BANCO DE OLHOS E TRANSPLANTES DE CÓRNEA Flashcards
Situações de prioridade para TX (4)
🔷 Opacidade bilateral em pacientes com < 7 anos
🔷 Perfuração corneana ou iminência de perfuração
🔷 Ulcera de córnea intratável clinicamente (não responsiva ao tratamento clínico)
🔷 Opacificação precoce do TX (1 -2ºPO) com duração superior a 30 – 90 dias
(falência primária do enxerto)
V ou F
devemos enviar a córnea receptora ao banco de olhos após Tx em situações de prioridades
VERDADEIRO
comprovação histopatológica do diagnóstico
TEMPO PARA REALIZAR CAPTAÇÃO/ENUCLEAÇÃO PÓS-MORTE
🔷 6 horas (sem refrigeração do corpo)
🔷 24 horas (com refrigeração do corpo)
EXAMES NECESSÁRIOS PARA COLETAR NO DOADOR DE CÓRNEA (4)
🔷 HBsAG
🔷 Anti- HBc
🔷 Anti- HCV
🔷 Anti- HIV (HTLV 1 e 2)
Critérios de exclusão do doador
Doenças infecciosas?
Endocardite; Sepse; Hep B e C; HIV; HTLV 1 e 2; Meningite; Encefalite ativa; Leucoencefalopatia multifocal progressiva; Panencefalite esclerosante subaguda; Creutzfeldt-Jakob; Raiva; Rubéola congênita; Síndrome de Reye; Demências, exceto as vasculares e traumáticas.
Critérios de exclusão do doador
Doenças neoplásicas?
Leucemia; Linfoma disseminado; Adenocarcinoma primário ou metastático ocular; Tumores malignos de segmento anterior; Retinoblastoma.
Critérios de exclusão do doador
Fatores oculares?
Inflamação ativa (ceratite, uveíte);
Qualquer condição que possa prejudicar o resultado.
V ou F?
A morte por causa desconhecida é critério de exclusão do doador.
VERDADEIRO
V ou F?
Síndrome de Down, Ebola e Melanoma metastático entram como critério de exclusão do doador.
VERDADEIRO
Qual a idade do doador não é viável para o tx?
🔷 < 2 anos: resultado refracional incerto;
🔷 > 75 anos: contagem endotelial ruim
Contagem endotelial para transplante óptico?
> 2.000 células endoteliais.
Trépanos de Franceschetti
-características (3)
🔷 Mecânicos/manual
🔷 Cirurgião dependente;
🔷 Baratos.
Trépanos de Barron-Hessburg
-características (4)
🔷 Mecânicos;
🔷 Sucção estabilizadora;
🔷 Vácuo na córnea;
🔷 Mais reprodutível.
Complicações do Tx penetrante? (5)
🔷 Falência endotelial;
🔷 Rejeição;
🔷 Síndrome de Urrets-Zavalia;
🔷 Glaucoma.
🔷 ceratite cristalina (Streptococcus viridans)
Falência endotelial - transplante penetrante
Forma precoce? (2)
🔷 Diagnostico nos primeiros dias pós-tx;
🔷 Botão doador com poucas células endoteliais ou trauma endotelial durante o procedimento.
Falência endotelial - transplante penetrante
Forma tardia? (2)
🔷 Diagnóstico meses a anos após tx;
🔷 Botão doador com contagem endotelial limítrofe, perda progressiva das células endoteliais, episódios de rejeição…
Rejeição - transplante penetrante
Incidência?
20% dos casos.
Rejeição - transplante penetrante
Fatores de risco? (4)
🔷 Jovens
🔷 Pacientes com glaucoma
🔷 Re-TX
🔷 Neovasos de córnea
V ou F?
A rejeição ocorre raramente antes de 2-4 semanas pós Tx penetrante
verdadeiro
Na rejeição (Tx penetrante) ocorre hipersensibilidade tipo _ (I/IV).
hipersensibilidade tipo IV
transplante penetrante:
Rejeição epitelial - características (3)
🔷 não é comum
🔷mais precoce (primeiros meses)
🔷 alteração típica: linha epitelial elevada e centrípeta
transplante penetrante:
A rejeição subepitelial apresenta as manchas de…
Alteração típica: Manchas de KRACHMER (infiltrados subepiteliais)
- transplante penetrante:
Rejeição estromal - características
Opacidades e neovasos no estroma
transplante penetrante:
Qual o tipo de rejeição mais comum e mais grave?
rejeição endotelial
transplante penetrante:
Rejeição endotelial- características (4)
🔷 mais comum
🔷mais grave
🔷clínica: Olho quente (HC), injeção ciliar, edema de córnea, RCA, PKS
🔷 alteração típica: Linha demarcatória na região inferior da córnea: KHODADHOUST LINE
transplante penetrante - Rejeição
Conduta?
🔷 Prednisolona 1% ou dexametasona 0,1% tópico
(↑dose = 1/1h)
+/-
🔷 Imunossupressores sistêmicos (corticoide VO ou EV)
+/-
🔷 Ciclosporina A 2% tópica ou sistêmica VO
( Se Dx na fase aguda → muda o prognóstico → podemos reverter
(Pode ter novos episódios de rejeição, cada episódio leva a uma inflamação e perda endotelial)
Síndrome de Urrets-Zavalia
4
🔷 Raro
🔷 midríase fixa no PO de Tx → podendo ter ou não glaucoma associado
🔷 Fisiopatologia: possível ↑PIO no PO → isquemia iriana
🔷 Mais comum no TX penetrante, mas também pode ocorrer no TX lamelar
Glaucoma x Tx penetrante
Mecanismos? (5)
🔷 Bloqueio pupilar (ar na CA por exemplo)
🔷 Formação de sinéquias (prejuízo na drenagem de HA)
🔷 Glaucoma maligno (raro)
🔷 Cortisônico (uso prolongado)
🔷 EPITHELIAL DOWNGROTH: crescimento do epitélio que vai pela incisão/interface da córnea receptora/doadora para dentro da CA, geralmente em direção ao trabeculado
Glaucoma x Tx penetrante
Conduta?
semelhante ao glaucoma primário
🔷 colírios hipotensores
(Cuidado com inibidores de anidrase carbônica → descompensação da córnea)
🔷 TREC (15% de falência do TX em 2 anos)
🔷 TUBO (36% de falência do TX em 2 anos)
ceratite cristalina
- qual agente causa
- quais as características
🔷causada por : Streptococcus viridans
🔷 características:
- indolente (lenta)
- assemelha a cristais
Glaucoma x Tx penetrante
- sinal precoce
Sinal precoce de ↑PIO = sumiço das dobras de descemet (logo no início do PO)
(Glaucoma = maiores taxas de falência do TX)
transplantes lamelares
- modalidades:
🔷 Anteriores: epitélio, bowman, estroma (total)
- SALK
- FAALK
- DALK
🔷 Posteriores: descemet e endotélio
- DSEK
- DSAEK
- DMEK
Transplantes lamelares
- característica
Substituição seletiva das camadas doentes da córnea, preservando as camadas sadias.
Transplantes lamelares
Anteriores?
🔷 PTK** → ceratectomia fototerapêutica → não é Tx (não troca tecido)
🔷 SALK; (“SUPERFICIAL ANTERIOR LAMELAR KERATOPLASTY”)
🔷 FAALK; (” FEMTOSECOND LASER-ASSISTED ANTERIOR LAMELAR KERATOPLASTY”)
🔷 DALK. (“DEEP ANTERIOR LAMELAR KERATOPLASTY”)
Transplantes lamelares
Posteriores?
🔷DSEK; (“DESCEMET’S STRIPPING ENDOTHELIAL KERATOPLASTY”)
🔷DSAEK; (“DESCEMET’S STRIPPING AUTOMATED ENDOTHELIAL KERATOPLASTY”)
🔷DMEK. (“DESCEMET’S MEMBRANE ENDOTHELIAL KERATOPLASTY”)
Transplantes lamelares
Indicações? (2)
🔷 Opacidades (infiltrados subepiteliais, pós-ceratite, distrofias, trauma);
🔷 Ectasias (ceratocone, Degeneração Marginal Pelúcida, ectasia pós-lasik)
Transplante lamelar anterior
Vantagens? (5)
🔷 Não há rejeição endotelial;
🔷 Menor uso de esteróides no longo prazo;
🔷 Menor manipulação na CA;
(↓risco de: catarata, glaucoma, endoftalmite, edema macular cistóide, hemorragia expulsiva e perda endotelial)
🔷 Maior resistência a traumas;
🔷 Retirada mais precoce de suturas.
Transplante lamelar anterior
Desvantagens? (3)
🔷Maior curva de aprendizado;
🔷Não é adequado se houver patologia da Descemet e endotélio;
🔷Pode ser necessário converter para PK no intra-operatório.
Alteração superficial de até 150 µm, devo fazer…
PTK.
“Ceratectomia fototerapêutica”
(Alteração superficial → opacidade Subepitelial)
Alteração superficial de até 250 µm, devo fazer…
🔷 SALK (Superficial Anterior Lamelar Keratoplasty)
🔷FAALK (Femtosecond laser-assisted anterior lamelar Keratoplasty).
Alteração da córnea profunda (até 490 µm), devo fazer…
DALK.
“Deep Anterior Lamelar Keratoplasty”
PTK
Usa-se qual tipo de laser?
Excimer laser.
técnica semelhante ao PRK - refrativa
PTK
Decoreba sobre o excimer laser? (3)
🔷 Comprimento de onda: 193 nm (pulsos de UV);
🔷Gás hélio + fluoreto de argônio;
🔷 Fotoablação.
PTK
Complicação PO?
Hipermetropização
Ao deixarmos o centro da córnea mais fino, perdemos o poder de convergência
No SALK usa-se o ___________ (microcerátomo/femtosegundo)
Microcerátomo
No FAALK usa-se o ___________ (microcerátomo/femtosegundo)
Femtosegundo
V ou F?
No SALK / FAALK não é necessário a confecção de pontos.
verdadeiro
V ou F?
No DALK, deve-se separar o estroma da Descemet e endotélio.
verdadeiro
DALK
- técnicas? (4)
🔷 Faz uma trepanação parcial
🔷 Dissecção manual → lâmina/espátula/crescente retiramos o estroma
🔷 Big-bubble → injetamos ar na córnea onde separa o estroma e descemet (gera um enfisema estromal = região esbranquiçada na córnea/estroma)
🔷 Femtosegundo
DALK
Complicações? (5)
🔷 Perfuração da descemet (intra-operatória)
🔷 Dupla câmara (pós operatória) → pseudo-CA
(perfuração da descemet durante a cirurgia → permite passagem de liquido para a interface transplantada)
🔷 Opacificação ou neovascularização na interface
🔷 Rejeição estromal → Maior risco que na PK
🔷 Infecções, defeito epitelial persistente
Transplantes lamelares posteriores
Indicações? (6)
🔷 Ceratopatia bolhosa do pseudofácico 🔷 Distrofia de FUCHS 🔷 Distrofia polimorfa posterior 🔷 CHED 🔷 Síndrome ICE 🔷 Pós-falência de TX penetrante (falência endotelial, mas as outras camadas estão viáveis)
Transplantes lamelares posteriores
Contra-indicações? (2)
🔷Opacidades no estroma, bowman e epitélio
🔷 Hipotonia ocular/ olhos pré phitisis bulbi
Transplantes lamelares posteriores
Vantagens? (4)
🔷 Recuperação visual mais rápida
🔷 menor astigmatismo induzido
🔷 Menor taxa de rejeição
🔷 Cirurgia em sistema fechado (CA formada, incisão menor 2,5-3mm)
Transplantes lamelares posteriores
Desvantagens? (2)
🔷 Curva de aprendizado longa
🔷Indução de hipermetropia (0,75 – 1,50)
DSEK
(“DESCEMET’S STRIPPING ENDOTHELIAL KERATOPLASTY”)
🔷 Dissecção manual da lamela posterior em CA artificial
🔷 Transplanta descemet e endotélio, porém vai um pouco de estroma posterior (mínimo possível) e na córnea do paciente remove apenas descemet e endotélio (não estroma)
DSAEK
(“DESCEMET’S STRIPPING AUTOMATED ENDOTHELIAL KERATOPLASTY”
🔷 Confecção da lamela posterior com microcerátomo em CA artificial
DSEK e DSAEK
- O QUE CONTEM NO ENXERTO?
endotélio, descemet, DUA e fina camada de estroma posterior
DMEK
- O QUE CONTEM NO ENXERTO?
Só transplanta descemet e endotélio
DMEK
- características (3)
🔷 descemet e endotélio
🔷 Enxerto é preparado manualmente e corado com azul de Trypan
🔷 Vantagem: Praticamente não causa mudança refrativa no pós-op
Transplantes lamelares posteriores
Complicações? (4)
🔷 Descolamento da lamela
- Conduta: rebubble → injetar ar ou gás na CA para reposicionar o enxerto para cima
🔷 Bloqueio pupilar
- Conduta: iridectomia inferior → fazer no final da cirurgia que colocamos ar na CA
🔷 Rejeição endotelial:
🔷 Progressão da catarata
Transplantes lamelares posteriores
- REJEIÇÃO ENDOTELIAL :
(1) CLÍNICA
(2) INCIDÊNCIA
🔷 CLÍNICA: precipitados ceráticos difusos → sem linha de KHODADOUST (presente no PK)
🔷 INCIDÊNCIA:
- DSEK e DASEK: 10% em 2 anos
- DMEK: 1% em 2 anos
DMEK x DSEK/DSAEK
Espessura?
🔷 DMEK: MENOR
🔷 DSEK/DSAEK: MAIOR
DMEK x DSEK/DSAEK
Manuseio do Tx?
🔷 DMEK: MAIS DIFÍCIL
🔷 DSEK/DSAEK: MAIS FÁCIL
DMEK x DSEK/DSAEK
Hipermetropia induzida?
🔷 DMEK: PRATICAMENTE NENHUMA
🔷 DSEK/DSAEK: 0,5 A 1,5D
DMEK x DSEK/DSAEK
Acuidade visual?
🔷 DMEK: ≥20/25 EM 3 MESES (70%)
🔷 DSEK/DSAEK: ≥ 20/40 EM 6 MESES (90%)