Cirurgia Pediátrica Flashcards
Higroma cístico, principais características
- Lesão cística multiloculada revestida por células endotelias
- Acomete a região posterior do pescoço na maioria dos casos, seguido de região axilar, mediastinal, inguinal e retroperitoneal
- >1 cm macrocítico, <1cm microcíticos
Tratamento do higroma cístico
- Ressecção completa do higroma com ressecção de todos os ramos linfáticos
Complicações e manejos destas no higroma císticos
- Hemorragia - tende a ser conservador
- Infecção - antibiótico e a critério clínico drenagem
Ciruriga de sistrunk
- Ressecção do cisto tireoglosso + retirada da porção central do osso hióide
Números de arcos branquias na vida embrionária
- 4 pares principais
- 2 pares rudimentares
Cistos e fistulas branquiais
decorrentes do fechamento e/ou desenvolvimento incompletos dos arcos branquiais
Tratamento dos cistos ou fístulas branquiais
- Ressecção cirurgica após tratamento de possível quadro infeccioso com antibióticoterapia
Estruturas relacionadas ao primeiro arco branquial
- O primeiro arco branquial contribui para a formação da mandibula e processo maxilar. A primeira fendra branquial para a formação da cavidade timpânica, trompa de eustáquio, cavidade do ouvido médio e céls. áereas mastoideas
Malformácões relacionadas ao primeiro arco e fendas branquiais
- Labio neporino
- Fenda palatina
- ossículos malformados
- Contornos anormais da orelha externa
- Cistos em região de formção do arco
Tipos de cistos do 1 arco branquial
- Tipo I- Anomalias de duplicação do canal auditivo externo de origem ectodérmica. Passam através da parótida próximos ao nervo facial
- Tipo II- Abaixo do angulo da mandibula. Formados por ecto e mesoderma. Passam através da glandula parótida medial ou lateralmente ao nervo facial
Defeitos do segundo arco branquial, classificação
- Tipo I - Anteriormente ao ECM e não entra em contato com a bainha carotídea
- Tipo II - passa profundamente ao músculo ECM e anterior ou posterior a bainha carotídea.
- Tipo III - Entre a carótida externa e interna
- Tipo IV - Medial a bainha da carótida adjacente a fossa tonsilar
Cistos do 3 e 4 arcos branquiais
- 3 arcos também estão anteriormente ao ECM porém em posição mais baixa
- Os do 4 são extremamente raros e podem estar associados a outras malformções como laringoceles
Anomalias associadas as fítulas traqueoesofágicas
- VERTEBRAIS
- ANORRETAIS
- CARDIACAS
- TRAQUEAL
- RENAL
- ESOFÁGICAS
- MEMBROS
TIPOS DE FÍSTULAS TRAQUEOSOFÁGICAS E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Tratamento da fístula traqueoesofágica
- Drenagem do coto proximal contínua
- Antibioticoterapia empírica IV, de amplo espectro
- Atresia de esôfago isolada:
- Se distância entre cotos < 2 vertebras = anastomose primária
- Se distância >2 <6 vert. = anastomose primária retardada
- Se distância >6 vertebras = substituição esofágica
Momento da cirurgia em AE com ou sem fístula
- 24- 72 h de vida em pacientes estáveis
- Se estável pode-se fazer correção da fístula e anastomose da atresia em um mesmo tempo cirurgico
Sindrome de Sandifer
Postura anormal da cabeça, com torcicolo, em crianças neurologicamente normais associada a esofagite de refluxo
Etiologia da estenose hipertrófica de piloro
- Não está presente ao nascimento
- Associado a:
- Gastroenterite eosinofilica
- sind. de Apert
- sínd. de Zellweger
- trissomia do 18
- Sind de Cornelia
- Ertitromicina dentro das 2 primeiras semanas de vida
Disturbio metabólico associado a estenose hipertrófica de piloro
- Alcalose metabólica
- Hipoclorêmica
- Hipocalêmica
Tratamento da estenose hipertrófica de piloro
- Pilorotomia extramucose de Fredet-Ramstedt
Alterações associadas a atresia de duodeno
- Cardiopatia
- Trissomia do 21
- alterações bastante frequêntes
Atresia gastrointestinal mais comum
- Atresia jejuno ileal
Tipos de atresia Jejunoileal
- Tipo I (20%): espeçie de diafragma marca a divisão entre os segmentos
- Tipo II (30-35%): mesentério íntegro com um cordão de atresia unindo segmento proximal e distal
-
Tipo III:
- A (30-35%): Separação completa intestinal e do mesentério em “V”
- B (10-20%): separação completa intestinal com separação extensa do mesentério. Ileo enrolado em “casca de maça”no entorno da ileocólica
- Tipo IV (10-20%): múltiplas atresias
Embriologia do trato gastrointestinal
- Diferencição na 4 semana de gestação
- Anterior: esôfago e estômago
- Médio: duodeno, jejuno, íleo, ceco e cólon-ascendente e 2/3 proximais do cólon transverso
- Posterior: 1/3 distla do cólon transverso, descendente, sigmoide e anus
- 4 fases:
- Herniação
- Rotação
- Retração
- Fixação
Anomalias associadas a má-rotação intestinal
- Atresia intestinal
- ânus imperfurado
- Anomalias cardiacas
- Divertículos de meckel
- Trisomia do 21
Tratamento cirúrgico da má rotação intestinal
- Cirurgia de Ladd
Achados radiológicos da enterocolite necrotizante
- Pneumatose intestinal
- Gás na porta
- Pneumoperitônio - caso avançado
Classificação de Bell para enterocolite necrotizante
Tratamento clínico da enterocolite necrotizante
- Dieta oral zero
- Sonda nasogástrica para descompressão
- NPT
- Reposição volêmica
- Correção de disturbios hidroeletroliticos e acidobásicos
- Antibioticoperapia de amplo espectro
Indicação de inicio de dieta em enterocolite necrotizante
- 72 horas após início de melhora radiológica e clínica
- 7-14 dias após abordagem cirúrgica
Indicação cirurgica na enterocolite necrotizante
- Se optado por tratamento clínico inicial
- perfuração
- Sinais de necrose intestinal
- piora progressiva a despeito do tratamento conservador
- Tto cirurgico imediato se perfuração diagnosticada por paracentese ou rx
- Massa abdominal dolorosa e fixa
- celulite d eparede abdominal
- alça fixa persistente em radiografia
- gás na veia porta e pneumatose nos 4 quadrantes
Procedimentos cirurgicos na síndrome do intestino curto
-
Procedimento de Bianchi:
- Dividi-se paralelamente o segmento intestinal dilatado, seguido de fechamento dos segmento e anastamose entre eles. Diminui diametro em 50% e aumenta comprimento em 200%
-
Enteroplastia transversa seriada:
- Grampeamento transverso seriado e reanastomose. Mais atual
Causas mais comuns de obstrução intestinal em crianças
- Neonatos -> Hirschsprung
- Lactentes -> intussusepção
Sindrome de Zuelzer e Wilson
Aganglionose total do cólon, forma mais grave de Hirschsprung
Diagnóstico de doença de Hirschsprung
- RX de abdome com dilatação de alça
- Enema contrastado com contraste hidrosolúvel, mostrando ponto de transição entre cólon saudáve e doente
- Biopsia
Tecnicas cirurgicas para doença de Hirschsprung
- Soave
- Duhamel
- Swenson
Procedimento de swenson
- Ressecção de todo segmento aganglionico
- Anastomoso de porção gânglionica ao ânus
Procedimento de Soave
- Ressecção da mucosa do segmento aganglionar
- Anastomose do segmento ganglionar através de pullthrough ao ânus
- Resultados semelhantes ao longo prazo
Procedimento de Duhammel
- Cólon seccionado acima da reflexão peritoneal, em seguida seguimento ganglionar colônico é anastomosado com grampeado a porção posterior do segmento agangliona
- Considerada mais fácil técnicamente e com resultados semelhantes no longo prazo
Classificação da enterocolite associada a DH
-
Grau I - possível:
- diarréia, leve distensão abdominal e radiografia com padrão normal de distensão ou leve distensão
-
Grau II - definitivo:
- Diarreia explosiva agravada ao toque, febre, letargia, distensão e dor abdominal. Radiografia identificando distensões e níveis hidroaéreos
-
Grau III - grave:
- his. de obstrução, hipovolemia, choque, peritonite… radiografia com pneumatose intestinal e/ou pneumoperitônio
Fatores de risco para entorocolite associada a DH
- EADH pré-operatória:
- atraso no diagnóstico de DH >1sem
- comprimento aganglionar
- Trissomia do 21
- Presença de outras anomalias
- EADH pós-operatório:
- Displasia neuronal coexistente ou hipoganglionose proximal ao segmento ressecado
- Ressecção em idade mais jovem (<6meses de vida)
- Presença de estenose ou fístula anastomótica
- História de EADH pré-operatória
Tratamento da EADH
- Pré-operatória:
- preferencialmente clínico com suporte, descompressão, ATB e irrigação retal
- Cirurgia com confecção de ostomia em casos refratários
- EADH pós-operatória:
- preferencialmente clínico
- Casos recorrentes devem levantar a hipotese de segmento aganglionico residual
Volvo na criança com DH
- Raro, no geral em crianças mais velhas ou adultos não diagnosticados
- Tratamento semelhante ao volvo no adulto, descompressão endoscópica depois cirurgia
- Diagnóstico sugerido por RX e confirmado por enema
Tríade clássica na intussusepção
- Dor abdominal intermitente
- associada a fezes em geleia de framboesa
- massa intestinal pálpavel
Diagnóstico de intussusepção
- No geral US é o exame de escolha, sendo a imagem em alvo a clássica
Tratamento da intussusepção
- Suporte
+
- Enema com ar ou contraste
- Cirurgia, se:
- peritonite
- Perfuração intestinal
- suspeita de neoplasia (intussusepção secundária)
Anomalias anoretais mais comuns
- Meninos (+ prevalentes) - com fístula retouretral
- Meninas - com fístula retovesical
Classificações das anomalias anorretais
- Estenose anal- estreitamento da abertura anal
- Membrana anal persistente - membrana cloacal persiste
- Agenesia:
- anal - o fundo cego do reto ultrapassa o complexo muscular esfincteriano, localizando-se a uma distância menor de 2 cm da pele, pode ou não coexistir fístula
- retal - fundo cego não ultrapassa o complexo esfincteriano, distando >2cm da pele. Na maioria dos casos apresenta fístula urinária associada
- Atresia retal - anus normal, porém interrupção no reto
Avaliação de um paciente com anomalias anorretais
- Exame físico
- RX com raios lateraia quando 24 h de vida, com um anteparo metálico localizado na posição do anus
Conduta frente a distância entre fundo cego e marcação no rx de crianças com anomalia anoretal
- <2cm - opera ao nascimento
- >2cm - ostomia em dupla boca e posterga cirurgia por período variável