CIR 03 - Hemorragia Digestiva I (Abordagem e conduta) Flashcards

1
Q

Hemorragia digestiva mais comum: alta ou baixa

A

Alta (80%)

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2
Q

Marco anatômico que divide as hemorragias digestivas

A

Ângulo de Treitz (duodenojejunal)

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3
Q

Manifestações das hemorragias digestivas

A
  • Hematêmese (define HDA)
  • Melena (sugere HDA)
  • Hematoquezia (não confirma HDB, 10-20% decorrem de HDA*)

*de grande volume

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4
Q

Causas de hemorragia digestiva alta

A
  • Doença ulcerosa péptica (principal etiologia)
  • Ruptura de varizes esofágicas
  • Laceração de Mallory-Weiss
  • Lesão de Dieulafoy
  • Hemobilia
  • Neoplasia
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5
Q

Causas de hemorragia digestiva baixa

A
  • Doença diverticular (principal etiologia)
  • Angiodisplasia
  • Câncer colorretal
  • Divertículo de Meckel
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6
Q

Principais causas de hemorragia digestiva baixa nas crianças

A

Intussuscepçao e divertículo de Meckel

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7
Q

Atendimento inicial na hemorragia digestiva

A

Seguir ABC - estabilização clínica

Ressuscitação volêmica: atingir uma PAS de 100 mmHg e FC < 100 bpm

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8
Q

Indicação de hemoderivados na hemorragia digestiva

A

Perda volêmica ≥ classe III

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9
Q

Principal local de sangramento na doença ulcerosa péptica

A
  • Parede posterior do duodeno (artéria gastroduodenal)
  • Se gástrica: alta (artéria gástrica esquerda)
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10
Q

Exame diagnóstico para hemorragia digestiva alta

A

Endoscopia digestiva alta:
- Precoce: 24h
- Se varizes: 12h

  • Ausência de sinais de sangramento: suspeitar de HDB
  • Sangramento, mas sem identificar a causa: nova EDA
  • Sonda nasogástrica não é recomendada de rotina
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11
Q

Tratamento da hemorragia por doença ulcerosa péptica

A
  • IBP* + EDA

*Ex: Pantoprazol ou Esomeprazol IV 80 mg + 8 mg/h

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12
Q

Classificação de Forrest

A

Estima o risco de ressangramento
- I: Ativa (90% - risco alto)
- IA - pulsátil
- IB - não pulsátil
- II: Hemorragia recente
- IIA - vaso visível (50% - risco alto)
- IIB - coágulo (30% - risco intermediário)
- IIC - hematina - black spots (10% - risco baixo)
- III: Sem sinais
- Úlcera com base clara (5% - risco baixo)

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13
Q

Quando indicar tratamento endoscópico na hemorragia por doença ulcerosa péptica

A

Forrest IA, IB e IIA

Epinefrina + eletrocoagulação ou hemoclipes

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14
Q

Conduta na falha de controle do sangramento com endoscopia na doença ulcerosa péptica

A

Angioembolização ou cirurgia

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15
Q

Definição e fator de risco para laceração de Mallory-Weiss

A
  • Lacerações de mucosa e submucosa na JEG
  • Vômitos vigorosos de repetição (ex: pós libação alcoólica, hiperêmese gravídica)
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16
Q

Diagnóstico e tratamento de laceração de Mallory-Weiss

A

EDA - autolimitado em 90% dos casos
Sangramento ativo: epinefrina + eletrocoagulação

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17
Q

Diagnóstico diferencial laceração de Mallory-Weiss e síndrome de Boerhaave

A

Na síndrome de Boerhaave, devido a perfuração do esôfago, o paciente pode apresentar enfisema subcutâneo, pneumomediastino ou pneumoperitônio

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18
Q

Definição de lesão de Dieulafoy

A

Artéria tortuosa e dilatada na submucosa do TGI, circundada por mucosa normal

19
Q

Local mais comum da lesão de Dieulafoy

A

Estômago (pequena curvatura, próximo à JEG)

20
Q

Diagnóstico e tratamento da lesão de Dieulafoy

A
  • EDA: ponto sangrante circundado por mucosa normal
  • Hemostasia endoscópica (epinefrina + eletrocoagulação ou hemoclipe)
  • Refratários: angioembolização
21
Q

Clínica da hemobilia

A
  • Trauma ou manipulação das vias biliares
  • Tríade de Philip Sandblom ou de Quincke: HDA (melena) + dor em QSD + icterícia
22
Q

Diagnóstico da hemobilia

A
  • EDA: saída de sangue da ampola de Vater
  • Angio-TC
23
Q

Tratamento da hemobilia

A

Angioembolização

24
Q

Exame mais sensível na hemorragia digestiva baixa e suas desvantagens

A

Cintilografia
- Não define o local e não é terapêutica

0,1 ml/min

25
Q

Vantagens da arteriografia na hemorragia digestiva baixa e volume de sangramento necessário

A
  • Identifica o local específico e é terapêutica
  • 0,5-1 ml/min
26
Q

Quando solicitar EDA na hemorragia digestiva baixa

A

Na instabilidade hemodinâmica, para descartar HDA

Uma relação Ureia:Cr elevada (> 100:1) é específica para HDA

27
Q

Investigação da hemorragia digestiva baixa

A

Instáveis: angioTC¹ de abdome e pelve + EDA²
Estáveis: colonoscopia

¹Identifica o local de sangramento, mas não é terapêutica ²Descartar HDA

Nos pacientes com sangramentos volumosos a arteriografia para embolização da artéria culpada é realizada após a angioTC

28
Q

Local mais comum de sangramento na doença diverticular dos cólons

A

Divertículos à direita

29
Q

Tratamento do sangramento na doença diverticular dos cólons

A
  • Colonoscopia (epinefrina, cauterização, clips)
  • Sangramento volumoso: angioembolização
  • Cirurgia se refratário
30
Q

Definição de angiodisplasia do trato gastrointestinal

A

Malformação venosa de vasos submucosos

Anomalia vascular mais comum do TGI

31
Q

Local mais comum de angiodisplasias no TGI

A

Ceco > sigmoide > reto

32
Q

Tratamento da angiodisplasia do TGI

A
  • Achado incidental: não tratar
  • HDB: colonoscopia (cauterização, hemoclipes, ablação)
33
Q

Anomalia congênita mais comum do TGI

A

Divertículo de Meckel

2%

34
Q

Fisiopatologia do divertículo de Meckel

A

Fechamento incompleto do conduto onfalomesentérico

35
Q

Tipo e local do divertículo de Meckel

A

Verdadeiro, formado na borda antimesentérica a 45-60 cm da válvula ileocecal

36
Q

Mucosas ectópicas mais prevalentes no divertículo de Meckel

A

Gástrica > pancreática

37
Q

Clínica do divertículo de Meckel

A
  • Maioria: assintomático
  • Diverticulite
  • Sangramento: delgado adjacente*
  • Obstrução ou perfuração

*Ulceração devido à secreção ácida da mucosa gástrica ectópica

38
Q

Diagnóstico do divertículo de Meckel

A
  • Cintilografia com 99mTc: mucosa gástrica
  • Sangramento: cintilografia (hemácias marcadas) ou arteriografia
39
Q

Tratamento do divertículo de Meckel

A
  • Achado intraoperatório incidental:
    • Adulto: não trata
    • Criança: ressecção do divertículo +/- delgado adjacente
  • Sangramento: ressecção do divertículo + delgado adjacente
40
Q

Definição de hemorragia digestiva obscura

A
  • Sangramento digestivo sem causa definida após EDA + colonoscopia
  • Suspeita de sangramento do intestino delgado
41
Q

Clínica da hemorragia digestiva obscura

A
  • Sangramento evidente: melena / hematoquezia / hematêmese (mais raro)
  • Sangramento oculto: sangue oculto fecal positivo +/- anemia ferropriva
42
Q

Investigação da hemorragia digestiva obscura

A

Videocápsula endoscópica / Enterografia por TC ou RM / Enteroscopia (profunda ou intraoperatória)

43
Q

Vantagens e desvantagens da videocápsula endoscópica na investigação da hemorragia digestiva obscura

A
  • Vantagens: não invasivo e alto rendimento diagnóstico
  • Desvantagens: não permite terapia ou coleta de tecido
44
Q

Vantagens e desvantagens da enteroscopia (profunda ou intraoperatória) na investigação da hemorragia digestiva obscura

A
  • Vantagens: permite hemostasia endoscópica
  • Desvantagens: invasivo e alta complexidade