Aula 14: Hemorragias Digestivas Flashcards

1
Q

O que é hemorragia digestiva?

A

É um sangramento que ocorre em qualquer parte do trato gastrointestinal (TGI), variando de pequeno a maciço.

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2
Q

Quais são as principais causas de hemorragia digestiva?

A

Varizes esofágicas, divertículos, úlceras, tumores, entre outros.

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3
Q

A hemorragia digestiva é uma doença em si?

A

Não, a hemorragia digestiva é sempre a manifestação de uma doença subjacente.

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4
Q

Qual o principal erro ao tratar hemorragia digestiva?

A

Tratar todas as hemorragias digestivas da mesma forma, sem considerar a causa específica.

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5
Q

Qual a relação entre a incidência de hemorragia digestiva e a idade?

A

A incidência de hemorragia digestiva aumenta com a idade

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6
Q

Como é classificada a hemorragia digestiva?

A

É classificada em alta e baixa, com base na localização em relação ao ligamento de Treitz.

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7
Q

O que é hemorragia digestiva alta?

A

Hemorragia proveniente do esôfago, estômago e duodeno.

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8
Q

O que é hemorragia digestiva baixa?

A

Hemorragia proveniente do intestino grosso e doenças orificiais como hemorroidas.

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9
Q

Qual a prevalência da hemorragia digestiva alta nas hemorragias digestivas?

A

Corresponde a mais de 80% das hemorragias digestivas.

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10
Q

Quais são as manifestações clínicas da hemorragia digestiva alta?

A

Hematêmese, melena e enterorragia.

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11
Q

O que indica a presença de sangue vivo na hematêmese?

A

Indica sangramento ativo e é um sinal de gravidade.

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12
Q

O que é melena?

A

Fezes enegrecidas, com aspecto de piche e odor característico, indicativas de sangramento no TGI alto.

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13
Q

O que é enterorragia?

A

Presença de sangue vivo nas fezes, indicando um sangramento volumoso e rápido no TGI.

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14
Q

Quais são as principais causas varicosas de HDA?

A

Varizes esofágicas, varizes gástricas e gastropatia hipertensiva, geralmente causadas por cirrose e hipertensão portal.

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15
Q

Quais são as principais causas não varicosas de HDA?

A

Úlcera duodenal, úlcera gástrica, gastrites erosivas, esofagites, síndrome de Mallory-Weiss, hemangiomas e lesão de Dieulafoy.

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16
Q

Quais fatores estão associados à HDA?

A

Etilismo crônico, hepatite, uso de medicações como anti-inflamatórios e antiagregantes.

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17
Q

Como a cirrose leva à formação de varizes esofágicas?

A

A fibrose causada pela cirrose dificulta o fluxo sanguíneo pelo fígado, causando estase e refluxo nas veias coronárias, dilatando-as e formando varizes.

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18
Q

O que deve ser investigado na anamnese de um paciente com HDA?

A

Uso de álcool, medicações, vômitos prévios, dor epigástrica, história de hepatite e comorbidades.

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19
Q

Qual a importância do exame físico inicial em HDA?

A

Realizar toque retal, exame abdominal e investigar doenças hepáticas crônicas.

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20
Q

Por que garantir a permeabilidade da via aérea é crucial em HDA?

A

Para prevenir broncoaspiração e otimizar ventilação/oxigenação, especialmente em pacientes com rebaixamento do nível de consciência.

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21
Q

Qual a importância da sondagem vesical em pacientes com HDA?

A

Auxilia no controle da reposição volêmica.

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22
Q

Por que é realizada a sondagem nasogástrica em pacientes com HDA?

A

Para reduzir o volume gástrico, diminuir a chance de broncoaspiração e melhorar a acurácia da endoscopia.

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23
Q

Como deve ser o controle dos dados vitais em pacientes com HDA?

A

Deve-se quantificar a perda sanguínea, guiar a resposta volêmica e avaliar fatores limitadores, como o uso de beta-bloqueadores.

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24
Q

Qual a estratégia de reposição volêmica em pacientes com HDA?

A

Utilizar mínima quantidade de solução cristalóide, priorizando plaquetas, plasma e concentrado de hemácias, mantendo o hematócrito entre 24% e 30%.

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25
Q

Qual a pressão arterial sistólica ideal a ser mantida em pacientes com HDA?

A

Manter a pressão arterial sistólica em torno de 90 mmHg.

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26
Q

Quais são as drogas vasoativas utilizadas no manejo de HDA?

A

Terlipressina, somatostatina e octreotídeo, que reduzem a pressão portal e a pressão nas varizes.

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27
Q

Qual é o papel do ácido tranexâmico no manejo de HDA?

A

Diminui a coagulação do paciente e propõe uma redução da mortalidade, embora seu uso ainda seja controverso.

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28
Q

Por que é importante a antibioticoprofilaxia em pacientes com HDA?

A

Para reduzir a taxa de infecção, ressangramento e a progressão para encefalopatia, utilizando quinolonas ou cefalosporinas de terceira geração.

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29
Q

Quando deve ser reiniciada a alimentação por via oral em pacientes com HDA?

A

O mais precocemente possível, dentro de 24 horas após a estabilização hemodinâmica.

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30
Q

Quais são as opções de profilaxia secundária para HDA varicosa?

A

Beta-bloqueadores não seletivos como propranolol e ligadura elástica, sendo a combinação de ambos a melhor opção.

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31
Q

Quais exames laboratoriais devem ser solicitados em pacientes com HDA?

A

Hemograma, coagulograma, creatinina, tipagem sanguínea, sódio, potássio, albumina e provas de função hepática, solicitados após estabilização do paciente.

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32
Q

Qual a função da endoscopia digestiva alta (EDA) em pacientes com HDA?

A

Identificação e tratamento do foco de sangramento, prevenção de recidiva e tratamento profilático de hemorragia primária.

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33
Q

Quando deve ser realizada a EDA em pacientes com HDA?

A

Nas primeiras 12 a 24 horas após a estabilização hemodinâmica.

34
Q

O que é a ligadura elástica?

A

Procedimento endoscópico que liga varizes esofágicas com um elástico, realizando uma oclusão mecânica da variz.

35
Q

O que é a escleroterapia?

A

Procedimento endoscópico que injeta uma solução esclerosante nas varizes, associada a maiores taxas de complicações.

36
Q

Qual a função do balão de Sengstaken-Blakemore?

A

Realiza tamponamento temporário em casos de sangramento volumoso ou difícil controle hemodinâmico.

37
Q

O que é o TIPS (shunt intra-hepático porto-sistêmico transjugular)?

A

Procedimento endovascular que cria uma comunicação entre a veia porta e a veia cava inferior, indicado para controle de sangramento agudo que não responde ao tratamento e ascite refratária.

38
Q

Quais são as complicações associadas ao TIPS?

A

Sangramento, obstrução da prótese e encefalopatia.

39
Q

Por quanto tempo pode ser mantido o balão de Sengstaken-Blakemore?

A

No máximo até 48 horas devido às altas taxas de complicações como pneumonia e laceração esofágica.

40
Q

Qual a principal função do balão de Sengstaken-Blakemore?

A

Fazer uma ponte para o resgate clínico do paciente e preparação para TIPS ou transplante hepático.

41
Q

Quais comorbidades são frequentemente associadas à hemorragia digestiva?

A

Principalmente etilismo crônico, hepatite e uso de anti-inflamatórios ou antiagregantes.

42
Q

Como o etilismo crônico contribui para a hemorragia digestiva?

A

O consumo crônico de álcool pode levar à cirrose hepática, que é uma causa importante de varizes esofágicas e hipertensão portal.

43
Q

Quais são as principais causas de hematêmese?

A

Varizes esofágicas, úlcera péptica, gastrite erosiva e síndrome de Mallory-Weiss.

44
Q

Quais condições podem causar melena?

A

Úlceras gástricas ou duodenais, neoplasias do TGI superior e varizes esofágicas sangrantes.

45
Q

Como diferenciar entre HDA e HDB (hemorragia digestiva baixa) através das manifestações clínicas?

A

HDA frequentemente se apresenta com hematêmese e melena, enquanto HDB se apresenta com hematoquezia (sangue vivo nas fezes) ou enterorragia.

46
Q

Como prevenir recidivas de hemorragia varicosa em pacientes com cirrose?

A

Uso de beta-bloqueadores não seletivos e realização de ligadura elástica endoscópica.

47
Q

Qual é a importância da educação do paciente na prevenção de HDA?

A

Educar sobre a moderação do consumo de álcool, evitar medicamentos que irritam a mucosa gástrica e reconhecer sinais de sangramento precoce.

48
Q

Qual é a primeira abordagem em um paciente instável com HDA?

A

Estabilização hemodinâmica com reposição volêmica, controle da via aérea e início de drogas vasoativas.

49
Q

Qual o papel do atendimento multidisciplinar em casos de HDA?

A

Inclui gastroenterologistas, hepatologistas, cirurgiões, intensivistas e equipe de enfermagem para manejo abrangente e eficaz.

50
Q

Quais são os fatores que influenciam o prognóstico de pacientes com HDA?

A

A etiologia do sangramento, a idade do paciente, comorbidades presentes, e a rapidez e eficácia do tratamento inicial.

51
Q

Como a hipertensão portal afeta o prognóstico em hemorragias varicosas?

A

A hipertensão portal está associada a um pior prognóstico devido à maior chance de ressangramento e complicações.

52
Q

Quais são os avanços recentes no manejo de HDA?

A

Técnicas endoscópicas avançadas, novos agentes hemostáticos e melhorias nos procedimentos de TIPS.

53
Q

Como a terapia endoscópica evoluiu no tratamento da HDA?

A

Melhoria nas técnicas de ligadura elástica e introdução de novos agentes esclerosantes e hemostáticos.

54
Q

Qual o impacto psicológico de uma HDA para o paciente?

A

Ansiedade, medo de recidiva e estresse, que podem afetar a adesão ao tratamento e recuperação.

55
Q

Como a equipe de saúde pode ajudar a mitigar o impacto psicológico em pacientes com HDA?

A

Oferecer suporte emocional, educação sobre a condição e envolvimento de psicólogos quando necessário.

56
Q

Como deve ser o acompanhamento de pacientes após um episódio de HDA?

A

Monitorização contínua dos sinais vitais, realização de exames laboratoriais periódicos e acompanhamento endoscópico regular.

57
Q

Quais são os sinais de alerta para ressangramento que os pacientes devem monitorar?

A

Presença de novos episódios de hematêmese, melena ou sinais de anemia como fadiga e palidez.

58
Q

Quando a cirurgia é indicada em casos de HDA?

A

Quando há falha no controle endoscópico ou se o sangramento é intratável por métodos não invasivos.

59
Q

Qual é a cirurgia de escolha para controle de hemorragia digestiva refratária?

A

A ligadura ou bandagem cirúrgica de varizes esofágicas ou gastrectomia parcial para úlceras intratáveis.

60
Q

Quais tecnologias emergentes estão sendo usadas no manejo de HDA?

A

Ferramentas endoscópicas de última geração, técnicas de embolização angiográfica e novos agentes farmacológicos.

61
Q

Como a embolização angiográfica é utilizada no tratamento de HDA?

A

Intervenção minimamente invasiva que bloqueia vasos sanguíneos responsáveis pelo sangramento, especialmente em pacientes que não respondem a terapias endoscópicas.

62
Q

Por que é importante a educação continuada dos profissionais de saúde no manejo de HDA?

A

Para se manterem atualizados com os avanços terapêuticos e técnicas de manejo eficazes, garantindo melhor atendimento aos pacientes.

63
Q

Quais são os tópicos essenciais para a educação continuada no manejo de HDA?

A

Novos tratamentos endoscópicos, avanços em terapias farmacológicas, manejo de complicações e cuidados multidisciplinares.

64
Q

Quais são as considerações éticas no tratamento de HDA?

A

Garantir que os pacientes recebam tratamento baseado em evidências, respeitar a autonomia do paciente e considerar as preferências individuais no plano de cuidado.

65
Q

Como as desigualdades sociais podem afetar o manejo de HDA?

A

Acesso desigual aos cuidados de saúde, variabilidade na qualidade do tratamento e diferença na educação sobre prevenção e manejo da condição.

66
Q

Como manejar HDA em pacientes pediátricos?

A

Abordagem similar aos adultos, com ajustes nas doses de medicação e considerações especiais para causas pediátricas específicas.

67
Q

Quais são os desafios no manejo de HDA em pacientes idosos?

A

Presença de múltiplas comorbidades, fragilidade, e maior risco de complicações de tratamento.

68
Q

Como o tratamento de HDA é adaptado para pacientes com coagulopatias?

A

Cuidados especiais com reposição de fatores de coagulação e ajuste das terapias para minimizar o risco de sangramento adicional.

69
Q

Quais são as áreas de pesquisa atuais sobre HDA?

A

Desenvolvimento de novos agentes hemostáticos, técnicas de imagem avançadas e melhorias na terapia endoscópica.

70
Q

Como a pesquisa clínica está impactando o manejo de HDA?

A

Proporciona evidências para novas práticas de tratamento, melhora os protocolos de manejo e oferece novas opções terapêuticas.

71
Q

Quais são as perspectivas futuras no tratamento de HDA?

A

Integração de tecnologias de inteligência artificial na endoscopia, desenvolvimento de biomarcadores para predizer ressangramento e avanços em terapias genéticas.

72
Q

Como a inteligência artificial pode melhorar o manejo de HDA?

A

Auxiliar na identificação precisa de fontes de sangramento, prever complicações e personalizar tratamentos baseados em dados do paciente.

73
Q

Qual é o impacto da HDA no sistema de saúde?

A

Alta morbidade e mortalidade associadas, exigindo recursos intensivos e custo significativo para o manejo adequado

74
Q

Quais são as estratégias para reduzir o custo do manejo de HDA?

A

Melhorar a prevenção, otimizar o uso de recursos e investir em educação e treinamento dos profissionais de saúde.

75
Q

Como casos clínicos são utilizados para melhorar o manejo de HDA?

A

Permitem a discussão de estratégias de tratamento, aprendizado com situações reais e a implementação de melhores práticas baseadas na experiência.

76
Q

Quais são as lições aprendidas com casos de HDA que tiveram complicações?

A

Importância de intervenções rápidas, a necessidade de monitoramento contínuo e a adaptação do tratamento às necessidades individuais do paciente.

77
Q

Qual o papel da reabilitação após um episódio de HDA?

A

Recuperação física e emocional, prevenção de novos episódios e melhora na qualidade de vida.

78
Q

Quais são as recomendações para melhorar a qualidade de vida dos pacientes após HDA?

A

Acompanhamento médico regular, mudanças no estilo de vida e adesão ao tratamento prescrito.

79
Q

Como políticas de saúde podem influenciar o manejo de HDA?

A

Implementação de diretrizes de tratamento baseadas em evidências, acesso a cuidados de saúde de qualidade e programas de prevenção.

80
Q

Qual o papel das campanhas de conscientização na prevenção de HDA?

A

Educam o público sobre os fatores de risco, sintomas e a importância de procurar tratamento precoce, reduzindo a incidência e a gravidade dos casos.