por TC + antibioticoterapia + colonoscopia* (após 4-6 semanas) e considerar apendicectomia de intervalo após 6-8 semanas

*Afastar neoplasia

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12
Q

Tratamento da apendicite aguda com peritonite difusa

A

Apendicectomia de urgência + antibioticoterapia

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13
Q

Verdadeiro ou falso:

Em casos de apendicite aguda com peritonite difusa, a técnica cirúrgica utilizada deve ser a laparotomia aberta

A

Falso. A videolaparoscopia só está contraindicada em caso de instabilidade hemodinâmica

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14
Q

Escore de Alvarado

A

Risco da dor abdominal ser apendicite
- Dor que migra para FID: 1 ponto
- Anorexia: 1 ponto
- Náuseas/vômitos: 1 ponto
- Dor à palpação em FID: 2 pontos
- Descompressão + em FID: 1 ponto
- T > 37,5ºC: 1 ponto
- Leucocitose: 2 pontos
- Desvio à esquerda: 1 ponto

0-3 pontos: improvável - avaliar outras causas

4-6 pontos: provável - observação por 12h, se o escore se mantiver o mesmo, indica-se cirurgia

≥ 7 pontos: muito provável - apendicectomia

O escore de Alvarado modificado não utiliza desvio à esquerda

OBS: não utilizar o escore nas provas a não ser que a questão o mencione

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15
Q

Fisiopatologia da doença diverticular dos cólons, tipo do divertículo e local mais comum

A
  • Aumento da pressão intracolônica
  • Divertículos falsos (mucosa e submucosa)
  • Local mais comum: cólon sigmoide
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16
Q

Fatores de risco para diverticulose

A
  • Idade avançada
  • Tabagismo
  • Obesidade
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17
Q

Complicação mais comum da doença diverticular dos cólons

A

Diverticulite aguda

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18
Q

Padrão-ouro para diagnóstico de diverticulose

A

Colonoscopia

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19
Q

Local onde ocorre as principais complicações da diverticulose

A
  • Diverticulite: geralmente à esquerda
  • Sangramento: geralmente à direita
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20
Q

Clínica da diverticulite aguda

A
  • Dor abdominal - geralmente no quadrante inferior esquerdo
  • Febre
  • Constipação, diarreia, sintomas urinários
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21
Q

Padrão-ouro para diagnóstico de diverticulite aguda

A

Tomografia computadorizada

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22
Q

Classificação de Hinchey

A

Utilizada na diverticulite aguda
- 0: ausência de complicações
- I: abscesso pericólico
- Ia: fleimão
- Ib: abscesso pericólico
- II: abscesso pélvico
- III: peritonite purulenta
- IV: peritonite fecal

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23
Q

Indicações de internação na diverticulite aguda

A
  • Complicações na TC: perfuração, abscesso, microperfurações
  • Peritonite difusa ou dor incontrolável
  • Comorbidades significativas, > 70 anos, imunossupressão
  • Impossibilidade ou falha no tratamento ambulatorial
  • ≥ 2: Temp > 38 ou < 36ºC / FC > 90 bpm / FR > 20 irpm / Leucócitos > 12.000 ou < 4.000 / PCR > 15 mg/dL
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24
Q

Tratamento ambulatorial da diverticulite aguda

A

Dieta líquida + analgesia oral + avaliar antibiótico oral*

*Não é obrigatório o uso de antibiótico na diverticulite não complicada

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25
Q

Tratamento hospitalar da diverticulite aguda

A
  • Medidas gerais: dieta zero→líquida, hidratação, analgesia e ATB IV
  • Hinchey Ib e II (abscesso): se > 4 cm - drenagem
  • Hinchey III e IV (peritonite): cirurgia de urgência (Hartmann*) ou lavagem laparoscópica (opção na Hinchey III)
  • Colonoscopia após 6-8 semanas: avaliar a extensão da doença diverticular e afastar neoplasia

*Ressecção colônica + colostomia + sutura do coto retal

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26
Q

Indicação de cirurgia eletiva após episódio de diverticulite aguda

A
  • Episódio de diverticulite complicada: fístula, obstrução, estenose, abscessos drenados, peritonite
  • Imunodeprimidos

Colonoscopia → colectomia segmentar (6-8 semanas após quadro agudo)

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27
Q

Complicações da diverticulite aguda

A

Obstrução, perfuração, abscesso, fístula (principalmente vesical*)

*Diverticulite é a principal causa de fístula colovesical

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28
Q

Frequência das formas de isquemia intestinal

A
  • Isquemia colônica (colite isquêmica) - 75%
  • Isquemia mesentérica aguda - 20%
  • Isquemia mesentérica crônica - 5%
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29
Q

Causas de isquemia mesentérica aguda

A
  • Embolia (principal): fibrilação atrial, IAM recente
  • Vasoconstricção: isquemia não oclusiva - choque, vasoconstrictor, cocaína
  • Trombose arterial: aterosclerose
  • Trombose venosa: devido à congestão vascular

Causas em ordem de frequência

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30
Q

Clínica da isquemia mesentérica aguda

A
  • Dor abdominal súbita, desproporcional ao exame físico
  • Acidose metabólica, taquipneia
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31
Q

Diagnóstico da isquemia mesentérica aguda

A
  • AngioTC (mais utilizado): falha no enchimento de contraste
  • Angiografia mesentérica seletiva: padrão-ouro
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32
Q

Tratamento da isquemia mesentérica aguda

A
  • Suporte: hidratação venosa, antibiótico, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base
  • Anticoagulação
  • Embolia ou trombose: laparotomia - embolectomia/trombectomia + ressecção intestinal (segmentos infartados)
  • Pode ser necessária uma segunda laparotomia em 24-48h (second look) para reavaliar segmentos inviáveis
  • Se vasoconstricção: Papaverina intra-arterial e cirurgia (se infarto intestinal ou perfuração)
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33
Q

Sinais radiológicos de isquemia intestinal

A
  • Pneumatose intestinal
  • Espessamento da parede da alça
  • Gás na topografia dos vasos mesentéricos e porta (aeroportia)
  • Sinais de íleo paralítico

Geralmente esses sinais já demonstram quadro mais avançado

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34
Q

Clínica da isquemia mesentérica crônica

A
  • Angina mesentérica (dor abdominal após alimentação)
  • Perda de peso
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35
Q

Causa de isquemia mesentérica crônica

A

Doença aterosclerótica

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36
Q

Tratamento da isquemia mesentérica crônica

A

Revascularização do segmento intestinal:
- Cirurgia: jovens
- Endovascular (stents): idosos ou comorbidades

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37
Q

Diagnóstico da isquemia mesentérica crônica

A

AngioTC de abdome e pelve e/ou arteriografia

38
Q

Epidemiologia da colite isquêmica

A
  • Idosos que passam por período de hipoperfusão
  • Cirurgia de correção de aneurisma de aorta abdominal (devido à ligadura da mesentérica inferior)
39
Q

Locais mais comuns de acometimento da colite isquêmica

A

Regiões do cólon pobre em circulação colateral:
- Flexura esplênica (área de Griffith)
- Junção retossigmoide (área de Sudeck)

40
Q

Clínica da colite isquêmica

A

Colite: dor, diarreia mucossanguinolenta, febre, distensão

41
Q

Diagnóstico da colite isquêmica

A
  • Colonoscopia ou retossigmoidoscopia: mucosa inflamada
  • Clister opaco (pouco utilizado): sinal das “impressões digitais” (thumbprinting)
42
Q

Tratamento da colite isquêmica

A
  • Suporte clínico: dieta zero, hidratação venosa, antibioticoterapia
  • Cirurgia: complicações (peritonite, sangramento maciço, colite fulminante com ou sem megacólon tóxico), deterioração clínica apesar do suporte
43
Q

Causas de pancreatite aguda

A
  • Principal: biliar (30-60%)
  • Alcoólica (15-30%)
  • Drogas / Pós-CPRE / Hipercalcemia/ Idiopática
  • Hipertrigliceridemia: ↑ 500 mg/dL (principalmente ↑ 1.000), risco maior em gestante
44
Q

Classificação morfológica da pancreatite aguda

A
  • Pancreatite aguda intersticial edematosa: realce do parênquima pancreático pelo contraste intravenoso sem achado de necrose peripancreática
  • Pancreatite aguda necrotizante: ausência de realce e achados de necrose peripancreática (heterogenicidade e densificação)
45
Q

Diagnóstico da pancreatite aguda

A

2 dos 3:
- Clínica: dor abdominal em barra no abdome superior que muitas vezes irradia para o dorso, náusea, vômitos
- Laboratório: amilase e lipase (↑ 3x)
- Imagem: TC*/RM + USG (colelitíase)

*Após 72h - dúvida diagnóstica ou ausência de melhora (complicação?)

46
Q

Verdadeiro ou falso:

A USG está sempre indicada na pancreatite aguda

A

Veradeiro. É utilizada para avaliar se a etiologia é biliar

47
Q

Momento ideal para realizar a tomografia na pancreatite aguda

A

Após 72-96h

48
Q

Escores utilizados para avaliar a gravidade da pancreatite aguda

Apenas citar

A

Ranson, APACHE II, Glasgow, BISAP, índice de gravidade pela tomografia (Balthazar)

49
Q

Marcadores que não fazem parte dos critérios de Ranson

A

Amilase, lipase e bilirrubinas

Critérios de Ranson: avalia gravidade da pancreatite aguda (grave: ≥ 3)

50
Q

Gravidade da pancreatite aguda segundo os critérios de Atlanta

A
  • Leve: sem falência orgânica ou complicações
  • Moderadamente grave: falência orgânica transitória (< 48h) ou complicação local isolada
  • Grave: falência orgânica persistente (> 48h)

Falência orgânica: PAS < 90 mmHg, relação P/F < 300, Cr > 2
Complicação local: coleção fluida aguda, pseudocisto, necrose, WON

51
Q

Pancreatite aguda:

Índice de gravidade pela tomografia computadorizada (critérios de Balthazar)

A

Grau de inflamação (0 a 4 pontos):
- Grau A: pâncreas normal
- Grau B: aumento focal ou difuso
- Grau C: alterações inflamatórias peripancreáticas
- Grau D: coleção fluida em uma única localização
- Grau E: ≥ 2 coleções fluidas ou presença de gás

Grau de necrose:
- Nenhuma (0)
- Um terço (2)
- Metade (4)
- Mais da metade (6)

Paciente grave > 6 pontos

52
Q

Tratamento da pancreatite aguda leve

A
  • Internação em enfermaria
  • Suporte: dieta zero, analgesia (opioide), hidratação venosa, correção de DHE e ácido-base
  • Colecistectomia videolaparoscópica (se etiologia biliar): na pancreatite aguda leve pode ser feita na mesma internação
53
Q

Tratamento da pancreatite aguda grave

A
  • Internação em UTI
  • Hidratação venosa: reanimação volêmica (diurese 0,5 mL/kg/h)
  • Analgesia (opioide)
  • Antibiótico: não se faz de rotina
  • Suporte nutricional: enteral (preferência) ou NPT
  • Vias biliares: CPRE se colangite ou icterícia progressiva
  • Colecistectomia videolaparoscópica (se etiologia biliar): após 6 semanas

Hidratação: 1,5 ml/kg/h EV precedido de 10ml/kg em bolus se hipovolemia

54
Q

Complicações não necróticas da pancreatite aguda e conduta

A

Precoce (< 4 semanas) - coleção fluida aguda:
- Complicação mais comum
- Conduta expectante

Tardia (> 4 semanas) - pseudocisto:
- Aumento de amilase ou massa palpável
- Conduta: drenagem endoscópica transgástrica (se sintomático ou complicações como infecção, sangramento ou obstrução)

55
Q

Complicações necróticas da pancreatite aguda e conduta

A

Precoce (< 4 semanas) - necrose pancreática:
- Estéril: expectante
- Infecção*: punção diagnóstica (não é necessária se gás dentro da necrose na TC) + necrosectomia (geralmente tenta-se protelar) + ATB (Imipenem)

Tardia (> 4 semanas) - WON (walled-off necrosis - necrose emparedada):
- Conduta: drenagem endoscópica transgástrica (se sintomático ou complicações como infecção, sangramento ou obstrução)

*Suspeita na deterioração clínica ou ausência de melhora após 7-10 dias

56
Q

Principal causa de pancreatite crônica

A
  • Ingestão crônica de álcool
  • Crianças: fibrose cística
57
Q

Clínica da pancreatite crônica

A
  • Dor abdominal (exacerbação pós-prandial)
  • Esteatorreia: ↓ secreção enzimática
  • DM: destruição das ilhotas
  • Icterícia, colangite
58
Q

Diagnóstico da pancreatite crônica

A
  • Alterações estruturais:
    • TC: dilatação do ducto pancreático principal, calcificações, pseudocistos, atrofia
    • USG endoscópica: achados precoces
  • Função pancreática:
    • Teste direto: estimulação com secretina
    • Teste indireto: elastase fecal (diminuída se houver insuficiência exócrina)
  • Histopatológico: reservado para casos duvidosos
  • Amilase e lipase: normais ou pouco aumentadas
59
Q

Tratamento clínico da pancreatite crônica

A
  • Suspender álcool e tabagismo
  • Esteatorreia: reposição oral de enzimas + IBP, dieta fracionada e com baixo teor de gorduras
  • DM: hipoglicemiantes orais ou insulinoterapia
  • Dor: analgesia escalonada
60
Q

Tratamento cirúrgico da pancreatite crônica

A
  • Compressão neural devido a fibrose pancreática: bloqueio de plexo celíaco ou pancreatectomia

Dilatação do ducto pancreático principal:
- CPRE
- Refratários com dilatação > 7 mm: descompressão cirúrgica - Puestow modificado (Partington-Rochelle ou pancreatojejunostomia lateral)

61
Q

Definição de pâncreas divisum, anular e ectópico

A
  • Divisum: falha na fusão dos ductos pancreáticos ventral (Wirsung) e dorsal (Santorini)
  • Anular: anel de tecido pancreático que envolve a porção descendente do duodeno
  • Ectópico: tecido pancreático fora do local normal (mais comum no estômago)
62
Q

Abdome agudo:

Diferença da dor visceral e parietal

A

Dor somática (parietal):
- Fibras mielinizadas
- Aguda, bem localizada e percebida no local do estímulo

Dor visceral:
- Fibras não mielinizadas do tipo C
- Insidiosa, mal localizada, acompanhada de resposta vagal, percebida na raiz nervosa (TGI - linha média)

63
Q

Sinais clássicos de dor referida no ombro

A

Sinal de Lafond: gestação ectópica rota
Sinal de Kehr (ombro esquerdo): lesão esplênica

Ocorrem por irritação do nervo frênico

64
Q

Causas não cirúrgicas de abdome agudo

A
  • Endócrinas e metabólicas: CAD, porfiria intermitente aguda, uremia
  • Hematológicas: crise falciforme, leucemia
  • Toxinas e drogas: chumbo e outros metais pesados, animais peçonhentos
65
Q

Causas cirúrgicas de abdome agudo

A
  • Hemorrágico: gravidez ectópica rota, ruptura de aneurismas, adenoma hepático roto
  • Inflamatório: apendicite, diverticulite, colecistite, pancreatite, colangite
  • Perfurativo: úlcera perfurada, neoplasias
  • Isquêmico ou vascular: isquemia mesentérica, colite isquêmica
  • Obstrutivo: brida, volvo, neoplasia, hérnia
66
Q

Sinal do iliopsoas e do obturador

A
  • Iliopsoas: dor provocada pela extensão e abdução da coxa direita com o paciente em decúbito lateral esquerdo
  • Obturador: dor hipogástrica provocada pela flexão da coxa e rotação interna do quadril

Podem estar presentes na apendicite aguda

67
Q

Sinal de Cullen e de Grey-Turner

A

Pancreatite aguda hemorrágica (hemorragia do retroperitônio)
- Sinal de Cullen: equimose periumbilical
- Sinal de Grey-Turner: equimose em flancos

Dica: Cullen é Central

68
Q

Por que usa-se cateter vesical e sonda nasogástrica pré-laparoscopia

A

Para descompressão vesical e gástrica, visando minimizar o risco de lesão pelo trocarte

69
Q

Indicações de sigmoidectomia à Hartmann

A
  • Diverticulite (Hinchey III e IV)
  • Câncer colorretal obstruído
  • Doença inflamatória intestinal
  • Volvo de sigmoide complicado
70
Q

Principais causas de abdome agudo não obstétrico nas gestantes

A
  • 1ª: apendicite
  • 2ª: colecistite
71
Q

Período mais comum de apendicite aguda nas gestantes

A

2º trimestre

72
Q

Especificidades do quadro clínico de apendicite aguda nas gestantes

A
  • Diferente em 50% dos casos (alteração na anatomia - deslocação cranial do ponto de McBurney)
  • Confundidores: sintomas da gestação, leucocitose fisiológica da gestação
73
Q

Tratamento da apendicite aguda nas gestantes

A

Apendicectomia videolaparoscópica - mesmo tratamento de não gestantes, não se deve postergar a cirurgia

74
Q

Vantagens e desvantagens da via laparoscópica no tratamento da apendicite aguda nas gestantes

A
  • Vantagens: baixa taxa de infecção da ferida e hérnia incisional, recuperação mais rápida, necessidade menor de analgésicos
  • Desvantagens: maior risco de acidose fetal (CO2 do pneumoperitônio) e diminuição do fluxo sanguíneo uterino
75
Q

Tratamento da colecistite aguda nas gestantes

A

Colecistectomia videolaparoscópica - mesmo tratamento de não gestantes

76
Q

Tratamento da colelilitíase sintomática nas gestantes

A

Manejo conservador + CVL após gestação (preferencialmente)

77
Q

Tratamento da pancreatite biliar nas gestantes

A

Manejo conservador + CVL após gestação (preferencialmente)

78
Q

Principais causas de abdome agudo no idoso

A
  • Principal: doença das vias biliares (principalmente colecistite aguda)
  • 2ª: obstrução intestinal
  • 3ª: apendicite aguda (↑ risco de perfuração)
79
Q

Particularidades do abdome agudo no idoso

A
  • Diagnóstico tardio: sintomatologia atípica (retardo na procura de atendimento médico), laboratório inespecífico, percepção da dor alterada
  • Aumento da morbimortalidade: queda global das funções orgânicas*, maior número de complicações (cicatrização mais lenta)

*Alterações fisiológicas do envelhecimento, maior número de comorbidades

80
Q

Definição das porfirias

A
  • Distúrbios na síntese do heme, causando acúmulo de seus precursores
  • 8 enzimas fazem parte da via do heme - um tipo diferente de porfiria está associado ao defeito de cada uma delas
81
Q

Classificação das porfirias de acordo com o local de origem dos precursores heme acumulados

A

Eritropoiéticas (medula óssea) ou hepáticas

82
Q

Composição da molécula do heme

A

Ferro + protoporfirina IX

83
Q

Porfirias mais comuns em adultos

A

1ª: porfiria cutânea tarda
2ª: porfiria intermitente aguda
3ª: protoporfiria eritropoiética (mais comum da infância)

84
Q

Fisiopatologia da porfiria intermitente aguda

A

Distúrbio genético (deficiência da enzima HMB-sintase*) + gatilhos (álcool, tabaco, intoxicação por chumbo, droga, estresse)

*Nome antigo: PBG deaminase

85
Q

Clínica da porfiria intermitente aguda

A
  • Quadro agudo neurovisceral: dor abdominal, distensão, hiperperistaltismo
  • Hiperatividade simpática
  • Neuropatia periférica, convulsão, psicose
  • Escurecimento da urina
86
Q

Diagnóstico da porfiria intermitente aguda

A
  • ↑ Porfirinas totais e porfobilinogênio (PBG) urinário
  • PBG deaminase eritrocitária e genética
87
Q

Tratamento da porfiria intermitente aguda

A
  • Suspender gatilhos
  • Hematina (hemina)
  • SG 10% - fase aguda
88
Q

Doença associada à porfiria cutânea tarda

A

Hepatite C

89
Q

Clínica da porfiria cutânea tarda

A
  • Bolhas + fotossensibilidade
  • Cicatrizes, alopecia, hirsutismo
90
Q

Tratamento da porfiria cutânea tarda

A
  • Evitar exposição solar
  • Flebotomia
  • Hidroxicloroquina