Canceres De Endometrio, Ovario E Colo Uterino Flashcards
Onde ocorre geralmente o cancer de colo de útero
Na zona de transformação (junção escamo-colunar) entre o endocérvice e o ectocervice
Qual o agente etiológico relacionado ao cancer de colo de útero e como ele age
O vírus do HPV em seus vários tipos
Age alterando o ciclo celular das células da região escamo-colunar
Quais os fatores de risco para o cancer de colo de útero
Relações sexuais com mais de 3 parceiros Mais de 3 filhos Sexarca precoce Tabagismo (co-fator) Outras DST Uso de contracepção de barreira Imunossupressão
Qual método contraceptivo reduz as taxas de cancer de colo de útero
DIUs
Qual a fisiopatologia do cancer de colo de útero
Exteriorização da junção escamo-colunar/ zona de transição durante o menacme, gestação ou período de uso de estrógenos e sua maior predisposição à lesão epitelial, que gera inflamação e favorecimento de infecções pelo HPV, displasia grave do epitelio
Qual a principal etiologia de cancer de colo de útero que está relacionada ao HPV
Etiologia epidermóide
Estratégias para evitar o cancer de colo de útero
Vacinação
Educação sexual
Colpocitologia
Em quais períodos deve ocorrer a vacinação contra o HPV
Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos em duas doses, com separação de 6 meses. Em pessoas após esse período, em 3 doses
Pessoas com HIV
Pessoas transplantadas entre 9-26 anos
Em quem e como deve ser realizado o rastreamento de cancer de colo de útero
Meninas de 25 a 64 anos, anualmente. Se 2 coletas negativas, realizar trianual.
A coleta só deve ser interrompida em pessoas após 64 anos sem historia previa de neoplasia pré-invasiva quando ha pelo menos 2 exames negativos consecutivos em 5 anos
Em mulheres com mais de 64 anos que nunca realizaram o rastreamento, devem ser realizadas 2 coletas no intervalo de 1-3 anos. Se as duas negativas, interromper rastreamento
Conduta do rastreamento de cancer de colo de útero
Rastreamento por colpocitologia
Se achado, realizar colposcopia
Biópsia
Se biópsia positiva (NIC II ou III), realizar retirada da zona de transformação ambulatorialmente (cirurgia de alta frequência) ou no centro cirúrgico (conização convencional)
Conduta dependendo do resultado histológico no cancer de colo de útero
Se NIC I: observação e realização de colpocitologia em 6 e 12 meses. Se alterada realizar nova colposcopia e após 2 citologias negativas, retornar ao rastreamento anual
NIC II ou III: excisão da regiao de transformação
Sinais e sintomas do cancer de colo de útero
Sangramento vaginal (sinusorragia)
Corrimento de cheiro forte e aspecto necrótico
Lesões vegetantes visíveis e aumento do volume do colo uterino
Induramento do colo uterino
Friabilidade (sangramento fácil)
Colo uterino fixo (tumores avançados)
Como pode ser feito o diagnostico do cancer invasor do colo uterino
Por biópsia, colposcopia, conizaçao indicada por lesão de alto grau ou peca de histerectomia realizada por outro motivo
Exame físico no estadiamento do cancer de colo de útero e exames complementares
Exame físico: inspecao vulvar e especular, toque vaginal e toque retal
Realização de RNM de pelve e tomografia de tórax em todas as pacientes
Realização de cistoscopia e retoscopia somente em pacientes com suspeita de invasão
Estadiamento do cancer de colo de útero
I: restrito ao colo do utero
II: invasão da vagina proximal ou do paramétrio
II: invasão da vagina distal ou do parametrio ate a pelve óssea
IV: invasão do reto, bexiga ou metástases fora da pelve
Qual a relação hormonal do cancer de endométrio
Muito estimulo pelo estrógeno pouco contrabalanceado pela progesterona
A partir de que ocorre a carcinogenese do endométrio e quais as classificações
Ocorre a partir de hiperplasia endometrial, que podem ser simples ou complexas, ambas com atipias ou sem atipias.
As complexas e com atipias tem maior chance de evolução para carcinogenese
Quais os tipos de apresentação de hiperplasia x cancer de endométrio
A hiperplasia pode evoluir para cancer de endométrio
Pode ocorrer associação sincrônica (mais com atipias), em que ha hiperplasia juntamente com focos de cancer
Quais os tipos biológicos de câncer de endométrio e quais suas características
Carcinoma tipo I endometrioide de baixo grau (exposição à estrógeno, peri ou pré menopausa, precedidos ou coexistentes de hiperplasia complexa e atípica)
Carcinoma tipo II não endometrioide (derivados de mutações, sem relações com estrógeno, em mulheres idosas acima dos 70 anos, pior prognóstico e mais agressivos)
Fatores de risco para cancer de endométrio
Obesidade Redução da fertilidade Nuliparidade Menarca precoce Diabetes Hirsutismo Sindrome metabólica (SOP) História familiar de cancer de colon Uso de tamoxifeno
Qual a apresentação clinica de cancer de endométrio
Sangramento pós menopausa, intramenstrual na perimenopausa, sangramento anormal e historia de anovulação
Conduta para investigação de cancer de endométrio
Sangramento pós menopausa (lembrar que pode ser do endométrio atrófico, de doenca benigna como hiperplasia, ou doenca maligna)
História clinica (identificação de fatores de risco como nuliparidade, tamoxifeno, obesidade)
Exame físico pélvico (identificar outros possíveis locais de sangramento)
USG transvaginal
Se espessura maior que 4mm, proceder para histeroscopia e biopsia
Quais as diferenças do aspecto ultrassonográfico de cancer de endométrio e endométrio atrófico da menopausa
O endométrio normal tem espessura menor que 4mm, é fino e regular
O endométrio suspeito tem espessura maior que 4mm, é irregular e espesso
Quais as diferenças entre um endométrio normal pós menopausa e um com cancer na histeroscopia
O endométrio normal é atrófico, liso, descorado, sem projeções ou atipias, no máximo pólipos benignos
O endométrio alterado é espesso, nodular, com proliferação, avermelhado, com atipias vasculares- necessária biopsia
Critérios de malignidade de cancer de endométrio
Tamanho maior que metade da cavidade uterina
Aspecto papilomatoso
Aspecto irregular e ulcerado (focos de necrose)
Superfície maior que 4mm
Qual a melhor forma de biopsiar cancer de endométrio
Por histeroscopia
Como é feito o estadiamento do cancer de endométrio
Cirurgicamente por laparotomia ou laparoscopia
Histerectomia, anexectomia bilateral e linfadenectomia
Inventário da cavidade abdominal e biopsia das áreas suspeitas
Lavado peritoneal ou aspirado de ascite para citologia
Quais os tipos de tumores de ovário e em quem são mais incidentes
Tumores epiteliais (mulheres pós menopausa) Tumores de células germinativas (crianças e adolescentes 10-15 anos) Tumores estromais (atinge platô em mulheres de 30 anos)
De onde se originam os tumores de ovário
De locais fora do ovário
Ex: mucinoso, do TGI; endometrioide, do endometrio; seroso, das trompas.
Como é feita a investigação inicial dos tumores de ovário? É feito rastreamento?
Não é feito rastreamento
É feita a investigação de massas anexais por USG e dosagem do CA-125.
Diagnostico diferencial das massas anexais ovarianas
Alterações funcionais (cistos)
Doenças benignas
Doenças malignas
Fatores de risco para cancer de ovário
Idade
História reprodutiva (nuliparidade ou primeiro filho tardiamente)
Nunca usou ACO
História familiar de cancer de ovário (mae e irma)
Antecedentes pessoais (cancer de endometrio, mama, colon)
Sintomas antecipatórios de cancer de ovário
Distensão abdominal Aumento do volume abdominal Sensação de plenitude Dor abdominal ou pélvica Dificuldade para comer Um dos 5 sintomas, mais de 12vezes ao mês, por menos de 1 ano
Diferenciações de lesão benigna e maligna nos ovários ao exame físico
Lesão maligna: presença de ascite, fixo, duro, bilateral, nodular
Lesão benigna: ausencia de ascite, massa móvel, cística, unilateral e lisa
Exames de imagem em cancer de ovário
USG transvaginal: método de escolha para análise inicial;
Doppler;
RNM: pode auxiliar na identificação da origem da massa anexial (ex: leiomioma uterino);
Tomografia computadorizada: avaliação do abdome na suspeita de tumor maligno;
PET-CT: não utilizada;
Dosagem do CA-125: antígeno produzido por células tumorais ovarianas em cultura; mais sugestivo de tumor maligno, especialmente ao ser dosado na pós-menopausa.
Quando encaminhar um paciente com tumor de ovário para um centro especifico
Com menos de 50 anos, se o CA-125 for maior que 200 (lembrando que ele pode também estar aumentado nas endometrioses e nao pode estar aumentado em cancer de células germinativas), se ha ascite, evidencia de metástase abdominal ou a distância ou historia familiar
Com mais de 50 anos, se CA maior que 35, ascite, massa pélvica nodular ou fixa, metástase abdominal ou a distância, historia familiar
Como é feito o estadiamento do cancer de ovário
Por laparotomia exploradora com biopsia de congelamento
Citologia peritoneal por lavado ou aspirado de ascite
Pode haver histerectomia total e salpingooforectomia bilateral OU unilateral
Biópsias do abdômen
Omentectomia
Linfadenectomia
O que tumores de estroma podem gerar
Eles podem ser secretores, gerando:
Em crianças: puberdade precoce
Em mulheres no menacme: hiperandrogenismo
Pacientes pós menopausa: hiperandrogenismo e sangramento
Cancer d ovário tríade diagnóstica
Clinica
Usg transvaginal
Ca 125