Aula 9:Complicações Pós-Operatórias Flashcards
O que são complicações pós-operatórias e como elas aumentam a morbimortalidade dos pacientes?
As complicações pós-operatórias são condições clínicas que podem ocorrer após qualquer procedimento cirúrgico, aumentando a morbimortalidade ao afetar a recuperação do paciente e prolongar a estadia hospitalar.
Qual a definição de seroma e quais os fatores de risco associados a essa complicação?
Seroma é a coleção de gordura liquefeita, soro e líquido linfático que se forma sob a incisão no tecido subcutâneo. Fatores de risco incluem tecido subcutâneo mais espesso e grandes dissecções cirúrgicas.
Quais são os principais sinais clínicos do seroma e como é feito o diagnóstico dessa complicação?
Os sinais clínicos incluem edema localizado, desconforto à pressão e drenagem de líquido pela ferida operatória. O diagnóstico é geralmente clínico, mas pode ser confirmado por ultrassonografia em casos duvidosos.
Quais as medidas preventivas e terapêuticas indicadas para o tratamento do seroma?
Medidas preventivas incluem dissecções regradas, drenos de aspiração e drenagem linfática. O tratamento é geralmente expectante, com punção estéril apenas se o paciente estiver sintomático.
Hematoma pós-operatório é uma coleção anormal de sangue no tecido celular subcutâneo ou na cavidade após a ressecção de um órgão. Suas causas incluem ?
hemostasia inadequada e coagulopatias.
Quais são os sinais clínicos que podem indicar a presença de hematoma no pós-operatório?
Os sinais incluem aumento de volume ou dor na ferida operatória, coloração arroxeada da pele adjacente e drenagem de líquido vermelho-escuro.
Como é realizado o diagnóstico de hematoma e qual o tratamento indicado dependendo do tamanho e localização?
O diagnóstico é feito clinicamente e por exames de imagem em casos duvidosos. O tratamento varia conforme o tamanho e localização, podendo envolver drenagem da ferida operatória.
Explique o que é hipotermia no contexto pós-operatório e quais as suas consequências para o paciente.
A hipotermia é a queda da temperatura corporal, podendo afetar negativamente a coagulação, o sistema imunológico e a função cardiovascular do paciente.
Quais são as medidas de prevenção e tratamento da hipotermia no ambiente cirúrgico?
Medidas incluem monitorização da temperatura central, aquecimento da sala e aquecimento ativo do paciente com soluções aquecidas e cobertura da cabeça.
Quais são as possíveis causas de febre pós-operatória precoce e tardia e como é feita a diferenciação entre elas?
A febre precoce pode ser causada por atelectasias, infecções de ferida operatória, reação a drogas, entre outras. A febre tardia pode indicar processos infecciosos mais sérios e deve ser investigada com mais cautela.
Como é feito o diagnóstico da febre pós-operatória e quais os padrões de febre que podem ser identificados?
O diagnóstico é realizado por meio de anamnese, exame físico e exames complementares. Os padrões de febre podem ser central, indicando reação a drogas ou outras causas, e inflamatório, indicando processo infeccioso.
O que é atelectasia e quais as principais medidas de prevenção e tratamento?
A atelectasia é o colapso de segmentos dos alvéolos, causando dificuldade na troca gasosa. Medidas de prevenção incluem fisioterapia respiratória, enquanto o tratamento envolve a reexpansão do alvéolo colapsado.
Descreva as características da pneumonia pós-operatória e como é feito o seu diagnóstico e tratamento.
A pneumonia pós-operatória pode ser causada por aspiração ou disseminação hematogênica. O diagnóstico é clínico e por exames como RX de tórax, sendo o tratamento realizado com antibioticoterapia.
Explique o que são tromboembolismo pulmonar (TEP) e trombose venosa profunda (TVP) e quais os fatores de risco associados a essas complicações.
TEP e TVP são complicações causadas por alterações no sistema de coagulação, sendo os fatores de risco associados neoplasia, trauma, cateteres venosos, entre outros.
Quais são os sinais clínicos que podem indicar a presença de TEP e TVP e como é feito o diagnóstico?
Os sinais incluem dor torácica, dispneia, hipotensão e insuficiência respiratória. O diagnóstico é realizado por exames como gasometria arterial, ecocardiograma e angiotomografia de tórax.
Quais são as medidas de tratamento e prevenção recomendadas para o TEP e TVP?
O tratamento inclui medidas de suporte e heparinização, enquanto a prevenção envolve medidas como mobilização precoce e uso de anticoagulantes.
O que é retenção urinária no pós-operatório e como é feito o tratamento e prevenção dessa complicação?
A retenção urinária é a dificuldade de urinar após a cirurgia, sendo tratada inicialmente com sondagem vesical e prevenida com hidratação adequada.
Explique o que é íleo paralítico e como é feito o tratamento e prevenção dessa complicação gastrointestinal.
Íleo paralítico é a incapacidade do intestino de se contrair normalmente, sendo tratado com hidratação e reversão de distúrbios eletrolíticos, e prevenido com monitorização da diurese.
Quais são as possíveis causas de obstrução mecânica do trato gastrointestinal e como é feito o diagnóstico e tratamento?
As causas incluem aderências, hérnias, abscessos, entre outras. O diagnóstico é clínico e por exames de imagem, com tratamento variando conforme a causa.
Descreva o que é soluço pós-operatório e quais as medidas de tratamento e prevenção recomendadas.
Soluço pós-operatório é uma contração espasmódica do diafragma, tratada com medicamentos como clorpromazina e medidas de prevenção como avaliação pré-operatória adequada.
Quais as alterações enzimáticas que ocorrem com a hipotermia e como elas podem afetar o organismo?
A hipotermia pode levar a alterações enzimáticas que prejudicam a coagulação sanguínea, a função dos macrófagos e fibroblastos, além de aumentar o risco de arritmias cardíacas.
Como a febre pós-operatória pode afetar o prognóstico do paciente e influenciar no seu tratamento?
A febre pós-operatória pode indicar complicações como infecções, afetando o prognóstico do paciente e influenciando na escolha do tratamento adequado.
Quais são os exames complementares utilizados para diagnosticar o TEP e TVP e qual o seu papel no manejo dessas complicações?
Os exames incluem gasometria arterial, ecocardiograma e angiotomografia de tórax, que auxiliam no diagnóstico e orientam o tratamento adequado das complicações.
Como a avaliação pré-operatória pode contribuir para a prevenção das complicações pós-operatórias?
A avaliação pré-operatória identifica fatores de risco e condições que podem aumentar o risco de complicações, permitindo intervenções preventivas e melhor manejo perioperatório.
Quais são os cuidados perioperatórios específicos que podem contribuir para a prevenção das complicações urinárias?
Hidratação adequada, analgesia eficaz e monitorização da diurese são cuidados importantes para prevenir a retenção urinária e outras complicações urinárias.
Quais as estratégias para evitar a formação de seroma durante procedimentos cirúrgicos?
Estratégias incluem dissecções regradas para evitar grandes espaços mortos, uso de drenos de aspiração, cintas compressivas e drenagem linfática.
Como a nutrição adequada pode influenciar na recuperação pós-operatória e prevenção de complicações?
A nutrição adequada é essencial para uma boa recuperação pós-operatória, fortalecendo o sistema imunológico, promovendo a cicatrização e prevenindo complicações como infecções.
Quais são os sinais clínicos que indicam a necessidade de drenagem de um seroma pós-operatório?
A necessidade de drenagem é indicada pela presença de sintomas como edema localizado importante, desconforto significativo ou sinais de infecção do seroma.
Como a coagulopatia pré-existente pode aumentar o risco de complicações hemorrágicas pós-operatórias?
A coagulopatia pré-existente pode levar a uma hemostasia inadequada durante o procedimento cirúrgico, aumentando o risco de hematoma e outras complicações hemorrágicas no pós-operatório.
• Paciente masculino, 30 anos, no 15o dia de PO de herniorrafia incisional mediana supra e
infraumbilical, inicia com quadro de aumento de volume na região da FO, sem sinais flogísticos. Assintomático. Trânsito intestinal normal
- Qual a principal hipótese diagnóstica?
a. Hematoma
b. Infecção de FO
c. Eventração:
d.Eventração
d. Evisceração
e. Seroma - Qual a conduta?
a. Abertura da ferida
b. ATB + compressa quente
c. Retirada da tela
d. Drenagem do seroma
e. Expectante
Seroma; expectante
Paciente masculino, 30 anos, no 1o PO de apendicectomia por apendicite aguda grau III por incisão mediana infra umbilical, inicia com 38oC. FO sem sinais flogísticos. Assintomático. A principal hipótese diagnóstica é:
a) Infecção de FO
b) Peritonite
c) Pneumonia
d) Atelectasia
d) Atelectasia: pelo colabamento o surfactante gera uma reação inflamatória, que causa a febre
Paciente masculino 30 anos, no 7o PO de apendicectomia por apendicite aguda grau 3 por incisão mediana infra umbilical, inicia com febre de 38oC. FO sem sinais flogísticos. Tórax a abdome sp. As principais hipóteses diagnósticas são:
a) Hematoma, hepatite e infecção de FO
b) Peritonite, reação a drogas e ITU
c) Pneumonia, ITU, desidratação
d) Atelectasia, infecção de cateter e pancreatite e) ITU, pneumonia e infecção de cateter
• Paciente 30 anos no 2o PO de laparotomia por FAF com lesão hepática. Inicia com queda do estado geral e quadro febril de 37,8oC. Sem outras queixas. Qual o provável diagnóstico?
Atelectasia
Paciente 30 anos no 5o PO de laparotomia por FAF com lesão hepática. Inicia com queda do estado geral e quadro febril de 37,8oC. Tórax com MV + bilateral, com crepitantes em base direita. Sem outras queixas. Qual o provável diagnóstico? Qual a conduta?
Pneumonia ;A conduta nesse caso é RX de tórax, cultura, antibiograma, antibioticoterapia EV de amplo espectro (cefalosporinas de 3 ou 4a geração e fluorquinolona), fisioterapia respiratória e motora
Paciente 30 anos no POI de herniorrafia inguinal com raquianestesia, inicia com dor em baixo ventre. A palpação abdominal observa-se abaulamento em hipogástrio. Sem outras queixas. Qual o provável diagnóstico?
Retenção urinária (provavelmente pela raquianestesia) – bexigoma
Paciente 30 anos no 2o PO de apendicectomia grau IV (peritonite difusa) apresenta-se com desconforto e distenção abdominal e inapetência. Ao exame: abdome globoso, flácido, doloroso à palpação profunda/ hipertimpânico e com RHA ausentes. Qual o provável diagnóstico?
Íleo paralítico. No RX vai aparecer ar na ampola retal, com alças bem distendidas
Paciente 30 anos no 8o PO de apendicectomia grau IV (peritonite difusa) apresenta-se com dor abdominal em cólica, com início há 24h associado a distensão abdominal, náuseas e vômitos. Ao exame: afebril, abdome globoso, flácido, doloroso à palpação profunda. Hipertimpânico e com RHA aumentado. Qual o provável diagnóstico? Qual o tratamento?
Obstrução mecânica do TGI, que pode ser causada por torção de alça, aderência, hérnia e eventração ou corpo estranho
• Tratamento: quando não há sinais evidentes de peritonite pode ser feito somente hidratação, correção distúrbios HE e SNG
Paciente 30 anos no 8o PO de apendicectomia grau IV (peritonite difusa) apresenta-se com dor abdominal em cólica, com início há 24h associado a distensão abdominal, náuseas e vômitos. Ao exame: afebril, abdome globoso, flácido, doloroso à palpação profunda. Hipertimpânico e com RHA aumentado. Qual o diagnóstico?
Obstrução mecânica de TGI
Obs: nesse caso, a obstrução era de íleo terminal, há 20 cm da VIC. Assim, o vômito foi tardio e fecaloide
Paciente 30 anos no 8o PO de apendicectomia grau IV (peritonite difusa) apresenta-se com dor abdominal em cólica, com início há 24h associado a distensão abdominal, náuseas e vômitos. Ao exame: afebril, abdome globoso, flácido, doloroso à palpação profunda. Hipertimpânico e com RHA aumentado. Qual o diagnóstico?
Obstrução mecânica de TGI
Obs: nesse caso, a obstrução era de íleo terminal, há 20 cm da VIC. Assim, o vômito foi tardio e fecaloide
Caso clínico 1
• Paciente masculino, 30 anos, no 15o dia de PO de herniorrafia incisional mediana supra e
infraumbilical, inicia com quadro de aumento de volume na região da FO, sem sinais flogísticos. Assintomático. Trânsito intestinal normal
Qual a principal hipótese diagnóstica?
a. Hematoma
b. Infecção de FO: não, pois o paciente está assintomático, sem sinais locais (dor, calor, rubor e edema)
c. Eventração: quando a víscera perfura peritônio, mas não perfura pele
d. Evisceração: víscera para fora da pele
e. Seroma: exsudato que junta no local por ser um espaço morto
- Qual a conduta?
a. Abertura da ferida
b. ATB + compressa quente
c. Retirada da tela
d. Drenagem do seroma
e. Expectante: pensar em puncionar apenas quando tiver dor. Se infeccionar é melhor fazer uma incisão do que punção