Cirurgia digestiva Flashcards
Acesso cirurgico ao esofago, lados
- Cervical - esquerda
- Toracico - direita
Camadas e plexos do esfoga
- mucosa
- submucosa - plexo de meissner
- muscular - circular interna + longitudinal externa + plexo de auerbach
- Adventícia
VAscularização esofágica
- Superior: ramos das art. tireoideanas inferiores
- Medio: ramos esofagianos da aorta e da art. bronquicas
- Inferior: ramos esofageanos da gastrica esquerda e das frenicas inferiores
Drenagem venosa esofagica
- superior: veias tireoidianas e jugulares
- medio: azigo e cava
- inferior e fundo gástrico: cava ou porta
Exame para avaliação de disfagia de transferência
Videofluoroscopia
Quando suspeitar de acalasia
Disfagia e perda de peso ao longo de meses ou anos, associada a regurgitação e tosse crônica (especialmente noturna)
Características da acalasia
- Deficit de relaxamento do EEI durante a deglutição
- Graus variados de hipertonia do EEI
- Substituição total da peristalse normal do esôfago por contraçãoes anormais
Classificação Rezendes-Mascrenha esofagografia baritada
- Forma anectásica: esôfago de calibre normal, até 4 cm, apenas com pequena retenção de contraste
- Esofago discinético: peq. aumento de calibre (4-7 cm) e franca retenção de contraste
- Esôfago francamente dilatado: (megaesôfago clássico, 7-10cm) atividade motora reduzida e grande retenção de contraste
- Dolicomegaesôfago: maior que 10 cm
Achados da acalásia na esofagomanometria
- Não relaxamento do EEI em resposta a deglutição
- Graus variados de hipertonia do EEI
- Aperistalse (auscência de contrações eficazes)
Classificação de Chicago de acalasia
- TIPO I: IRP>15mmHg, auscência de peristalse, CDI<450 mmHg.cms
- TIPOII: IRP>15mmHg, auscência de peristalse e pressurização paneesôfagica >20% de degluticão
- TIPO III: IRP> 15mmHg contrações espáticas CDI >450 em >20% das deglutições
- Obstrução da JEG: IRP >15mmHg e auscência de critérios de acalásia
*
Tratamento da acalásia
- Clinico: Ntrato sl de 6/6h antes das refeições, bloq dos canais de CA
- Toxina botulinica em pacientes com alto risco cirurgico (dura de 3-6 m)
- Dilatação endoscópica - perfuração endoscópica, DRGE e reicidiva são as principais complicações
- cardiotomia a Heller (casos refratários)
Tratamento por esofagografia
- Graus I e II: EDA
- Graus II (principalmente em <40 anos), III e IV: Heller
Reicidiva pós miotomia de heller
- Serra-doria ou tal-hatafuku (histórica, não é mais usada)
Esofagomanometria no EED
- Prolongadas (>2,5s)
- Grande amplitude (>120mmHg)
- Repetitivas
- Iniciam simultaneamente nos 2/3 distais do esôfago
Diferença membrana e anel
Membrana: mas comum plummer vilson ou Person-Kelly(associada a anemia ferropriva) - tende a ser mais alta, não envolve toda a circunferência esofágica
Anel: mais baixo, envolve toda a circunferência.
Anel de Schatski, acredita-se ser associado a DRGE pelo fato de abaixo dele haver epitélio colunar e acima epitélio escamose
Melhor exame na avaliação de divertículos esofágicos
- Esofagografia baritada
Divertículo de Zenker
Diverticulo falso de mucosa e submucos, entre as fibras do músculo cricofaringeo e fibras obliquas do faringeo inferior
TTo do divertículo de zenker
1-2cm: miotomia
2 - 5 cm: miotomia + pexia
>5cm: diverticulectomia
EDA: abordagem usada apenas quando >3 cm
Diferença de leiomioma de gist
C-KIT: se + = gist, se - = leimioma
Tumor benigno mais comum do esôfago
Leiomioma
Tratamento os tumores benignos esofágicos
Resecção cirurgica em todos os leiomiomas com >2 cm
Causas de DRGE
- Relaxamento do EEI não associado a deglutição e prolongado (5-35s)
- EEI com tônus basal muito baixo
- Hérnia de hiato
Diagnóstico de DRGE
- CLÍNICO: Pirose + regurgitação + prova terapeutica com IBP
- prova terapeutica consiste em uso de omeprazol em jejum pela manhã por 30 dias. Em caso de auscência de melhora, dobra-se a dose após 2 semanas.
Indicações de EDA na DRGE
- Sinais de alarme: disfagia, odinofagia, perda de peso…
- Idade >45-55 anos
- DRGE há mais de 10 anos
- Sintomas refratários ao tratamento
Classificação da EDA na DRGE segundo Savarys-Miller
- Grau I: Erosões em apenas uma prega longitudinal esofagica
- Grau II: Erosões em mais de uma prega
- Grau III: Erosões ocupando toda a circunferência do esôfago
- Grau IV: estenose péptica ou úlcera esofágica
- X: associada a esôfago de barret
Classificação de Los Angeles para DRGE na EDA
- A: Uma ou mais erosões até 5 mm
- B: 1 ou mais erosões > 5mm não contínuas no ápice das pregas esofágicas
- C: erosões contínuas entre os apísces de duas pregas contendo < 75% da circunferência do órgão
- D: igual C porém com >75% da circunferência
Padrão ouro no diagnóstico de DRGE
Impedâncio phmetria esofagica
Phmetria de 24 h segue o padrão ouro para diagnóstico de DRGE patológico, mais tradicional
Indicações de pHmetria
- Sintomas típicos refratários ao tratamento medicamentoso
- Confirmação de DRGE antes de cirurgia de refluxo
- REavaliação do paciente ainda sintomático após cirurgia
- Sintomas atípicos, que não respondem a IBP
Diagnóstico de DRGE por pHmetria
7% (4.5% em algumas referências) das medições de refluxo com pH<4
ESofago de Barret
Substituição das céls do epitélio escamoso estratificado por colunar contendo céls INTESTINAIS
(É NECESSÁRIO A PRESENÇA DE METAPLASIA, OU SEJ A APRESENÇA DE CELS CALICIFORMES NA PATOLOGIA)
RISCOS DO USO CRÔNICO DE IBPs
- Risco de enterocolite infecciosa, incluindo Clostridium dificile
- Maior risco de pneumonia
- Má absorção de ferro, cálcio, magnésio e vit B12, provocando, anemia, hipomagnesemia e piorando a osteoporose
- Hipergastrinemia, podendo aumentar a incidência de tumores carcinóides.
Indicações cirurgicas DRGE
- Sint. refratários ao IBP
- Recorrentes (pode manter IBP sobre demanda, contínuo e cirurgico)
- Complicações (úlcera e estenose)
Conplicação intraoperatória mais comum da fundoplicatura de Nissen
pneumotórax residual
Princiapal uso de fundoplicaturas anteriores e tipos
Dor e Thal
No geral usadas após miotomia de Heller
Conduta frente ao esofago de Barret
- Barret sem displasia: nova eda de 3-5 anos
- Displasia de baixo grau: ablação endoscópica
- Displasia de alto grau ou adeno insitu: ablação endoscópica (ou esofagectomia)
- Adenocarcinoma invasivo: ressecção cirurgica com margem + linfadenectomia
Hérnia de hiato esofagica
- Tipo I: por deslizamento, 90% dos casos, a junção esofago gastrica hernia para o tórax
- Tipo II: paraesofagica, o fundo gastrico hernia para o tórax
- Tipo III: mista, tanto a junção quanto parte do estômago herniam para o tórax
- Tipo IV: herniação gástrica ou de outros órgãos
Epidemiologia dos cânceres esofágicos
- Escamoso ou epidermoide: predomina nos países subdesenvolvidos, ainda é o mais comum no mundo de forma geral
- Adenocarcinoma: tipo mais comum nos países desenvolvidos, EUA e Canáda, bem como no RS. Associado a Barret, acalasia, caucasianos e homens
Distânciamento das porções esofagicas das arcadas dentárias
- Superior: 20-27 cm
- Médio: 27-34cm
- Distal: 34 - 40 cm
Diagnóstico de ca de esofago, exames
- Esofagografia com contraste (bário)
- EDA
Estadiamento de tumor de esôfago
- TC tórax e abd: avaliar M, N e T
- US EDA: se auscência de metástase na TC, melhor exame para avaliar o T
- PET: se disponível, no lugar da TC
- Broncofibroscopia: indicados nos tumores de terço médio e superior
- Toracoscopia e laparoscopia com biopsia: feita no mesmo tempo da cirurgia, quando com proposta curativa, invasão de tronco celíaco invalida a terapia
Estadiamento T do CA de esôfago
Tratamento do Ca de esofago T1a
Mucosectomia
Se invade a submucosa, deve ser tratado de forma semelhante ao IB
Tumores estágio I T1b
cirurgia
Tratamento de IB a III
Quemioradioneoadjuvante por 5 semanas + cx (4-6 sem após o término neoadjuvante
Cirurgia curativa no tumor de esôfago
ESofagectomia com linfadenectomia mediastinal, com margem de segurança de 8 cm
Tipos de esofagectomia
- Transtorácica (Ivor-Lewis): toracotomai posterolateral direita + laparotomia mediana
- Esofagectomia trans-hiatal: dificuldade de se realizar uma linfadenectomia mediastinal curativa completa
- Três-campos (tri-incisional ou técnica de McKeow modificada)
Demais alterações que podem acometer crianças com atresia de esôfago
Síndrome de VACTREL, presente em 50% dessas crianças
- Vertebrais
- Anorretais
- Cardiacas
- Traqueais
- Renais
- Esofágicas
- Limbs
Exames pré-operatórios no DRGE
- EDA
- Esofagografia
- pHmetria de 24
- Manometria
Indicação de válvula parcial em fundoplicatura de acordo com a manometria segundo o Rotinas
- Menos de 30% de ondas esofágicas propulsivas e amplitude de onda em esôfago distal <30mmHg
Fundoplicatura de Belsey Mark IV
Fundoplicatura parcial por via transtorácica, sendo a válvula ANTERIOR - INDICADA EM PACIENTES JÁ SUBMETIDOS. AFUNDOPLICATURA SEM RESPOSTA ADEQUADA E EM PACIENTES COM BRIDAS EM PAREDE ABD SUPERIOR
Cirurgia de Attila Csendes
Antrectomia + vagotomia, com recontrução de via alimentar em Y de roux em pacientes com esofagite grave pós fundoplicatura prévia
Conduta no esôfago de Barret à EDA segundo o Rotinas
Diferença e preferêncian nos analogos de somatostatina no sangramento digestivo agudo por varizes esofágicas
A terlipressina é preferível no sangramento agudo em relação ao octreotíde por apresentar maior potência na redução da pressão portal, uma mortalidade menor e menos efeitos colaterais
Classificação de Zargar para esofagite caústica
- GRAU 1: Edema e eritema de mucosa
- GRAU 2A: Friabilidade, erosões, eritema severo, exsudato inflamatório, erosões superficiais
- GRAU 2B: GRAU 2A + úlceras profundas ou superficiais
- GRAU 3A: Areas de necrose esparsas, ulcerações profundas
- GRAU 3B: Necrose extensa
Avaliação pulmonar no paciente candidato a ressecção esofágica
Sempre indicado se será realizado procedimento no tórax que necessite de ventilação em um único pulmão.
VEF1 inferior a 800ml/seg ou 30% do previsto tem alto risco de complicações. CVF também é importante bem como a capacida de difusão do monóxido de carbono (CDMC)
Inervação do estômago
- Simpática: Plexo originado de T5-T12 distribuído principalmente ao estômago pelo nervos esplancnicos maior e menor via plexo celíaco
-
Parassimpático: nervo vago
- esquerdo (anterior): divide-se em pilorico, hepático e gastrico
- direito (posterior): gastrico e celiaco
Cels do estômago , localização e função
- Parietais ou oxínticas - Corpo e fundo - produção de ácido e fator intrínseco
- Principais ou zimogênias - Corpo e fundo - produção de pepsinogênio
- Cels. G - Antro - gastrina
- Cels. ELC - Antro - produção de histamina
- Céls D. - Antro e corpo - produção de somatostatina
- Céls faveolares ou mucosas - todo o estômago - muco e bicarbonato
Fases da produção gástricas
- Cefálica (10-15%)
- visão, olfato, pensamento
- Gástrica (80%)
- Distensão gástrica
- Fase intestinal (5-10%)
- Quando alimento sai do estômago
Defesa do estômago contra o HCl
- Pré-epitelial- muco e bicarbonato
- Epitelial - alto poder de regeneração
- Subepitelial - Elevado fluxo saguíneo da mucosa
H pylori - características e fatores de risco para adquirir
- Gram negativa, móvel que apresenta de 4-6 flagelos, transmitida via fecal oral
- idade, baixo nível sócio ecônomico , piores condições de moradia e menor grau de instrução.
Classificação de Johnson para DUP
TIPO V - associado ao uso de corticoides ou AINES
Úlcera de Dragsted = Úlcera tipo II
Principais locais de acometimento de úlcera péptica
-
H. Pilory - Duodeno
- no estômago a tipo I de Jonhson na pequena curvatura é mais comum
- AINE - estômago
Critérios para dispepsia funcional por ROMA IV
- Dispepsia no últimos 3 meses (início há 6 meses)
- ao menos 1 dos achados
- Plenitude pós-prandial
- saciedade precoce
- Dor ou queimação epigástrica
- Auscência de lesão na EDA
Conduta Dispepsia
Clinica DUP
- 40% das úlceras pépticas são diagnosticadas em pacientes assintomáticos
- Gastricas: dor durante a alimentação e perda de peso
- Duodenal: dipspesia noturna, no geral 2-3 horas após a ingesta de alimento
Quando investigar H. Pylori
Todo paciente com dispepsia
Como investigar H. Pylori
-
Paciente sem indicação de EDA:
- Teste da ureia respiratória - padrão ouro não invasivo
- Sorologia por ELISA - não serve para controle de cura
- Antígeno fecal
-
Paciente com indicação de EDA:
- Teste rápido da urease
- Análise histopatológica - 2 biop do antro e 2 do corpo (pequena e grande curvatura)
Controle de cura do H. Pylori
4-6 semanas após a terapia de erradicação
IBP deve ser suspenso 14 dias antes
Exames para investigação de H. Pylori
Classificação de SAKITA para úlcera peptica
- A1 - Margem edemaciada, fibrina e necrose
- A2 - Anel eritematoso, fibrina clara
- H1 - Convergência das pregas
- H2 - Fibrina delgada
- S1 - Cicatriz avermelhada
- S2 - Cicatriz normal
Tratamento clínico da UP por H. Pylori
- IBP + claritomicina 500mg + amoxicilina 1g de 12/12h por 14 dias
- IBP + bismuto + Tetraciclina+ amoxicilina de 12/12h por 10-14 dias
- IBP + metronidazol + claritromicina + amoxicilina 14 dias
Tratamento de H. Pylori em caso de falha terapeutica prévia
IBP 12/12h + levofloxacino 500mg 1xdia + amoxicilina 1g 12/12h por 10-14 dias
Indicações de erradicação da H. Pylori
Absolutas:
- Dispepsia
- Úlcera
- Linfom MALT
Relativas:
- Lesões pré-neoplasicas
- Historia de Ca gástrico em parente de 1 grau
- Tu gastrico tratado com gastrec parcial ou EDA
- Anemia ferropriva inexplicada
- Def de vit B12
- Usuário crônicos de AINE ou AAS
Erradicação do H. Pylori em alérgicos à amoxicilina
- IBP + Claritromicina + levofloxacino por 14 dias
- IBP + doxicilina 12/12h por 14 dias
Tipo de vagotomia para o tratamento de úlcera duodenal refratária
- Vagotomia troncular com piloroplastia
- Vagotomia troncular com antrectomia
- Vagotomia gástrica proximal
Cirurgias para esvaziamento gástrico pós-vagotomia
Tratamento cirurgico da úlcera gástrica
- Tipo I - gastrectomia
- Tipo II e III - VAgotomia e gastrectomia
- Tipo IV - Gastrectomia
Clinica DUMPING precose e tardio
- Precose - 15 -30 min após a refeição sendo composto por sintomas gastrointestinais (dor abdominal, nauseas, vômitos, diarreia explosiva) e vasomotores (sudorese, taquicardia…)
- Dumping Tardio - sintomas causados por hipoglicemia reflexa a hiperinsulinemia causada pelo rápida chegada do bolo alimentar no intestino
Tratamento de Dumping
- Medidas dietéticas - fracionamento das refeições, diminuição da ingesta de carboidratos
- Octreotide em dumping refratário - retarda o esvaziamento gástrico
obs: pode-se usar acarbose em dumping tardio por diminuir. aabsorção rápida de glicose que ocorre no intestino
Sindrome da alça aferente, causas, tratamento
- Causas - acúmulo de secreção biliopancreatica na alça aferente em cirurgia de billroth II
- TTO - derivação em Y de Roux
Gastrite alcalina, gastropatia por refluxo pancreato biliar
- Em ambas as cirurgias de billroth, pior na II, ttto é a conversão para Y-roux
Complicações DUP
- Sangramento 15-20% das UP - mais comum, principalmente na parede posterior do duodeno no trajeto da gastroduodenal
- Perfuração - localizada na parede anterior do duodeno e se gastrica na posterior
Tratamento cirurgico na urgência em úlcera perfurada
Fatores de risco adenocarcinoma gástrico
- História familiar
- Infecção crônica pelo H. Pylori
- Baixo nível sócio ecônomico
- Grupo sanguíneo A
- anemia perniciosa
Doença de Menetrier
Hiperplasia da mucosa gástrica com atrofia das céls parietais e hipocloridria - 15% de chance de desenvolver ca de estômago
Câncer Gástrico Difuso Hereditário
- AUTOSSÔMICO DOMINANTE
- Gastrectomia profilática entre 20-30 anos
- Perda da expressão da mólecula de adesão E-caderina
Classificação macroscópica de Bormann para Ca gástrico
- Tipo I - polipoide, bem demarcado em margens. sobrevida média de 40% em 5 anos
- Tipo II - ulcerado com margens bem demarcadas. Sobrevida média de 35% em 5 anos.
- Tipo III - ulcerado com infiltração de margens. Forma de apresentação mais comum. Sovida média de 20% em 5 anos
- Tipo IV- infiltrativo difuso. Se estende por todas as camadas do estômago. Quando há infiltração de todo o estômago é chamada de linitis plastica
- Tipo V - Quando a definição não se encaixa em nenhuma das acima
Classificação histológica de Lauren
- Intestinal - apresenta estrutaras glandulares, daí o nome. Subtipo mais comum no Brasil, acomete mais H do que M. Associado a gastrite atrófica (relação com H. Pylori) e metaplasia intestinal. Associado a instabilidade microssatélites. Mais distal no estômago. Disseminação Hematogênica
- Difuso - presença de céls em anel de sinete. Pior prognóstico. Mais comum em mulheres na quinta década de vida. Pessoas com grupo sanguíneo A. Pode ser difuso em submucosa, apresentando resultados falso negativo quando contém apenas mucosa.
Nódulos e linfonodos palpáveis associados a Tu Gástrico
- Virchow: supraclavicular esquerdo
- Irish: axilar E
- Mary-Joseph: umbilical (nódulo)
- Blumer: fundo de saco
- Krukenberg: ovário
Achados sugestivos de malignidade em Seriografia de esôfago estômago e duodeno
- Lesão em massa com ou sem obstrução luminal ou ulceração
- Úlcera com pregas irregulares
- Úlcera com fundo irregular
- Irregularidades da mucosa com perda de distensibilidade
- Pregas alargadas
- Massa polipoide
Exames de estadiamento do Tu gástrico
- TC de tórax e abdome
- ultrassom endoscópico - padrão ouro para T e N
- PET- TC
- Videolaparoscopia: metástases peritoneais e pequenas metastases de fígado
Principios da cirurgia curativa no tratamento do Ca de estômago
- Ressecção do tumor com margem mínima de 6cm
- Linfadenectomia D2
- Tu proximal - gastrectomia com reconstrução em Y de roux
- Tu distais - gastrectomia subtotal incluindo piloro e 2cm de duodeno. Reconstrução a Billroth II ou Y-roux
Número de linfonodos recomendados na gastrectomia curativa
Ao menos 16 linfonodos, idealmente 30
via de regra se faz D2
Tipos de linfadenectomia
- D1- 1 ao 7
- D2 - 1 ao 12a menos 12p e 8p
- D3 - D2 + esplenectomia
Tumor gástrico precoce
tumor restrito a mucosa ou submucosa (T1) independente de invasão linfonodal
Cura em 85% dos casos, no Brasil apenas 10-20% dos casos são diagnosticados nesse estágio
Divisão dos cânceres gástricos precoces
-
Tipo I: lesões polipoides
- Ip: pediculado
- Ips: subpediculado
- Is: séssil
-
Tipo II: lesões planas
- a: superficial elevado
- b: plano
- c: com derpressão
-
Tipo III: lesões ulceradas
- Tipo IV: invasão lateral
Tratamento endoscópico para Ca Gástrico
- Tumor limitado a mucosa (T1a)
- Não ulcerado
- Bem diferenciado
- <2cm
- auscência de invasão linfovascular
PReferência de técnica no tratamento endoscópico de ca gástrico
A Dissecção de submucosa tem sido preferida em relacção a ressecção de mucosa por apresentar menores taxas de recorrência, apesar da maior taxa de perfuração endoscópica.
Na DS o tumor é retirado em bloco
Classificação de Siewert
- Tipo I: esôfago distal 1-5 cm da JEG
- Tipo II: epicentro entre 1 cm proximal e 2 cm distal a JEG
- Tipo III: Epicentro entra 2-5 cm da JEG
Tratamento segundo Siewert
- Tipos I e II: tratamento igual esôfago
- Tipo III: Ca Gástrico
- Se não pegar JEG, trata igual a Ca Gástrico
Sarcomas do estômago
GIST
Localizados principalmente no estômago (40-60%), depois jejuno e íleo (30%)
Sindromes genéticas associadas aos GISTS
- Von Hippel Lindau
- Neurofibromatose tipo I
- Doença de Carney (associado a condromas pulmonares e paragangliomas)
Histologia e marcadores dos GISTs
- Originario das céls de Cajal (marcapassos intestinais)
- marcador de superfície tumoral CD 117 (proto-oncogene KIT)
- CD-34
- Mutação ativadora da PDFG
Exames no GIST
- TC
- US EDA
- biopsias por EDA só são indicadas em caso de suspeita de metastase a distância e em caso de tentativa de redução do tumor por imatinibe
Estadiamento dos GISTs
-
T (tamanho, não costuma invadir estruturas)
- T0 - sem evidência de tumor
- T1 - <2cm
- T2 - 2-5cm
- T3 - 5-10cm
- T4 - >10cm
-
N (ressecção linfática não é indicada)
- N0 - sem linf acometidos
- N1 - com linfonodos acometidos
- M0 ou 1 se metástase ou não
Características malignas no GISTs
- Frequência mitótica - <5 de ou >5 mitoses por 50 campos de definição
- Tamanho da lesão - > 5cm
- Atipia celular
- Necrose tumoral
- Mutação c-KIT
Conduta cirurgica nos GITS
- >2 cm: ressecção
- <2cm: duvidoso, ressecção ou acompanhamento com EDA
Quando usar IMANTINIBE em GISTs
- Metástases
- Irresecável
Após ressecção:
- Risco mod/alto
- recorrência
- Metástases
- >3cm
- >5 mitoses por campo
Tipos mais comuns de linfomas gástricos
- Linfoma difuso de grandes céls B (55%)
- Linfoma de baixo grau de linf. B da zona marginal MALT (40% dos casos)
Tratamento dos linfomas gástricos
- Grands cels B -
- IE - gastrectomia + CHOP
- Avançados - poliquimiorádio terapia
- MALT
- Erradicação do H. Pylori (cura 80% dos casos) + acompanhamento com EDA
- Casos refratários, provável mutação de t(11;18). Nesses casos terapia multimodal com radioquimio terapia com ou sem ressecção cirurgica
Indicação de ressecção cirurgica em polipos adenomatosos
- pólipo maior que 2 cm
- séssil
- foco de carcinoma invasivo
Diferenças jejuno e ileo
-
Jejuno:
- Vermelho vivo
- 2 a 4 cm de calibre
- Parede espessa
- Mairo vascularização, com vasos longos
- Pregas circulares grandes altas e bem proximas
- poucos nódulos linfoides
-
Ileo
- Rosa claro
- 2 a 3 cm de calibre
- parede fina
- vasos retos curtos
- maior quantidade de gordura no mesentério
- Pregas cirulares baixas e espessas
- Muitos nódulos linfoides
Porção duodenal com maior quantidade de diverticulos
2
Tratamento dos diverticulos duodenais intraluminais
- Duodenotomia s+ ressecção
- Ressecção endoscopica
Tratamentod os diverticulos duodenais extraluminais sintomaticos
- Diverticulectomia
- Diverticulectomia VLP
Prevalência de mucosa ectopica no divertículo de Meckel
- Gastrica 50%
- Pancreatica 5%
Melhor metodo diagnóstico do divertículo de meckel
- Cintilografia com tecnesio
REgra dos 2 do divertculo de meckel
- 2% da população
- 2 pés da válvula ileo cecal (45-60cm)
- 2 tipos de mucosa ectópica (gástrica e pancreática)
- 2 polegas de comprimento (˜5cm)
Fatores de risco para adenocarcinoma de delgado
- Genéticos
- S. de Lynch
- Peutz-jeghers
- PAF
- Alcooll e carne vermelha
- Tabagismo
- Obesidade
- fibrose cistica
- DII
Tratamento do adenocarcinoma de delgado
Ressecção de margem de segurança + linfadenectomia com pelo menos 8 a 10 linfonodos
- No duodeno: 1 e 2 porção duodenopancreatectomia, na 3 e 4 porções se possível ressecção R0 só segmentectomia
- Jejuno e íleo: ressecção com margem de 10 cm
Incidência por localização da RCU
- Reto e sigmóide -40-50%
- Doença além do sigmóide, porém sem pancolite - 30-40%
- Pancolite - 20%
Frequência de acometimento da regiões intestinais no Chron
- Limitada ao delgado 30-40%
- Delgado e grosso: 40-55%
- Apenas colite: 15-25%
Padrões da doença de Crohn
- Doença Inflamatória
- Doença fistulizante (ou perfurante)
- Doença estenosante
Complicações da RCU
- Colite tóxica
- Megacolon tóxico
- Perfuração
- Câncer
Complicações da doença de Crohn
- Fístulas: perianais, enteroentéricas e enterocutâneas
- Estenose e obstruçao
- Abcesso
- Doença perianeal
- Outras: megacolon tóxico (raro), hemorragia, má absorção e perfurações
Relação P-ANCA e ASCA em relação a DII
- RCU: ANCA + (60-70% dos casos) e ASCA - (`90%)
- DC: ANCA - (95%) e ASCA + (60-70%)
Achados histopatologicos de DII
- RCU: Criptite + microabcesso
- DC: abcessos não caseosos
Arsenal terapêutico da DII:
- Derivados dos ácidos aminassólicos (5-ASA)
- Ligados a sulfa - sulfassalazina
- Não ligados a sulfa - mesalazina
- Glicocorticoides
- Imunomoduladorees
- Agentes biológicos
Indicações de tratamento cirurgico na doença de Crohn
- Obstrução intestinal
- Perfuração intestinal com formação de fístula
- Hemorragia maciça refratária
- Fístula refratária
- Refratariedade ao tratamento clínico
- Câncer
Tratamento da colite grave fulminante
- Dieta zero 24-48h
- Corticoideterapia endovenosa
- ATB para aneróbicos
- Se auscência de melhora em 48-72h, colectomia
- Manutenção pós crise com 5-ASA ou imunomoduladores (em pacientes com 2 ou mais casos)
Bacterias mais comuns na apendicite aguda
- Bacteroides fragilis
- E. Coli
- Streptococcus viridans
- Bacteroides Thetaiotaomicron
Algoritmo de investigação de acordo com escore de Alvorado par apaendicite aguda
Escore de alvarado modificado
- Dor migra para FID - 1
- Anorexia - 1
- Naúseas e vômitos - 1
- Dor à palpação em FID - 2
- Descompressão brusca da FID - 1
- T >37.5 - 1
- Leucocitose - 2
Classificação de apendicite
-
Histopatologica
- Catarral - inicial (hiperemia)
- Flegmonosa - exsudato neutrofílico
- úlcero flegmonosa
- supurada/ gangrenosa
-
VLP
- 0 - Normal
- 1 - Hiperemia e edema
- 2 - Exsudato fibrinoso
- 3- Necrose segmentar
- 4A - abcesso
- 4B - peritonite regional
- 4C - necrose da base
- 5 - peritonite difusa
Tumores mais comum do apendice
Carcinoide
Mucinosos
Tramento do tumor carcinoide
- >2 cm colec D + linf
- <1 cm apendicectomia
- 1-2cm:
- se invade mesoapendice = maior que 2 cm
- N invade = igual menor que 1 cm
Mucoceles de apendice
- Adenomas mucinosos
- Tumores mucinosos do apendice
- Adenocarcinomas mucinosos
Linfonodos do colon
- Epicólicos: diretamento do intestino
- Paracólicos: margem mesentérica
- Mesocólicos intermediários: ao longo das artérias
- mesentéricos superiores e inferiores
Tratamento dos adenocarcinomas de apendice
- colectomia direita
Classificação de Viena na doença de Chron
-
Idade de acometimento:
- A1<40 anos
- A2>40 anos
-
Local
- L1 - ileo terminal
- L2 - colon
- L3 - ileo colon
- L4 - tratp gastrointestinal alta
-
Padrão
- B1 - não estenosante e não perfurante
- B2 - Estenosante
- B3- Perfurante
Sinais indicativos de cirurgia na obstrução de delgado
- Isquemia - peritonite, hipotensão, gás na porta, acidose lactica, alça fechada
- Sinais de Zielinski - líquido livre, edema de mesentério, fezes no delgado à TC e vômitos
- Ao menos 3 sinais em pacientes com cx prévia
- pacientes que não apresentam cx prévia são candidatos mesmo na auscência dos 4 sinais
Triade radiológica no íleo biliar
- Ar na via biliar (aerobilia)
- Distensão de alças de delgado
- Cálculo em local ectópico do intestino
Sindrome de Bouveret
- É identica ao ileobiliar, porém com impactação alta do cálculo em piloro ou duodeno
Tratamento dos bezoares
- Dissolução química: basicamente usada em fitobezoares
- Tto endoscópico: em outros tipos de bezoar
- Tto Cirúrgico: grandes bezoares e os associados a complicações
Fatores de risco para volvo gástrico
- Idade >50
- Hérnia diafragmática
- Paralisia do nervo frênico
Tríade de Borchardt
- Dor
- vômito
- incapacidade de passar sonda nasogástrica
Torção organoaxial ou mesenteroaxial do volvo gástrico
- Organoaxial: sobre o maior eixo, caso mais comum, 60%, tende a ser secundário a outra causa
- Mesenteroaxial: no menor eixo, torção maior do que 180 graus, tende a ser primário
Tênias do cólon
- Mesocólica
- Omental
- Livre
Vascularização do reto
Fascias pélvicas
Fístula mais comumente encontrada na divertículite
Colovesical
Analgesia em quadros de diverticulite
- Meperidina por relaxar a musculatura dos cólons
Morfina aumenta pressão intracolônica
Classificação de Hinchey mod
- 0 - Leve
- IA - Fleimão.
- IB - abscesso Peri
- II - Pélvico ou a distância
- III - Peritonite purulenta
- IV - Peritonite fecal
Conduta em abcessos na diverticulite
- <4cm - atb isolado
- >4cm - drenagem
Indicação de tratamento cirúrgico na diverticulite
-
Urgência:
- Peritonite
- Obstrução intestinal total refratária
-
Eletiva:
- Falha da terapeutica clínica na diverticulite não complicada
- Após o primeiro episódio de diverticulite complicada com abcesso
- Doença diverticular complicada com fístula colovesical
- Doença diverticular com obst. intestinal parcial percistente
- Impossibilidade de excluir carcinoma
- Após o primeiro episódio de diverticulite em imunodeprimidos
Antibioticos mais frequenquentes no desenvolvimento de colite pseudomembranosa
- ampicilina
- Cefalosporina
- Clindamicina
- Fluoroquinolonas
Diagnóstico de colite pseudomembranosa
Pequisa de toxina nas fezes
- Toxina A - Enterotoxina
- Toxina B - Citotoxina
A pesquisa de glutammato desidrogenase nas fezes (antigeno do C. Difficile) pode ser usado como screening pelo alto valor preditivo negativo
TTO atb para Colite pseudomembranosa
- Casos leves - metronidazol oral
- Casos graves - vancomicina oral
Fidaxomicina - macrolídeo pouco absorvido que atua na luz do tubo intestinal - também é opção
Definicação de casos de colite pseudomembranosa grave
- Leucocitose >15000
- IRA
- Albumina plasmatica <3
Como usar atb na colite pseudomembranosa em pacientes com íleo
- Realiza-se enema de vancomicina em associação com metronidazol IV
Achados do enema baritado na colite isquêmica
- Thumbprint - impressões digitais, causado pela hemorragias intra murais
- Estreitamento tubular
- irregularidades em dente de serra
Normalmente não se solicita esse exame, fica só para a prova os achados
Diagnóstico de colite isquêmica
- Colonoscopia ou retosigmoidectomia
- Vê sofrimento na mucosa