Aula 14: Hemorragias Digestivas Flashcards
O que é hemorragia digestiva?
É um sangramento que ocorre em qualquer parte do trato gastrointestinal (TGI), variando de pequeno a maciço.
Quais são as principais causas de hemorragia digestiva?
Varizes esofágicas, divertículos, úlceras, tumores, entre outros.
A hemorragia digestiva é uma doença em si?
Não, a hemorragia digestiva é sempre a manifestação de uma doença subjacente.
Qual o principal erro ao tratar hemorragia digestiva?
Tratar todas as hemorragias digestivas da mesma forma, sem considerar a causa específica.
Qual a relação entre a incidência de hemorragia digestiva e a idade?
A incidência de hemorragia digestiva aumenta com a idade
Como é classificada a hemorragia digestiva?
É classificada em alta e baixa, com base na localização em relação ao ligamento de Treitz.
O que é hemorragia digestiva alta?
Hemorragia proveniente do esôfago, estômago e duodeno.
O que é hemorragia digestiva baixa?
Hemorragia proveniente do intestino grosso e doenças orificiais como hemorroidas.
Qual a prevalência da hemorragia digestiva alta nas hemorragias digestivas?
Corresponde a mais de 80% das hemorragias digestivas.
Quais são as manifestações clínicas da hemorragia digestiva alta?
Hematêmese, melena e enterorragia.
O que indica a presença de sangue vivo na hematêmese?
Indica sangramento ativo e é um sinal de gravidade.
O que é melena?
Fezes enegrecidas, com aspecto de piche e odor característico, indicativas de sangramento no TGI alto.
O que é enterorragia?
Presença de sangue vivo nas fezes, indicando um sangramento volumoso e rápido no TGI.
Quais são as principais causas varicosas de HDA?
Varizes esofágicas, varizes gástricas e gastropatia hipertensiva, geralmente causadas por cirrose e hipertensão portal.
Quais são as principais causas não varicosas de HDA?
Úlcera duodenal, úlcera gástrica, gastrites erosivas, esofagites, síndrome de Mallory-Weiss, hemangiomas e lesão de Dieulafoy.
Quais fatores estão associados à HDA?
Etilismo crônico, hepatite, uso de medicações como anti-inflamatórios e antiagregantes.
Como a cirrose leva à formação de varizes esofágicas?
A fibrose causada pela cirrose dificulta o fluxo sanguíneo pelo fígado, causando estase e refluxo nas veias coronárias, dilatando-as e formando varizes.
O que deve ser investigado na anamnese de um paciente com HDA?
Uso de álcool, medicações, vômitos prévios, dor epigástrica, história de hepatite e comorbidades.
Qual a importância do exame físico inicial em HDA?
Realizar toque retal, exame abdominal e investigar doenças hepáticas crônicas.
Por que garantir a permeabilidade da via aérea é crucial em HDA?
Para prevenir broncoaspiração e otimizar ventilação/oxigenação, especialmente em pacientes com rebaixamento do nível de consciência.
Qual a importância da sondagem vesical em pacientes com HDA?
Auxilia no controle da reposição volêmica.
Por que é realizada a sondagem nasogástrica em pacientes com HDA?
Para reduzir o volume gástrico, diminuir a chance de broncoaspiração e melhorar a acurácia da endoscopia.
Como deve ser o controle dos dados vitais em pacientes com HDA?
Deve-se quantificar a perda sanguínea, guiar a resposta volêmica e avaliar fatores limitadores, como o uso de beta-bloqueadores.
Qual a estratégia de reposição volêmica em pacientes com HDA?
Utilizar mínima quantidade de solução cristalóide, priorizando plaquetas, plasma e concentrado de hemácias, mantendo o hematócrito entre 24% e 30%.
Qual a pressão arterial sistólica ideal a ser mantida em pacientes com HDA?
Manter a pressão arterial sistólica em torno de 90 mmHg.
Quais são as drogas vasoativas utilizadas no manejo de HDA?
Terlipressina, somatostatina e octreotídeo, que reduzem a pressão portal e a pressão nas varizes.
Qual é o papel do ácido tranexâmico no manejo de HDA?
Diminui a coagulação do paciente e propõe uma redução da mortalidade, embora seu uso ainda seja controverso.
Por que é importante a antibioticoprofilaxia em pacientes com HDA?
Para reduzir a taxa de infecção, ressangramento e a progressão para encefalopatia, utilizando quinolonas ou cefalosporinas de terceira geração.
Quando deve ser reiniciada a alimentação por via oral em pacientes com HDA?
O mais precocemente possível, dentro de 24 horas após a estabilização hemodinâmica.
Quais são as opções de profilaxia secundária para HDA varicosa?
Beta-bloqueadores não seletivos como propranolol e ligadura elástica, sendo a combinação de ambos a melhor opção.
Quais exames laboratoriais devem ser solicitados em pacientes com HDA?
Hemograma, coagulograma, creatinina, tipagem sanguínea, sódio, potássio, albumina e provas de função hepática, solicitados após estabilização do paciente.
Qual a função da endoscopia digestiva alta (EDA) em pacientes com HDA?
Identificação e tratamento do foco de sangramento, prevenção de recidiva e tratamento profilático de hemorragia primária.
Quando deve ser realizada a EDA em pacientes com HDA?
Nas primeiras 12 a 24 horas após a estabilização hemodinâmica.
O que é a ligadura elástica?
Procedimento endoscópico que liga varizes esofágicas com um elástico, realizando uma oclusão mecânica da variz.
O que é a escleroterapia?
Procedimento endoscópico que injeta uma solução esclerosante nas varizes, associada a maiores taxas de complicações.
Qual a função do balão de Sengstaken-Blakemore?
Realiza tamponamento temporário em casos de sangramento volumoso ou difícil controle hemodinâmico.
O que é o TIPS (shunt intra-hepático porto-sistêmico transjugular)?
Procedimento endovascular que cria uma comunicação entre a veia porta e a veia cava inferior, indicado para controle de sangramento agudo que não responde ao tratamento e ascite refratária.
Quais são as complicações associadas ao TIPS?
Sangramento, obstrução da prótese e encefalopatia.
Por quanto tempo pode ser mantido o balão de Sengstaken-Blakemore?
No máximo até 48 horas devido às altas taxas de complicações como pneumonia e laceração esofágica.
Qual a principal função do balão de Sengstaken-Blakemore?
Fazer uma ponte para o resgate clínico do paciente e preparação para TIPS ou transplante hepático.
Quais comorbidades são frequentemente associadas à hemorragia digestiva?
Principalmente etilismo crônico, hepatite e uso de anti-inflamatórios ou antiagregantes.
Como o etilismo crônico contribui para a hemorragia digestiva?
O consumo crônico de álcool pode levar à cirrose hepática, que é uma causa importante de varizes esofágicas e hipertensão portal.
Quais são as principais causas de hematêmese?
Varizes esofágicas, úlcera péptica, gastrite erosiva e síndrome de Mallory-Weiss.
Quais condições podem causar melena?
Úlceras gástricas ou duodenais, neoplasias do TGI superior e varizes esofágicas sangrantes.
Como diferenciar entre HDA e HDB (hemorragia digestiva baixa) através das manifestações clínicas?
HDA frequentemente se apresenta com hematêmese e melena, enquanto HDB se apresenta com hematoquezia (sangue vivo nas fezes) ou enterorragia.
Como prevenir recidivas de hemorragia varicosa em pacientes com cirrose?
Uso de beta-bloqueadores não seletivos e realização de ligadura elástica endoscópica.
Qual é a importância da educação do paciente na prevenção de HDA?
Educar sobre a moderação do consumo de álcool, evitar medicamentos que irritam a mucosa gástrica e reconhecer sinais de sangramento precoce.
Qual é a primeira abordagem em um paciente instável com HDA?
Estabilização hemodinâmica com reposição volêmica, controle da via aérea e início de drogas vasoativas.
Qual o papel do atendimento multidisciplinar em casos de HDA?
Inclui gastroenterologistas, hepatologistas, cirurgiões, intensivistas e equipe de enfermagem para manejo abrangente e eficaz.
Quais são os fatores que influenciam o prognóstico de pacientes com HDA?
A etiologia do sangramento, a idade do paciente, comorbidades presentes, e a rapidez e eficácia do tratamento inicial.
Como a hipertensão portal afeta o prognóstico em hemorragias varicosas?
A hipertensão portal está associada a um pior prognóstico devido à maior chance de ressangramento e complicações.
Quais são os avanços recentes no manejo de HDA?
Técnicas endoscópicas avançadas, novos agentes hemostáticos e melhorias nos procedimentos de TIPS.
Como a terapia endoscópica evoluiu no tratamento da HDA?
Melhoria nas técnicas de ligadura elástica e introdução de novos agentes esclerosantes e hemostáticos.
Qual o impacto psicológico de uma HDA para o paciente?
Ansiedade, medo de recidiva e estresse, que podem afetar a adesão ao tratamento e recuperação.
Como a equipe de saúde pode ajudar a mitigar o impacto psicológico em pacientes com HDA?
Oferecer suporte emocional, educação sobre a condição e envolvimento de psicólogos quando necessário.
Como deve ser o acompanhamento de pacientes após um episódio de HDA?
Monitorização contínua dos sinais vitais, realização de exames laboratoriais periódicos e acompanhamento endoscópico regular.
Quais são os sinais de alerta para ressangramento que os pacientes devem monitorar?
Presença de novos episódios de hematêmese, melena ou sinais de anemia como fadiga e palidez.
Quando a cirurgia é indicada em casos de HDA?
Quando há falha no controle endoscópico ou se o sangramento é intratável por métodos não invasivos.
Qual é a cirurgia de escolha para controle de hemorragia digestiva refratária?
A ligadura ou bandagem cirúrgica de varizes esofágicas ou gastrectomia parcial para úlceras intratáveis.
Quais tecnologias emergentes estão sendo usadas no manejo de HDA?
Ferramentas endoscópicas de última geração, técnicas de embolização angiográfica e novos agentes farmacológicos.
Como a embolização angiográfica é utilizada no tratamento de HDA?
Intervenção minimamente invasiva que bloqueia vasos sanguíneos responsáveis pelo sangramento, especialmente em pacientes que não respondem a terapias endoscópicas.
Por que é importante a educação continuada dos profissionais de saúde no manejo de HDA?
Para se manterem atualizados com os avanços terapêuticos e técnicas de manejo eficazes, garantindo melhor atendimento aos pacientes.
Quais são os tópicos essenciais para a educação continuada no manejo de HDA?
Novos tratamentos endoscópicos, avanços em terapias farmacológicas, manejo de complicações e cuidados multidisciplinares.
Quais são as considerações éticas no tratamento de HDA?
Garantir que os pacientes recebam tratamento baseado em evidências, respeitar a autonomia do paciente e considerar as preferências individuais no plano de cuidado.
Como as desigualdades sociais podem afetar o manejo de HDA?
Acesso desigual aos cuidados de saúde, variabilidade na qualidade do tratamento e diferença na educação sobre prevenção e manejo da condição.
Como manejar HDA em pacientes pediátricos?
Abordagem similar aos adultos, com ajustes nas doses de medicação e considerações especiais para causas pediátricas específicas.
Quais são os desafios no manejo de HDA em pacientes idosos?
Presença de múltiplas comorbidades, fragilidade, e maior risco de complicações de tratamento.
Como o tratamento de HDA é adaptado para pacientes com coagulopatias?
Cuidados especiais com reposição de fatores de coagulação e ajuste das terapias para minimizar o risco de sangramento adicional.
Quais são as áreas de pesquisa atuais sobre HDA?
Desenvolvimento de novos agentes hemostáticos, técnicas de imagem avançadas e melhorias na terapia endoscópica.
Como a pesquisa clínica está impactando o manejo de HDA?
Proporciona evidências para novas práticas de tratamento, melhora os protocolos de manejo e oferece novas opções terapêuticas.
Quais são as perspectivas futuras no tratamento de HDA?
Integração de tecnologias de inteligência artificial na endoscopia, desenvolvimento de biomarcadores para predizer ressangramento e avanços em terapias genéticas.
Como a inteligência artificial pode melhorar o manejo de HDA?
Auxiliar na identificação precisa de fontes de sangramento, prever complicações e personalizar tratamentos baseados em dados do paciente.
Qual é o impacto da HDA no sistema de saúde?
Alta morbidade e mortalidade associadas, exigindo recursos intensivos e custo significativo para o manejo adequado
Quais são as estratégias para reduzir o custo do manejo de HDA?
Melhorar a prevenção, otimizar o uso de recursos e investir em educação e treinamento dos profissionais de saúde.
Como casos clínicos são utilizados para melhorar o manejo de HDA?
Permitem a discussão de estratégias de tratamento, aprendizado com situações reais e a implementação de melhores práticas baseadas na experiência.
Quais são as lições aprendidas com casos de HDA que tiveram complicações?
Importância de intervenções rápidas, a necessidade de monitoramento contínuo e a adaptação do tratamento às necessidades individuais do paciente.
Qual o papel da reabilitação após um episódio de HDA?
Recuperação física e emocional, prevenção de novos episódios e melhora na qualidade de vida.
Quais são as recomendações para melhorar a qualidade de vida dos pacientes após HDA?
Acompanhamento médico regular, mudanças no estilo de vida e adesão ao tratamento prescrito.
Como políticas de saúde podem influenciar o manejo de HDA?
Implementação de diretrizes de tratamento baseadas em evidências, acesso a cuidados de saúde de qualidade e programas de prevenção.
Qual o papel das campanhas de conscientização na prevenção de HDA?
Educam o público sobre os fatores de risco, sintomas e a importância de procurar tratamento precoce, reduzindo a incidência e a gravidade dos casos.